segunda-feira, 13 de maio de 2013

O CASAMENTO BÍBLICO


Texto Áureo: Genesis 2.24

Verdade Prática: O casamento é uma instituição divina, sendo constituída pela união indissolúvel de um homem e de uma mulher: monogâmico e heterossexual.

Leitura Bíblica: Gênesis 1.27,31; 2.18,20-24

 

Lição 02

 

INTRODUÇÃO

 

As Escrituras ensinam que homem e mulher foram feitos “à imagem de Deus” (Gn 1.27). Após Deus formar o homem (Gn 2.7), formou também AA mulher (v 22). Essa foi a segunda grande decisão divina no tocante à existência da humanidade. Deus uniu o homem à mulher, instituindo assim o casamento, não apenas para a perpetuação da raça humana, mas para a formação do casal e, conseqüentemente de toda a família.

 

I.                   O PRINCÍPIO DA MONOGAMIA

 

1.      Monogamia x Bigamia: A palavra monogamia vem de dois vocábulos gregos: monos (único) e gamos (casamento), significando um único homem para uma única mulher. Desde o Gênesis, vemos a monogamia como o modelo de união arquitetado por Deus para o casamento e a formação da família (Gn 2.24). Porém, o primeiro registro da bigamia também está no livro dos começos. Lameque, filho de Metusalém (Gn 4.18; 5.25), por razões não explicadas, teve mais de uma esposa (Gn 4.19). Tempos depois, Esaú, filho de Isaque, desobedeceu a Deus e casou-se com duas mulheres heteias (Gn 26.34,35). No primeiro livro de Samuel, temos o caso de Elcana que tinha duas mulheres. O resultado não poderia ser outro: invejas, intrigas e brigas (1 Sm 1.4-8).

2.      A poligamia torna-se comum: Abraão incorreu nesse grave erro. Por sugestão de sua mulher, Sara que era estéril, o pai da fé uniu-se a Agar, serva de sua esposa. Era o concubinato acontecendo na família de Abraão (Gn 16), vindo Ismael a nascer como fruto daquela relação. Transtornos familiares, históricos e espirituais foram inevitáveis naquele clã. Isaque, considerado filho da promessa, casou-se aos 40 anos, com uma esposa escolhida por seu pai, e preferiu viver um casamento monogâmico, honrando Rebeca, sua esposa, e principalmente, honrando ao Senhor.

O Antigo Testamento descreve a poligamia e as suas tragédias na vida de Jacó (Gn 29.21-23, 28-31; 30.1-10) e na dos reis de Israel (1 Rs 11.4,7-9).

3.      Em o Novo Testamento a poligamia é condenada por Jesus e pelo apóstolo Paulo: Certa feita, os fariseus aproximaram-se de Jesus e interrogaram-no se era licito do homem repudiar a “sua mulher” por qualquer motivo (Mt 19.3). Note que eles não perguntaram “deixar suas mulheres”. A resposta do Senhor remonta Às origens do casamento e da própria criação (Mt 19.5,6 cf. Gn 2.24). Jesus refere-se apenas a “uma” esposa, e as epístolas fundamentam-se nos evangelhos ao tratar desse tema.

A.    Uma esposa e um marido: Não há nada tão claro quanto à monogamia nos ensinos do apóstolo Paulo. Aos corintos, por exemplo, ele ensinou que cada um deve ter a sua própria mulher e esta o seu próprio marido (1 Co 7.1,2), numa prevenção clara contra a prostituição.

B.     A harmonia conjugal: Na epístola aos Efésios, Paulo ensina a submissão da esposa ao marido. Ao marido, ele exorta a amar a sua esposa, como Cristo amou a igreja, sacrificando-se por ela (Ef 5.25; Cl 3.19). Aqui, a harmonia conjugal é um dos fatores que reforçam a monogamia e ambas são valorizadas conforme o plano original de Deus para o casamento entre um homem e uma mulher.

C.     A monogamia na liderança cristã: Para os líderes da Igreja, Paulo exorta: “Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher” (1 Tm 3.2 – sem grifos no original). O diácono também deve ser “marido de uma mulher” (1 Tm 3.12). A liderança deve ser o exemplo dos fiéis em tudo, e esse exemplo inclui o casamento (1 Tm 4.12).

 

II.                O PRINCIPIO DA HETEROSSEXUALIDADE

 

1.      “Macho e fêmea os criou”: Deus criou “o homem”, um ser masculino (Gn 1.26), e também fez a mulher, um ser feminino (Gn 1.27). Em outras palavras, Deus não uniu dois machos ou duas fêmeas. Não! Ele uniu um homem com uma mulher, demonstrando a natureza e o padrão divino da heterossexualidade. As Santas Escrituras são claras ao condenarem – assim como o adultério, a prostituição, a perversidade, a idolatria, a mentira, o falso testemunho, etc – a prática do homossexualismo, quer masculino, quer feminino (Lv 187.22; Rm 1.26).

2.      “E se unirá à sua mulher”: Após realizar o primeiro casamento, o Criador disse: “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24). Veja que o Senhor é taxativo ao falar ao homem a respeito da sua vocação heterossexual: “apegar-se-á à sua mulher”. Por isso, olhemos para as Escrituras e olhemos para o ciclo da vida humana e, inequivocadamente, concordaremos: se não fosse a união heterossexual, promovida por Deus, desde o principio, a raça humana não teria subsistido.

 

III.             A INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO

 

1.      Uma só carne: A fim de proporcionar uma vida conjugal abundante, o Criador planejou uma união histórica, indissolúvel e permanente (Gn 2.24). O matrimônio entre homem e mulher seria para sempre. Tristemente, o pecado ruiu o principio divino da continuidade do casamento, trazendo o divórcio e separando famílias. O plano de Deus, entretanto, ainda pode ser encontrado nas palavras de Jesus: “o que Deus ajuntou não separe o homem” (Mt 19.6).

2.      A porta de entrada para o divórcio: Há situações em que a falta de união e de amor no casamento, talvez motivados pela desobediência a Deus, pelo orgulho e pela falta de perdão, fazem a convivência do casal tornar-se uma grande fachada. Por conveniência o casal apresenta-se à sociedade ou à igreja local numa aparente alegria matrimonial, mas na intimidade, a união tornou-se insuportável. É necessário que a igreja esteja pronta para auxiliar os casais que passam por crises conjugais, e motivá-los sempre a permanecerem unidos em um amor não fingido, mas solidificado e resistente às contrariedades que possam existir no dia a dia.

 

CONCLUSÃO

 

O casamento heterossexual nunca foi tão atacado como no presente tempo. Em nossa sociedade, leis e normas que atentam contra a Lei de Deus são elaboradas sob o argumento de que o estado é laico. E deve ser mesmo! Mas entre ser laico e desrespeitar princípios ordenados por Deus desde a criação há uma grande distância. Neste aspecto, a Igreja do Senhor Jesus deve ser AA “coluna e firmeza da verdade” e guardiã dos princípios morais e cristãos, denunciando o pecado e acalentando os corações feridos. Assim, defendemos que o casamento monogâmico, heterossexual e indissolúvel deva ser incentivado, apoiado e honrado nas esferas públicas de relacionamento.

 

 

Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)

Editora: CPAD

Trimestre: 1º/2013

Comentarista: Elinaldo Renovato

Tema Central: A FAMÍLIA CRISTÃ NO SÉCULO XXI – Protegendo seu lar dos ataques do inimigo

Páginas: 11 - 16

 

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