Texto Áureo: Atos 1.8
Verdade Prática: Não fomos chamados apenas para usufruir dos
benefícios da salvação, mas também para testemunhar do Salvador a um mundo que
jaz no maligno.
Leitura Bíblica: Mateus 5.13-16; Romanos 12.1,2
Lição 06
INTRODUÇÃO
Na lição de
hoje, veremos que Jesus fez uso de dois conhecidos símbolos – o sal e a luz –
para descrever a dupla função do crente neste mundo tenebroso. Como sal da
terra e luz do mundo, o crente, pelo Espírito Santo, conduz os perdidos até
Cristo, o Salvador. É nossa responsabilidade iluminar, dar sabor e preservar o
mundo da corrupção.
I.
O CRISTÃO
COMO SAL DA TERRA
1. A função de preservar: Preservar
é uma das funções primordiais do sal. Ele age como um antisséptico natural,
evitando a decomposição dos alimentos. Jesus usou a metáfora do sal para
ensinar aos discípulos, e também a nós, que devemos ter uma atuação
preservadora no mundo, onde os padrões morais são cada de vez mais baixos. Como
crentes, devemos ser santos em toda a nossa maneira de agir, pensar e falar (Mc
9.50). Nenhuma palavra torpe deve sair dos nossos lábios, pois, conforme afirma
o apóstolo Paulo em sua epístola aos Colossenses 4.6, a nossa palavra deve ser
sempre agradável e temperada com sal, para que saibamos responder a cada um
como convém.
2. A função de temperar: O sal
realça o sabor dos alimentos, porém ele deve ser usado com equilíbrio, pois se
por um lado, uma comida sem sal é insípida, por outro, um alimento salgado é
insuportável e prejudicial à saúde. O crente deve ser como o sal, ou seja,
trazer sabor e equilíbrio à vida daqueles que estão angustiados, deprimidos,
desesperados e que não encontram solução para os seus problemas e frustrações.
Para ser sal neste mundo é necessário que o crente ore, tenha prazer em meditar
na Palavra de Deus, participe das reuniões de culto ao Senhor, ame e demonstre
esse amor ajudando ao próximo (Tg 2.14-26). Viva de modo equilibrado e
abundante na presença de Deus, pois há muitas pessoas que precisam de você (Lc
7.31-35).
3. Preservando e temperando o mundo:
Uma sociedade deteriorada pelo pecado necessita de crentes autênticos, santos,
honrados e que testemunhem ousadamente de Jesus (Lc 14.34,35; Cl 4.5,6).
Primemos pela retidão e pela conduta ilibada no lar, na escola, no trabalho, na
vizinhança, na igreja, etc. O crente que anda segundo AA Palavra de Deus leva
as pessoas ao salvador. Há, infelizmente, os que não entram e impedem outros de
entrarem no Reino de Deus (Mt 23.13-15), pois escandalizam a obra do Senhor e
motivam os ímpios a murmurarem contra Deus (Rm 2.24). Muitos, apesar de
crentes, são irresponsáveis, preguiçosos, desonestos, caluniadores, etc. A
ética do reino exige de nós um alto nível de comportamento em relação ao mundo;
eis o nosso supremo alvo. Somente assim a nossa pregação tornar-se-á legitimamente
eficaz.
II.
O CRISTÃO
COMO LUZ DO MUNDO
1. A luz: Assim como o sal faz a
diferença na alimentação, a luz também é fundamental em um ambiente. Certa vez,
o Senhor Jesus afirmou: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em
trevas, mas será a luz da vida” (Jo 8.12). A luz simboliza clareza, transparência,
conhecimento, direção e revelação divina. Assim como a lua reflete a luz do
sol, o crente deve resplandecer os raios do “Sol da justiça” num mundo
escurecido pelas injustiças e pecado (Ml 4.2; Jo 9.5; Lc 2.32). Não podemos nos
esquecer de que as trevas jamais podem sobrepujar a luz porque quando esta
chega, a escuridão desaparece (1 Jo 1.5; Jo 1.9).
