sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

JOSUE UM LIDER CHAMADO POR DEUS


Texto Áureo: 1 Pedro 2.21

Verdade Prática: O exemplo deixado por Cristo é o melhor modelo para a vida de um líder.

Leitura Bíblica: Deuteronômio 31.1-8; Josué 1.3-9

 

Lição 02

 

 

INTRODUÇÃO

 

Nesta lição, veremos o perfil dum verdadeiro líder escolhido, disciplinado, provado e aprovado por Deus, para uma missão árdua, mas importante: conduzir os filhos de Israel à Terra Prometida. Josué, filho de Num, da tribo de Efraim, foi este grande líder.

 

I.                   QUEM ERA JOSUÉ

 

1.      Um líder chamado (Dt 31.7,14,23): Josué surge de repente no confronto entre Amaleque e Israel no deserto de Refidim. Sua primeira decisão sob a orientação de Moisés foi escolher homens capazes para o combate (Ex 17.8). Seus pais eram cativos e ele nasceu na escravidão no Egito. Nasceu cativo, portanto. Mas Deus o libertou e o fez um colaborador de Moisés. Sempre se revelou valente capitão. Quase foi apedrejado, se não é a intervenção da nuvem da glória, porque insistiu com os filhos de Israel que avançassem através do deserto para Canaã quarenta anos (Nm 14.6-10). Originalmente, o nome de Josué era Oséias que significa “salvação” (Nm 13.16; Dt 32.44). Josué significa “a salvação de Deus”. Parece que teve seu nome mudado quando se mostrou fiel à Deus ao lado de Calebe (Nm 14.30). Ele é chamado “servo de Jeová”, aquele por meio de quem Deus transmitiu suas ordens e mediante quem Ele realiza seus propósitos – o primeiro ministro de Deus. Esteve com Moisés no monte (Ex 24.13). Parece ter jejuado quarenta dias e quarenta noites a exemplo de Moisés (Ex 24.13-18; 32.15-19).

2.      Sua vida e seu trabalho: Josué, além do episodio que marcou sua coragem na guerra com Amaleque, esteve envolvido em outras missões importantes. Era tido como sendo um “dos escolhidos” de Moisés (Nm 11.28). Foi um dos doze espias enviados por Moisés a espiar a terra de Canaã (Nm 13.8-16). Diz Josefo que ele tinha 85 anos quando sucedeu a Moisés. Julga-se que levou uns 6 anos na subjugação da terra; o resto de sua vida passou estabelecendo e governando as doze tribos. Seu governo sobre Israel, ao todo durou uns 25 anos. Morreu aos 110 anos e foi sepultado em Timnate-Sera, que esta no monte de Efraim (Js 24.29,30). Foi guerreiro notável; disciplinou suas tropas; enviou espias; mas sempre o encontramos orando e confiando em Deus.

3.      Josué era um líder capaz (Ex 17.9-13): Em nossos dias, conforme sabemos, já existem até cursos intensivos de liderança espiritual. Não sou contra estes cursos. Entretanto, um verdadeiro líder, a nível de Josué, não pode ser fabricado tecnicamente falando. Tem que ser levantado por Deus. O apóstolo Paulo foi um verdadeiro líder e declarou: “Não que sejamos capazes por nós de pensar alguma coisa como de nós mesmos, mas a nossa capacidade vem de Deus, o qual nos fez também capazes de ser ministros dum novo testamento, não da letra, mas do espírito...” (2 Co 3.5,6). É comum em nossos dias ver-se pessoas exercendo certas funções sem a devida capacidade. Estas pessoas são dignas, mas não são capazes. Uma coisa é ser digna, a outra é ser capaz. O sábio conselho de Jetro, sogro de Moisés foi: “Tu dentre o povo procura homens capazes...” (Ex 18.21-25). Este padrão não mudou e não deve mudar (Gn 41.38,39; 1 Sm 16.16-19; Dn 1.,34; At 6.3).

 

II.                JOSUÉ ERA UM LÍDER CHEIO DE SABEDORIA

 

1.      A sabedoria divina o capacitou (Dt 34.9): No texto em foco, nesta seção diz que “Josué, filho de Num, foi cheio do Espírito de sabedoria, porquanto Moisés tinha posto sobre ele as suas mãos”. Josué, portador agora desta sabedoria do alto, tornou-se um líder com função dupla: cuidava do povo de Deus e ao mesmo tempo fazia as guerras do Senhor. Era, portanto, necessário ser, de fato, um capitão inteligente e acima de tudo temente a Deus. As Escrituras falam com exclusividade sobre certos homens que foram capacitados por Deus com o “dom da sabedoria”. Por exemplo: José (Gn 41); Moisés e Arão (Ex 4.12-15); Bezaleel e Aoliabe (Ex 31.2,3,6); Davi (Sl 45.1); Salomão (1 Rs 3.12,28; 4.29-34); Eliú (Jó 32.27); Isaías (Is 50.4); Jeremias (Jr 1.9). E muitos outros, tanto no Antigo como no Novo Testamento.

