domingo, 26 de maio de 2013

A QUEDA DOS MUROS DE JERICÓ

Texto Áureo: Hebreus 11.30
Verdade Prática: Qualquer resistência que se levantar contra a Igreja de Cristo será destruída pelo seu poder.
Leitura Bíblica: Josué 6.1-5,15-20; Hebreus 11.30

Lição 7


INTRODUÇÃO

Após terem atravessados milagrosamente o Jordão e os filhos de Israel se encontram agora diante de outro obstáculo, a cidade de Jericó. Uma verdadeira fortaleza Cananéia, estrategicamente encravada na entrada da terra prometida. Além do mais, Jericó sendo uma cidade fortificada, era atuada por forças do mal, forças espirituais que somente poderiam ser aniquiladas pelo Espírito de Deus. Josué, então, ouve a voz de Deus a lhe encorajar neste momento: “Tenho dado na tua mão a Jericó e ao seu rei, os seus valentes e valorosos”. (v 11).

I.                   DEUS DÁ INSTRUÇÕES PARA QUE OS SACERDOTES E O EXÉRCITO RODEIEM A CIDADE

1.      Rodeareis a cidade... por seis dias (v 3): As Escrituras são proféticas e se combinam entre si em cada detalhe! Deus ordenou ao homem que trabalhasse seis dias, e acrescentou: “O sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus” (Ex 20.6-10). Profeticamente falando, isso iria agora acontecer na cidade de Jericó. O povo tinha de rodear a cidade por seis dias, mas ao sétimo dia a atuação divina acompanharia a grita do povo. No sétimo dia na sétima volta, o Deus de Israel efetuaria a derrubada do muro por meio de implosão (vv 5,20). Quando nós começamos, Deus começa também. Deus poderia ter derrubado os muros sem a participação do povo, mas isso certamente não edificaria a fé da nação. O apóstolo Paulo declara que “nós somos cooperadores de Deus” (1 Co 3.9), e Marcos afirma que “o Senhor coopera conosco” (Mc 16.20). Era então, com efeito, necessária a participação do povo, andando, tocando e gritando ao redor da cidade. Era um verdadeiro movimento pentecostal contextuando com a atuação da Igreja na presente dispensação.
2.      Sete sacerdotes levarão sete buzinas (v 4): As Escrituras declaram que o povo de Israel estava familiarizado com o sol da trombeta em qualquer sentido. Havia diversos timbres de trombeta, mas todas davam toque certo, para que a voz tivesse sentido (1 Co 14.8). Por exemplo:
·         Nos dias de alegria, festividades e sacrifícios (Nm 10.1-6);
·         Em tempos de guerras (Nm 10.9; Ez 33.1-7);
·         A fim de convocar o povo para ouvir os mandamentos divinos (Ex 19.19);
·         Em
·         Em meio à guerra também havia sons de trombetas, o que está em foco nesta lição (Js 6.4,5); e
·         Nas festividades solenes (Sl 81.32). Nas mãos dos profetas, as trombetas simbolizavam pronunciamentos escatológicos (cf. Is 27.13; Jl 2.1; Sf 1.16; 1 Co 15.52; 1 Ts 4.16). Nas mãos dos anjos de Deus, elas representam castigos iminentes (Ap 8.7 e 11.15). As trombetas, em número de sete, indicavam que Deus traria algum julgamento, perfeito, completo e inteiramente apropriado para realizar seu propósito contra a cidade de Jericó. Concomitantemente, foi o que aconteceu (vv 20 – 24).

