segunda-feira, 1 de abril de 2013

ZACARIAS - O REINADO MESSIANICO


Texto Áureo: Jeremias 23.5

Verdade Prática: Jesus é tanto o Salvador do mundo como Rei do Universo

Leitura Bíblica: Zacarias 1.1; 8.1-3,20-23

 

Lição 12

 

 

INTRODUÇÃO

 

 

Nessa lição, veremos que o livro de Zacarias apresenta os eventos do porvir como o epilogo da história. O oráculo do profeta não fala a respeito de acontecimentos enigmáticos, mas de fatos reais e compreensíveis. Qualquer observador atento à época atual verificará que as demandas do nosso tempo apontam para um desfecho divinamente escatológico.

 

I.                   O LIVRO DE ZACARIAS

 

1.      Contexto histórico (1.1): Zacarias e Ageu receberam os oráculos divinos no segundo ano do reinado de Dario, rei da Pérsia, em 520 a.C conforme estudado anteriormente, a situação espiritual de Judá é a mesma descrita no livro de Ageu. A indiferença religiosa e o avanço do secularismo colocavam Deus em último plano. Por isso, tal como a história doas antepassados dos judeus, o Senhor estava desgostoso daquela geração (1.2,3).

2.      Vida pessoal: Zacarias era de uma família sacerdotal, assim como Jeremias (Jr 1.1) e Ezequiel (Ez 1.3). Seu Avô (1.1) era sacerdote e veio do exílio à Jerusalém no grupo liderado por Zorobabel, filho de Sealtiel, e Josué, filho de Jozadaque (Ne 12.1-4). Parece que “Baraquias”, seu pai, faleceu quando o profeta ainda era criança. Assim, Zacarias fora então criado por seu avô. Isso pode justificar a omissão do seu nome em Esdras, que o chama apenas de filho de Ido (Ed 5.1). O ministério profético de Zacarias foi mais extenso que o de Ageu, pois ele menciona os orpáculo0s entregues dois anos após o seu chamado (7.1).

3.      Estrutura e mensagem: Os oráculos de Zacarias são apocalípticos. Eles foram entregues por visão (capítulos 1 – 6) e palavra (7 – 14). O assunto do livro é o Messias de Israel. Mas Jerusalém também ocupa espaço significativo na profecia. Há diversas referências diretas e indiretas a Zacarias em o Novo Testamento (Zc 9.9 cf. Mt 21.5; Zc 11.13 cf. Mt 27.9,10; Zc 12.10 cf. Ap 1.7). A vinda do Messias e os demais eventos escatológicos predominam os capítulos 9 – 14.

4.      Unidade literária: a respeito da unidade literária de Zacarias, as opiniões mais populares estão divididas em três grupos principais: os que consideram os capítulos 9 – 14 provenientes do período pré-exilio babilônico; e os que apontam para o período pós-exilio (os liberais). Esta última idéia é descartada pelos críticos conservadores.

A diferença de estilo literário é natural. Um autor pode mudar seu estilo com o tempo e com o assunto a ser tratado. Em relação à passagem de Zacarias 11.13 -  onde o evangelista Mateus atribui autoria do seu conteúdo ao profeta Jeremias (cf. Mt 27.9) – há pelo menos duas explicações:

a.       Combinação profética: Jeremias comprou um campo (Jr 32.6-9) e visitou a casa do oleiro (Jr 18.2). O Antigo Testamento é rico em detalhes para narrar a obra redentora. Ele não se restringe apenas Às profecias diretas. Os escritores do Novo Testamento reconhecem a presença de Cristo e sua obra na história da redenção (Jr 31.15 cf. Mt 2.16,17; Os 11.1 cf. Mt 2.15). Nesse caso, a citação de Zacarias 11.13 seria dos dois profetas. Entretanto, somente Jeremias é mencionado, porque ele é o profeta mais antigo e importante. Desse modo, temos a unidade literária.

b.      Coletânea de profecias: A outra explicação é apenas hipotética. Seria uma coleção de oráculos entregues a Jeremias após a conclusão de seu livro. Eles teriam sido preservados pelo povo e, mais tarde, incluído por Zacarias na segunda parte dos seus oráculos.

