segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

JUDÁ UM TIPO DE CRISTO



Texto Áureo: Genesis 49.10
Verdade Prática: Jesus, o leão da Tribo de Judá, é o único que nos assegura plena vitória sobre a morte e o tentador.
Leitura Bíblica: Genesis 49.8-12; Ap 5.4,5

Lição 12


INTRODUÇÃO

Nem sempre a vida de Judá foi um exemplo para os fiéis. Quando jovem, apartara-se da casa paterna e contraíra matrimônio com uma cananéia. Este consórcio trouxe-lhe muitos desgostos. Seus filhos, criados num ambiente idólatra, foram mortos pelo senhor por causa de sua impiedade (Gn 38). Judá, entretanto, retornou ao Deus de seu pai. E, anos mais tarde, ei-lo a interceder em favor de Benjamin e a reconhecer o quanto pecaram ele e os seus irmãos ao exporem José a tantas angústias.
Tendo em vista a sua nova vida com Deus, foi escolhido como primogênito e Jacó em lugar de Rubem, Simeão e Levi. O primeiro foi preterido, por ter contaminado o leito paterno. Os dois últimos, por terem cometido uma chacina em Siquém (Gn 49.1-7).

I.                   JUDÁ, UM NOME DIGNO DE LOUVOR

Já velho e farto de dias, reúne Jacó os seus filhos, abençoa-os e profetiza-lhes o futuro. Do pronunciamento do patriarca, temos a destacar as bênçãos de Judá e José. O primeiro foi galardoado com a liderança espiritual. Ao segundo coube a prodigalidade material. Durante a história hebreia, verifica-se que os judaítas sempre foram mais piedosos do que os efraimitas que, após a divisão do reino hebreu, assumiram a direção das tribos setentrionais. Mas qual a excelência de Judá?
1.      O nome de Judá: Se levarmos em consideração os feitos de Judá, verificaremos que o seu nome, e fato, é digno de louvor. Isto, aliás, é o que significa Judá em Hebraico. Apesar de não ser o primogênito de Jacó, começou a destacar-se bem cedo entre seus irmãos. Em duas ocasiões, fez sentir o peso de sua autoridade e o poder de suas palavras. Na primeira, convenceu o velho pai a permitir a ida de Benjamin para o Egito. Sem o rapaz, o governador das terras do Nilo (José) jamais os teria recebido. E na segunda, levou o próprio José às lagrimas. Sua oratória era mais do que convincente.
Séculos mais tarde, vemos a tribo de Judá destacar-se e assumir liderança incontestável entre os hebreus. De Judá saíram reis e príncipes, legisladores e juízes. Davi e Salomão eram judaítas. Ezequias e Josias, também. Muitos profetas eram originários desta família hebreia. No entanto, havia um nome mais excelente do que o de todos estes.
2.      O nome de Cristo: Disse Jacó: “Judá, a ti te louvarão os teus irmãos” (Gn 49.8). O nome de Judá seria louvado, não por causa deste patriarca, mas porque dele viria o Cristo. Na genealogia elaborada por Mateus, vemos que Cristo descendia de Judá (Mt 1.3). Quanto ao nome de Cristo, discorre o apóstolo Paulo: “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2.9-11). E, hoje, depois de quatro mil anos, vemos que a profecia de Jacó se cumpre de uma forma maravilhosa. Em todos os continentes, o nome de cristo é louvado pelos gentios. Mas chegará um tempo em que os próprios israelitas renderão graças ao Desejado de todas as nações.

II.                O LEÃO DA TRIBO DE JUDÁ

Na segunda parte da bênção ao seu quarto filho, disse Jacó: “Judá é um leãozinho, da presa subiste, filho meu. Encurva-se, e deita-se como um leão, e como um leão velho, quem o despertará?” (Gn 49.9). Nas Escrituras Sagradas, o leão é apresentado como símbolo de força. Seu rugir é ouvido como se fora a voz do próprio Deus. E que animal mais apropriado encontraríamos para tipificar o Senhor Jesus? Aquele que foi apontado como o Cordeiro de Deus, mas que foi visto como o Leão da Tribo de Judá? Vejamos porque Jesus é descrito como o Leão de Judá.
1.      Cristo venceu o pecado:
2.      Cristo venceu a Satanás: Em Gn 3.15, anuncia o próprio Deus que a semente da mulher esmagará a cabeça de Satanás. E nos evangelhos, vemos esta predição se cumprir de maneira maravilhosa. Em primeiro lugar, vemo-lo rebatar todas as investidas do tentador no deserto (Mt 4.1-11). Mas tarde, desvencilha-se das insinuações do mesmo Diabo (Mt  16.20-23). No momento mais crucial de seu ministério, quando sofria todas as ânsias da morte e as opressões do inferno, o Senhor Jesus resistiu. Cumpriu o seu ministério e recebeu todo o poder nos céus e na terra.
No final do Milênio, Cristo lançará Satanás no lago de fogo (Ap 20.7-10).
Graças a Deus, porque o Leão da Tribo de Judá está ao nosso lado!
3.      Cristo venceu a morte: Com o pecado, a morte foi introduzida no mundo: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus Nosso Senhor (Rm 6.23). Porém, Cristo venceu a morte, morrendo em nosso lugar, e deu-nos a vida eterna. Hoje, podemos triunfar sobre a morte e o inferno. E, quando do arrebatamento, todos os salvos cantaremos o hino da vitória. Louvado seja Deus! Para maiores informações acerca da ressurreição de Cristo, leia o grande capítulo da ressurreição: 1 Co 15.

