Texto Áureo: Provérbios 4.27
Verdade Prática: Os israelitas foram
ordenados a seguir a Arca. Nós somos ensinados a seguir a Cristo.
Leitura Bíblica: Josué
3.1-6,11,13-1
Lição 06
INTRODUÇÃO
Para ir de um lugar ao outro, as pessoas precisam de pontos de referência.
Numa cidade, por exemplo, são pontos de referências, usadas pelas pessoas para se
orientarem em seus deslocamentos, praças, igrejas, edifícios, torres de
comunicações, etc. No campo espiritual, isso também não é diferente, conforme
veremos na presente lição.
I.
O QUE ERA A
ARCA DO CONCERTO
A Arca da Aliança era uma caixa portátil que media aproximadamente um metro
e vinte centímetros de comprimento por vinte centímetros de altura. Suas
verdadeiras dimensões encontram-se em Ex 37.15. Os outros utensílios
(componentes) do tabernáculo foram construídos sob a orientação de Moisés por
Bezaleel e Aoliabe (Ex 31.2,6; 37.1), mas no caso da Arca, Deus exigiu que
Moisés participasse de sua confecção manual. Moisés, portanto, ajudou os dois
artistas fazerem a Arca (Dt 10.1-3). Era o móvel mais especial do Tabernáculo e
de cima de sua tampa (o propiciatório), Deus falava com Moisés: “Ali virei a
ti, e falarei contigo de cima do propiciatório, do meio dos querubins” (Ex
25.22). Era uma figura de Cristo, o ponto de encontro entre Deus e o homem (Jo
12.32,33; 2 Co 5.19; 1 Tm 2.5).
1.
Usava-se
várias expressões para denotar a Arca: A palavra “arca” usada para
descrever a Arca de Moisés (Aron) é diferente daquela empregada em relação à
arca de Noé (Têwbâ), e dependendo da ocasião, cultura ou lugar, a Arca era
chamada por vários nomes:
·
Simplesmente a Arca (Ex 25.10).
·
A Arca do concerto do Senhor (Nm 10.33; Dt
31.26).
·
A Arca do concerto de Deus (Jz 20.27)
·
A Arca do Senhor (1 Sm 6.1).
·
A Arca de Deus (2 Sm 7.2).
·
A Arca da Fortaleza (2 Cr 6.41).
2.
A caminhada
da Arca através do Tempo: As Escrituras nos informam que durante a
caminhada no deserto os sacerdotes levaram a Arca sobre os seus ombros. Fala-se
dela na passagem do Jordão (Js 3), depois em Siló (1 Sm 3.3), em Ebenézer (1 Sm
5.1), em Betel (Jz 20.27), em Bete-Áven (1 Sm 14.18,23), na terra dos filisteus
por sete meses (1 Sm 6.1). Ali ela percorreu os seguintes lugares:
·
Casa de Dagom (1 Sm 5.2).
·
Cidade de Asdode (1 Sm 5.7)
·
Cidade de Gate (1 Sm 5.8)
·
Cidade de Ecrom (1 Sm 5.10)
Em 1 Sm 6.15-21 fala-se do retorno da Arca da terra dos filisteus para
Bete-Semes. Daí ela foi transferida para Quiriate-Jearim (1 Sm 7.1). Passou
vinte anos ali. Três meses em casa de Obede-Edom (2 Sm 6.10-13), daí para
Jerusalém (2 Sm 6.12-13). Originalmente ela ficava no tabernáculo.
Posteriormente, foi transportada para o templo de Salomão (1 Rs 8.4-8). Não
sabemos determinar pela ordem cronológica, mas um tempo ela esteve em Nobe (1
Sm 21.1-11), e em Gibeão (1 Cr 21.29). Ignoramos quando e porque desapareceu a
Arca. Talvez, segundo se depreende de 1 Rs 14.25,26 e 2 Cr 33.7, que Sisaque ou
Manassés tenham removido a Arca do seu lugar. Há uma tradição que diz que
Jeremias a ocultou numa caverna que lhe servia de habitação no Monte Sinai,
onde devia permanecer até a restauração de Israel. João a contemplou no templo
celestial (Ap 11.19).
II.
A ARCA COMO
SÍMBOLO DA ORIENTAÇÃO
1.
