Texto Áureo: 1 Coríntios 6.18
Verdade Prática: Não nos enganemos! O mesmo Deus que puniu os
adoradores de Baal-Peor continua a reivindicar santidade e pureza de cada um de
seus filhos.
Leitura Bíblica: Números 25.1-3,9; Apocalipse 2.14-17
Lição 4
INTRODUÇÃO
O pastor John
MacArthur afirmou certa vez que “Deus julga o seu próprio povo antes de voltar
sua ira aos pagãos”. Esta verdade, que muitos cristãos hoje preferem ignorar,
cumpriu-se numa trágica etapa da peregrinação de Israel rumo à Terra Prometida.
Refiro-me ao
episódio de Baal-Peor. Os varões hebreus, seduzidos pelas moabitas, não somente
prostituiram-se com estas, como também acabaram por adorar a horrenda divindade
daquele povo pagão.
O julgamento
divino não tardou. Vinte e quatro mil israelitas são exterminados pelo Deus que
não pode aturar a impureza entre os seus filhos. Não pense que o culto a
Baal-Peor ficou no passado. Muitos crentes, sem o saberem, estão convivendo com
essa abominação.
I.
BAAL-PEOR –
O DEUS DA SENSUALIDADE
1. Quem era Baal: Era o deus
supremo dos cananeus. Em hebraico, Baal significa senhor. Seus adoradores
acreditavam fosse o ídolo o responsável pela abundância da terra e pela
fertilidade do ventre.
Em Peor, região
de Moabe, havia uma versão local dessa divindade, que era adorada conjuntamente
por moabitas e midianitas. Foi nessa localidade de Sitim, bem defronte de
Jericó, que Israel rompeu a aliança com o seu Deus, pondo-se a cultuar a Baal.
2. Como Baal era adorado: Sendo o
deus da fertilidade, seu culto era marcado pela crueldade e por uma devassidão
que envergonharia até Sodoma e Gomorra. Em suas cerimônias havia: 1)
sacrifícios de vítimas humanas; 2) orgias e os mais inimagináveis
desregramentos; 3) e, logicamente louvores a Baal.
II.
A IDOLATRIA
E A PROSTITUIÇÃO DE ISRAEL
A história é
bastante conhecida. O rei Balaque, de Moabe, contratara Balão para amaldiçoar a
Israel. Todavia, o profeta sabia muito bem que jamais poderia amaldiçoar um
povo a quem o Senhor cobrira de bênçãos. A fim de não perder os prêmios e os
favores do monarca, o profeta desviado mostrou-lhe que só havia um meio de
levar Israel ao anátema.
Desse episódio,
temos a concluir duas coisas básicas: 1) Nem maldição, nem trabalho de macumba,
tem qualquer poder sobre o povo de Deus; No entanto, se nos deixarmos
contaminar pelo pecado, estaremos completamente expostos; o próprio Deus nos
amaldiçoará. Foi o que aconteceu a Israel.
1. A
prostituição de Israel: Conforme podemos inferir de Ap 2.14-17, Balaão
sugeriu ao rei moabita espalhar, por todo o arraial hebreu, mulheres
desavergonhadas, e que estas levassem os israelitas à prostituição.
2. A idolatria de Israel: Da
prostituição à idolatria bastou apenas um passo. Dentro em pouco, lá estavam os
adoradores do Único e Verdadeiro Deus saboreando as iguarias oferecidas a
Baal-Peor, e a este tributando honras e louvores. O autor sagrado assim
registra o desregramento dos filhos de Israel: “E Israel deteve-se em Sitim, e
o povo começou a prostituir-se com as filhas dos moabitas. Estas convidaram o
povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu e inclinou-se aos seus
deuses” (Nm 25.1,2).
3. A maldição sobre os filhos de Israel:
Deus não se deixa escarnecer (Gl 6.8). Ele envia uma praga tão virulenta entre
o povo que, num único dia, morreram 23 mil pessoas (1 Co 10.8). De Nm 25.9,
conclui-se terem perecido ao todo 24 mil israelitas.
III.
A DOUTRINA
DE BALAÃO
Não imagine ter
a doutrina de Balaão se limitado àquele período da história de Israel. Esse ensinamento
foi encontrado na igreja de Pérgamo, e em nossos dias continua a fazer os seus
adeptos (Ap 2.14).
Vejamos algumas
características dessa maldita teologia:
1. O pai da doutrina: Não obstante
o seu o seu dom profético, Balaão era um obreiro ganancioso e fraudulento; para
aumentar seus lucros estava disposto a tudo (2 Pe 2.15). E foi visando o prêmio
de Balaque, que ele lhe ensinou a colocar tropeços diante dos filhos de Israel.
2. A doutrina de Balaão: A teologia
de Balaão consiste em levar os filhos de Deus à idolatria e à fornicação (Nm
31.15,16).
IV.
