Texto Áureo: Mateus 6.6
Verdade Prática: A verdadeira motivação
do crente não está na fama ou no poder, mas em viver para glorificar a Cristo.
Leitura Bíblica: Marcos 1.35-45
Lição 13
INTRODUÇÃO
Vivemos
numa sociedade onde o ter sobrepõe-se ao ser. Sofremos pressões diárias para
vivermos de forma materialista. Fama, poder e influência política procuram
atrair-nos. No entanto, quando a pessoa acostumada à fama e ao poder cai no
anonimato, perde o total controle da situação. Ela percebe não ser mais o centro
das atenções. Nesta lição, estudaremos como o crente deve lidar com o anonimato
em sua vida. Certamente não é a vontade de Deus que seus filhos busquem o
estrelato terreno, mas o verdadeiro sentido de viver à luz do exemplo de
simplicidade evidenciado na vida de Jesus de Nazaré.
I.
A VERDADEIRA
MOTIVAÇÃO DO CRENTE
1.
O crente fiel
dispensa a vaidade: Além de significar o que é “vão” ou “aparência
ilusória”, o termo vaidade, segundo o dicionário Houaiss, designa a ideia de
“valorização que se atribui à própria aparência”. É o desejo intenso de a
pessoa ser reconhecida e admirada pelos outros. Isso é verdade! E a motivação
verdadeiramente cristã a dispensa. Quando lemos as Sagradas Escrituras
percebemos que “o buscar a glória para si” é algo absolutamente rechaçado pela
Palavra de Deus (Jo 3.30). A palavra revela que o servo de Cristo não deve, em
hipótese alguma, ser motivado por essa cobiça (Mc 9.30-37).
2.
O crente fiel
não deseja o primeiro lugar: Ao lançar mão de uma criança e
apresenta-la entre os discípulos, ensinava o Senhor Jesus uma extraordinária
lição: no coração do verdadeiro discípulo deve haver a mesma inocência e
sinceridade de um infante (Mc 9.36). Entre os seguidores do Mestre não pode
haver espaço para disputas, intrigas e contendas. No reino de Deus, quem deseja
ser o “primeiro” revela-se egoísta, mas quem procura servir ao próximo é
chamado pelo Mestre para ser o primeiro (Mc 10.42-45). Aqui, se estabelece a
diferença entre o vocacionado por Deus e o chamado pelo homem.
3.
O crente fiel
não se porta soberbamente: O livro de Provérbios demonstra com
abundantes exemplos e contundentes palavras do que o ser humano é capaz quando
o seu coração é dominado pela soberba e pelo desejo desenfreado pela fama ( Pv
6.16-19; 8.13). Ele “se apressa em fazer perversidade”; “usa de língua
mentirosa”; e, “com olhos altivos”, assiste as consequências dos seus atos sem
pestanejar, arrepender-se ou sensibilizar-se. Isso, absolutamente, não é a
verdadeira motivação do crente fiel! Pelo contrário, a motivação do discípulo
do meigo nazareno está em servir ao Senhor com um coração íntegro e sincero
diante de Deus e dos homens (Jo 13.34,35).
II.
NÃO FOMOS
CHAMADOS PARA A FAMA
1.
O que é fama:
É o conceito (bom ou mau) formado por determinado grupo em relação a uma
pessoa. Para que tal conceito seja formado em relação a si, é preciso tornar-se
o centro das atenções. Lamentavelmente, a síndrome de “celebridade” chegou aos
arraiais evangélicos. Porém, é preciso refletir: O ser humano, criado por Deus,
foi feito para a fama? O homem como centro das atenções, é algo cristão? Uma
classe de privilegiados e outra de meros coadjuvantes é projeto de Deus à sua
Igreja? Desenvolver o poder de influência politica e midiática, segundo as
categorias desse mundo, é expandir o reino divino? Uma breve meditação em
poucos textos bíblicos seria o bastante para verificarmos que a resposta a
todas essas indagações é “não” (Jo 3.30; 5.30; 8.50; Rm 12.16; 2 Co 11.30).
