Texto Áureo: Genesis 49.10
Verdade Prática: Jesus, o leão da Tribo
de Judá, é o único que nos assegura plena vitória sobre a morte e o tentador.
Leitura Bíblica: Genesis
49.8-12; Ap 5.4,5
Lição 12
INTRODUÇÃO
Nem sempre a vida de Judá foi um exemplo para os fiéis. Quando jovem,
apartara-se da casa paterna e contraíra matrimônio com uma cananéia. Este
consórcio trouxe-lhe muitos desgostos. Seus filhos, criados num ambiente
idólatra, foram mortos pelo senhor por causa de sua impiedade (Gn 38). Judá,
entretanto, retornou ao Deus de seu pai. E, anos mais tarde, ei-lo a interceder
em favor de Benjamin e a reconhecer o quanto pecaram ele e os seus irmãos ao
exporem José a tantas angústias.
Tendo em vista a sua nova vida com Deus, foi escolhido como primogênito e
Jacó em lugar de Rubem, Simeão e Levi. O primeiro foi preterido, por ter
contaminado o leito paterno. Os dois últimos, por terem cometido uma chacina em
Siquém (Gn 49.1-7).
I.
JUDÁ, UM
NOME DIGNO DE LOUVOR
Já velho e farto de dias, reúne Jacó os seus filhos, abençoa-os e
profetiza-lhes o futuro. Do pronunciamento do patriarca, temos a destacar as
bênçãos de Judá e José. O primeiro foi galardoado com a liderança espiritual.
Ao segundo coube a prodigalidade material. Durante a história hebreia,
verifica-se que os judaítas sempre foram mais piedosos do que os efraimitas
que, após a divisão do reino hebreu, assumiram a direção das tribos
setentrionais. Mas qual a excelência de Judá?
1.
O nome de
Judá: Se levarmos em consideração os feitos de Judá, verificaremos que
o seu nome, e fato, é digno de louvor. Isto, aliás, é o que significa Judá em
Hebraico. Apesar de não ser o primogênito de Jacó, começou a destacar-se bem
cedo entre seus irmãos. Em duas ocasiões, fez sentir o peso de sua autoridade e
o poder de suas palavras. Na primeira, convenceu o velho pai a permitir a ida
de Benjamin para o Egito. Sem o rapaz, o governador das terras do Nilo (José)
jamais os teria recebido. E na segunda, levou o próprio José às lagrimas. Sua
oratória era mais do que convincente.
Séculos mais tarde, vemos a tribo de Judá destacar-se e assumir liderança
incontestável entre os hebreus. De Judá saíram reis e príncipes, legisladores e
juízes. Davi e Salomão eram judaítas. Ezequias e Josias, também. Muitos
profetas eram originários desta família hebreia. No entanto, havia um nome mais
excelente do que o de todos estes.
2.
O nome de
Cristo: Disse Jacó: “Judá, a ti te louvarão os teus irmãos” (Gn 49.8).
O nome de Judá seria louvado, não por causa deste patriarca, mas porque dele
viria o Cristo. Na genealogia elaborada por Mateus, vemos que Cristo descendia
de Judá (Mt 1.3). Quanto ao nome de Cristo, discorre o apóstolo Paulo: “Pelo
que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o
nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus,
e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o
Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2.9-11). E, hoje, depois de quatro mil
anos, vemos que a profecia de Jacó se cumpre de uma forma maravilhosa. Em todos
os continentes, o nome de cristo é louvado pelos gentios. Mas chegará um tempo
em que os próprios israelitas renderão graças ao Desejado de todas as nações.
II.
O LEÃO DA
TRIBO DE JUDÁ
Na segunda parte da bênção ao seu quarto filho, disse Jacó: “Judá é um
leãozinho, da presa subiste, filho meu. Encurva-se, e deita-se como um leão, e
como um leão velho, quem o despertará?” (Gn 49.9). Nas Escrituras Sagradas, o
leão é apresentado como símbolo de força. Seu rugir é ouvido como se fora a voz
do próprio Deus. E que animal mais apropriado encontraríamos para tipificar o
Senhor Jesus? Aquele que foi apontado como o Cordeiro de Deus, mas que foi
visto como o Leão da Tribo de Judá? Vejamos porque Jesus é descrito como o Leão
de Judá.
1. Cristo venceu o pecado:
2. Cristo venceu a Satanás: Em Gn
3.15, anuncia o próprio Deus que a semente da mulher esmagará a cabeça de
Satanás. E nos evangelhos, vemos esta predição se cumprir de maneira
maravilhosa. Em primeiro lugar, vemo-lo rebatar todas as investidas do tentador
no deserto (Mt 4.1-11). Mas tarde, desvencilha-se das insinuações do mesmo
Diabo (Mt 16.20-23). No momento mais
crucial de seu ministério, quando sofria todas as ânsias da morte e as
opressões do inferno, o Senhor Jesus resistiu. Cumpriu o seu ministério e
recebeu todo o poder nos céus e na terra.
