segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

QUANDO DEUS FAZ A DIFERENÇA ENTRE O JUSTO E O IMPIO


Texto Áureo: Salmo 1.6
Verdade Prática: O Senhor jamais terá o justo por ímpio, nem o ímpio por justo, porque Ele é perfeito e santo em todos os seus caminhos.
Leitura Bíblica: Malaquias 3.18; 4.1-6

Lição 13

INTRODUÇÃO

Os judeus do tempo de Malaquias estavam perdendo a noção entre a justiça e a injustiça. Em seu desalento espiritual, diziam: “Inútil é servir a Deus; que nos aproveitou termos cuidado em guardar os seus preceitos e em andar de luto diante do Senhor dos Exércitos? Ora, pois, nós reputamos por bem-aventurados os soberbos; também os que comentem impiedade se edificam; sim, eles tentam ao Senhor e escapam” (Ml 3.13-16).
Tais palavras soaram agressivas aos ouvidos de Deus. Por isso, deixa-lhes bem patente o Senhor que há uma nítida e inconfundível diferença entre o justo e o injusto.
Será que não estamos caindo no mesmo pecado? O Senhor Jesus afirmou que, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará (Mt 24.12). Esse esfriamento de amor faz com que os justos percam as noções mais elementares da Palavra de Deus. E, dessa forma, acabam por se conformar com o mundo (Rm 12.1,2). O Espírito Santo, porém, insta a que tenhamos sempre em mente as diferenças e limites que o santíssimo Deus estabeleceu em sua Palavra. Diante de Deus justiça é justiça, e impiedade é impiedade. Não há meios-termos.

I.                   QUEM É O JUSTO

Vejamos como a Bíblia descreve-nos o justo. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, ele é visto como alguém que teme a Deus pratica a justiça e vive pela fé.
  1. O justo pratica a Justiça: Eis aqui uma definição bastante objetiva e clara acerca do justo: “Filhinhos, ninguém vós engane. Quem prática a Justiça é justo, assim como ele é justo” (1 Jo 3.7). E o que é a justiça? Nesse contexto, é o evangelho de Cristo Jesus, através do qual somos justificados pela fé (Rm 1.16, 17; 6.1)
Vivemos um período tão difícil, que a Bíblia está a conclamar a seus filhos a praticarem zelosa e ardentemente a justiça. É mister que vivamos uma vida de santidade e perfeição moral numa sociedade que se corrompe de maneira assustadora. É necessário que cada um dos filhos de Deus conscientize-se de seu papel como sal da terra. Os requisitos do salmo 15 nunca se fizeram tão necessárias e urgentes como agora.
  1. O justo vive pela fé: O que é viver pela fé? Não é viver sem emprego fixo, nem depender exclusivamente dos proventos da igreja. Crente há que não querem trabalhar e propagam que vivem pela fé. Viver pela fé é estar com os olhos fixos em Cristo Jesus (Hb 12.2). É estar na dependência absoluta dos cuidados divinos (Sl 54.4), com ou sem sustento material.
Numa sociedade marcada pelo consumismo, o crente deve pautar a sua vida pela modéstia e pelo bom senso, e jamais pensar que a nossa segurança advém da abundância dos bens que possuímos: “Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei” (Hb 3.5). Muitos são os crentes que, em busca Dops encantos e do fausto que este mundo oferece, desprezam a simplicidade da vida cristã.
O homem que vive pela fé já se considera um peregrino neste mundo. Embora viva aqui, seus olhos acham-se voltados à eternidade (Hb 11.13). Por conseguinte, não nos esqueçamos: “Mas o justo viverá pela fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele” (Hb 10.38).
  1. O justo deleita-se na Lei de Deus: Justo é também aquele que se deleita na Lei de Deus, e na Lei de Deus medita de dia e de noite (Sl 1.2). Que os crentes passem a meditar nas Sagradas Escrituras com mais zelo e piedade. Não permitamos que os prazeres e as vaidades afastem-nos da Palavra de Deus. Se isto vier a acontecer, perderemos as nossas características como Igreja de Cristo. E o que nos restará neste mundo? Jesus é o nosso único bem!
Tens prazer na Palavra de Deus? Tens dedicado o teu tempo a ler e a meditar nas Sagradas Escrituras? É hora de voltarmos a viver como justos e justificados pelo sangue de Cristo. Pois quando Ele voltar para levar a sua Igreja, os justos todos nos encontraremos nas mansões celestes ao lado do Bondoso e Eterno Pai.

