segunda-feira, 1 de abril de 2013

HÁ UM MILAGRE EM SUA CASA


Texto Áureo: 2 Reis 4.4

Verdade Prática: O A história da multiplicação do azeite da viúva mostra claramente que o Senhor é soberano e gracioso para suprir todas as necessidades de seus filhos.

Leitura Bíblica: 2 Reis 4.1-7

Lição 10

 

 

INTRODUÇÃO

 

Na lição de hoje, estudaremos a narrativa bíblica sobre a multiplicação do azeite na casa da viúva (2 Rs 4.1-7). Não há dúvidas de que esta é uma das mais surpreendentes passagens bíblicas. Nela, vemos o pouco tornar-se muito: a escassez converter-se em abundância e o vazio ficar cheio! Vemos ainda como a graça de Deus alcança os corações desesperados. Este texto, portanto, é bem claro em revelar que os milagres acontecem primeiramente em decorrência da bondade de Deus e, após, em resposta a uma fé obediente.

 

I.                   A MOTIVAÇÃO DO MILAGRE

 

1.      A necessidade humana: As bênçãos de Deus vêm em resposta a uma necessidade humana. O milagre ocorrido na casa da viúva de um dos discípulos dos profetas confirma esse fato (2 Rs 4.1-7). O texto expõe a extrema penúria na qual essa pobre mulher havia ficado. Perdera o marido, que havia falecido, e agora corria o risco de perder também os filhos para os credores se não quitasse uma dívida.

Era costume naqueles dias um credor obrigar um devedor a saldar a sua dívida através do trabalho servil ou escravo (2 Rs 4.1b). Essa mulher, portanto, necessitava urgentemente que alguma coisa fosse feita para tirá-la daquela situação. Sabedora que o profeta Eliseu era um homem de Deus, recorreu a ele (v 1). A Escritura mostra que o Senhor socorre o necessitado (Sl 40.17; 69.33/ Is 25.4; Jr 20.13).

2.      A misericórdia divina: O milagre ocorrido na casa da viúva aconteceu como resposta a uma carência humana, mas não apenas isso: ocorreu também graças à compaixão divina.

Não foi apenas por ser pobre que a viúva foi socorrida, nem tampouco por haver sido esposa de um dos discípulos dos profetas (2 Rs 4.1). O texto diz que ela “clamou” ao profeta Eliseu (2 Rs 4.1). O termo hebraico que traduz essa palavra é tsa’aq, que possui o sentido de clamar por ajuda, chorar em voz alta. O profeta ficou sensibilizado; Deus compadeceu-se daquela mulher sofredora. O Senhor é compassivo, misericordioso e longanimo (Ex 34.6; 2 Cr 30.9; Sl 116.5).

 

II.                A DINÂMICA DO MILAGRE

 

1.      Um pouco de azeite: Diante do clamor da viúva, o profeta Eliseu perguntou-lhe: “Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: “Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite” (2 Rs 4.2).

Duas coisas precisam ser observadas aqui. Em primeiro lugar, o milagre acontece na esfera familiar: “o que tens em casa”. O lar e a família são importantes para Deus. Em segundo lugar, um pouquinho pode tornar-se muito se vem com a benção de Deus. De fato o texto hebraico destaca que a porção de azeite da mulher era tão minguada que ela quase esqueceu que o possuía. No entanto, foi esse pouco que o Senhor usou para operar o grande milagre. O que possuímos pode ser bem pouco, mas é suficiente para Deus operar os seus propósitos.

2.      Uma fé obediente: A instrução dada pelo profeta Eliseu para solucionar o problema da viúva é bastante reveladora sobre a dinâmica desse milagre (2 Rs 4.3-5). Num primeiro momento, o profeta chamou a mulher à ação: “Vai, pede para ti vasos emprestados”. A fé é demonstrada pela ação (Tg 2.17). Jesus também viu a fé do paralítico e dos homens que o conduziram em Cafarnaum (Mc 2.1-12). Em segundo lugar, o milagre deveria acontecer de portas fechadas: “Fecha a porta”, disse o profeta. A mulher obedeceu ao profeta, e o azeite começou a fluir. E, assim, pode ela salvar os filhos, pagar as dividas e viver dignamente.