2.
O problema:
O espaço na mídia oferece a ilusão de que podemos obter sucesso imediato em
todas as coisas, gerando em muitos corações, até mesmo de crentes, uma
aspiração narcisista pelo sucesso (2 Tm 3.1-5). Cuidado! Quando a fama sobre à
cabeça, a graça de deus desaparece do coração! Buscar desenfreadamente a fama é
a maior tragédia na vida do crente. Este, logo perde aa essência da alma e a
sua verdadeira identidade cristã. Nessa perspectiva, o Evangelho declara:
porque que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou
prejudicando-se a si mesmo?”(Lc 9.25).
III.
O ANONIMATO
NÃO É SINÔNIMO DE DERROTA
1.
A verdadeira
sabedoria: O livro de Eclesiastes relata a história de um pobre homem
sábio que livrou a sua cidade das mãos de um rei opressor (Ec 9.13-18). No
entanto, o povo logo o esqueceu. Ele,
porém, não deu importância alguma para isso, pois o que mais queria era livrar,
de uma vez por todas, a sua querida cidade das mãos do tirano. A fama e o
desejo de ser reconhecido passavam longe do seu coração. Afinal, o que
caracteriza a verdadeira sabedoria é o “temor do Senhor” (Pv 1.7).
2.
A
simplicidade: O maior exemplo de simplicidade e equilíbrio temos na
vida de Jesus de Nazaré. A leitura bíblica em classe descreve-nos a sábia
atitude de Jesus em não deixar-se seduzir pela fama e retirar-se na hora
apropriada. O Nazareno sabia exatamente da sua missão a cumprir (Jo 5.30).
Quando percebeu que a multidão desejava fazer dEle um referencial de fama,
Cristo retirou-se para não comprometer a sua missão (Mc 1.45). O Mestre é o
nosso maior exemplo de simplicidade e equilíbrio no trato com as multidões.
Enquanto estas o procuravam, Ele se refugiava em lugares desérticos (t 14.13;
Mc 1.45).
3.
O equilíbrio:
No mundo contemporâneo, somos pressionados a ermos sempre os melhores em todas as coisas. O Evangelho,
entretanto, oferece-nos a oportunidade de retirarmos de sobre nós esse fardo
mundano (Mt 11.30). Você não precisa viver o estresse de ser quem não é! Você
deve tornar-se o que o Senhor o chamou para ser. Não tente provar nada a
ninguém. O Filho de Deus conhece-nos por dentro e por fora. Ele sabe as nossas
intenções, pensamentos e desejos mais íntimos. Não se transforme num ser que
você não é só para ganhar fama. A ilusão midiática não passa disso – é apenas
uma ilusão! Nunca foi a vontade de Jesus que seus filhos se curvassem À fama,
ao sucesso, à riqueza ou ao poder. Façamos o contrário, prostrando-nos aos pés
de Cristo e fazendo do Calvário o nosso verdadeiro esteio. Se há alguma coisa
em que devemos gloriar-nos, que sejamos na Cruz de cristo (1 Co 2.2; Gl 6.14).
CONCLUSÃO
Como
estudamos na lição de hoje, a fama não pode ser a motivação do crente. E o
anonimato não significa derrotar alguma para aqueles que estão em Cristo Jesus.
O Meigo Nazareno chega a incentivar a prática anônima da vida cristã (Mt
6.1-4). A pureza, a simplicidade e a sinceridade são os valores do reino de
Deus que nem sempre são entendidos pelos incrédulos. Todavia, somos chamados a
manifestar esses valores em nossa vida. Portanto, não se preocupe com o
anonimato, mas deseje agradar ao Senhor que criou os céus e a terra. Pois estes
manifestam a sua existência e provam que Ele esquadrinha as intenções dos
nossos pensamentos e corações.
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 4º/2012
Comentarista: Esequias Soares
Tema Central: OS DOZE PROFETAS MENORES – Advertências e Consolações
para a Santificação da Igreja de Cristo
Páginas: 84 - 89
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