Texto Áureo: Jeremias 23.5
Verdade Prática: Jesus é tanto o
Salvador do mundo como Rei do Universo
Leitura Bíblica: Zacarias 1.1; 8.1-3,20-23
Lição 12
INTRODUÇÃO
Nessa
lição, veremos que o livro de Zacarias apresenta os eventos do porvir como o
epilogo da história. O oráculo do profeta não fala a respeito de acontecimentos
enigmáticos, mas de fatos reais e compreensíveis. Qualquer observador atento à
época atual verificará que as demandas do nosso tempo apontam para um desfecho
divinamente escatológico.
I.
O LIVRO DE
ZACARIAS
1.
Contexto
histórico (1.1): Zacarias e Ageu receberam os oráculos divinos no
segundo ano do reinado de Dario, rei da Pérsia, em 520 a.C conforme estudado
anteriormente, a situação espiritual de Judá é a mesma descrita no livro de
Ageu. A indiferença religiosa e o avanço do secularismo colocavam Deus em
último plano. Por isso, tal como a história doas antepassados dos judeus, o
Senhor estava desgostoso daquela geração (1.2,3).
2.
Vida pessoal:
Zacarias era de uma família sacerdotal, assim como Jeremias (Jr 1.1) e Ezequiel
(Ez 1.3). Seu Avô (1.1) era sacerdote e veio do exílio à Jerusalém no grupo
liderado por Zorobabel, filho de Sealtiel, e Josué, filho de Jozadaque (Ne
12.1-4). Parece que “Baraquias”, seu pai, faleceu quando o profeta ainda era
criança. Assim, Zacarias fora então criado por seu avô. Isso pode justificar a
omissão do seu nome em Esdras, que o chama apenas de filho de Ido (Ed 5.1). O
ministério profético de Zacarias foi mais extenso que o de Ageu, pois ele
menciona os orpáculo0s entregues dois anos após o seu chamado (7.1).
3.
Estrutura e
mensagem: Os oráculos de Zacarias são apocalípticos. Eles foram
entregues por visão (capítulos 1 – 6) e palavra (7 – 14). O assunto do livro é
o Messias de Israel. Mas Jerusalém também ocupa espaço significativo na
profecia. Há diversas referências diretas e indiretas a Zacarias em o Novo
Testamento (Zc 9.9 cf. Mt 21.5; Zc 11.13 cf. Mt 27.9,10; Zc 12.10 cf. Ap 1.7).
A vinda do Messias e os demais eventos escatológicos predominam os capítulos 9
– 14.
4.
Unidade
literária: a respeito da unidade literária de Zacarias, as opiniões
mais populares estão divididas em três grupos principais: os que consideram os
capítulos 9 – 14 provenientes do período pré-exilio babilônico; e os que
apontam para o período pós-exilio (os liberais). Esta última idéia é descartada
pelos críticos conservadores.
A
diferença de estilo literário é natural. Um autor pode mudar seu estilo com o
tempo e com o assunto a ser tratado. Em relação à passagem de Zacarias 11.13
- onde o evangelista Mateus atribui
autoria do seu conteúdo ao profeta Jeremias (cf. Mt 27.9) – há pelo menos duas
explicações:
a.
Combinação
profética: Jeremias comprou um campo (Jr 32.6-9) e visitou a casa do
oleiro (Jr 18.2). O Antigo Testamento é rico em detalhes para narrar a obra
redentora. Ele não se restringe apenas Às profecias diretas. Os escritores do
Novo Testamento reconhecem a presença de Cristo e sua obra na história da
redenção (Jr 31.15 cf. Mt 2.16,17; Os 11.1 cf. Mt 2.15). Nesse caso, a citação
de Zacarias 11.13 seria dos dois profetas. Entretanto, somente Jeremias é
mencionado, porque ele é o profeta mais antigo e importante. Desse modo, temos
a unidade literária.
b.
Coletânea de
profecias: A outra explicação é apenas hipotética. Seria uma coleção de
oráculos entregues a Jeremias após a conclusão de seu livro. Eles teriam sido
preservados pelo povo e, mais tarde, incluído por Zacarias na segunda parte dos
seus oráculos.
II.
