Texto Áureo:2 Reis 3.11
Verdade Prática:Através do ministério
de Eliseu aprenderemos que os grandes homens foram aqueles que aprenderam a
servir.
Leitura Bíblica: 1
Reis 19.16,17,19-21
Lição 08
INTRODUÇÃO
O teólogo norte americano A.W. Tozer disse certa vez que “nada morre de Deus
quando um homem de Deus morrer!” Essa máxima é verdadeira em relação ao profeta
Elias e ao seu sucessor Eliseu. Elias exerceu um ministério excepcional no reino
do Norte e, sem dúvida, foi o responsável por ajudar o povo de Deus a manter a
sua identidade. Todavia, assim como todos os homens, chegou o dia em que
precisou parar. Elias teve o cuidado de seguir a orientação divina na escolha
do seu sucessor, bem como em prepara-lo de forma correta. Esta lição nos
ensinará como se deu esse processo0 e como podemos aprender com ele.
I.
O LONGO
PERCURSO DE ELIAS
1.
Uma volta às
origens: Elias fez um longo percurso até chegar ao monte Horebe, também
conhecido na literatura bíblica como Monte Sinai (Ex 3.1; 19.1,2). De Berseba
até ao monte Sinai, o percurso era de aproximadamente quatrocentos quilômetros.
Foi nesse Monte que o Senhor havia se revelado a Moisés muito tempo antes como
o grande EU SOU (Ex 3.14). Posteriormente, foi nesse mesmo monte que o Senhor
revelou a Lei a Moisés (Ex 19 – 20). A distância era grande, mas Elias
necessitava voltar às origens da sua fé! Sem dúvidas, esses fatos estavam na
mente de Elias quando ele para ali se dirigiu. Para reorientar a caminhada,
nada melhor do que uma volta às origens!
2.
Uma revelação
transformadora: Vendo que Elias havia se enclausurado em uma caverna, o
próprio Senhor trata de dialogar com o profeta. É nesse diálogo que percebemos
que Elias estava vendo as coisas de forma distorcida. Duas coisas ficam
patentes: Deus continuava sendo Senhor da história e Elias não havia trabalhado
em vão (1 Rs 19.9-14). O Senhor revela, então, ao profeta a existência de sete
mil remanescentes da adoração a Deus (1Rs 19.18). Quemeram? Ninguém sabe, mas
com certeza pessoas do povo que nem mesmo eram vistas, mas que amavam ao
Senhor. Foi o próprio Deus quem os havia conservado. Mas a revelação continuou:
Deus revelou a Elias a necessidade de um sucessor (1 Rs 19.16). Deus agora
tinha outros planos para Elias. Deveria, portanto, dar lugar a outro. Não somos
descartáveis, mas ninguém é insubstituível.
II.
ELIAS NA
CASA DE ELISEU
1.
A
exclusividade da chamada: O texto de 1 Rs 19.19-21, que trata sobre AA
vocação de Eliseu, é rico em detalhes a
respeito de sua chamada. Alguns deles se sobressaem nesse relato. Primeiramente
observamos que Deus chama pessoas fiéis. Sem dúvida, Eliseu fazia parte da
estatística divina dos sete mil. Em segundo lugar, Deus chama para o seu
serviço pessoas que são ocupadas. Ele estava trabalhando com doze juntas de
bois! A obra de Deus não é profissão nem tão pouco emprego. É vocação! Em
terceiro lugar, Eliseu percebeu que o ministério tem custo! Ele sacrificou os
bois e os deu como comida ao povo. Quem põe a sua mão no arado não pode olhar
para trás. Em quarto lugar, Eliseu entendeu que o ministério profético é um
“servir”. Eliseu passou a servir a Elias.
2.
A autoridade
da chamada: Quando Elias encontrou a Eliseu, o texto sagrado registra:
“E lançou o seu manto sobre ele” (1 Rs 19.19). Na cultura bíblica, o manto é
símbolo da autoridade profética (2 Rs 1.8 cf. Zc 13.4). Lançá-lo sobre outrem
demonstrava transferência de poder e autoridade. Com esse gesto Eliseu estava
sendo credenciado para o oficio profético. De nada adianta o ofício se a unção
não o acompanha! Não é, portanto, o ofício que determina a unção, mas a unção
que valida o oficio! Eliseu de fato recebeu autoridade divina, pois exerceu um
ministério marcado por milagres. Hoje há muita titulação, mas pouca unção de
Deus!
