terça-feira, 20 de março de 2012

ORANDO COMO JESUS ENSINOU


Texto Áureo: Mateus 26.41
Verdade Prática: Ao orar o Pai Nosso, o Senhor Jesus ensina-nos a essência da oração.
Leitura Bíblica: João 17.1-4; 15-17; 20-22

Lição 05

INTRODUÇÃO

Na lição de hoje, estudaremos a respeito da oração mais conhecida de todos os tempos: a Oração do Pai Nosso. Para ensinar os discípulos a orar, Jesus proferiu esta conhecida oração (Mt 6.9-13). Esse modelo de oração é singular pela sua simplicidade e adequado pela sua objetividade e propósito; é um modelo que serve aos crentes de todos os tempos.

I.                   A ORAÇÃO DEVE SER INERENTE AO CRENTE

  1. Aprendendo a orar com o Mestre: Jesus estava orando em determinado lugar com seus discípulos. Quando terminou de orar, os discípulos pediram-lhe que os ensinasse a orar, como também João ensinou aos seus discípulos (Lc 11.1). O Senhor Jesus deu início a sua aula sobre oração, declarando: “Portanto orareis assim”. Todavia, Jesus não estava dizendo que os discípulos “deviam” repetir mecanicamente esse modelo de oração toda vez que buscassem a face de Deus.
  2. Os discípulos já conheciam a respeito da oração? Os discípulos já tinham conhecimento da importância da oração, pois os judeus devotos e os gentio que criam em Deus tinham como costume orar. De acordo com At 3.1, os judeus tinham um horário determinado para as orações: de manhã (às 9 h), à tarde (às 15h) e à noite (no por do sol). Todavia, os discípulos nunca viram alguém orar como o Mestre.
Jesus no Sermão da Montanha ensinou a respeito de como devemos orar: “E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pó nas sinagogas e Às esquinas das ruas, para serem visto pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai que vê o que está oculto, te recompensará” (Mt 6.5,6). Jesus ensinou acerca disso, porque os líderes religiosos de sua época, gostavam das orações em lugares públicos para chamarem a atenção (Mt 6.5,6), porém Jesus ensina que devemos ter o nosso momento secreto com o Pai em oração (Mt 6.3).
  1. A oração era algo habitual para Jesus e seus discípulos: Os discípulos podiam observar o exemplo de Jesus. A oração era uma prática habitual entre eles (Lc 5.16; At 3.1). Precisamos buscar a face de Deus em oração diariamente. É impossível que um discípulo não converse com seu mestre; que um servo não conheça o que o seu senhor deseja. Como está a sua vida de oração? Precisamos buscar a face de Deus em oração diariamente. A oração e a Palvra de Deus são imprescindíveis para uma vida cristã vitoriosa como discípulo e amigo do Senhor Jesus (Jo 15.15).

II.                A ORAÇÃO-MODELO

  1. “Pai nosso, que estás nos céus” (V 9): Logo no ínbicio da Oração do Pai Nosso, Jesus ensina a quem devemos dirigir nossas petições. Deus é o Pai Celestial de todos os que seguem o “novo e vivo caminho”: o seu Filho Jesus Cristo (Hb 9.20; Jo 1.12,12; 14.6). A Bíblia declara que o Espírito Santo transmite ao crente a certeza de que Deus é seu pai. O Espírito testifica com o nosso espírito de que somos filhos de Deus (Rm 8.15,16). Ao contemplar a Deus como Pai, o crente deve ter em mente três verdades bíblicas sobre o amor de Deus:
a)      Deus nos amou primeiro: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). O seu amor por nós precede a nossa própria existência e, conseqüentemente, as nossas transgressões (Rm 5.8).
b)      Deus nos adotou como filhos pelo Espírito de adoção (Rm 8.15): Por meio da obra redentora de Cristo Jesus na cruz, “[...] nos predestinou par filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade (Ef 1.5).
c)      Deus nos fez herdeiros seus: A única coisa destinada ao homem era a sua própria condenação, resultante dos seus pecados (Rm 6.23; Jo 3.18,19). Entretanto, Deus, que é riquíssimo em misericórdia quis nos justificar por sua graça e amor (Rm 3.24; Tt 3.7). Ele, “[...] segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável e que se não pode murchar, guardada nos céus para vós” (1 Pe 1.3,4).
  1. “Santificado seja o teu nome” (v 9): Deus  é santo (Is 6.3). Seu nome é exaltado em cima nos céus e em baixo na terra, acima de qualquer outro nome (Is 12.4). A santidade de Deus é manifesta através do crente que dá bom testemunho. É dever de todo o crente honrar como santo o nome do Senhor nosso Deus, não só de lábios, mas com sua vida santa (1 Pe 1.15,16). Muitos estão profanando o nome de Deus à medida que dão mau testemunho.
  2. “Seja feita a tua vontade” (v 10): Abrir mão da nossa vontade nem sempre é fácil, requer total dependência de Deus. Jesus, como homem perfeito, é o nosso exemplo. Certa vez Ele afirmou: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou...” (Jo 4.34). Deus é um Pai amoroso e a sua vontade sempre é boa, agradável e perfeita, por isso, devemos nos submeter a ela com alegria. Entretanto, como descobrir a vontade de Deus? Mediante a oração. A oração não é um monólogo, mas um diálogo onde podemos ouvir Deus e saber qual direção tomar. Como está escrito: “Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas” (Sl 23.2).

III.             DECORÊNCIAS PRÁTICAS DA ORAÇÃO-MODELO

  1. “O pão nosso de cada dia”: a luta diária contra a autossuficiência: Jesus nos ensina que, por mais que o homem trabalhe e lute para obter o seu sustento, Deus é o Provedor. Nenhum homem pode ignorar as providências divinas, mesmo que suas posses “garantam” sua manutenção (Dt 11.14,15; 28.12; Mt 5.45). A Bíblia declara que: “Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono” (Sl 127.2).
Deus conhece todas as nossas necessidades, de modo que não devemos estar inquietos por nossa subsistência (Mt 6.25-32; Sl 37.25; 34.10).
  1. Perdão das nossas dívidas: O pecado é uma dívida que o homem contrai para com Deus quando transgride a sua Lei. O Senhor Jesus nos ensina a buscar o perdão do Pai e perdoar os que nos ofendem. Jesus deixa claro que só seremos perdoados por Deus pelas nossas faltas, se perdoarmos os que nos prejudicam: “se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas” (Mt 6.14,15).
  2. Livramento do mal: Todo crente está sujeito às tentações e ataques o mal. Todos tem o seu lado frágil e susceptível ao mal de cada dia (Rm 7.15-19; Gl 5.17); Tg 1.14,15; 1 Co 10.12,13); este fato não pode ser negligenciado. Jesus nos advertiu: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mc 14.38).

CONCLUSÃO

Quando o crente aprende biblicamente como se dirigir a Deus em oração, estando coma sua vida cristã em ordem, passa a ter a certeza de que suas orações serão respondidas. Afinal, as Sagradas Escrituras nos garantem: “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito” (Jo 15.7).


Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 4º/ 2010
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Consultor Doutrinário e Teológico: Antonio Gilberto
Tema Central: O poder e o ministério da oração – O relacionamento do cristão com Deus
Páginas: 34 - 40

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