Texto Áureo: 2 Reis 13.21
Verdade Prática: O último milagre relacionado à vida de Eliseu
demonstra o poder e o exemplo de um homem que ama e teme a Deus.
Leitura Bíblica: 2 reis 13.14-21
Lição 13
INTRODUÇÃO
Nesta lição,
acompanharemos os últimos passo do profeta Eliseu. Constataremos que Eliseu
foi, de fato, um gigante espiritual. Mas, como todos os homens, estava sujeito
as limitações comuns a todos os mortais – nasceu, cresceu, envelheceu e morreu.
Fica, portanto, em destaque o fato de que os homens fazem história, mas Deus é
o senhor da história
I.
A DOENÇA
TERMINAL DE ELISEU
1. Velhice: Um bom tempo já se
havia passado desde a última aparição do profeta de Abel-meolá no registro
bíblico (2 Rs 9.1). De fato, entre os capítulos 9 e 13 de 2 Reis, há um intervalo
de aproximadamente quarenta anos. Os estudiosos acreditam que, por essa época
Eliseu deveria estar com a idade aproximada de oitenta anos.
Eliseu fora
chamado ainda jovem para o ministério profético, mas agora estava velho e
doente. Às vezes, idealizamos de tal forma os homens de Deus, que acabamos nos
esquecendo de que eles também são humanos. Envelhecem, adoecem e também morrem.
O texto bíblico deixa bem patente o lado humano do profeta. Fora um grande
homem e Deus e ainda o era, mas ainda assim era um homem.
2. O sofrimento de Eliseu: O mesmo
texto que trata da doença e velhice de Eliseu fala também do seu sofrimento (2
Rs 13.14,20). Eliseu estava doente, e isso sem duvida causava-lhe algum
sofrimento. Eliseu envelheceu e padeceu.
Mas o fogo aqui
não é o sofrimento em si, mas como Deus trata o profeta nesse momento de sua
vida e como ele responde a isso. Mesmo alquebrado pela idade, Eliseu continuava
com o mesmo vigor espiritual de antes. Possuía ainda a mesma visão da obra de
Deus. Em nada a doença, ou quaisquer outras coisas, impediu-o de continuar
sendo a voz profética do Deus de Israel.
II.
A PROFECIA
FINAL DE ELISEU
1. A ação de Deus na profecia: Hoje
está na moda o jargão: “Eu profetizo sobre a tua vida”. Embora muito bonito e
vestido de roupagens espirituais, tal jargão não passa de orgulho e afetação
humana. Isso por uma razão bem simples; nenhuma profecia, que se ajuste ao
modelo bíblico, tem seu ponto de partida no querer humano, mas na vontade
soberana de Deus (2 Pe 1.20,21).
2. A participação humana na profecia:
Vimos que uma profecia genuinamente bíblica tem sua origem em deus. Todavia, a
Escritura mostra também que existe a participação do homem nesse processo. É o
que vemos em 2 Rs 13.14-19. A indignação de Eliseu quanto à relutância do rei
Jeoás de Israel em continuar a atirar as suas flechas, símbolo do livramento do
Senhor contra os sírios, é bastante significativa. Deixa clara a decepção do
profeta com a falta de discernimento e perseverança do rei. Faltou fé a Jeoás!
Ele pensava certamente tratar-se de uma mera cerimônia na qual ele teria apenas
uma participação técnica. A sua vitória seria do tamanho da resposta que ele
desse ao profeta. Deveria ter ferido a terra cinco ou seis vezes, mas fez
apenas três
Uma fé tímida
obtém uma vitória igualmente tímida. Em o Novo Testamento, o Senhor Jesus irá
por em destaque essa verdade (Mt 9.29).
III.
O ÚLTIMO
MILAGRE DE ELISEU
1. A eternidade e fidelidade de Deus:
É interessante observarmos que o último milagre de Eliseu deu-se postumamente.
Eliseu já estava morto quando ocorre algo que desafia a razão humana (2 Rs
13.20,21). Essa passagem revela pelo menos dois aspectos dos atributos de Deus
– Deus é eterno. Ele não morre quando morre um homem de Deus, nem tampouco
deixa de cumprir a sua Palavra quando as circunstâncias parecem dizer o
contrário.
Ao permitir que
o toque nos restos mortais de Eliseu desse vida a um morto, Deus mostrava ao
rei Jeoás que a morte de Eliseu não iria impedir aquilo que há algum tempo ele
havia prometido a ele, Deus é fiel e zela pela sua Palavra para a cumprir.
2. A honra de Eliseu: Além da
fidelidade e da eternidade de Deus, que ficam bem patentes nesse último milagre
de Eliseu, há ainda mais uma lição que o texto deixa em relevo. Aqui é possível
perceber que, mesmo morto, o nome de Eliseu continuaria a ser lembrado como um
autêntico homem de Deus.
Elias subiu ao
céu viúvo, Eliseu deu vidas mesmo estando morto. Os interpretes destacam que
esse milagre, envolvendo os restos mortais de Eliseu, mostra que o Senhor
possui planos diferenciados para CAD um de seus filhos. Portanto, não devemos
fazer comparação nem questionar os atos divinos (Jo 21.19-23). A Bíblia fala de
homens, cujas ações continuam falando mesmo depois de haverem morridos (Hb
11.4).
IV.
O LEGADO DE
ELISEU
1. Legado sócio-cultural: Já
estudamos que Eliseu supervisionava as escolas de profetas (2 Rs 6.1). Esse sem
dúvida foi um dos seus maiores legados. Todavia, Eliseu fez muito mais: teve
uma participação ativa na vida espiritual, moral e social da nação. Enquanto
Elias era um profeta do deserto, Eliseu teve uma atuação mais urbana. Eliseu
tinha aceso aos reis e comandantes militares, e possuía influencia suficiente
para deles pedir algum favor (2 Rs 4.13). Como povo de Deus, não podemos viver
isolados, mas aproveitar as oportunidades para abençoar os menos favorecidos.
2. Legado espiritual: Há uma
extensa lista de obras e milagres operadas através do profeta Eliseu. Sem
dúvida, eles demonstram seu grande legado. Podemos enumerar alguns: abertura do
Jordão (2 Rs 2.13,14); a purificação da nascente de água (2 Rs 2.19-22); o
azeite da viúva (2 Rs 4.1-7); o filho da sunamita (2 Rs 4.8-37); a panela
envenenada (2 Rs 4.38-41); a multiplicação dos pães (2 Rs 4.42-44); a cura de
Naamã (2 Rs 5.1-19) e o machado que flutuou (2 Rs 6.1-7).
CONCLUSÃO
Assim
termina a vida do profeta Eliseu. Um grande homem de Deus que nunca deixou de
ser servo. Começou pondo água nas mãos de Elias (2 Rs 3.11), um gesto claro de
sua presteza em servir, e foi exaltado por Deus. Mesmo sem ter escrito uma
linha, levanta-se como um dos maiores profetas bíblicos de todos os tempos.
Devemos imitá-lo em sua vida de serviço e amor a Deus.
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 1º/2013
Comentarista: José Gonçalves
Tema Central: ELIAS E ELISEU – Um Ministério de poder para toda
entre vós
Páginas: 90 - 96
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