terça-feira, 30 de abril de 2013

ATRAVESSANDO O JNORDÃO E SEGUINDO A ARCA


Texto Áureo: Provérbios 4.27

Verdade Prática: Os israelitas foram ordenados a seguir a Arca. Nós somos ensinados a seguir a Cristo.

Leitura Bíblica: Josué 3.1-6,11,13-1

 

Lição 06

 

 

INTRODUÇÃO

 

Para ir de um lugar ao outro, as pessoas precisam de pontos de referência. Numa cidade, por exemplo, são pontos de referências, usadas pelas pessoas para se orientarem em seus deslocamentos, praças, igrejas, edifícios, torres de comunicações, etc. No campo espiritual, isso também não é diferente, conforme veremos na presente lição.

 

I.                   O QUE ERA A ARCA DO CONCERTO

 

A Arca da Aliança era uma caixa portátil que media aproximadamente um metro e vinte centímetros de comprimento por vinte centímetros de altura. Suas verdadeiras dimensões encontram-se em Ex 37.15. Os outros utensílios (componentes) do tabernáculo foram construídos sob a orientação de Moisés por Bezaleel e Aoliabe (Ex 31.2,6; 37.1), mas no caso da Arca, Deus exigiu que Moisés participasse de sua confecção manual. Moisés, portanto, ajudou os dois artistas fazerem a Arca (Dt 10.1-3). Era o móvel mais especial do Tabernáculo e de cima de sua tampa (o propiciatório), Deus falava com Moisés: “Ali virei a ti, e falarei contigo de cima do propiciatório, do meio dos querubins” (Ex 25.22). Era uma figura de Cristo, o ponto de encontro entre Deus e o homem (Jo 12.32,33; 2 Co 5.19; 1 Tm 2.5).

1.      Usava-se várias expressões para denotar a Arca: A palavra “arca” usada para descrever a Arca de Moisés (Aron) é diferente daquela empregada em relação à arca de Noé (Têwbâ), e dependendo da ocasião, cultura ou lugar, a Arca era chamada por vários nomes:

·         Simplesmente a Arca (Ex 25.10).

·         A Arca do concerto do Senhor (Nm 10.33; Dt 31.26).

·         A Arca do concerto de Deus (Jz 20.27)

·         A Arca do Senhor (1 Sm 6.1).

·         A Arca de Deus (2 Sm 7.2).

·         A Arca da Fortaleza (2 Cr 6.41).

2.      A caminhada da Arca através do Tempo: As Escrituras nos informam que durante a caminhada no deserto os sacerdotes levaram a Arca sobre os seus ombros. Fala-se dela na passagem do Jordão (Js 3), depois em Siló (1 Sm 3.3), em Ebenézer (1 Sm 5.1), em Betel (Jz 20.27), em Bete-Áven (1 Sm 14.18,23), na terra dos filisteus por sete meses (1 Sm 6.1). Ali ela percorreu os seguintes lugares:

·         Casa de Dagom (1 Sm 5.2).

·         Cidade de Asdode (1 Sm 5.7)

·         Cidade de Gate (1 Sm 5.8)

·         Cidade de Ecrom (1 Sm 5.10)

Em 1 Sm 6.15-21 fala-se do retorno da Arca da terra dos filisteus para Bete-Semes. Daí ela foi transferida para Quiriate-Jearim (1 Sm 7.1). Passou vinte anos ali. Três meses em casa de Obede-Edom (2 Sm 6.10-13), daí para Jerusalém (2 Sm 6.12-13). Originalmente ela ficava no tabernáculo. Posteriormente, foi transportada para o templo de Salomão (1 Rs 8.4-8). Não sabemos determinar pela ordem cronológica, mas um tempo ela esteve em Nobe (1 Sm 21.1-11), e em Gibeão (1 Cr 21.29). Ignoramos quando e porque desapareceu a Arca. Talvez, segundo se depreende de 1 Rs 14.25,26 e 2 Cr 33.7, que Sisaque ou Manassés tenham removido a Arca do seu lugar. Há uma tradição que diz que Jeremias a ocultou numa caverna que lhe servia de habitação no Monte Sinai, onde devia permanecer até a restauração de Israel. João a contemplou no templo celestial (Ap 11.19).

