Texto Áureo: 1
Coríntios 12.7
Verdade Prática: Os
dons espirituais, atrelados ao amor divino, promovem o fortalecimento da
unidade da igreja.
Leitura Bíblica: 1
Coríntios 12.12,13,27-30
Lição 10
INTRODUÇÃO
A Igreja é
comparada a um corpo, onde cada crente tem uma função específica. Todos estão
ligados à cabeça, que é Jesus, donde emanam todas as bênçãos e diretrizes para
o perfeito funcionamento desse corpo.
A atuação dos
dons espirituais nesse corpo promove a edificação individual e coletiva dos
membros do corpo de Cristo, mantendo-os unidos num aperfeiçoamento constante
(Ef 4.11-16).
I.
O QUE É A
UNIDADE NA IGREJA
- No ministério: O ministério é uma dádiva divina concedida à igreja (1 Co 3.3-9; 112.28; Ef 4.11). Podemos ver a unidade ministerial em dois aspectos:
a) Dos ministros entre si:
Nenhum ministro possui todos os dons
ministeriais (Rm 12.6-8; 1 Co 12.28-30); juntos, porém, completam-se, pois
dependem um do outro (1 Co 12.15-17)). Todos os dons ministeriais são
necessários à Igreja (1 Co 2.5-9). Em Antioquia, os obreiros possuíam
diferentes dons e estavam unidos e coesos em torno da causa de Cristo (At
13.1-3).
b) Dos ministros e a Igreja: Os
ministros trabalham para a edificação da Igreja (Ef 4.12). Cada crente tem uma
missão especial a cumprir (Mc 13.34), e deve ser aperfeiçoado para o seu
trabalho na igreja através da orientação dos ministros que Deus nela colocar.
- Entre os membros em geral: Vejamos alguns aspectos dessa unidade:
a) União: Todos os que têm vida em
Jesus foram unidos a Ele num mesmo Espírito e num só corpo (1 Co 12.13; 6.17).
Através do amor, ligamo-nos uns aos outros (1 Jo 4.7,21; 5.12). Nessa união,
desaparece toda a distinção de cor, raça, povo, posição social ou nível
intelectual (Gl 3.11; 1 Co 12.13; Gl 6.16).
b) Dependência: No corpo de Cristo,
não existe membros “independentes”: todos estão ligados aos demais, dependem
uns dos outros. Todos têm uma tarefa especial, porém todos são limitados e
precisam da ajuda dos demais.
c) Individualmente: Embora haja
muitos membros, cada um exerce uma função respectiva na vida da Igreja (Ef
4.15,16).
d) Participação: No corpo místico
de Cristo, todos estão ligados à cabeça, que é o próprio Senhor, e participam
das bênçãos dela oriundas. Ligados a Jesus, participamos da plenitude do
Espírito (Cl 2.9,10), e seremos abençoados com todas as bênçãos celestiais (Ef
1.3).
II.
OS DONS
ESPIRITUAIS E A UNIDADE DA IGREJA
- Sua utilidade: Os dons são dados à Igreja para a sua edificação (1 Co 14.12), levando-a a manter e a desenvolver sua unidade no corpo de Cristo (Ef 4.4-6, 15.16). Podemos ver isso através dos:
A) Ministérios espirituais (Ef 4.8-13; 1 Co
12.28-30): Serviços espirituais que Deus confiou à Igreja. Seus
depositários são aqueles que Ele chamou para realizar diferentes funções na
Igreja (Ef 3.7; 4.12; 1 Co 12.28), visando sempre a unidade do povo de Deus (1
Pe 4.10,11).
B) Dons espirituais (1 Co 12.4-6):
São as preocupações para os serviços acima mencionados, resultando no
aprimoramento da unidade da Igreja (1 Co 12.12,14,27).
- Seus objetivos: Um corpo excuta as ordens da cabeça (Ef 4.16). Assim ocorre com a Igreja. Quando os dons operam na igreja, eles a conduzem à sua unidade, e promovem:
A) Capacitação para evangelizar o mundo (Mt
28.18-20; Mc 16.15,16): A Igreja precisa dos dons espirituais; quanto
maior for a operação deles, tanto mais eficiente e poderosa tornar-se-á a
Igreja (1 Ts 1.5-8).
