Texto Áureo: Genesis 2.24
Verdade Prática: O casamento é uma instituição divina, sendo
constituída pela união indissolúvel de um homem e de uma mulher: monogâmico e
heterossexual.
Leitura Bíblica: Gênesis 1.27,31; 2.18,20-24
Lição 02
INTRODUÇÃO
As Escrituras
ensinam que homem e mulher foram feitos “à imagem de Deus” (Gn 1.27). Após Deus
formar o homem (Gn 2.7), formou também AA mulher (v 22). Essa foi a segunda
grande decisão divina no tocante à existência da humanidade. Deus uniu o homem
à mulher, instituindo assim o casamento, não apenas para a perpetuação da raça
humana, mas para a formação do casal e, conseqüentemente de toda a família.
I.
O PRINCÍPIO
DA MONOGAMIA
1. Monogamia x Bigamia: A palavra
monogamia vem de dois vocábulos gregos: monos (único) e gamos (casamento),
significando um único homem para uma única mulher. Desde o Gênesis, vemos a
monogamia como o modelo de união arquitetado por Deus para o casamento e a
formação da família (Gn 2.24). Porém, o primeiro registro da bigamia também está
no livro dos começos. Lameque, filho de Metusalém (Gn 4.18; 5.25), por razões
não explicadas, teve mais de uma esposa (Gn 4.19). Tempos depois, Esaú, filho
de Isaque, desobedeceu a Deus e casou-se com duas mulheres heteias (Gn
26.34,35). No primeiro livro de Samuel, temos o caso de Elcana que tinha duas
mulheres. O resultado não poderia ser outro: invejas, intrigas e brigas (1 Sm
1.4-8).
2. A poligamia torna-se comum:
Abraão incorreu nesse grave erro. Por sugestão de sua mulher, Sara que era
estéril, o pai da fé uniu-se a Agar, serva de sua esposa. Era o concubinato
acontecendo na família de Abraão (Gn 16), vindo Ismael a nascer como fruto
daquela relação. Transtornos familiares, históricos e espirituais foram
inevitáveis naquele clã. Isaque, considerado filho da promessa, casou-se aos 40
anos, com uma esposa escolhida por seu pai, e preferiu viver um casamento
monogâmico, honrando Rebeca, sua esposa, e principalmente, honrando ao Senhor.
O Antigo
Testamento descreve a poligamia e as suas tragédias na vida de Jacó (Gn
29.21-23, 28-31; 30.1-10) e na dos reis de Israel (1 Rs 11.4,7-9).
3. Em o Novo Testamento a poligamia é
condenada por Jesus e pelo apóstolo Paulo: Certa feita, os fariseus
aproximaram-se de Jesus e interrogaram-no se era licito do homem repudiar a “sua
mulher” por qualquer motivo (Mt 19.3). Note que eles não perguntaram “deixar
suas mulheres”. A resposta do Senhor remonta Às origens do casamento e da
própria criação (Mt 19.5,6 cf. Gn 2.24). Jesus refere-se apenas a “uma” esposa,
e as epístolas fundamentam-se nos evangelhos ao tratar desse tema.
A. Uma esposa e um marido: Não há
nada tão claro quanto à monogamia nos ensinos do apóstolo Paulo. Aos corintos,
por exemplo, ele ensinou que cada um deve ter a sua própria mulher e esta o seu
próprio marido (1 Co 7.1,2), numa prevenção clara contra a prostituição.
B. A harmonia conjugal: Na epístola
aos Efésios, Paulo ensina a submissão da esposa ao marido. Ao marido, ele
exorta a amar a sua esposa, como Cristo amou a igreja, sacrificando-se por ela
(Ef 5.25; Cl 3.19). Aqui, a harmonia conjugal é um dos fatores que reforçam a
monogamia e ambas são valorizadas conforme o plano original de Deus para o
casamento entre um homem e uma mulher.
C. A monogamia na liderança cristã:
Para os líderes da Igreja, Paulo exorta: “Convém, pois, que o bispo seja
irrepreensível, marido de uma mulher” (1 Tm 3.2 – sem grifos no original). O
diácono também deve ser “marido de uma mulher” (1 Tm 3.12). A liderança deve
ser o exemplo dos fiéis em tudo, e esse exemplo inclui o casamento (1 Tm 4.12).
II.
O PRINCIPIO
DA HETEROSSEXUALIDADE
1. “Macho e fêmea os criou”: Deus
criou “o homem”, um ser masculino (Gn 1.26), e também fez a mulher, um ser
feminino (Gn 1.27). Em outras palavras, Deus não uniu dois machos ou duas
fêmeas. Não! Ele uniu um homem com uma mulher, demonstrando a natureza e o
padrão divino da heterossexualidade. As Santas Escrituras são claras ao
condenarem – assim como o adultério, a prostituição, a perversidade, a
idolatria, a mentira, o falso testemunho, etc – a prática do homossexualismo,
quer masculino, quer feminino (Lv 187.22; Rm 1.26).
2. “E se unirá à sua mulher”: Após
realizar o primeiro casamento, o Criador disse: “Portanto, deixará o varão o
seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn
2.24). Veja que o Senhor é taxativo ao falar ao homem a respeito da sua vocação
heterossexual: “apegar-se-á à sua mulher”. Por isso, olhemos para as Escrituras
e olhemos para o ciclo da vida humana e, inequivocadamente, concordaremos: se
não fosse a união heterossexual, promovida por Deus, desde o principio, a raça
humana não teria subsistido.
III.
A
INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO
1. Uma só carne: A fim de
proporcionar uma vida conjugal abundante, o Criador planejou uma união
histórica, indissolúvel e permanente (Gn 2.24). O matrimônio entre homem e
mulher seria para sempre. Tristemente, o pecado ruiu o principio divino da
continuidade do casamento, trazendo o divórcio e separando famílias. O plano de
Deus, entretanto, ainda pode ser encontrado nas palavras de Jesus: “o que Deus
ajuntou não separe o homem” (Mt 19.6).
2. A porta de entrada para o divórcio:
Há situações em que a falta de união e de amor no casamento, talvez motivados
pela desobediência a Deus, pelo orgulho e pela falta de perdão, fazem a
convivência do casal tornar-se uma grande fachada. Por conveniência o casal
apresenta-se à sociedade ou à igreja local numa aparente alegria matrimonial,
mas na intimidade, a união tornou-se insuportável. É necessário que a igreja
esteja pronta para auxiliar os casais que passam por crises conjugais, e
motivá-los sempre a permanecerem unidos em um amor não fingido, mas
solidificado e resistente às contrariedades que possam existir no dia a dia.
CONCLUSÃO
O casamento
heterossexual nunca foi tão atacado como no presente tempo. Em nossa sociedade,
leis e normas que atentam contra a Lei de Deus são elaboradas sob o argumento
de que o estado é laico. E deve ser mesmo! Mas entre ser laico e desrespeitar
princípios ordenados por Deus desde a criação há uma grande distância. Neste
aspecto, a Igreja do Senhor Jesus deve ser AA “coluna e firmeza da verdade” e
guardiã dos princípios morais e cristãos, denunciando o pecado e acalentando os
corações feridos. Assim, defendemos que o casamento monogâmico, heterossexual e
indissolúvel deva ser incentivado, apoiado e honrado nas esferas públicas de
relacionamento.
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 1º/2013
Comentarista: Elinaldo Renovato
Tema Central: A FAMÍLIA CRISTÃ NO SÉCULO XXI – Protegendo seu lar
dos ataques do inimigo
Páginas: 11 - 16
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