quarta-feira, 6 de junho de 2012
sardes,aigreja morta
Texto Áureo:Efésios 5.14
Verdade Prática:Somente o Espírito Santo pode reavivar a Igreja e leva-la a posicionar-se como a agência por excelência do reino de Deus.
Leitura Bíblica:Apocalipse 3.1-6
Lição 07
INTRODUÇÃO
A igreja em Sardes foi morrendo aos poucos até esvaziar-se por completo do Espírito santo. Agora, já não passava de um cadáver. Mas aos olhos humanos, parecia bem viva. Assemelhava-se aos defuntos preparados em ricas funerárias. Bem maquiada e vestida ricamente, impressionava por sua vida sem vida. Ela, porém, já começava a cheirar mal.
Muitas igrejas, hoje, assemelham-se aa Sardes. Morreram e não o sabem. Vivem do passado, pois já não existem no presente. Ao invés do registro do novo nascimento, o atestado de um óbito que poderia ter sido evitado. Era só angustiar-se por um avivamento.
Todavia, o senhor Jesus quer reaviva-las. O Espírito santo haverá de soprar-lhe a vida, para que se reergam neste vale de ossos sequíssimos. Somente um reavivamento ressuscitará as igrejas que, apesar de terem história, já não fazem história.
I. A IGREJA EM SARDES
1. A cidade de Sardes: A cidade de Sardes, por estar situada a quinhentos metros acima do nível do mar, considerava-se inexpugnável. Ela orgulhava-se também de seus fabulosos tesouros. Suas abundâncias vinham, em parte, do rio Pactolos, que lhe fornecia ouro e prata em grandes quantidades. Suas águas, de tão excelentes, eram tidas como indispensáveis À boa saúde.
Sardes fazia parte do Reino da Lídia, cujos monarcas tornaram-se notórios por sua magnificência. Haja vista o fabuloso Creso. Ascendendo ao trono no sexto século a.C., este rei acumulou tantos bens, que o seu nome veio a tronar-se sinônimo de riqueza. No mundo antigo, este ditado era corrente: “Rico como Creso”.
Quem visita, hoje, a Turquia, espanta-se com as ruínas de Sardes. Nem sombra há daquele reino que se elevava os céus.
2. A Igreja em Sardes: Fundada provavelmente pelo Apóstolo Paulo, a igreja em Sardes exalava abundante vida. De um amontoado de gente oriunda de várias etnias, o Espírito santo batizou a todos no corpo de Cristo (Rm 6.3). E apesar da diversidade cultural, todos agora achavam-se irmanados no Autor da vida (Nm 27.16; Jo 17.2; At 3.15).
Mas, não demorou muito, e Sardes começou a necrosar-se; morria e não percebia que estava morrendo (Ap 3.1).
Sardes, agora, vivia de aparências. Embora parecesse avivada, jazia sem vida. Sua liturgia até lembrava o cenáculo, mas não passava de uma bem ritmada marcha fúnebre. Este é o retrato de algumas igrejas. No exterior, a caiadura bela; no interior, o acúmulo de mortos (Mt 23.27). E os que ainda vivem já não suportam o mal cheiro dos que apodrecem moral e espiritualmente.
II. A IDENTIFICAÇÃO DO MISSIVISTA
Àigreja em Sardes, apresenta-se Jesus como aquele que tem os sete espíritos de Deus. Dessa forma, o Senhor realça a ação plena do Espírito Santo na Igreja de Cristo. Somente o Consolador pode vivificar uma igreja morta. Lembra-se do vale de ossos secos visto por Ezequiel? Se buscarmos a Deus, o Senhor Jesus assoprará sobre nós o seu Espírito. Cada osso com o seu osso se ajuntará; os nervos e tendões aparecerão e as carnes vestirão todos os esqueletos, prontificando-os como o poderoso exército de Jeová (Ez 37).
1. O que tem os sete Espíritos de Deus (Ap 3.1): Era urgente que Sardes soubesse: sem o Espírito Santo, a vida é impossível. Foi Ele quem transmitiu movimento e beleza a uma terra sem forma e vazia (Gn 1.1,2). No ventre da virgem de Nazaré, concebeu o Filho de Deus (Lc 1.35). E no Pentecostes, derramou-se sobre os discípulos (At 2.1-4). Sem o Espírito Santo, não há regeneração, pois o novo nascimento é operado por Ele (Jo 3.5). Se Sardes estava morta, carecia com urgência do Espírito da vida (Rm 8.2).