O MODERNO
CULTO A BAAL
O velho Baal
continua o mesmo; tudo faz por induzir os santos à impureza. Seus profetas e
adoradores também não mudaram. Vejamos, a seguir, como os seus cultos
manifestam-se em nossos dias:
1. Pornografia: Não são poucos os
filhos de Deus que se acham arruinados espiritualmente em consequência de r
revistas, filmes e vídeos pornográficos. O Senhor não atura tais coisas; são
abomináveis aos seus olhos. Ele é o Santo! E de seus filhos exige vida santa e
irrepreensível (Ex 19.6).
É chegada a
hora de remirmos o nosso tempo. Ao invés de o desperdiçarmos com filmes e
programas permissivos, que tal passarmos mais tempo orando e estudando a
Palavra de Deus? Este tem de ser o nosso compromisso: “Não porei coisa má
diante dos meus olhos; aborreço s ações daqueles que se desviam; nada se me
pegará” (Sl 101.3). Leia Jó 31.1.
2. Diversões carnais: Não são
poucas as diversões que, à semelhança de Baal-Peor, só trazem maldição e
dolorosa consequências. Não podemos esquecer-nos dos filhos de Eli que, sob a
cobertura do ministério paterno, pecaram e levavam o povo a pecar até que Deus
os matou (1 Sm 2.22).
Infelizmente,
somos obrigados a mencionar os shows promovidos em nossos púlpitos. Cantores e
artistas, dizendo-se evangélicos, mas flagrantemente divorciados da graça de
Deus, além de nos roubarem todo o tempo da Palavra, arrastam nossos jovens a
uma vida leviana e descompromissada com Deus. A Igreja do Senhor não necessita
de artistas e animadores em seus cultos, mas de homens, mulheres, jovens e
crianças comprovadamente santos. Cheios do Espírito Santo, hão de adorar ao pai
em espírito e em verdade (Jo 4.23,24).
3. Namoros permissivos: Embora
estejamos no terceiro milênio, os padrões bíblicos não mudaram. A Palavra de
Deus exige santidade e pureza de cada um de seus filhos. Isto significa que o
namoro cristão tem de primar pela decência, recato e moderação. Requer-se que
os jovens cheguem virgens, e castos ao casamento. Pureza na alma e pureza no
corpo.
Que tenham eles
uma vida pura e santa: o Senhor haverá de julgar os fornicários e os que se
prostituem (Ap 21.8).
4. Roupas indecentes e lascivas:
Deus exige sejam aas vestes de seus filhos modestas e descendentes (1 Tm 2.9).
Ensinemos aos nossos jovens que o seu corpo é o templo do Espírito Santo.
Tenhamos a necessária coragem de mostrar-lhes que as modas lascivas e sensuais
são contrárias ao padrão que a Palavra de Deus nos prescreve.
Cuidado! Deus
não mudou. Continua a exigir santidade e pureza de todos os seus filhos.
Lembremo-nos da advertência do salmista: “Mui fiéis são os teus testemunhos: a
santidade convém à tua casa, Senhor, para sempre” (Sl 93.5).
5. Infidelidade conjugal: Numa
sociedade permissiva e erotizada como a nossa, o adultério não visto mais como
algo reprovável. É toleravelmente aceito; é socialmente incentivado; é
legalmente ignorado.
A Bíblia não
mudou! Adultério é adultério. Pecado é pecado. Ainda que busquemos
justificativas teológicas a tais comportamentos, a verdade bíblica não será
alterada (Ex 20.14; Mt 5.28).
6. Fantasias sexuais: Jó foi um
homem que, apesar de todas as adversidades que se abateram sobre si, perseverou
a sua integridade. O seu coração não era apenas puro; era casto e inculpável.
Veja o que diz ele: “Fiz concerto com os meus olhos; como, pois, os fixaria
numa virgem?” (Jó 31.1). O patriarca não alimentava qualquer pensamento lascivo
ou adúltero. Ele não se dava às fantasias sexuais que, na Palavra de Deus, recebem
outros nomes: adultério, concupiscência dos olhos, impureza (1 Jo 2.16; 2 Pe
2.14).
CONCLUSÃO
Baal-Peor é uma
coisa vergonhosa (Os 9.10). os que participam de seu culto perecerão: “Os
vossos olhos têm visto o que o Senhor fez por causa de Baal-Peor; pois a todo
homem que seguiu a Baal-Peor o Senhor, teu Deus, consumiu do meio de ti” (Dt
4.3).
A Bíblia é clara quanto às suas reivindicações: “Porque esta é a
vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição” (1
Ts 4.3). O apóstolo ainda recomenda: “Fugi da prostituição. Todo pecado que o
homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio
corpo” (1 Co 6.18).
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 4º/2000
Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade
Consultor Doutrinário e Teológico: Antonio Gilberto
Tema Central: NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM – Quando a
idolatria ameaça a Igreja de Cristo
Páginas: 17 - 21
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