No final do Milênio, Cristo lançará Satanás no lago de fogo (Ap 20.7-10).
Graças a Deus, porque o Leão da Tribo de Judá está ao nosso lado!
3. Cristo venceu a morte: Com o
pecado, a morte foi introduzida no mundo: “Porque o salário do pecado é a
morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus Nosso
Senhor (Rm 6.23). Porém, Cristo venceu a morte, morrendo em nosso lugar, e
deu-nos a vida eterna. Hoje, podemos triunfar sobre a morte e o inferno. E,
quando do arrebatamento, todos os salvos cantaremos o hino da vitória. Louvado
seja Deus! Para maiores informações acerca da ressurreição de Cristo, leia o
grande capítulo da ressurreição: 1 Co 15.
III.
JUDÁ E O ADVENTO
DE SILÓ
Na parte mais importante da bênção, que se refere diretamente ao advento de
Cristo, profetiza Jacó: “O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador
dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos. Ele
amarrará o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à cepa mais
excelente; ele lavará o seu vestido no vinho, e sua capa em sangue de uvas. Os
olhos serão vermelhos de vinho e os dentes brancos de leite” (Gn 49.10-12).
1.
A vinda de
Siló: Embora muitos eruditos divirjam quanto ao verdadeiro significado
da palavra Siló, não resta dúvida de que esta é a melhor tradução para ela:
enviado. Aliás, este também é o significado da palavra grega apóstolo. E,
referindo-se a Cristo, eis como se expressou o autor da Epístola aos Hebreus:
“Pelo que, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a
Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão” (Hb 3.1). O próprio
Cristo, em diversas ocasiões, declarou-se enviado pelo Pai.
O que mais nos maravilha nesta bênção de Jacó é que o patriarca, inspirado
pelo Espírito Santo predisse o nascimento, o ministério e o sacrifício de
Cristo com total exatidão. Infelizmente, muitos preferem depositar sua
confiança em falsos profetas e pseudos videntes.
2.
Siló como
rei: Disse Jacó que o cetro não se arredaria de israel até que viesse
Siló. A história hebreia confirma as palavras do patriarca. Até o advento de
Cristo, os israelitas estiveram sob o cetro de diversos potentados. Em primeiro
lugar, sob a autoridade de Saul. Sob os reis davídicos, por aproximadamente
quatrocentos ambos. Mais tarde vieram os Macabeus. E, finalmente, os vários
Herodes. No entanto, após a ascensão de Cristo, a casa real herodiana foi
destruída e o cetro foi arredado de Judá. Doravante só haveria lugar para um
rei: Cristo, o Rei dos reis e Senhor dos senhores. E, o seu reinado tornar-se-á
pleno com aa implantação do Milênio.
3.
Siló como
legislador: Segundo disse Jacó, o, legilasdor ficaria entre os pés de
Judá até a vinda de Siló. Como entender esta passagem? Lendo as Epístolas de
Paulo aos Gálatas e aos Romanos, compreendemos perfeitamente que o fim da lei é
Cristo. Afirmou o apóstolo aos irmãos da Galácia: “Mas vindo a plenitude dos
tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir
os que estavam debaixo da lei, afim de recebermos a doção de filhos” (Gl
4.4,5). Com a vinda de Siló, por conseguinte, a Lei foi totalmente cumprida.
Com o Novo Testamento, passamos a viver sob uma outra lei: a Lei do Espírito.
IV.
O ACRIFICIO
VICÁRIO DE SILÓ
Finalmente, refere-se Jacó ao sacrifício vicário de Siló: “Ele amarrará o
seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à cepa mais excelente; ele
lavará o seu vestido no vinho, e sua capa em sangue de uvas. Os olhos serão
vermelhos de vinho e os dentes brancos de leite” (Gn 49.11,12). Não resta
dúvida de que esta referência é feita ao sacrifício de Cristo. Afinal de
contas, é justamente o vinho que melhor tipifica o sangue que o Cristo verteu
em nosso favor (1 Co 11.25). E foi com o seu sangue que ele nos resgatou de
nossa vã maneira de viver. Desta forma, a ele congregaram-se homens de todas as
nações. Nele, não há judeu, nem grego: nem bárbaro nem romano: todos somos um
em Cristo Jesus, o mail ilustre descendente de Judá. Amém!
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e
Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 3º/ 1991
Comentarista: Adilson Farias Soares
Tema Central: Personagens do Antigo Testamento
Páginas: 42 - 44
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