II.                QUEM É O ÍMPIO

Ímpio é o que rejeita a justiça divina, preferindo viver a seu bel-prazer. Na Epístola de Paulo aos Romanos, deparamo-nos com duas classes de ímpios. O capítulo primeiro retrata os gentios que, embora houvessem adquirido o conhecimento de Deus através da observação da natureza, preferiram seguir o curso de sua natureza pecaminosa. Já o capítulo dois destaca os judeus que, apesar de conhecerem a excelência da Lei de Deus, tornaram-se tão reprováveis quanto os gentios. Por fim, sentencia o apóstolo: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23).
Assim a Bíblia retrata mais detidamente o ímpio:
  1. O ímpio desconhece a Deus: O não reconhece a Deus quer em sua vida, quer em seu coração: “Disseram os néscios no seu coração: Não há Deus” (Sl 14.1). Isso não significa que o ímpio não acredite na existência do Supremo ser. Aliás, é impossível não crer em Deus (Tg 2.19). O que o ímpio quer dizer é que, em sua vida, não há lugar para a vontade divina.
Tens buscado a vontade divina para a tua vida? O Senhor quer dominar todo o teu ser; deseja entrar em teu lar e refazer a tua história a fim de que, doravante, sejas contado entre os filhos de Deus.
  1. O ímpio é orgulhoso: O mesmo sentimento que dominou Satanás, ocasionando-lhe a queda, vem caracterizando os ímpios em todas as eras da história: “Por causa do seu orgulho, o ímpio não investiga; todas as suas cogitações são: Não há Deus” (Sl 10.4)
Zelemos por nossos sentimentos, e jamais permitamos que o orgulho se aposse de nosso coração. Como servos de Cristo, temos de ser conhecidos pela humildade. Eis o que nos recomenda o Senhor: “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma” (Mt 11.29).
  1. O ímpio blasfema de Deus: Além de todos os seus crimes e violências, o ímpio blasfema do santíssimo nome de Deus: “Por que blasfema de Deus o ímpio, dizendo no seu coração que tu não inquirirás?” (Sl 10.13).
O ímpio acha que o Altíssimo jamais imporá a sua justiça. Mas a Bíblia mostra que o nosso Deus é o Deus que age que intervém na história de uma maneira geral e na vida de cada homem de forma particular. Do Senhor Deus não se zomba (Gl 6.7).
III. DEUS FAZ A DIFRENÇA ENTRE O JUSTO E O INJUSTO

Embora a cultura do presente século já não possa fazer distinção entre o ímpio e o justo, a Palavra de Deus não permite que ambos sejam confundidos. No Salmo 1, por exemplo, o autor sagrado faz uma nítida distinção entre o que serve a Deus e o que não serve. Malaquias também realça as diferenças entre ambos os grupos.
O profeta acentua que, no Dia do Senhor, os ímpios serão como palha. Se no Sl 1 a palha é dispersa pelo vento, aqui é sumariamente consumida “de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo” (Ml 4.1).
Outra, porém será a sorte dos justos: “Para vós que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça e salvação trará debaixo das suas asas; e saireis e crescereis como os bezerros do cevadouro” (Ml 4.2). Embora os justos sofram e tanto padeçam, temos em Deus um grandíssimo galardão. Chegará o dia em que deixaremos todas as nossas tristezas, pesares e lutas, para desfrutar de todas as bem-aventuranças que nos reservou o Senhor.

CONCLUSÃO

O mundo precisa de justos. Nunca se sentiu tanto a necessidade de homens e mulheres que sirvam verdadeiramente a Deus. Somente assim haveremos de combater a injustiça que, qual câncer, vai corroendo as bases da sociedade. Se não tomarmos cuidado, a injustiça acabará por destruir até mesmo os alicerces da Igreja.
Infelizmente, não são poucas as igrejas que já perderam as características de povo de Deus. Elas já não vivem no padrão da sã doutrina, nem mais tem a Bíblia como a sua única regra de fé e prática. Não buscam a Cristo nem mais se aplicam à evangelização e à obra missionária. Substituíram a justiça divina pelas glórias do mundo. Já perderam a noção da justiça divina.
Mas ainda há tempo de se voltar ao primeiro amor. O Senhor Jesus quer levar a todo o seu povo o refrigério espiritual. É de um poderoso avivamento que estamos precisando. Somente assim poderemos combater a injustiça que ameaça subverter o povo de Deus.
Voltemos, pois, ao evangelho simples, porém eficaz. Preguemos novamente que Jesus Cristo salva, batiza no Espírito Santo, cura as enfermidades, opera maravilhas e em breve há de voltar para arrebatar a sua Igreja.


Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 3º/1999
Comentarista: Claudionor Corrêa de Andadre
Tema Central: MALAQUIAS - Contra o formalismo e as iniqüidades na casa de Deus
Páginas: 90 - 96

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