 

II.                A ARCA COMO SÍMBOLO DA ORIENTAÇÃO

 

1.      A instrução de Josué para seguir a Arca (vv 3-8,11,17): O piloto de um avião ou o comandante de um navio, para determinar a direção  do vôo ou de navegação, precisam evidentemente de pontos de referências que indiquem corretamente do ponto de partida ao ponto de chegada. Todos esses meios indicam direções corretas e seguras, em qualquer ponto do universo, especialmente naquelas dimensões em que o homem as possa atingir. Com efeito, os filhos de Israel encontram-se agora numa terra completamente desconhecida. E era então necessário que alguma coisa os orientasse na direção correta. Deus então fala a Josué que usasse a Arca para tal missão (v 4 e SS). Durante a caminhada pelo deserto vários elementos já tinham sido utilizados nas orientações do povo.

·         O próprio Deus (Ex 13.17,18).

·         A nuvem (Ex 13.21; Dt 1.33).

·         As trombetas de prata. As últimas orientações dadas no Sinai tratam do uso de duas trombetas de prata para coordenar os movimentos das tribos em sua marcha através do deserto (Nm 10.1-10). Elas podiam ser tocadas de várias maneiras, produzindo sinais diferentes. Segundo a tradição judaica, toques longos eram usados para reunir o povo a Moisés, para a tenda da congregação para adoração. Toques a rebate eram usados para a batalha e para ordenar os acampamentos para a partida. No primeiro toque partiam as tribos do leste do tabernáculo, no segundo, as que acampavam ao sul, e toques subseqüentes, as que estavam a oeste e ao norte (Nm 2.1-31; 10.5,6).

2.      A Arca como símbolo (v 4 e SS): Após a travessia do Jordão, a nação inteira recebe instruções de Josué para seguir a Arca como símbolo orientador. Tão-somente disse ele: “Haja, contudo distância entre vós e ela...” (v 4). A arca como veremos na secção seguinte, era uma figura de Cristo, onde a vontade de Deus é revelada, por esta razão, o respeito a ela era inerente. Quem nela tocasse indevidamente seria punido sem misericórdia (1 Sm 5.3-13; 6.1-21; 2 Sm 6.6,7).

 

III.             A ARCA REPRESENTA CRISTO, NOSSO GRANDE ORIENTADOR

 

1.      Cristo é o caminho: A Arca devia ser seguida para indicar o caminho – Cristo. Jesus é o caminho para Deus, o que é o destino celestial da humanidade redimida. Ele disse: “Ninguém vem ao pai senão por mim” (Jo 14.6). Jesus é o caminho para os lugares celestiais que é onde habita a divindade. Isso será feito “pelo novo e vivo caminho que Ele consagrou” (Hb 10.20). A Arca apontava o verdadeiro caminho a ser seguido. Josué afirmou aos filhos de Israel: “Segui a Arca... para que saibais o caminho” (v 4). Esta é para nós a mesma recomendação divina.

2.      Cristo e a nuvem: Outro símbolo da glória de Deus, como elemento guia, era a nuvem (Ex 13.21,22). Ela tanto pode representar o Espírito Santo como a Cristo. Ela servia de guia e sombra para os filhos de Israel. Exatamente o que o Espírito Santo faz hoje na Igreja (Lc 1.35; Jo 16.13). Entretanto, quando este simbolismo é aplicado à pessoa de Cristo, torna-se mais evidente. Em Ap 7.15,17 diz que Cristo serve de “sombra” e de “guia”. A “Shequinah” (glória) era a manifestação da presença de Deus, guiando o seu povo no deserto. Na presente dispensarão, a Igreja deseja muito a sombra de Cristo, e “debaixo dela se assenta” (Ct 2.3).

3.      Cristo é o nosso guia: O profeta Miquéias (quase oito séculos a.C), profetizou e Mateus transcreveu que Jesus seria o guia do seu povo (Mq 5.2; Mt 2.6). A nuvem guiava o povo no deserto, mas nas fronteiras de Canaã desapareceu; as trombetas de prata o tempo destruiu ou estão soterradas em algum lugar. A Arca guiou o povo, mas um dia desapareceu também! Ninguém mais a encontrará a nãos ser no santuário celestial (Ap 11.19). Cristo, entretanto, continua e continuará conosco, “Eis que eu estou convosco todos os dias...” (Mt 28.20). Ele é o nosso Pastor! Ele é o nosso guia! (Ap 7.17). Amém.

 

 

Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)

Editora: CPAD

Trimestre: 1º/ 1992

Comentarista: Severino Pedro da Silva

Tema Central: JOSUÉ, o livro das vitórias.

Páginas: 21 - 23

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