sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

O ESPÍRITO SANTO NA EXPERIêNCIA HUMANA


Texto Áureo: Romanos 8.16

Verdade Prática: A maior de todas as experiências humanas é aceitar a Jesus Cristo como Senhor e salvador e ter aa certeza da presença pessoal do Espírito Santo no coração.

Leitura Bíblica: João 16.7-15

 

Lição 04

 

 

INTRODUÇÃO

 

 

Nesta lição, estudaremos a atuação do Espírito Santo na vida do homem, após se converter a Cristo. Jesus, no seu ministério terreno, apresentou seu plano de salvação para toda a humanidade (Jo 3.16), através da sua morte expiatória, como o “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Ele declarou que, após a                                      sua ressurreição, retornaria ao pai (Jo 16.7; At 1.9), e enviaria “outro consolador” (Jo 14.16,26; 16.7,13). No dia de Pentecoste, a promessa foi cumprida (At 1.8; 3.1-4) com a vinda do Espírito Santo. No Antigo Testamento, Ele se manifestava temporariamente. Nesta nova dispensação, o Espírito Santo veio para habitar nas vidas dos remidos por Cristo. Estudaremos a operação do Espírito Santo na salvação dos pecadores e na preservação dos regenerados.

 

I.                   O ESPÍRITO SANTO CONVENCE

 

Para convencer o pecador sobre seu estado de perdição e leva-lo a aceitar a salvação em Cristo, o Espírito Santo, pessoalmente, opera em três áreas distintas: na mente, nos sentimentos e na vontade. Visto ser Ele uma pessoa, estes três fatores correspondem ao que lhe é próprio. Ele tem uma mente (Rm 8.27); por isso, pensa, raciocina e determina. Possui vontade própria (1 Co 12.11; Hb 2.4) e sentimentos (Rm 8.26,27; Ef 4.30). A Bíblia declara que fomos feitos à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26), isto é, o Espírito Santo desenvolve uma relação pessoal com a criatura humana, nas esferas da mente, da vontade e dos sentimentos, que se ligam diretamente à alma, onde Ele atua. Depois de convencê-la, o espírito humano torna-se acessível ao Espírito Santo.

1.      Na esfera da mente: O Espírito Santo opera com o objetivo de convencer o pecador intelectualmente, através das Escrituras. Ele afirma que “a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é, apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12). Notemos que o Espírito Santo utiliza a Bíblia para operar na totalidade do homem. No seu corpo, identificado pelas “juntas e medulas”; na sua alma e no seu espírito. No livro de Neemias, Ele se identifica como o que ensina e age na esfera mental. Diz a Escritura: “e lhes concedeste o teu bom Espírito, para os ensinar” (Ne 9.20). Outra passagem ainda confirma a atuação do Espírito: “E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito” (Rm 8.27). Ele trabalha para convencer o ser humano sobre as verdades espirituais. É Ele quem revela todas as coisas e perscruta a nossa mente (1 Co 2.1,11).

2.      Na esfera do sentimento: Não basta o homem ser convencido apenas intelectualmente. Ele precisa tomar uma decisão. É nesta esfera que o Espírito leva o pecador a desejar, possuir e sentir o que lhe é apresentado. Ele comove, através da convicção intelectual acerca da verdade. Paulo, o apóstolo das gentes, ao rogar as orações dos santos em seu favor, destaca o sentimento do Espírito Santo, quando diz: “E rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus” (Rm 15.30). Sabemos, então, que o Espírito é uma pessoa dotada de sentimento e, por isso, incentiva o pecador a tomar posse de bênção oferecida por Deus.

3.      Na esfera da vontade: É aqui, nesta esfera, que Ele promove a decisão do pecador, se ele estiver convencido da verdade divina em sua mente e em seu coração. A vontade não se isola dentro do ser humano. Ela é influenciada pelos impulsos da mente e dos sentimentos. Jesus falou da atuação do Espírito Santo sobre três áreas, das quais o pecador não pode fugir. É uma missão que só Ele pode efetuar. Leiamos Jo 16.8-10.

a)      Primeiro: O Espírito convence o mundo do pecado. Ele não força o pecador a decidir-se, e nem o obriga a reconhecer-se culpado. Sua missão é a de promover a persuasão, sentida no íntimo do pecador. Não é fruto de argumento ou lógica humana, mas do testemunho persuasivo e amoroso do Espírito santo, Jesus denunciou o pecado, mas foi rejeitado (Jo 7.7). Porém, é do Espírito Santo o compromisso de convencer o mundo do pecado, a tarefa mais importante na Dispensação da Graça. Ele aponta o pecado com o sentido que lhe é próprio: uma ofensa e transgressão a Deus. Não um mero deslize moral, mas, de fato, pecado. É a obra que Ele realiza numa conversão genuína. É um trabalho delicado, profundo, pungente e penetrante do Espírito Santo no coração do homem, para convencê-lo do pecado e do perdão oferecido por Cristo (1 Jo 2.1,2,12). O Espírito Santo convence-nos de que Cristo pagou oi preço da nossa transgressão, em sua morte vicária, e, pela sua ressurreição, o pecador, convicto e arrependido, livra-se da morte eterna.

