Texto Áureo: Hebreus 11.30
Verdade Prática: Qualquer resistência
que se levantar contra a Igreja de Cristo será destruída pelo seu poder.
Leitura Bíblica: Josué
6.1-5,15-20; Hebreus 11.30
Lição 7
INTRODUÇÃO
Após terem atravessados milagrosamente o Jordão e os filhos de Israel se
encontram agora diante de outro obstáculo, a cidade de Jericó. Uma verdadeira
fortaleza Cananéia, estrategicamente encravada na entrada da terra prometida.
Além do mais, Jericó sendo uma cidade fortificada, era atuada por forças do
mal, forças espirituais que somente poderiam ser aniquiladas pelo Espírito de
Deus. Josué, então, ouve a voz de Deus a lhe encorajar neste momento: “Tenho
dado na tua mão a Jericó e ao seu rei, os seus valentes e valorosos”. (v 11).
I.
DEUS DÁ
INSTRUÇÕES PARA QUE OS SACERDOTES E O EXÉRCITO RODEIEM A CIDADE
1.
Rodeareis a cidade...
por seis dias (v 3): As Escrituras são proféticas e se combinam entre
si em cada detalhe! Deus ordenou ao homem que trabalhasse seis dias, e
acrescentou: “O sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus” (Ex 20.6-10).
Profeticamente falando, isso iria agora acontecer na cidade de Jericó. O povo
tinha de rodear a cidade por seis dias, mas ao sétimo dia a atuação divina
acompanharia a grita do povo. No sétimo dia na sétima volta, o Deus de Israel
efetuaria a derrubada do muro por meio de implosão (vv 5,20). Quando nós
começamos, Deus começa também. Deus poderia ter derrubado os muros sem a
participação do povo, mas isso certamente não edificaria a fé da nação. O
apóstolo Paulo declara que “nós somos cooperadores de Deus” (1 Co 3.9), e
Marcos afirma que “o Senhor coopera conosco” (Mc 16.20). Era então, com efeito,
necessária a participação do povo, andando, tocando e gritando ao redor da
cidade. Era um verdadeiro movimento pentecostal contextuando com a atuação da
Igreja na presente dispensação.
2.
Sete
sacerdotes levarão sete buzinas (v 4): As Escrituras declaram que o
povo de Israel estava familiarizado com o sol da trombeta em qualquer sentido.
Havia diversos timbres de trombeta, mas todas davam toque certo, para que a voz
tivesse sentido (1 Co 14.8). Por exemplo:
·
Nos dias de alegria, festividades e sacrifícios
(Nm 10.1-6);
·
Em tempos de guerras (Nm 10.9; Ez 33.1-7);
·
A fim de convocar o povo para ouvir os
mandamentos divinos (Ex 19.19);
·
Em
·
Em meio à guerra também havia sons de trombetas,
o que está em foco nesta lição (Js 6.4,5); e
·
Nas festividades solenes (Sl 81.32). Nas mãos
dos profetas, as trombetas simbolizavam pronunciamentos escatológicos (cf. Is
27.13; Jl 2.1; Sf 1.16; 1 Co 15.52; 1 Ts 4.16). Nas mãos dos anjos de Deus,
elas representam castigos iminentes (Ap 8.7 e 11.15). As trombetas, em número
de sete, indicavam que Deus traria algum julgamento, perfeito, completo e
inteiramente apropriado para realizar seu propósito contra a cidade de Jericó.
Concomitantemente, foi o que aconteceu (vv 20 – 24).
II.
A QUEDA DOS
MUROS E A CONQUISTA DA CIDADE
1.
O muro da
cidade cairá abaixo (vv 5,20): Depreendemos do texto em foco, ou melhor
como esta dito em Hb 11.30, “que os muros cairiam abaixo”. Isto significa que
não cairiam nem para a direita, nem para a esquerda; mas seriam pressionados
por uma força sobrenatural e se enfincariam de chão abaixo. Isso sem dúvida
facilitaria o acesso AA “todos os homens de guerra”, para efetuarem a conquista
ao mesmo tempo. E, com efeito, foi isso que aconteceu: “O povo subiu à cidade,
cada qual em frente de si” (v 20). Durante a caminhada no deserto, Deus operou
juízo semelhante, quando repreendeu Coré e o seu grupo: “A terra que estava
debaixo deles se fendeu, e a terra abriu a sua boca, e os tragou...” (Nm
16.31,32). Deus deve ser respeitado. Com Deus não se brinca.
2.
A fé cooperou
e Deus operou (Hb 11.30): A queda dos poderosos muros foi um ato de fé.