2. Os sete Espíritos de Deus: Existe apenas um único Espírito Santo (Ef 4.4). Sua ação, todavia, é tão perfeita e eficaz, que Isaías setuplamente o descreve: “E repousará sobre ele o Espírito de sabedoria e de inteligência, e o Espírito de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor” (Is 11.2). Através da sétupla ação do Espírito Santo, o Senhor Jesus traz novamente vida as igrejas que, à semelhança de Sardes, deixaram-se esvaziar de Deus.
3. As sete estrelas: Apresenta-se Jesus, também, como o soberano da Igreja. Tanto local, quanto universalmente, Ele é a cabeça da Igreja, pois resgatou-a com o seu precioso sangue (Ef 5.23; 1 Pe 1.17-19). Eis porque os pastores, no Apocalipse, são representados como as estrelas que se acham na destra do Cordeiro (Ap 1.20; 3.1). portanto, se alguém quer brilhar, que brilhe nas mãos do Senhor como ,luz de um mundo que jaz no maligno.
III. A DOENÇA E A MORTE DE UMA IGREJA
Aos olhos das demais igrejas, Sardes exibia-se bela e viva. Mas aos olhos de Cristo, não passava de um defunto bem produzido. Aliás, a sua certidão de óbito já estava lavrada com a explicitação da causa mortis.
1. Perda de memória: A primeira doença a atingir a Igreja em Sardes foi a perda de sua memória espiritual. Embora vivesse do passado, já não conseguia lembrar-se do que recebera de Deus. A exortação do Senhor é urgente: “Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o e arrepende-te” (Ap 3.3).
A situação de Sardes era mais grave do que a de Éfeso. Esta igreja ainda podia lembrar-se do primeiro amor e voltar ao local onde caíra. Mas aquela, posto já estar morta, carecia de uma ressurreição; um grande e poderoso reavivamento. O Senhor Jesus, porém, tanto nos restaura a memória espiritual, como nos faz ressurgir dentre os mortos (Ef 5.14).
2. Desleixo: Esta foi a segunda doença de Sardes: desleixo. Embora não sejamos perfeitos, nossas obras tem de primar pela excelência. A igreja em Sardes, todavia, desprezando o padrão divino, fizera-se tão relapsa, que o Senhor já não a suportava: “Não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus” (Ap 3.2).
No âmbito do reino de Deus, a perfeição é o padrão mínimo aceitável, conforme recomenda o apóstolo: “Se é ministrar, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria” (Rm 12.7,8). A perfeição na Igreja de Cristo só é possível se amarmos o Cristo da Igreja.
3. Descaso para com o remanescente fiel: No necrotério de Sardes, havia alguns crentes que ainda respiravam. E o Senhor estava preocupado com eles: “Sê vigilante e confirma o restante que estava para morrer, porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus” (Ap 3.2). Jesus queria preservar a vida daqueles poucos homens e mulheres que não haviam contraído as moléstias deste século: orgulho, rebelião, adultério, fornicação, heresias, roubo, cobiça, calúnias.
É hora de confirmar os que ainda respiram. Confirmemo-los através da Palavra de Deus, da oração, da comunhão dos santos e do serviço evangelístico e missionário. Quanto aos que já morreram, que ouçam a voz de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá” (Ef 5.14).
CONCLUSÃO
Se o anjo da Igreja em Sardes não cumprisse os seus deveres, teria o nome riscado do Livro da vida: “O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos” (Ap 3.5). Sabe o que isso significa? Separação eterna de Deus. Sim, desempenhar o ministério cristão de forma relapsa e profana pode levar o obreiro a comprometer a própria salvação, Muito cuidado!
Finalmente, irmãos, a Igreja de Cristo é lugar de vivos. Nosso Deus não é Deus de mortos (Mc 12.27).
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre:2º/2012
Comentarista: Claudionor de Andrade
Tema Central:AS SETE CARTAS DO APOCALIPSE – A mensagem final de Cristo à Igreja
Páginas:49 - 55
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