2.      A sabedoria é excelente para dirigir (Ec 10.10): Um líder cheio de sabedoria entende todos os fatos e circunstâncias, leis e princípios, todas as tendências, influências e possibilidades. Ele possui tudo que é preciso no sentido de matéria prima (celestial-humana e natural), poder e perícia (1 Rs 3.12; Ec 8.5). Tornando-se assim um homem capacitado para: governar (Gn 41.33-39), criar (invenção) (Ex 30.1-6), comandar (Dt 34.9), julgar (2 Rs 3.16-18), entender coisas difíceis (2 Sm 14.20), edificar a Igreja (1 Co 14.12, etc.). Não é debalde que o primeiro dom relacionamento na lista dos dons espirituais em 1 Co 12 é aa “palavra de sabedoria” (v 8). De fato, a Bíblia afirma que “aa sabedoria é coisa principal” (Pv 4.7a). Josué foi um líder possuidor desta graça divina, porque o temor do Senhor estava com ele (Js 24.15; Sl 111.10).

3.      Josué, um líder vitorioso (v 8): Josué prosperava em tudo o que fazia. Era sempre vitorioso, porque sua vitória não dependia de si mesmo, mas, sim de Deus. O apóstolo Paulo e outros escritores do Novo Testamento, afirmam que vivemos num mundo espiritual em que se movimentam milhões de seres hostis tanto a Deus como a seus servos. Então Paulo conclama as forças de Deus a se posicionarem para tal batalha (Ef 6.12,13). Josué e o povo dependiam de Deus que lhes assegurava a vitória. Nós dependemos de Cristo, pois nossa luta não é contra “carne e o sangue”, isto é, forças visíveis, mas contra as hostes de anjos e demônios iníquos que infestam a atmosfera terrestre e parte da celestial.

 

III.             JOSUÉ UM LÍDER CORAJOSO

 

1.      “Sê forte e corajoso” (v 6): Ser precipitado naquilo que fala e realiza tem sido o caminho do fracasso para muitas pessoas. Entretanto, ser forte e corajoso tem sido uma virtude para todos. A ordem divina neste campo é sempre esta: “Diga o fraco: Eu sou forte!” (Jl 3.10b). O crente somente deve dizer que é fraco na presença de Deus (Sl 6.2). Na presença do Diabo, porém, deve se apresentar como um guerreiro forte (Fp 4.13). Na seleção de Deus para o grande duelo entre os israelitas e as forças confederadas dos midianitas e amalequitas, a ordem divina foi: “Quem for covarde e medroso, volte...” Que surpresa! “Voltaram do povo vinte e dois mil” (Jz 7.3). No combate da fé precisamos do auxílio de Deus. Os tímidos ficarão fora do céu (Ap 21.8). Acreditamos que os tais sejam os apóstatas que, por covardia, viraram as costas à “batalha da fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd v 3b), e que em tempo de tribulação, abandonaram a Cristo e Seu testemunho, a fim de salvarem a pele.

2.      Josué era um líder laborioso (v 6,9): No Sl 89.19 há uma promessa de Deus para aquele que trabalha: “Socorri um que é esforçado, exaltei a um eleito do povo”. A inatividade na vida espiritual especialmente tratando-se de um líder é condenada por Deus e repugnada pelo povo em geral. No livro de Proverbio fala-se do “preguiçoso” cerca de 17 vezes, por isso é evidente que o Espírito Santo considera muito este perigo da mocidade, e de pessoas mais idosas. O preguiçoso é reprovado no primeiro estágio por covardia (Pv 21.25; 26.13), por negligenciar as oportunidades (Pv 12.27), os de veres (Pv 20.4), por desperdício (Pv 18.9), por indolência (Pv 6.6,7), por julgar-se sábio a seus próprios olhos (Pv 26.16). O apóstolo Paulo era um tanto rigoroso com esta classe de gente. Então ele diz: “Se alguém não quiser trabalhar (alguns quere m mais não encontram trabalho), não coma também” (2 Ts 3.10). Josué, pelo que declara a Bíblia a seu respeito, era um líder trabalhador. Sempre começava cedo, de madrugada algumas vezes (3.1). Era cuidadoso, não desperdiçava o tempo nem as oportunidades. Muitas pessoas não chegam a prosperar na vida, porque esquecem deste método tão eficaz. “As oportunidades seguem uma sequência: quem se adianta passa e quem e atrasa fica”.

3.      Nossa vitória depende de Cristo: Nossa vitória, a exemplo do povo eleito depende de Cristo, não se prende à luta física, pois, necessariamente, se assim fosse, seria então fracasso e não vitória. Somente em Cristo e por Cristo é que nossa vitória estará assegurada. Cristo nos faz triunfar, porque Ele é vitorioso em tudo quanto é e faz. Sempre há uma promessa de vitória a dizer: “Eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho...” (Ap 12.11).

 

 

Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)

Editora: CPAD

Trimestre: 1º/ 1992

Comentarista: Severino Pedro da Silva

Tema Central: JOSUÉ, o livro das vitórias.

Páginas: 06 - 09

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