Texto Áureo: 2 Reis 4.4
Verdade Prática: O A história da
multiplicação do azeite da viúva mostra claramente que o Senhor é soberano e
gracioso para suprir todas as necessidades de seus filhos.
Leitura Bíblica: 2
Reis 4.1-7
Lição 10
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, estudaremos a narrativa bíblica sobre a multiplicação do
azeite na casa da viúva (2 Rs 4.1-7). Não há dúvidas de que esta é uma das mais
surpreendentes passagens bíblicas. Nela, vemos o pouco tornar-se muito: a
escassez converter-se em abundância e o vazio ficar cheio! Vemos ainda como a
graça de Deus alcança os corações desesperados. Este texto, portanto, é bem
claro em revelar que os milagres acontecem primeiramente em decorrência da
bondade de Deus e, após, em resposta a uma fé obediente.
I.
A MOTIVAÇÃO
DO MILAGRE
1.
A necessidade
humana: As bênçãos de Deus vêm em resposta a uma necessidade humana. O
milagre ocorrido na casa da viúva de um dos discípulos dos profetas confirma
esse fato (2 Rs 4.1-7). O texto expõe a extrema penúria na qual essa pobre
mulher havia ficado. Perdera o marido, que havia falecido, e agora corria o
risco de perder também os filhos para os credores se não quitasse uma dívida.
Era costume naqueles dias um credor obrigar um devedor a saldar a sua dívida
através do trabalho servil ou escravo (2 Rs 4.1b). Essa mulher, portanto,
necessitava urgentemente que alguma coisa fosse feita para tirá-la daquela
situação. Sabedora que o profeta Eliseu era um homem de Deus, recorreu a ele (v
1). A Escritura mostra que o Senhor socorre o necessitado (Sl 40.17; 69.33/ Is
25.4; Jr 20.13).
2.
A
misericórdia divina: O milagre ocorrido na casa da viúva aconteceu como
resposta a uma carência humana, mas não apenas isso: ocorreu também graças à
compaixão divina.
Não foi apenas por ser pobre que a viúva foi socorrida, nem tampouco por
haver sido esposa de um dos discípulos dos profetas (2 Rs 4.1). O texto diz que
ela “clamou” ao profeta Eliseu (2 Rs 4.1). O termo hebraico que traduz essa
palavra é tsa’aq, que possui o sentido de clamar por ajuda, chorar em voz alta.
O profeta ficou sensibilizado; Deus compadeceu-se daquela mulher sofredora. O
Senhor é compassivo, misericordioso e longanimo (Ex 34.6; 2 Cr 30.9; Sl 116.5).
II.
A DINÂMICA
DO MILAGRE
1.
Um pouco de
azeite: Diante do clamor da viúva, o profeta Eliseu perguntou-lhe: “Que
te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: “Tua
serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite” (2 Rs 4.2).
Duas coisas precisam ser observadas aqui. Em primeiro lugar, o milagre
acontece na esfera familiar: “o que tens em casa”. O lar e a família são
importantes para Deus. Em segundo lugar, um pouquinho pode tornar-se muito se
vem com a benção de Deus. De fato o texto hebraico destaca que a porção de
azeite da mulher era tão minguada que ela quase esqueceu que o possuía. No
entanto, foi esse pouco que o Senhor usou para operar o grande milagre. O que
possuímos pode ser bem pouco, mas é suficiente para Deus operar os seus
propósitos.
2.
Uma fé
obediente: A instrução dada pelo profeta Eliseu para solucionar o
problema da viúva é bastante reveladora sobre a dinâmica desse milagre (2 Rs
4.3-5). Num primeiro momento, o profeta chamou a mulher à ação: “Vai, pede para
ti vasos emprestados”. A fé é demonstrada pela ação (Tg 2.17). Jesus também viu
a fé do paralítico e dos homens que o conduziram em Cafarnaum (Mc 2.1-12). Em
segundo lugar, o milagre deveria acontecer de portas fechadas: “Fecha a porta”,
disse o profeta. A mulher obedeceu ao profeta, e o azeite começou a fluir. E,
assim, pode ela salvar os filhos, pagar as dividas e viver dignamente.