II.                A QUEDA DOS MUROS E A CONQUISTA DA CIDADE
1.      O muro da cidade cairá abaixo (vv 5,20): Depreendemos do texto em foco, ou melhor como esta dito em Hb 11.30, “que os muros cairiam abaixo”. Isto significa que não cairiam nem para a direita, nem para a esquerda; mas seriam pressionados por uma força sobrenatural e se enfincariam de chão abaixo. Isso sem dúvida facilitaria o acesso AA “todos os homens de guerra”, para efetuarem a conquista ao mesmo tempo. E, com efeito, foi isso que aconteceu: “O povo subiu à cidade, cada qual em frente de si” (v 20). Durante a caminhada no deserto, Deus operou juízo semelhante, quando repreendeu Coré e o seu grupo: “A terra que estava debaixo deles se fendeu, e a terra abriu a sua boca, e os tragou...” (Nm 16.31,32). Deus deve ser respeitado. Com Deus não se brinca.
2.      A fé cooperou e Deus operou (Hb 11.30): A queda dos poderosos muros foi um ato de fé. “Pela fé cairiam os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias”. Aquilo que a fé produziu tem sido confirmado pelo testemunho da História. As investigações arqueológicas com suas pás, picaretas e tábuas cronológicas, confirmam em cada detalhe, a descrição bíblica da tomada de Jericó pelo povo eleito. Os sábios têm sondado cuidadosamente camada sobre Camada dos escombros da antiga Jericó. Os arqueólogos Wernst Sellin e Carl Watzinger, dois chefes da expedição austro-alemã, descobriram ali duas muralhas concêntricas. “O espaço entre as duas muralhas está cheio de escombros e entulho. Vêem-se nitidamente vestígios de um gigantesco incêndio, massas compactas de tijolos enegrecidos, pedras esmiuçadas, madeiras carbonizadas e cinzas. As casas ao longo dos muros foram queimadas até os alicerces, seus tetos desabaram sobre os utensílios domésticos” (J. Garstang). Portanto, toda essa descrição coincide com a narrativa feita por Josué (vv 20,24).
3.      Onde há sangue a casa não cai (v 22): Lendo Js 2.15, encontramos a casa de Raabe, a meretriz, edificada sobre o muro da cidade. Confrontando esta passagem com Js 6.22, fica subentendido que a única parte do muro que não caiu foi exatamente aquela onde se encontrava a casa de Raabe. Com efeito ali havia o sinal do sangue de Cristo, representado pelo “cordão de fio escarlata” colocado na janela (Js 2.18). Deus não podia destruir aquela parte. Ele disse: “aquele sangue vos era por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós” (Ex 12.13). Se apenas um simbolismo, representado por sangue de animais e uma fita de escarlata, ofereceu tal proteção a estas pessoas, “quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus...” nos assegurará a proteção aqui e na eternidade (Hb 9.14).
4.      A reedificação da cidade de Jerico (v26): “Maldito diante do Senhor seja o homem que se levantar e reedificar esta cidade de Jericó; perdendo o seu primogênito a fundará, e sobre o seu filho mais novo lhe porá as portas”. De acordo com esta advertência, não era da vontade divina a reconstrução da cidade de Jericó. Sua destruição, atuada pelo próprio Deus, transformando-a em montões de ruínas, servia para admoestação nas gerações seguintes. Mas sempre aparece um desobediente no seio da congregação! Cerca de quinhentos anos depois, Acabe, rei de Israel, mandou edificar a tal cidade. Sob sua ordem, “Hiel, o betelita, edificou a Jericó: morrendo Abirão, seu primogênito, e morrendo Segube, seu último, pôs as suas portas; conforme a palavra do Senhor, que falara pelo ministério de Josué, filho de Num” (1 Rs 16.34).

III.             JERICÓ REPRESENTA AS FORTALEZAS DO MAL

1.      “As armas de nossa milícia... são poderosas em Deus” (2 Co 10.4): O apóstolo Paulo declara que as nossas armas são armas espirituais. Isto é, armas poderosas em Deus que estão sendo usadas para “destruição das fortalezas”, que estão a combater os filhos de Deus. São forças espirituais (outras terrenas) enviadas ao mundo tenebroso. A Igreja de Cristo a exemplo de Israel, na época da conquista, está cercada de inimigos. Por isso, Paulo nos adverte dizendo que estamos em meio a uma grande tempestade que se arma, a fim de intensificar a batalha entre o bem e o mal. Ele via pelo Espírito Santo que o firmamento se enegrecia, e já se podia ver o choque de exércitos hostis, ante a aproximação dos exércitos divinos em defesa do Céu (Ef 6.12,13).
2.      As fortalezas estão se desmoronando: A vitória de Cristo e do seu povo, torna-se evidente no mundo atual. A queda do muro de Berlim, o desmoronamento do comunismo Leste Europeu, o início da destruição da grande muralha da China com seus 7000 km de extensão, conforme informações obtidas do jornal “Folha da Tarde” do Estado de São Paulo de 30.11.90, e a substituição das grandes ditaduras pela democracia, seqüenciadas pela penetração do Evangelho nestes redutos, até então segregados, são provas infalíveis da operação de Deus, batalhando em defesa da Igreja de seu filho Jesus Cristo. O mundo tem se transformado numa cidade de pecado a exemplo de “Sodoma e Gomorra” e até mesmo a cidade de Jericó. Josué e a nação eleita usaram a fé para vencer Jericó. Nos devemos, portanto, usar também a nossa fé nesta batalha espiritual. Esta é a arma que “vence o mundo, a nossa fé” (1 Jo 5.4). Cristo disse: Eu venci o mundo” (Jo 16.33). Resta-nos, agora, vencê-lo também (Ap 2.7,11,17,26; 3.5,12,21).


Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 1º/ 1992
Comentarista: Severino Pedro da Silva
Tema Central: JOSUÉ, o livro das vitórias.

Páginas: 24 - 27

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