Texto Áureo: João 16.33
Verdade Prática: Mesmo sofrendo as
consequências da queda, sabemos que Deus está no controle de todas as coisas.
Leitura Bíblica: João 16.20,21,25-33
Lição 01
INTRODUÇÃO
O
crente em Jesus pode vir a sofrer? Se a resposta for não, então por que o
sofrimento assalta-lhe a vida? Neste trimestre, estudaremos as “aflições do
tempo presente”. Veremos que elas, conforme ensinou Jesus n(Jo 16.33), são uma
realidade inevitável até mesmo na vida do crente mais fiel. Mas da mesma forma
como Ele padeceu, porém triunfou, nós também poderemos vencer todas as
batalhas. E, assim, cresceremos integralmente na graça e no conhecimento de
nosso Senhor Jesus Cristo.
I.
AS AFLIÇÕES
DO TEMPO PRESENTE
1.
De ordem natural:
Presenciamos uma desordem nunca antes vista na natureza. Apesar dos falsos
alarmes, não podemos ignorar a devastação provocada pela ação irresponsável do
homem. A Bíblia diz que a criação geme e está com “dores de parto” pelo que o
ser humano tem-lhe feito (Rm 8.22). Quantas calamidades nos abatem por causa da
degradação ambiental. São tr5agédias assombrosas que ceifam milhares de vidas.
As poluições nos lagos, rios e mares, e as ocupações em áreas de riscos
contribuem pra a ocorrência de tragédia. Tais aflições também afetam os crentes
fiéis.
2.
De ordem
econômica: Outra aflição que se abate sobre o mundo é a de ordem
financeira. A crise econômica internacional empobrece países, nações e
famílias. Quantos não deram cabo da própria vida porque, da noite para o dia,
descobriram que perderam todos os bens? Em nosso país, milhões de pessoas
sobrevivem com menos de um salário mínimo. A pobreza, a fome e a miséria
continuam a flagelar vidas ao redor do mundo, inclusive as dos servos de Deus
(Mc 121.41-44).
3.
De ordem
física: Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, doenças como
câncer, hepatite, hipertensão arterial, depressão e obesidade são consideradas
as pragas do século XXI. Essa informação traz-nos algumas indagações: Será que
o crente fiel não é vítima de câncer? Ou não desenvolve a depressão e não sofre
de hipertensão arterial? Não reconhecer que as enfermidades também atingem os
salvos e são consequência da queda 9Rm 6.23). Mesmo cientes de que as doenças
acomete m igualmente o servo de Deus é impossível ignorar que há enfermidades
de natureza espiritual e oriundas de práticas pecaminosas (Mt 9.32,33; Jo
5.14,15).
II.
POR QUE O
CRENTE SOFRE
1.
A queda:
O sofrimento é algo comum a todos os homens, sejam ímpios, sejam justos. Uma
razão para a existência do mal é a queda humana. Deus fez um mundo perfeito (Gn
1.31), mas a transgressão de Adão trouxe a tristeza, a dor e a morte (Gn
3.16-19; Rm 5.12). Por isso, todos estão igualmente sujeitos ao sofrimento (Rm
2.12; 8.22).
2.
A degeneração
humana: Com a queda no Éden, o homem sofreu um processo de degeneração
moral, social e espiritual. Tal degradação, observada na vida de Caim (Gn
4.8-16), Lameque (Gn 4.23,24), e de toda aquela geração, levou Deus a destruir
o mundo pelo dilúvio (Gn 6.1 – 7.24). O relato bíblico mostra claramente a
corrupção humana e o aparecimento do ódio, da violência, das guerras e de todos
os atos que contrariam a vontade divina. Não é exatamente essa a situação da
sociedade atual? A humanidade acha-se em franca rebelião contra Deus (Rm 3.23).
3.
O novo
nascimento e o sofrimento: A experiência pessoal e genuína do novo
nascimento gera no crente uma natureza oposta a da queda (1 Jo 5.1,19).
Entretanto, apesar de ter nascido de novo, o crente em Jesus não deixa de
experimentar o sofrimento, pois, como disse Agostinho de Hipona: “A permanência
da concupiscência em nós é uma maneira de provarmos a Deus o nosso amor a Ele,
lutando contra o pecado por amor ao Senhor; é, sobretudo, no rompimento radical
com o pecado que damos a Deus a prova real do nosso amor”. Assim,
experimentamos o sofrimento porque habitamos um corpo que ainda não foi
transformado, mas que espera a sua plena glorificação (1 Co 15.35-58).
III.
O
CRESCIMENTO E A PAZ NAS AFLIÇÕES
1.
A soberania
divina na vida do crente: A soberania divina na existência do crente
garante-lhe que os olhos de Deus sondem-lhe a vida por inteiro. Somos em suas
mãos o que o vaso é nas mãos do oleiro (Jr 18.4). Por isso, você pode falar
como o salmista: “Eu me alegrarei e regozijarei na tua benignidade, pois
consideraste a minha aflição; conheceste a minha alma nas angústias” (Sl 31.7).
Querido irmãos, querida irmã, não se desespere! O Senhor, Criador dos céus e da
terra, cuida inteiramente de você e dos seus, porque “a terra é do Senhor e toda a sua plenitude” (1 Co 10.26).
2.
Tudo coopera
para o bem: A vontade de Deus para as nossas vidas é boa, perfeita e
agradável (Rm 12.2). O escritor aos Hebreus reconhece que o Senhor, muitas
vezes, usa a provação para corrigir-nos e fazer brotar em nossa vida o “fruto
pacífico de justiça” (Hb 12.3-11). No exercício desse processo, crescemos como
pessoas e servos de Deus, aprendendo na faculdade das aflições da vida. Assim,
podemos dizer inequivocamente que “todas as coisas contribuem juntamente para o
bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” (Rm
8.28).
3.
Desfrutando a
paz do Senhor: Olhar para o sofrimento e a aflição humana e,
paradoxalmente, desfrutar da paz de Cristo, parece-nos loucura! Mas não o é
quando entendemos que Deus age segundo o conselho da sua vontade, visando
sempre o bem e o crescimento dos seus filhos.. O destino da vida não é
percorrido sob a ilusão mágica da “sombra e água fresca”, mas com os pés firmes
na realidade desértica do sol escaldante (Rm 5.1-5; Fp 4.7). Nesse interregno,
porém, desfrutamos a bondade, a misericórdia e a proteção do Criador dos céus e
da terra. Mesmo vivendo em um mundo de aflições, podemos experimentar a paz que
excede todo o entendimento e cantar em alto e bom som o coro do hino 178 da
Harpa Cristã: “Paz, paz/ gloriosa paz/ Paz, paz/ perfeita paz/ desde que Cristo
minh’alma salvou/ tenho doce paz”.
CONCLUSÃO
Neste
mundo, estamos sujeitos às aflições e sofrimentos de qualquer espécie. A vida
cristã envolve períodos difíceis e trabalhosos. No entanto, se a nossa
expectativa estiver na soberania de Deus e no seu bem, desfrutaremos, mesmo que
andemos em aflição, da mais perfeita e sublime paz de Cristo. Que ao longo
desse trimestre, o Todo-Poderoso ilumine-lhe a mente e o coração para deleitar-se
em sua eterna. E maravilhosa graça. Amém!
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 3º/ 2012
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Tema Central: VENCENDO AS AFLIÇÕES DA VIDA – Muitas são as aflições
do justo, mas o Senhor o livra de todas
Páginas: 03 - 09
Nenhum comentário:
Postar um comentário