É possível que uma das causas da escassez de milagres hoje esteja na
publicidade desenfreada. Deus quer privacidade, mas os homens gostam de
notoriedade. Gostam de aparecer e vangloriar-se (Lc 12.15). Deixam a porta
aberta para serem vistos!
III.
OS
INSTRUMENTOS DO MILAGRE
1.
O instrumento
humano: Por várias vezes, no livro de 2 Reis, o profeta Eliseu é
chamado de “Homem de Deus” (2 Rs 4.7,9,16; 6.9). Sem dúvida esses textos
demonstram que Eliseu era um instrumento de Deus para a operação de milagres.
Deus usa homens! Esse é um fato fartamente demonstrado na Bíblia. Para formar uma
nação e através dela revelar seu plano de salvação à humanidade, o Senhor
chamou Abraão (Gn 12). Para tirar os israelitas do Egito, Deus usou Moisés (Ex
4.1-17). Para levar a mensagem do Evangelho aos gentios, o Senhor usou a Pedro
(At 10 – 11). Deus também chamou a Paulo para ser “um instrumento escolhido”
para levar seu nome perante os nobres (At 9.15). Para salvar-nos, Deus
humanizou-se na pessoa bendita de Jesus Cristo (Jo 1.1,18; Fp 2.1-11).
E para sua obra missionária, Ele conta com você! (Mt 28.19).
2.
O instrumento
divino: Quando uma grande fome assolava Samaria, o profeta Eliseu
profetizou abundância de alimentos: “Então, disse Eliseu: Ouvi AA palavra do
Senhor; assim diz o Senhor: Amanhã, quase a este tempo, uma medida de farinha
haverá por um siclo, e duas medidas de cevada, por um ciclo,à porta de Samaria”
(2 Rs 7.1).
O cumprimento dessa profecia parecia pouco provável naqueles dias, a ponto
de o capitão, em cujo braço o rei se apoiava, haver ironizado: “Ainda que o
Senhor fizesse janelas no céu, poder-se-ia fazer isso?” (2 Rs 7.2). Mas a
profecia cumpriu-se exatamente como Eliseu havia predito (2 Rs 7.16-20), O
texto põe as Palavra do Senhor como agente causador do milagre. O cronista
observa que esses fatos ocorreram “segundo a palavra do Senhor” (2 Rs 7.16). O
que o Senhor faz, Ele o faz através de sua Palavra.
IV.
O OBJETIVO
DO MILAGRE
1.
Uma resposta
ao sofrimento: Todos os milagres realizados por Eliseu deixam bem claro
que eles ocorreram em resposta a uma necessidade humana e também ao sofrimento (2
Rs 4.1-38; 5.1-19; 6.1-7).
O Novo Testamento mostra-nos que o Senhor Jesus libertava e curava porque se
compadecia do sofrimento humano (Lc 13.10-17; Mc 1.40-45).
2.
Glorificar a
Deus: Os milagres, portanto, são uma resposta de Deus ao sofrimento
humano. Todavia, eles não se centralizam no homem, mas em Deus. Os milagres
narrados nas Escrituras objetivam a glória de Deus. Em nenhum momento,
encontramos os profetas buscando chamar a atenção para si através dos milagres
que realizavam nem tirar proveitos deles. Quem tentou fazer isso e
beneficiar-se de forma indevida foi Geazi, o servo de Eliseu. Entretanto,
quando assim procedeu foi severamente punido (2 Rs 5.20-27).
Em o Novo Te3stamento, observamos Pedro e Paulo pondo em destaque esse fato
e mostrando que Deus, e não os homens é quem deve ser glorificado (At 3.8,12;
14.14,15).
CONCLUSÃO
O milagre da multiplicação do azeite é um testemunho do poder de Deus, que
se compadece dos sofredores que o buscam de todo o coração. O foco, portanto,
dessa bela história não é a viúva nem tampouco o profeta Eliseu, mas o Senhor
que através da instrumentalidade do seu servo abençoa essa pobre mulher. A
história faz-nos lembrar um outro feito extraordinário e muito mais relevante
do que esse: a multiplicação dos peixes e pães por nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo. Ele foi, é e sempre será a resposta a todo sofrimento humano.
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e
Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 1º/ 2013
Comentarista: José Gonçalves
Tema Central: Elias e Eliseu – Um ministério de Poder para toda a
Igreja
Páginas: 68 - 74
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