Texto Áureo: Provérbios 6.32
Verdade Prática: A infidelidade conjugal traz sérias conseqüências
a toda a família. Por isso, Deus abomina tal prática.
Leitura Bíblica: Provérbios 5.1-5; Mateus 5.27,28
Lição 06
INTRODUÇÃO
Vivemos num
mundo carente de valores éticos e princípios cristãos. Para as pessoas que não
seguem os desígnios divinos, a infidelidade conjugal é vista como prática
socialmente aceitável. Porém, os mandamentos divinos são eternos. De acordo com
a Bíblia, o adultério é e continuará a ser uma ofensa ao próprio Deus.
Lamentavelmente, muitos cristãos estão se deixando levar pelas astutas ciladas
do Diabo, fazendo da infidelidade conjugal um hábito. Nesta lição, refletiremos
a respeito desse terrível mal que vem infelicitando as famílias.
I.
ADULTÉRIO,
UM GRAVE PECADO
1. Conceito e origem da palavra: A
palavra adultério vem do latim adulterium, que significa “dormir em cama
alheia”. Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe (CPAD), é a relação sexual entre
uma pessoa casada com outra que não é o seu cônjuge. Tal ato é um pecado
gravíssimo perante Deus, sendo condenado tanto no Antigo quanto em o Novo
Testamento (Ex 20.14; Dt 5.18; Rm 13.9; Gl 5.19). É um ato tão grave que no
tempo da Lei Mosaica, a pena para o adultério era o apedrejamento (Lv 20.10; Dt
22.22).
2. É preciso vigiar: A infidelidade
conjugal é um processo maligno que tem inicio na mente. No começo, são apenas
alguns pensamentos que surgem de “mansinho”. Se estes, porém, não forem
combatidos, acabam por nos impregnar a alma e o coração, redundando em atos
vergonhosos. Tomemos muito cuidado com o que vemos e pensamos (Sl 101.3; Fp
4.8). Enfim, vigiemos e oremos constantemente para não cairmos nas astutas
ciladas do Diabo (Ef 6.11). Jesus exortou-nos a respeito da vigilância e da
oração (Mt 26.41), Davi, mesmo sendo um homem segundo o coração de Deus (1 Sm
13.14), não vigiou. Ele cometeu um adultério que o arrastou a um homicídio (2
Sm 11). Por isso, vigie.
3. Buscar a presença de Deus e não
desprezar o cônjuge: Sem a presença de Deus, o casal torna-se
vulnerável às investidas do maligno. Todavia, a comunhão diária com o Senhor,
por intermédio da oração, da leitura da Bíblia e do jejum, além de
fortalecer-nos, ajuda-nos a ter um bom relacionamento com o cônjuge. A presença
divina auxilia-nos a suportar as crises.
Muitos
obreiros, por falta de orientação, acabam dedicando-se excessivamente ao
ministério eclesiástico em detrimento da família. O resultado é que a esposa e
os filhos deixam de receber atenção e carinho. É bom dedicar-se à Obra de Deus.
A família, porém, não pode ser esquecida, pois ela é o primeiro rebanho do
pastor (1 Tm 3.1-7; 5.8; 1 Co 7.32-34).
II.
AS
CONSEQUÊNCIAS DA INFIDELIDADE
1. Afastamento de Deus: A Palavra
de Deus diz que “os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu
paladar é mais macio do que o azeite” (Pv 5.3). O pecado, a principio, pode ser
até “prazeroso”, mas o preço a ser pago é muito alto; não vale a pena; traz
sofrimento e muita dor.
A imoralidade
sexual e a infidelidade destroem a família. Todos no lar são afetados de alguma
forma. Alguns minutos de prazer ilícito podem levar um homem, ou uma mulher,
para o inferno, para a perdição eterna (1 Co 6.10). Deus é santo e não aceita o
pecado. O adultério divide a família, afasta o cônjuge da presença de Deus e
impede as bênçãos divinas (Is 59.1,2).
