Louvor &
Adoração
A razão de nossa
existência
Fomos criados para o louvor e glória do Pai celeste. A
Bíblia nos ensina isto com clareza. Escrevendo aos efésios, Paulo declara que
Deus nos destinou de antemão para sermos filhos de adoção "para louvor e glória de sua graça" (Ef.1:5,6). O
apóstolo Pedro diz em sua primeira carta que somos povo adquirido, "para anunciar as grandezas daquele que
nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (I Pe. 2:9). Em
outras palavras, a Bíblia diz que existimos para louvar a Deus. Tudo o que
fazemos deve glorificar ao Senhor (I Co. 10:31). O livro de Salmos contém
numerosas menções de uma vida de contínuo louvor, que deve ser praticada por
cada cristão.
Jesus Cristo disse que Deus Pai
procura adoradores que o adoram em espírito e em verdade (Jo.4:23,24). Há algo
grandioso no louvor e adoração; é que além de provarmos da intimidade com Deus,
estamos cumprindo o propósito da nossa existência.
Níveis de
Expressão
Do ponto de vista da vida da
igreja, o louvor e a adoração tem três níveis de expressão: pessoal, na célula
e no culto. É importante destacar estes diferentes níveis porque tem diferentes
princípios. Em casa, a sós com Deus, alguém pode até rolar pelo chão por estar
sozinho; já num culto público não deverá fazê-lo, pois a Bíblia nos manda
proceder com sabedoria para com os que são de fora e não os escandalizar (Cl.
4:5). No culto, com toda igreja reunida temos os músicos (cantores e
instrumentistas) que proporcionam uma beleza e qualidade técnica melhor do que
numa célula onde talvez não haja músico algum. Nas casas, seja no louvor
pessoal ou da célula, não primamos pela técnica, mas sim pela sinceridade e
liberdade; já no culto público a técnica se torna um requisito para que alguém
componha a equipe de instrumentalistas e vocalistas, além, é lógico, da unção
do Espírito.
As Práticas
Seguimos o ensino bíblico nas nossas práticas, louvando ao
Senhor com diversas expressões (físicas e espirituais):
• Cânticos
– Sl.96:2 – Ef.5:19 – I Co.14:15 – Tg.5:13
• Mãos Levantadas
– Sl.63:4 – Sl.88:9 – Sl.141:2 – Sl.143:6
• Palmas
– Sl.47:1,5
• Danças
– II Sm.6:14 – Sl.150:4
• Vivas de Júbilo
– Sl.89:15 – Sl.66:1 – Sl.98:4 (aclamar = aplaudir ou aprovar por meio de
brados)
• Instrumentos musicais diversos – Sl.150:1-6
• Prostrar-se
– II Cr.5:12;7:6
Os Cânticos
Só adotamos o uso de cânticos que realmente estejam em
harmonia com a Palavra de Deus e que possam ser facilmente aprendidos e
cantados pela congregação.
Fora estes, damos lugar também aos cânticos espontâneos e
pelo Espírito Santo no momento da adoração, que entendemos ser o que a Bíblia
denomina de "cânticos espirituais".
Cânticos
Espirituais
Ao usar o termo cântico espiritual, a Bíblia não quer dizer
que outros cânticos como salmos e hinos não sejam espirituais, mas que há uma
manifestação espiritual mais intensa neste tipo de cântico. Um hino pode ser
cantado para Deus com a mente, por ser lido, e isto também faz parte do louvor
a Deus; Paulo disse: "...cantarei
com o espírito, mas também cantarei com a mente" (I Co.14:15). Porém,
cantar com o espírito significa deixar nosso espírito sob a inspiração do
Espírito Santo fluir em cântico espontâneos e não premeditados.
Os cânticos espirituais podem se manifestar de duas formas:
1. Cântico ao Senhor
– nós o louvamos, é dirigido a Deus.
2. Cântico do Senhor
– profético, Deus falando com a Igreja. Assim como o falar em línguas, pode ser
falado e/ou cantado, também a profecia pode ser falada ou cantada. I Crônicas
25:1 fala dos levitas "profetizando"
com a música. Muitos salmos (cânticos) de Davi são proféticos.
Devemos praticar o cântico espiritual ao Senhor mais na vida
privada e diária de adoração, onde com toda liberdade e intimidade expressamos
nosso amor e gratidão ao Senhor. E visto que ele é unicamente dirigido a Deus,
é desnecessário praticá-lo em público, a menos que seja entre nós mesmos e
Deus; num culto público, a igreja toda pode ter um período de cânticos
espirituais onde cada um entoa seu próprio cântico espontâneo ao Senhor.
Porém, a outra forma de cântico espiritual, que denominamos
o cântico do Senhor, é dirigido aos irmãos para o ensino, consolação e
admoestação deles (Cl.3:16); portanto deve ser praticado em público. Contudo,
como toda manifestação espiritual deve ser julgada (I Co.14:29), é necessário a
concordância e consentimento do que está à frente da reunião; se for na célula,
é o líder ou seu auxiliar que o substitui; se for em público, deve passar antes
por um dos presbíteros.
A Equipe de
Músicos
O ministério de louvor e adoração através da música, foi inserido
na vida do templo através do rei Davi, que dividia os levitas músicos em
equipes que obedeciam turnos e o louvor era praticado continuamente.
Com o tempo, Israel foi perdendo este modelo que o rei Davi
instituiu, até quase se extinguir. Mas nos dias do Novo Testamento os apóstolos
reconheceram que Deus haveria de restaurar
o tabernáculo de Davi, que estava caído (At.15:15-18). Portanto, entendemos que
mesmo nestes nossos dias da Nova Aliança, os padrões estabelecidos por Davi
para a equipe dos músicos devem ser resgatados e praticados.
Os critérios que Davi estabeleceu foram:
• Perícia (I
Cr.25:7) – cada um deve servir a Deus de acordo com os dons e talentos que o
Senhor concede. Se a pessoa não for capacitada com talento musical deve se conscientizar que terá que servir ao Senhor
em outra área. O fato de ser um adorador ardente e bem motivado em servir ao
Senhor na área da música não faz de ninguém uma pessoa capacitada; ela deve ter
perícia ou não poderá permanecer na equipe. I Crônicas 16:41 mostra que havia
escolha, seleção para os que comporiam este ministério.
• Ser Constituído.
(I Cr.15:16 e 16:41,42). Observe os termos "constituídos",
"designados" e "responsáveis". Eles indicam que há autoridade e liderança neste ministério, e
que os líderes deveriam reconhecer e confirmar os músicos (cantores e
instrumentistas).
O ministério da música na
igreja tem um líder sob toda a equipe, que por sua vez é acompanhado e liderado
por um dos presbíteros. Tanto o líder como o pastor devem reconhecer e
estabelecer (ou destituir) um músico na equipe.
A adoração na vida pública da Igreja deve ser uma extensão
de uma vida pessoal de adoração e compromisso com Cristo na vida do músico.
Havendo qualquer fato ocorrido que comprometa o seu testemunho, o músico estará
sujeito à disciplina, que pode variar de uma suspensão temporária a uma
exclusão.
Sendo que grande parte do culto público destaca o ministério
da música, espera-se que os membros desta equipe sejam exemplo para a igreja.
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