É possível que uma das causas da escassez de milagres hoje esteja na publicidade desenfreada. Deus quer privacidade, mas os homens gostam de notoriedade. Gostam de aparecer e vangloriar-se (Lc 12.15). Deixam a porta aberta para serem vistos!

 

III.             OS INSTRUMENTOS DO MILAGRE

 

1.      O instrumento humano: Por várias vezes, no livro de 2 Reis, o profeta Eliseu é chamado de “Homem de Deus” (2 Rs 4.7,9,16; 6.9). Sem dúvida esses textos demonstram que Eliseu era um instrumento de Deus para a operação de milagres. Deus usa homens! Esse é um fato fartamente demonstrado na Bíblia. Para formar uma nação e através dela revelar seu plano de salvação à humanidade, o Senhor chamou Abraão (Gn 12). Para tirar os israelitas do Egito, Deus usou Moisés (Ex 4.1-17). Para levar a mensagem do Evangelho aos gentios, o Senhor usou a Pedro (At 10 – 11). Deus também chamou a Paulo para ser “um instrumento escolhido” para levar seu nome perante os nobres (At 9.15). Para salvar-nos, Deus humanizou-se na pessoa bendita de Jesus Cristo (Jo 1.1,18; Fp 2.1-11).

E para sua obra missionária, Ele conta com você! (Mt 28.19).

2.      O instrumento divino: Quando uma grande fome assolava Samaria, o profeta Eliseu profetizou abundância de alimentos: “Então, disse Eliseu: Ouvi AA palavra do Senhor; assim diz o Senhor: Amanhã, quase a este tempo, uma medida de farinha haverá por um siclo, e duas medidas de cevada, por um ciclo,à porta de Samaria” (2 Rs 7.1).

O cumprimento dessa profecia parecia pouco provável naqueles dias, a ponto de o capitão, em cujo braço o rei se apoiava, haver ironizado: “Ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, poder-se-ia fazer isso?” (2 Rs 7.2). Mas a profecia cumpriu-se exatamente como Eliseu havia predito (2 Rs 7.16-20), O texto põe as Palavra do Senhor como agente causador do milagre. O cronista observa que esses fatos ocorreram “segundo a palavra do Senhor” (2 Rs 7.16). O que o Senhor faz, Ele o faz através de sua Palavra.

 

IV.             O OBJETIVO DO MILAGRE

 

1.      Uma resposta ao sofrimento: Todos os milagres realizados por Eliseu deixam bem claro que eles ocorreram em resposta a uma necessidade humana e também ao sofrimento (2 Rs 4.1-38; 5.1-19; 6.1-7).

O Novo Testamento mostra-nos que o Senhor Jesus libertava e curava porque se compadecia do sofrimento humano (Lc 13.10-17; Mc 1.40-45).

2.      Glorificar a Deus: Os milagres, portanto, são uma resposta de Deus ao sofrimento humano. Todavia, eles não se centralizam no homem, mas em Deus. Os milagres narrados nas Escrituras objetivam a glória de Deus. Em nenhum momento, encontramos os profetas buscando chamar a atenção para si através dos milagres que realizavam nem tirar proveitos deles. Quem tentou fazer isso e beneficiar-se de forma indevida foi Geazi, o servo de Eliseu. Entretanto, quando assim procedeu foi severamente punido (2 Rs 5.20-27).

Em o Novo Te3stamento, observamos Pedro e Paulo pondo em destaque esse fato e mostrando que Deus, e não os homens é quem deve ser glorificado (At 3.8,12; 14.14,15).

 

CONCLUSÃO

 

O milagre da multiplicação do azeite é um testemunho do poder de Deus, que se compadece dos sofredores que o buscam de todo o coração. O foco, portanto, dessa bela história não é a viúva nem tampouco o profeta Eliseu, mas o Senhor que através da instrumentalidade do seu servo abençoa essa pobre mulher. A história faz-nos lembrar um outro feito extraordinário e muito mais relevante do que esse: a multiplicação dos peixes e pães por nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Ele foi, é e sempre será a resposta a todo sofrimento humano.

 

 

 

Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)

Editora: CPAD

Trimestre: 1º/ 2013

Comentarista: José Gonçalves

Tema Central: Elias e Eliseu – Um ministério de Poder para toda a Igreja

Páginas: 68 - 74

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