III.
ELIAS E O
DISICPULADO DE ELISEU
1.
As virtudes
de Eliseu: O relato de 2 Rs 2.1-8 mostra algumas fases do discipulado
de Eliseu. Elias vai a vários lugares diferentes e em cada um deles observa-se
que o profeta põe o discípulo à prova. Primeiramente, Eliseu demonstrou estar
familiarizado com aquilo que o Senhor estava prestes a fazer (2 Rs 2.1). Ele estava consciente de que algo extraordinário,
envolvendo o profeta Elias aconteceria a qualquer momento (2 Rs 2.3), e que ele
também fazia parte dessa história. Em segundo lugar, Eliseu demonstrou
perseverança quando se recusou largar Elias. Ele o acompanhou em Gilgal, Betel,
Jericó e Jordão (2 Rs 2.1-6). Tivesse ele ficado pelo caminho, não teria sido o
homem de Deus que foi! Somente os perseverantes conseguem chegar ao fim. Em
terceiro lugar, Eliseu provou ser um homem vigilante quando “viu” Elias sendo
assunto aos céus! (2 Rs 2.12).
2.
A nobreza de
um pedido: O pedido que Eliseu fez a Elias antes de o profeta ser
assunto aos céus é algo que merece uma reflexão à parte. Na verdade, o pedido
de Eliseu revela a nobreza da sua chamada. Diante de uma oportunidade única,
Eliseu não teve dúvidas, e pediu: “Que haja porção dobrada do teu espírito
sobre mim” (2 Rs 2.9). Eliseu tomou conhecimento daquilo que seu mestre fazia,
e em outras ocasiões ele mesmo fora testemunha desses milagres. Ele não tinha
dúvidas; queria aquilo ele, só que em uma proporção bem maior. Deus agradou-se
do pedido de Eliseu como se agradara do pedido de Salomão (1 Rs 3.10).
Muitas vezes as pessoas preferem aquilo que é medíocre em vez do que é
nobre. Preferem escolher o que satisfaz o ego em vez de escolher o que agrada e
alegra a Deus.
IV.
O LEGADO DE
ELIAS
1.
Espiritual:
Elias saiu de cena, mas deixou a seu discípulo um grande legado. Não era rico,
mas foi um gigante na fé. E, como tal, passou ao seu discípulo um exemplo de
piedade e serviço. O profeta defendeu ardorosamente o culto divino (1 Rs
18.22-36). Extremamente ousado, enfrentou o rei Acabe e predisse a grande seca
sobre Israel (1 Rs 17.1). Somente um homem com semelhante fé em Deus seria
capaz de protagonizar os fatos narrados nos livros de Reis (1 Rs 17.8-23;
18.41-46). Eliseu viveu nesse contexto, foi influenciado por ele e teve esse
legado como herança.
2.
Moral:
O profeta Elias não era apenas um homem de grandes virtudes espirituais; era
também portador de singulares predicados morais. O seu valor e coragem são
perceptíveis no relato bíblico. Ele confrontou os profetas de Baal e
reprimiu-os severamente (1 RS 18.19). A percepção do que era certo, ou errado,
do que era justo, ou injusto, era bem patente na vida de Elias. Por isso ele
teve autoridade moral e, espiritual para repreender severamente Acabe, quando
este consentiu no assassinato de Nabote (1 Rs 21.17-20).
Eliseu aprendera que ninguém conseguirá ser um homem de Deus como Elias o
foi, se não possuir valores morais e espirituais bem definidos.
CONCLUSÃO
A história de Elias e de seu sucessor Eliseu, é instrutiva para a liderança
espiritual. Com Elias, aprendemos que os líderes são humanos e, portanto,
suscetíveis a falhas. Aprendemos que a história do reino de Deus é construída
por homens que se dispõem a obedecê-lo.
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e
Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 1º/ 2013
Comentarista: José Gonçalves
Tema Central: Elias e Eliseu – Um ministério de Poder para toda a
Igreja
Páginas: 54 -60
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