2. Morte espiritual: O adultério
leva à morte espiritual, às vezes até a morte física. Quando nos afastamos de
Deus morremos espiritualmente. A infidelidade conjugal fere as pessoas e
destrói a alma (Pv 6.32). Davi arrependeu-se, mas pagou um alto preço pelo seu
erro. Se o Senhor não ouve aas orações daqueles que tratam mal os cônjuges (1
Pe 3.7), imagine como Ele reage à infidelidade conjugal (Ml 2.16).
3. Um lar despedaçado: O adultério
aflige toda a família. Os filhos, independentemente de sua idade, são sempre os
maiores prejudicados. Em geral, ficam decepcionados co m os pais e tendem a
desconfiar sempre de todos. Alguns filhos acabam, além de carregarem mágoas de
seus pais, levando ressentimentos e dor para suas futuras famílias. Seus
relacionamentos são afetados. Por isso, deus abomina a infidelidade, a
deslealdade (Ml 2.15). O marido deve amar a esposa, assim como a esposa precisa
amar o marido (Ef 5.22-33). A falta de amor prejudica o casamento e abre
brechas à deslealdade. O amor entre os cônjuges deve ser incondicional, assim
como o de Cristo pela igreja. Tal amor é um antídoto contra a deslealdade.
III.
CONSELHOS
CONTRA A INFIDELIDADE
1. Fuja das tentações: É preciso
ser prudente e evitar o mal. Jesus ensinou os discípulos a terem uma atitude de
prudência e sensatez diante das tentações (Mt 10.16; 26.41). Ante o perigo,
façamos como José. Ele preferiu fugir a pecar contra Deus. Temendo ao Senhor,
rejeitou o pecado. E embora viesse a pagar um alto preço por sua fidelidade,
foi honrado por Deus no devido tempo (Gn 39 – 41). Diante do pecado fuja (1 Ts
4.3).
2. Honre o seu cônjuge: Há maridos
que se envergonham de suas esposas. O profeta Malaquias advertiu o povo de
Deus, para que ninguém fosse “desleal para com a mulher da sua mocidade” (Ml
2.15). Envelhecer junto à mulher amada é um privilégio. Também há mulheres que,
com o passar do tempo, deixam de se interessar e honrar seus maridos. A Bíblia,
porém, recomenda a esposa a reverenciar o marido (Ef 5.33). Os muitos afazeres
levam algumas mulheres a se esquecerem de seu papel junto ao esposo. Honre seu
cônjuge, dando-lhe o apreço e o respeito necessários.
3. Aprecie o seu cônjuge: Você
aprecia seu cônjuge? Ter apreço significa vê-lo como algo valioso. A Palavra de
Deus nos diz que “onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração”
(Lc 12.34). Se o seu cônjuge é o seu tesouro, ou seja, uma jóia que você
protege e zela com carinho e respeito, o adultério não terá vez em sua vida. Há
esposas e maridos que cuidam bem da casa, do carro, da conta bancária, da
Igreja, mas não tem cuidado nem interesse pelo seu cônjuge. Valorize-o e
alegrem-se juntos no Senhor. Não busque jamais beber água de outra cisterna (Pv
5.1-23).
CONCLUSÃO
Muitas famílias
tem sido destruídas por causa da infidelidade conjugal. Para que tenhamos uma
vida conjugal bem-sucedida precisamos investir diariamente em nosso
relacionamento. É necessário orar, vigiar e demonstrar afeto, apreço, investir
no diálogo franco e não abrir mão do respeito. Temos de conscientizar-nos de
que a família e o relacionamento conjugal são prioridades. Uma família bem
constituída é uma bênção para a obra de Deus.
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 1º/2013
Comentarista: Elinaldo Renovato
Tema Central: A FAMÍLIA CRISTÃ NO SÉCULO XXI – Protegendo seu lar
dos ataques do inimigo
Páginas: 39 - 45
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