PROMESSA DE
RESTAURAÇÃO
1.
Sião:
Zacarias introduz o oráculo com a usual fórmula profética (8.1). O discurso
começa com a chancela de autoridade divina: “Assim diz o Senhor dos exércitos”
(8.2-4,6,7). Sião era originalmente a fortaleza que Davi conquistara dos
jebuseus, tornando-se, a partir daí, a sua cidade (2 Sm 5.6-9). Com o passar do
tempo, veio AA ser um nome alternativo de Jerusalém semelhante à descrição de
Zc 8.3.
2.
O zelo do
Senhor (8.2): Jeová declara a si mesmo como Deus “zeloso” (Ex 20.5), e
este é um dos seus nomes (Ex 34.14). Tal zelo diz respeito à sua santidade,
cuja violação não pode ficar impune (Js 24.19). O zelo do Senhor ainda é
manifestado como indignação quando o seu povo é trucidado por estrangeiros. Aos
opressores, Deus há de açoitar (1.14,15).
3.
Restauração
de Jerusalém: A palavra profética anuncia: “Voltarei para Sião e
habitarei no meio de Jerusalém” (8.3b). Após a lição dos 70 anos de cativeiro,
o Senhor se volta com zelo ao seu povo. Mas a promessa é para o futuro, quando
Jerusalém tornar-se uma “cidade de verdade [...] monte de santidade” (8.3b).
temos aqui, uma reiteração do que disseram Zacarias (1.16; 2.10) e os demais
profetas antes dos cativeiros assírios e babilônico (Is 1.16; Ez 36.35-38; Sf
3.13-17).
III.
O REINO
MESSIÂNICO
1.
A pergunta
pela paz: Quando de um atentado terrorista no Iraque, que matou um
diplomata brasileiro, o então secretário geral das Nações Unidas, Koff Annam,
declarou: “Já não existe mais lugar seguro no mundo”. Diante disso, podemos
perguntar: “É possível viver num mundo de justiça, paz e segurança?” A Bíblia
assevera que sim! O profeta Zacarias, mostrando a trajetória da humanidade,
descreve a história espiritual de Israel e o futuro glorioso de Jerusalém no
Milênio (14.11,16,17).
2.
A paz
universal: As Escrituras Sagradas falam de um período conhecido como
Reino Messiânico (ou Milênio), em que o próprio Senhor Jesus Cristo reinará por
mil anos. Tribos, cidades, povos e nações achegar-se-ão à Deus pelo anúncio do
evangelho. O contexto bíblico permite-nos dizer que essa profecia (8.20-22) é
escatológica e aponta para a restauração de Jerusalém no Milênio (2.11; 3.10;
Is 2.2-4; Mq 4.1-4). Nessa época, Israel estará plenamente restaurado tanto
nacional quanto espiritualmente.
3.
A orla da
veste de um judeu (8.23): A expressão “naquele dia” é escatológica
(2.1; Os 2.16; Jl 3.18). Aqui, ela refere-se ao Milênio. O número dez indica
quantidade indefinida (Nm 14.22; 1 Sm 1.8; Ne 4.12). O termo “judeu” no Antigo
Testamento aparece freqüentemente nos livros de Esdras e Neemias. Fora dele, só
aparece em Ester e também em Jeremias. A vestimenta do judeu era de fácil
identificação (Nm 15.38; Dt 22.12). E “agarrar-se à orla de sua veste” indica o
desejo e o anseio do mundo gentio em desfrutar as bênçãos e os privilégios de
Israel. Portanto, se a queda de Israel representou a riqueza do mundo qual não
será a glória dos gentios na sua plenitude? (Rm 11.11-14).
CONCLUSÃO
Diante
do exposto, podemos concluir: se todas as profecias sobre os impérios passados
e acerca da primeira vinda do Messias cumpriram-se fielmente, as profecias
escatológicas igualmente se cumprirão. Os acontecimentos atuais, por si só
começam a confirmar essa realidade.
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e
Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre:4º/2012
Comentarista: Esequias Soares
Tema Central:OS DOZE PROFETAS MENORES – Advertências e Consolações
para a Santificação da Igreja de Cristo
Páginas: 82 - 89
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