III.             JUDÁ E O ADVENTO DE SILÓ

Na parte mais importante da bênção, que se refere diretamente ao advento de Cristo, profetiza Jacó: “O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos. Ele amarrará o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à cepa mais excelente; ele lavará o seu vestido no vinho, e sua capa em sangue de uvas. Os olhos serão vermelhos de vinho e os dentes brancos de leite” (Gn 49.10-12).
1.      A vinda de Siló: Embora muitos eruditos divirjam quanto ao verdadeiro significado da palavra Siló, não resta dúvida de que esta é a melhor tradução para ela: enviado. Aliás, este também é o significado da palavra grega apóstolo. E, referindo-se a Cristo, eis como se expressou o autor da Epístola aos Hebreus: “Pelo que, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão” (Hb 3.1). O próprio Cristo, em diversas ocasiões, declarou-se enviado pelo Pai.
O que mais nos maravilha nesta bênção de Jacó é que o patriarca, inspirado pelo Espírito Santo predisse o nascimento, o ministério e o sacrifício de Cristo com total exatidão. Infelizmente, muitos preferem depositar sua confiança em falsos profetas e pseudos videntes.
2.      Siló como rei: Disse Jacó que o cetro não se arredaria de israel até que viesse Siló. A história hebreia confirma as palavras do patriarca. Até o advento de Cristo, os israelitas estiveram sob o cetro de diversos potentados. Em primeiro lugar, sob a autoridade de Saul. Sob os reis davídicos, por aproximadamente quatrocentos ambos. Mais tarde vieram os Macabeus. E, finalmente, os vários Herodes. No entanto, após a ascensão de Cristo, a casa real herodiana foi destruída e o cetro foi arredado de Judá. Doravante só haveria lugar para um rei: Cristo, o Rei dos reis e Senhor dos senhores. E, o seu reinado tornar-se-á pleno com aa implantação do Milênio.
3.      Siló como legislador: Segundo disse Jacó, o, legilasdor ficaria entre os pés de Judá até a vinda de Siló. Como entender esta passagem? Lendo as Epístolas de Paulo aos Gálatas e aos Romanos, compreendemos perfeitamente que o fim da lei é Cristo. Afirmou o apóstolo aos irmãos da Galácia: “Mas vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, afim de recebermos a doção de filhos” (Gl 4.4,5). Com a vinda de Siló, por conseguinte, a Lei foi totalmente cumprida. Com o Novo Testamento, passamos a viver sob uma outra lei: a Lei do Espírito.

IV.             O ACRIFICIO VICÁRIO DE SILÓ

Finalmente, refere-se Jacó ao sacrifício vicário de Siló: “Ele amarrará o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à cepa mais excelente; ele lavará o seu vestido no vinho, e sua capa em sangue de uvas. Os olhos serão vermelhos de vinho e os dentes brancos de leite” (Gn 49.11,12). Não resta dúvida de que esta referência é feita ao sacrifício de Cristo. Afinal de contas, é justamente o vinho que melhor tipifica o sangue que o Cristo verteu em nosso favor (1 Co 11.25). E foi com o seu sangue que ele nos resgatou de nossa vã maneira de viver. Desta forma, a ele congregaram-se homens de todas as nações. Nele, não há judeu, nem grego: nem bárbaro nem romano: todos somos um em Cristo Jesus, o mail ilustre descendente de Judá. Amém!


Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 3º/ 1991
Comentarista: Adilson Farias Soares
Tema Central: Personagens do Antigo Testamento
Páginas: 42 - 44

Nenhum comentário:

Postar um comentário