“Pela fé cairiam os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias”. Aquilo
que a fé produziu tem sido confirmado pelo testemunho da História. As
investigações arqueológicas com suas pás, picaretas e tábuas cronológicas,
confirmam em cada detalhe, a descrição bíblica da tomada de Jericó pelo povo
eleito. Os sábios têm sondado cuidadosamente camada sobre Camada dos escombros
da antiga Jericó. Os arqueólogos Wernst Sellin e Carl Watzinger, dois chefes da
expedição austro-alemã, descobriram ali duas muralhas concêntricas. “O espaço
entre as duas muralhas está cheio de escombros e entulho. Vêem-se nitidamente
vestígios de um gigantesco incêndio, massas compactas de tijolos enegrecidos,
pedras esmiuçadas, madeiras carbonizadas e cinzas. As casas ao longo dos muros
foram queimadas até os alicerces, seus tetos desabaram sobre os utensílios
domésticos” (J. Garstang). Portanto, toda essa descrição coincide com a
narrativa feita por Josué (vv 20,24).
3.
Onde há
sangue a casa não cai (v 22): Lendo Js 2.15, encontramos a casa de
Raabe, a meretriz, edificada sobre o muro da cidade. Confrontando esta passagem
com Js 6.22, fica subentendido que a única parte do muro que não caiu foi exatamente
aquela onde se encontrava a casa de Raabe. Com efeito ali havia o sinal do
sangue de Cristo, representado pelo “cordão de fio escarlata” colocado na
janela (Js 2.18). Deus não podia destruir aquela parte. Ele disse: “aquele
sangue vos era por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei
por cima de vós” (Ex 12.13). Se apenas um simbolismo, representado por sangue
de animais e uma fita de escarlata, ofereceu tal proteção a estas pessoas,
“quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si
mesmo imaculado a Deus...” nos assegurará a proteção aqui e na eternidade (Hb
9.14).
4.
A
reedificação da cidade de Jerico (v26): “Maldito diante do Senhor seja
o homem que se levantar e reedificar esta cidade de Jericó; perdendo o seu
primogênito a fundará, e sobre o seu filho mais novo lhe porá as portas”. De
acordo com esta advertência, não era da vontade divina a reconstrução da cidade
de Jericó. Sua destruição, atuada pelo próprio Deus, transformando-a em montões
de ruínas, servia para admoestação nas gerações seguintes. Mas sempre aparece
um desobediente no seio da congregação! Cerca de quinhentos anos depois, Acabe,
rei de Israel, mandou edificar a tal cidade. Sob sua ordem, “Hiel, o betelita,
edificou a Jericó: morrendo Abirão, seu primogênito, e morrendo Segube, seu
último, pôs as suas portas; conforme a palavra do Senhor, que falara pelo
ministério de Josué, filho de Num” (1 Rs 16.34).
III.
JERICÓ
REPRESENTA AS FORTALEZAS DO MAL
1.
“As armas de
nossa milícia... são poderosas em Deus” (2 Co 10.4): O apóstolo Paulo
declara que as nossas armas são armas espirituais. Isto é, armas poderosas em
Deus que estão sendo usadas para “destruição das fortalezas”, que estão a combater
os filhos de Deus. São forças espirituais (outras terrenas) enviadas ao mundo
tenebroso. A Igreja de Cristo a exemplo de Israel, na época da conquista, está
cercada de inimigos. Por isso, Paulo nos adverte dizendo que estamos em meio a
uma grande tempestade que se arma, a fim de intensificar a batalha entre o bem e
o mal. Ele via pelo Espírito Santo que o firmamento se enegrecia, e já se podia
ver o choque de exércitos hostis, ante a aproximação dos exércitos divinos em
defesa do Céu (Ef 6.12,13).
2.
As fortalezas
estão se desmoronando: A vitória de Cristo e do seu povo, torna-se
evidente no mundo atual. A queda do muro de Berlim, o desmoronamento do
comunismo Leste Europeu, o início da destruição da grande muralha da China com
seus 7000 km de extensão, conforme informações obtidas do jornal “Folha da Tarde”
do Estado de São Paulo de 30.11.90, e a substituição das grandes ditaduras pela
democracia, seqüenciadas pela penetração do Evangelho nestes redutos, até então
segregados, são provas infalíveis da operação de Deus, batalhando em defesa da
Igreja de seu filho Jesus Cristo. O mundo tem se transformado numa cidade de
pecado a exemplo de “Sodoma e Gomorra” e até mesmo a cidade de Jericó. Josué e
a nação eleita usaram a fé para vencer Jericó. Nos devemos, portanto, usar
também a nossa fé nesta batalha espiritual. Esta é a arma que “vence o mundo, a
nossa fé” (1 Jo 5.4). Cristo disse: Eu venci o mundo” (Jo 16.33). Resta-nos,
agora, vencê-lo também (Ap 2.7,11,17,26; 3.5,12,21).
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e
Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 1º/ 1992
Comentarista: Severino Pedro da Silva
Tema Central: JOSUÉ, o livro das vitórias.
Páginas: 24 - 27
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