 

II.                PROMESSA DE RESTAURAÇÃO

 

1.      Sião: Zacarias introduz o oráculo com a usual fórmula profética (8.1). O discurso começa com a chancela de autoridade divina: “Assim diz o Senhor dos exércitos” (8.2-4,6,7). Sião era originalmente a fortaleza que Davi conquistara dos jebuseus, tornando-se, a partir daí, a sua cidade (2 Sm 5.6-9). Com o passar do tempo, veio AA ser um nome alternativo de Jerusalém semelhante à descrição de Zc 8.3.

2.      O zelo do Senhor (8.2): Jeová declara a si mesmo como Deus “zeloso” (Ex 20.5), e este é um dos seus nomes (Ex 34.14). Tal zelo diz respeito à sua santidade, cuja violação não pode ficar impune (Js 24.19). O zelo do Senhor ainda é manifestado como indignação quando o seu povo é trucidado por estrangeiros. Aos opressores, Deus há de açoitar (1.14,15).

3.      Restauração de Jerusalém: A palavra profética anuncia: “Voltarei para Sião e habitarei no meio de Jerusalém” (8.3b). Após a lição dos 70 anos de cativeiro, o Senhor se volta com zelo ao seu povo. Mas a promessa é para o futuro, quando Jerusalém tornar-se uma “cidade de verdade [...] monte de santidade” (8.3b). temos aqui, uma reiteração do que disseram Zacarias (1.16; 2.10) e os demais profetas antes dos cativeiros assírios e babilônico (Is 1.16; Ez 36.35-38; Sf 3.13-17).

 

III.             O REINO MESSIÂNICO

 

1.      A pergunta pela paz: Quando de um atentado terrorista no Iraque, que matou um diplomata brasileiro, o então secretário geral das Nações Unidas, Koff Annam, declarou: “Já não existe mais lugar seguro no mundo”. Diante disso, podemos perguntar: “É possível viver num mundo de justiça, paz e segurança?” A Bíblia assevera que sim! O profeta Zacarias, mostrando a trajetória da humanidade, descreve a história espiritual de Israel e o futuro glorioso de Jerusalém no Milênio (14.11,16,17).

2.      A paz universal: As Escrituras Sagradas falam de um período conhecido como Reino Messiânico (ou Milênio), em que o próprio Senhor Jesus Cristo reinará por mil anos. Tribos, cidades, povos e nações achegar-se-ão à Deus pelo anúncio do evangelho. O contexto bíblico permite-nos dizer que essa profecia (8.20-22) é escatológica e aponta para a restauração de Jerusalém no Milênio (2.11; 3.10; Is 2.2-4; Mq 4.1-4). Nessa época, Israel estará plenamente restaurado tanto nacional quanto espiritualmente.

3.      A orla da veste de um judeu (8.23): A expressão “naquele dia” é escatológica (2.1; Os 2.16; Jl 3.18). Aqui, ela refere-se ao Milênio. O número dez indica quantidade indefinida (Nm 14.22; 1 Sm 1.8; Ne 4.12). O termo “judeu” no Antigo Testamento aparece freqüentemente nos livros de Esdras e Neemias. Fora dele, só aparece em Ester e também em Jeremias. A vestimenta do judeu era de fácil identificação (Nm 15.38; Dt 22.12). E “agarrar-se à orla de sua veste” indica o desejo e o anseio do mundo gentio em desfrutar as bênçãos e os privilégios de Israel. Portanto, se a queda de Israel representou a riqueza do mundo qual não será a glória dos gentios na sua plenitude? (Rm 11.11-14).

 

CONCLUSÃO

 

Diante do exposto, podemos concluir: se todas as profecias sobre os impérios passados e acerca da primeira vinda do Messias cumpriram-se fielmente, as profecias escatológicas igualmente se cumprirão. Os acontecimentos atuais, por si só começam a confirmar essa realidade.

 

 

Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)

Editora: CPAD

Trimestre:4º/2012

Comentarista: Esequias Soares

Tema Central:OS DOZE PROFETAS MENORES – Advertências e Consolações para a Santificação da Igreja de Cristo

Páginas: 82 - 89

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