A instrução
de Josué para seguir a Arca (vv 3-8,11,17): O piloto de um avião ou o
comandante de um navio, para determinar a direção do vôo ou de navegação, precisam
evidentemente de pontos de referências que indiquem corretamente do ponto de
partida ao ponto de chegada. Todos esses meios indicam direções corretas e
seguras, em qualquer ponto do universo, especialmente naquelas dimensões em que
o homem as possa atingir. Com efeito, os filhos de Israel encontram-se agora
numa terra completamente desconhecida. E era então necessário que alguma coisa
os orientasse na direção correta. Deus então fala a Josué que usasse a Arca
para tal missão (v 4 e SS). Durante a caminhada pelo deserto vários elementos
já tinham sido utilizados nas orientações do povo.
·
O próprio Deus (Ex 13.17,18).
·
A nuvem (Ex 13.21; Dt 1.33).
·
As trombetas de prata. As últimas orientações
dadas no Sinai tratam do uso de duas trombetas de prata para coordenar os
movimentos das tribos em sua marcha através do deserto (Nm 10.1-10). Elas
podiam ser tocadas de várias maneiras, produzindo sinais diferentes. Segundo a
tradição judaica, toques longos eram usados para reunir o povo a Moisés, para a
tenda da congregação para adoração. Toques a rebate eram usados para a batalha e
para ordenar os acampamentos para a partida. No primeiro toque partiam as
tribos do leste do tabernáculo, no segundo, as que acampavam ao sul, e toques
subseqüentes, as que estavam a oeste e ao norte (Nm 2.1-31; 10.5,6).
2.
A Arca como
símbolo (v 4 e SS): Após a travessia do Jordão, a nação inteira recebe
instruções de Josué para seguir a Arca como símbolo orientador. Tão-somente
disse ele: “Haja, contudo distância entre vós e ela...” (v 4). A arca como
veremos na secção seguinte, era uma figura de Cristo, onde a vontade de Deus é
revelada, por esta razão, o respeito a ela era inerente. Quem nela tocasse
indevidamente seria punido sem misericórdia (1 Sm 5.3-13; 6.1-21; 2 Sm 6.6,7).
III.
A ARCA
REPRESENTA CRISTO, NOSSO GRANDE ORIENTADOR
1.
Cristo é o
caminho: A Arca devia ser seguida para indicar o caminho – Cristo.
Jesus é o caminho para Deus, o que é o destino celestial da humanidade
redimida. Ele disse: “Ninguém vem ao pai senão por mim” (Jo 14.6). Jesus é o
caminho para os lugares celestiais que é onde habita a divindade. Isso será
feito “pelo novo e vivo caminho que Ele consagrou” (Hb 10.20). A Arca apontava
o verdadeiro caminho a ser seguido. Josué afirmou aos filhos de Israel: “Segui
a Arca... para que saibais o caminho” (v 4). Esta é para nós a mesma recomendação
divina.
2.
Cristo e a
nuvem: Outro símbolo da glória de Deus, como elemento guia, era a nuvem
(Ex 13.21,22). Ela tanto pode representar o Espírito Santo como a Cristo. Ela
servia de guia e sombra para os filhos de Israel. Exatamente o que o Espírito
Santo faz hoje na Igreja (Lc 1.35; Jo 16.13). Entretanto, quando este
simbolismo é aplicado à pessoa de Cristo, torna-se mais evidente. Em Ap 7.15,17
diz que Cristo serve de “sombra” e de “guia”. A “Shequinah” (glória) era a
manifestação da presença de Deus, guiando o seu povo no deserto. Na presente
dispensarão, a Igreja deseja muito a sombra de Cristo, e “debaixo dela se
assenta” (Ct 2.3).
3.
Cristo é o
nosso guia: O profeta Miquéias (quase oito séculos a.C), profetizou e
Mateus transcreveu que Jesus seria o guia do seu povo (Mq 5.2; Mt 2.6). A nuvem
guiava o povo no deserto, mas nas fronteiras de Canaã desapareceu; as trombetas
de prata o tempo destruiu ou estão soterradas em algum lugar. A Arca guiou o
povo, mas um dia desapareceu também! Ninguém mais a encontrará a nãos ser no
santuário celestial (Ap 11.19). Cristo, entretanto, continua e continuará
conosco, “Eis que eu estou convosco todos os dias...” (Mt 28.20). Ele é o nosso
Pastor! Ele é o nosso guia! (Ap 7.17). Amém.
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e
Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 1º/ 1992
Comentarista: Severino Pedro da Silva
Tema Central: JOSUÉ, o livro das vitórias.
Páginas: 21 - 23
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