b)      Segundo: O Espírito convence o mundo da justiça: O ato de convencer do Espírito não é o de argumentar sobre o pecado, ou de apenas informar acerca da necessidade de salvação, mas, sim, provar ao pecador que ele é réu, e precisa conscientizar-se sobre seu estado de perdição, ao mostrar o meio de salvar-se pela “justiça de Cristo” (Rm 3.21-25). O Espírito não apresenta só a transgressão e sua pena, mas a justiça de Deus, em relação ao pecado e ao pecador. Notemos o que Jesus explica: “da justiça, porque vou para o Pai” (Jo 16.10). Apesar do mundo  ter rejeitado o Filho de Deus, e tentado desacredita-lo de sua missão redentora, o Espírito santo convenceria o mundo da “justiça de Cristo”, realizada no Calvário. A morte na cruz, foi, de fato, a porta do perdão e da reconciliação, pois, pela ressurreição de Jesus, o opróbrio do Calvário foi cancelado, ao vindicar a total justiça de Cristo (At 2.22,23). Jesus disse que o Espírito Santo convenceria o mundo da justiça, porque Ele voltaria ao pai com os lauréis da vitória sobre o pecado e o Diabo (Cl 1.19-23). Ele disse: “Porque vou para meu Pai” (Jo 16.10). Esta expressão indica que sua morte expiatória abriria caminho para nossa redenção e sua volta ao seio do pai. Ele ascendeu aos céus 40 dias após a sua ressurreição, mas deixou a promessa da vinda do Consolador (At 1.8). A justiça de Deus, exercida e executada no Calvário, não derrotou a Jesus, mas o levantou do túmulo, para garantir o seu efeito aos que o receberiam por Senhor e Salvador. A responsabilidade do Espírito Santo é, portanto, a de representar a Jesus no convencimento, na consolação e na ajuda aos homens. A cruz jamais o desacreditou. Pelo contrário, contribuiu para tornar sua obra compreensível perante o mundo (At 2.36; 3.14).

c)      Terceiro: “Espírito convence o mundo do juízo” (Jo 16.8,11). O destaque neste ponto é a palavra “juízo”, que se refere ao que foi feito ao pecado, quando Cristo recebeu em seu próprio corpo a condenação da culpa (Is 53.4,5), e ao juízo futuro, relativo à pena dos que rejeitaram a graça oferecida, através da ação do espírito santo. Jesus também refere-se ao juízo de Satanás., “o príncipe deste mundo” (Jo 16.11). O grande trunfo da vitória de Cristo no Calvário foi a derrota do Diabo.

Dias antes de Jesus morrer, o Pai o consolou e o fortaleceu, ao confirmar que o cumprimento de sua missão de justiça sobre o pecado e Satanás chegava ao seu ápice. Ele passaria pela prova, mas venceria, e o Diabo seria derrotado. Era o juízo de Deus obre o Inimigo (Cl 2.14,15). A glorificação de Cristo, após sua morte, não seria um prêmio pela missão cumprida, mas, sim a devolução de algo que lhe pertencia (Jo 17.4,5). A cruz foi a causa da derrota de Satanás e também o meio pelo qual o pecador readquiriu a vida (Ef 2.1). Agora, do ponto de vista do “juízo futuro”, o Tribunal do Grande Trono Branco julgará todos os ímpios (Ap 20.11-15). O Espírito Santo empenha-se para advertir todos os homens sobre este julgamento. Ele também nos convence que Cristo veio para livrar-nos do poder das trevas e nos transportar para o reino da luz (Cl 1.13,14). A opinião do mundo, acerca da redenção efetuada por Jesus, apontava o madeiro como um sinal de reprovação divina, mas o Espírito Santo veio para confirmar a vitória da cruz (Jo 14.17; 16.13,14).

 

II.                O ESPÍRITO SANTO NO ATO DA CONVERSÃO

 

Há um fato constatado na experiência cristã. Muitas pessoas, às vezes, são simpáticas Às verdades do Evangelho, mas não se convertem. No momento em que alguém ouve a voz do Espírito e o deixa convencê-lo da realidade do pecado, está apto a uma mudança radical em sua vida. É necessário ter a convicção de que é pecador e necessita de salvação, para que o Espírito conduza-o a Jesus Cristo. O apóstolo Pedro, após o derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecoste, e depois da cura do coxo de nascença, pregou com autoridade e disse: “arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor” (At 3.19).

1.      O que é conversão: Converter-se significa dar uma meia volta, e retornar para Deus. Este ato implica em uma mudança radical e um comprometimento espontâneo com o senhorio de Jesus Cristo em sua vida. A conversão produz uma atitude de submissão ao Senhor dos senhores e desenvolve uma nova consciência de valor (Fp 2.9-11; Cl 2.6). Esse fato é confirmado pela Bíblia quando diz: “Portanto vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo” (1 Co 12.3).

2.      A conversão é um ato instantâneo: O pecador recebe a Cristo sem intermediário e sem exigências. Em seguida, o Espírito inspira na “nova vida” um desejo de viver de acordo com a vontade divina, pois a Bíblia diz: “Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele” (Cl 2.6). É um novo “modus vivendi” espiritual que transforma os hábitos antigos e produz uma sensação de bem-estar. Isto só é possível mediante a genuína conversão e a consciência de ser “uma nova criatura” (2 Co 5.17). Este “modus vivendi” é sentido pela gloriosa habitação do Espírito Santo no interior do pecador remido, quando seu espírito se torna uma fonte de vida (Jo 7.38,39).

 

 

Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)

Editora: CPAD

Trimestre: 1/1994

Comentarista: Elienai Cabral

Tema Central: ESPÍRITO SANTO – A chama Pentecostal

Páginas: 17 - 21

 

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