Texto Áureo:Lucas 4.25,26
Verdade Prática:Para socorrer e
sustentar os seus filhos, Deus usa os meios mais inesperados.
Leitura Bíblica: 1
Reis 17.8-16
Lição 06
INTRODUÇÃO
A visita do profeta Elias a terra de Sarepta, onde foi acolhido por uma
viúva pobre, é emblemática por algumas razões. Primeiramente, a história revela
o cuidado de Deus para com os que se dispõem a fazer sua vontade. Não importa
onde estejam, Deus cuida de cada um de seus filhos. Elias foi o agente de Deus
para confrontar a apostasia no reino do Norte. Necessitava, pois, de um lugar
seguro para refugiar-se. Em segundo lugar, o episódio revela a soberania de
Deus sobre as nações. Mesmo tratando-se de uma terra pagã, Deus escolhe dentre
os moradores de Sarepta, uma mulher que servirá como instrumento na construção
de seu propósito.
I.
UM PROFETA
EM TERRA ESTRANGEIRA
1.
A fonte de
Querite: Logo após profetizar uma grande seca sobre o reinado de Acabe,
Elias recebeu a orientação divina: “Vai-te daqui e vira-te para o oriente, e
esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão” (1 Rs 17.3).
Elias havia se tornado uma persona non grata no reinado de Acabe. E, devido a
esse fato, precisava sair de cena por um tempo. Seguindo a orientação divina,
ele refugia-se primeiramente próximo à fonte de Querite. Era um lugar de
sombras e água fresca, massa não representava o ponto final de sua jornada. Ele
não poderia fixar-se naquele local porque ali não havia uma fonte permanente,
mas uma provisão em tempos de crise (1 Rs 17.7). Quem faz de “Querite” seu
ponto final terá problemas porque certamente secará!
2.
Elias em
Sarepta: Elias afasta-se de seu povo e de sua terra, indo refugiar-se
em território fenício (1 Rs 17.9). A geografia bíblica informa-0nos que Sarepta
era uma pequena localidade situada a cerca de quinze quilômetros de Sidom,
terra da temida Jezabel (1 Rs 16.31). Às vezes o Senhor faz coisas que parece
não ter lógica alguma! No entanto, esse foi o único lugar no qual o rei Acabe
jamais pensaria em procurar o profeta (1 Rs 18.10). São nas coisas menos
prováveis que Deus realiza seus desígnios! Sarepta parecia ser uma terra de ninguém,
mas estava no roteiro de Deus para a efetivação do seu proposito.
II.
UMA
ESTRANGEIRA NO PLANO DE DEUS
1.
A soberania e
graça de Deus: Quando o Senhor ordenou ao profeta que se deslocasse até
Sarepta, revelou-lhe também qual era o seu propósito: “Ordenei ali a uma mulher
viúva que te sustente” (1 Rs 17.9). Elias precisava sair da região controlada
por Acabe e isso, como vimos, aconteceu quando ele se dirigiu a Sidom na
Fenícia.
O texto é bem claro em referir-se à viúva como sendo um instrumento que o
Senhor usaria para auxiliar a Elias: “Ordenei ali a uma mulher viúva”. Quem era
essa viúva ninguém sabe. Todavia, foi a única escolhida pelo Senhor, dentre
milhares de outras viúvas, para fazer cumprir seu projeto soberano (Lc
4.25,26).
2.
A providência
de Deus: A providência divina para com Elias revelou-se naquilo que
Paulo, muito tempo depois, lembrou (1 Co 1.27). Um gigante espiritual ajudado
por uma frágil mulher! Sim, uma mulher viúva e pobre. Muito pobre! Ficamos a
pensar o que teria passado pela cabeça do profeta quando o Senhor lhe disse que
havia ordenado a uma viúva que o sustentasse. Era de se imaginar que a mulher
possuísse algum recurso. Como em toda a história de Elias, a provisão de Deus
logo fica em evidência. A providência divina já havia se manifestado nos
alimentos trazidos pelos corvos (1 Rs 17.4-6). Agora revelar-se-ia através de
uma viúva pobre.
III.
O PODER DA
PALAVRA DE DEUS
1.
A escassez
humana e a suficiência divina: A mulher que Deus havia levantado para
alimentar Elias durante o período da seca disse: “nem um bolo tenho, senão
somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija; e,
vês aqui, apanhei dois cavacos e vou prepara-los para mim e para o meu filho,
para que o comamos e morramos” (1 Rs 17.12). De fato o que esta mulher possuía
como provisão era algo humanamente insignificante! A propósito, o termo
hebraico usado para punhado, dá a ideia de algo muito pouco! Era pouco, mas ela
possuía! Deus queria operar o milagre a partir do que a viúva tinha. A
suficiência divina se revela na escassez humana. O pouco com Deus torna-se
muito!
2.
Deus, a
prioridade maior: O profeta entrega à viúva de Sarepta a chave do
milagre quando lhe diz: “porém faze disso primeiro para mim um bolo pequeno e
trazemo para fora; depois, farás para ti e para teu filho” (1 Rs 17.13). O
profeta era um agente de Deus, e atende-lo primeiro significava colocar a Deus
em primeiro lugar. O texto sagrado afirma que “foi ela e fez segundo a palavra
de Elias” (1 Rs 17.15). Tivesse ela dado ouvidos à sua razão, e não obedecido
as diretrizes do profeta, certamente teria perdido a bênção. O segredo, pois, é
colocar a Deus sempre em primeiro lugar (Mt 6.33).
IV.
O PODER DA
ORAÇÃO
1.
A oração
intercessória: O texto de 1 Rs 17.1 traz a profecia de Elias sobre
a seca em Israel. E, de fato, a seca aconteceu. Tiago, porém, destaca que a
predição de Elias foi acompanhada de oração: “Elias era homem sujeito Às mesmas
paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis
meses, não choveu sobre a terra” (Tg 5.17). Novamente o profeta encontra-se
diante de um novo desafio e somente a oração provará a sua eficácia. O filho da
viúva morreu e Elias toma as dores da pobre mulher, pondo-se em seu lugar e
clama ao Senhor (1 Rs 17.19,20). Deus ouviu e respondeu ao seu servo.
2.
A oração
perseverante: Elias orou com insistência (1 Rs 17.21). Ele estendeu-se
sobre o menino três vezes! Isso demonstra a natureza perseverante de sua
oração. Muitos projetos não se concretizam, ficam pelo caminho porque não são
acompanhados de oração perseverante. O Senhor Jesus destacou a necessidade de
sermos perseverantes na oração ao narrar a parábola do juiz iniquo (Lc 18.1. É
com tal perseverança que conseguimos alcançar nossos objetivos.
CONCLUSÃO
A soberania de Deus sobre a história e sobre os povos e o seu cuidado para
com aquele que o teme se revelam de forma maravilhosa no episodio envolvendo o
profeta Elias e a sua visita A Sarepta. Não há limites quando Deus quer revelar
a sua graça e tampouco há circunstância demasiadamente difícil que possa
impedi-lo de mostrar o seu poder provedor.
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e
Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 1º/ 2013
Comentarista: José Gonçalves
Tema Central: Elias e Eliseu – Um ministério de Poder para toda a
Igreja
Páginas: 39 - 45
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