B) Manutenção doutrinária: Através
dos dons, a igreja pode manter a doutrina bíblica, passando a ter “unidade
doutrinária” (Ef 4.3-6; At 15.22).
C) Edificação: Os dons unem e
edificam os crentes (1 Co 14.3-5).
D) Proteção: Os dons alertam quanto
à presença de lobos vorazes (At 20.28-30); aperfeiçoam a nossa vigilância nesse
sentido.
E) Autoridade: Através dos dons, a
Igreja recebe autoridade sobre todo o mal (Lc 10.19). Pois Jesus tem todo o
poder na terra e no céu (Mt 28.18). Logo, a igreja, como seu corpo, participa
desse mesmo poder (At 1.8; Lc 24.49; Mc 16.20).
III.
O AMOR COMO
REGULADOR DOS DONS ESPIRITUAIS
- Na edificação da Igreja: Quando os dons espirituais têm por base o amor, que é fruto do Espírito (Gl 5.22), promovem de fato grande edificação na igreja (1 Co 14.4,5,26,31). O amor atua na vida do portador do dom de modo a:
A) Dominar a sua vida: Com seus
sentimentos devidamente disciplinados, ele passa a ter domínio próprio (Pv
16.32; 25.28). Pois o amor é benigno, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo
suporta, não trata com leviandade (1 Co 13.4,5,6).
B) Conservá-lo humilde: Ele deve
continuar humilde (Pv 27.1), dando toda a glória a Jesus, pois o “amor não se
ensoberbece” (1 Co 13.4).
C) Impedi-lo de ter interesse próprio:
“O amor não busca os seus interesses” (1 Co 13.5). Os dons devem ser usados
visando o interesse da Igreja de Cristo (1 Co 10.33; Fp 3.3,4).
D) Evita meninices: “O amor não
trata com leviandade, não se porta com indecência” (1 Co 13.4,5).
- Na conversão dos incrédulos: O que atrai a atenção do pecador é o sobrenatural. O Evangelho não consiste somente de palavras, mas “em demonstração de espírito e poder” (1 Co 2.4,5; Hb 2.4).
- Na expansão da Igreja: Uma vida cheia de amor e dons espirituais produzirá nos ouvintes uma influência santa, que os levará a uma tomada de posição com relação a Deus. Foi assim que a Igreja Primitiva experimentou um crescimento vertiginoso (At 2.37-41; 4.4; 5.14; 6.7).
- Na espera da vinda de Jesus: Se o amor funcionar como regulador dos dons, estes jamais cessarão no seio da Igreja (1 Co 13.8,9). E, dessa maneira, o povo de Deus será levado a vivenciar uma surpreendente dimensão espiritual até a volta de Jesus (At 2.39; 1 Pe 1.5).
IV.
A
IMPORTÂNCIA DOS DONS
- Todos os dons são necessários: A Igreja de Corinto tinha todos os dons (1 Co 1.7). Os dons espirituais são as ferramentas com as quais a Igreja trabalha para obter êxito em sua tarefa espiritual (1 Co 2.1-4; 2 Co 10.4-6; Zc 4.6). Não podemos ignorá-los (1 Co 12.1), mas abundar neles (1 Co 14.12).
Sem a atuação
dos dons, a Igreja restringir-se-á a um nível puramente humano.
- Todos os dons devem ser buscados: A Igreja deve buscar todos os dons (1 Co 14.1). Sem eles, jamais experimentaremos as ricas bênçãos deles advindas.
CONCLUSÃO
Ciência sem
sabedoria pode levar a fanatismos e atitudes impróprias; sabedoria sem ciência
pode levar a Igreja a um nível puramente humano; variedade de língua sem
interpretação não traz edificação coletiva; sem profecia, o povo ficará privado
da edificação, exortação e consolação; sem os dons da fé, maravilhas e curas, a
Igreja não experimentará os sinais que acompanham a pregação do Evangelho (Hb
2.8; Mc 16.17-20); sem sabedoria e ciência, os demais dons poderão ser
desvirtuados de suas finalidades bíblicas.
É necessário
que todos os dons se manifestem na Igreja, e que o amor possa regê-los para
edificação de todos.
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 1º/1998
Comentarista: Valdir Nunes Bícego
Tema Central: Verdades Pentecostais – O Evangelho de Cristo
anunciado com poder
Páginas: 70 - 75
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