2. O “Pai das luzes”: Na Bíblia,
Deus é chamado de “Pai das luzes” (Tg 1.17). Esta expressão mostra Deus como o
Criador das luzes do universo (o sol, a lua e as estrelas), bem como o Pai de
toda a iluminação espiritual. O verdadeiro cristão deve ser luz no Senhor.
Antes éramos trevas, mas agora somos luz no Senhor. E por isso mesmo, devemos
andar como filhos da luz (Ef 5.8) e como “astros no mundo” (Fp 2.15). Estar na
luz indica possuir a graça plena de Deus para uma vida santa. O cristão é como
“uma cidade edificada sobre um monte”, exposto o tempo todo perante o mundo.
Somos chamados por Deus para iluminar a sociedade em que vivemos (Mt 5.16).
3. A manifestação da luz pelas boas obras:
Ser discípulo significa difundir a luz de Cristo. E como isto é possível?
Quando apresentamos as boas obras à sociedade onde vivemos (Mt 5.16). É através
destas boas obras que a nossa luz deve brilhar. Então, o Eterno Deus será
glorificado. Você foi chamado para ser como um farol da verdade do Evangelho.
Não oculte, ou ofusque, a luz de Cristo em sua vida, mas deixe-a resplandecer
diante do mundo através daquilo que você é, faz e diz.
III.
O TESTEMUNHO
DO CRENTE
1. No campo missionário: O mundo é
o nosso campo missionário, o lugar onde a nossa fé é provada e evidenciada
mediante o que falamos e fazemos (Tg 2.14-17). Logo, a vida cristã não deve
restringir-se ao templo onde, semanalmente, reunimo-nos para adorar a Deus. A
nossa fé deve ser irradiada por intermédio de uma vida santa e frutífera. Somos
chamados a influenciar e transformar o mundo através de Cristo Jesus (Jo 15.16;
17.18,23).
2. Em sua comunidade: Ser sal e luz
numa sociedade como a nossa implica na disposição de falar de Cristo aos
milhões que perecem por não terem aceitado ainda o Evangelho. Quem não se
entristece ao ouvir noticias de que adolescentes e jovens morrem todos os dias
devido às drogas e ao álcool? Eles precisam desesperadamente do Evangelho. Quem
não se angústia em saber que neste exato
momento, há milhares de pessoas, no Brasil, vivendo em extrema miséria
espiritual, moral e material? E muitas destas pessoas estão morrendo ao nosso
lado. Ignorar tal realidade e não fazer nada para amenizar essa situação é
pecado: “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz, nisso está
pecando” (Tg 4.17 – ARA).
3. Na Igreja Local: A Palavra de
Deus nos ensina que a manifestação da luz de Cristo através de nossas boas
obras tem uma finalidade: Glorificar o pai Celestial (Mt 5.16). Quando a nossa
mensagem coaduna-se Às ações que praticamos, o nome do Senhor é exaltado. Você
já se perguntou o que as pessoas dizem a seu respeito e da sua igreja local?
Pense nisso!
CONCLUSÃO
O sal preserva,
dá sabor e equilíbrio à vida. O sal representa o nosso caráter; a luz fala do
nosso testemunho. Levemos a sério o ensino de Jesus em relação às metáforas do
sal e da luz. Sem perda de tempo, realizemos as boas obras para as quais fomos
chamados (Ef 2.10). Não podemos desperdiçar a oportunidade de testemunhar de
Cristo, iluminar o mundo e fazer o bem (Tg 4.17).
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 3º/2011
Comentarista: Wagner Gaby
Consultor Doutrinário e Teológico: Antonio Gilberto
Tema Central: A MISSÃO INTEGRAL DA IGREJA – Porque o Reino de Deus
está entre vós
Páginas: 42 - 49
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