segunda-feira, 12 de março de 2012

A IGREJA DE JERUSALÉM


Texto Áureo:Atos 6.7
Verdade Prática:Sendo a igreja mãe, a Igreja de Jerusalém deu origem as demais igrejas espalhadas por todo o mundo ao longo desses vinte séculos de Cristianismo.
Leitura Bíblica:Atos 2.42-47; 4.32-35; Atos 2

Lição 7

INTRODUÇÃO

Os textos de At 2.42-47; 4.32-53 juntos se completam e mostram o com da igreja de Jerusalém. Era uma igreja que se caracterizava pela comunhão, sinais sobrenaturais, solidariedade de seus membros, testemunho da ressurreição de Cristo, e pelo poder atuante do Espírito santo na vida dos discípulos. Tais características são indispensáveis na vida da Igreja em todas as eras e em todos os lugares.

I.                   A RESSURREIÇÃO DE JESUS

1.      Uma das colunas do Cristianismo (4.33):Os fundadores das grandes religiões não-cristãs, Buda, Confúcio, Zoroastro, Maomé e outros morreram e estão sepultados até hoje, entretanto Jesus está vivo! “Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como tinha dito. Vinde e vede o lugar onde o Senhor jazia” (Mt 28.6). Uma das grandezas do Cristianismo é que o seu fundador venceu a morte e continua vivo. Não somente está vivo, mas tem todo o poder no céu e na terra (Mt 28.18), e esse poder está presente na Igreja: “E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça” (4.33). A ressurreição de Cristo é a viga mestra do Cristianismo.
2.      Jesus ressuscitou para a nossa justificação: A ressurreição de Jesus foi corporal (Jo 2.20-22; At 2.25-32). O apóstolo Paulo afirma que isso aconteceu para que pudéssemos ser justificados diante de Deus (Rm 4.25). “Se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados” (1 Co 15.17). Com isso afirma o apóstolo que o Cristianismo não teria sentido se Jesus não tivesse ressuscitado; não passaria de uma religião comum como as demais, cujos fundadores morreram e não puderam ressuscitar; foram vencidos pela morte. Essa ressurreição é mais que meramente tornar a viver; é a glorificação de Jesus (Jo 7.39; Rm 1.4).
3.      “Muitos sinais se faziam entre os apóstolos” (2.43): O milagre da ressurreição foi tão extraordinário, que para os gregos era loucura (At 17.32). A cura do coxo na porta do templo de Jerusalém era a prova infalível da ressurreição e do poder de Jesus (At 3.13+-16). Isso porque a morte de Jesus foi testemunhada por muitos em Jerusalém. Toda a cidade tinha conhecimento desse acontecimento: a noticia havia se espalhado por toda a parte. Pedro fez questão de sublinhar que a cura extraordinária do coxo era obra do Cristo ressuscitado.

II.                UMA IGREJA SOLIDÁRIA

1.      A generosidade dos irmãos (2.45): A solidariedade era algo generalizado na igreja de Jerusalém e não meramente uma característica de Barnabé. Isso era consequência da nova vida em Cristo. Muitos deles vendiam suas propriedades levando o dinheiro aos apóstolos. É bom sempre lembrar que essas doações eram voluntárias e a repercussão foi muito grande, pois naquela época havia muita pobreza na Cidade Santa. O trabalho social é também uma forma de evangelizar. Aliás, é essa a linguagem que o mundo entende (1 Jo 3.17).
2.      Avaliando essa atitude: Há expositores que criticam a atitude desses irmãos. Consideram-na como precipitada pueril e equivocada, motivada pela expectativa da vinda iminente de Cristo, dando assim origem a uma pobreza que, depois, foi necessário o apóstolo Paulo angariar fundos nas igrejas gentias para remediar tal situação. O relato de Atos não nos dá a entender nenhuma interpretação dessa natureza. A pobreza deles não foi proveniente disso, mas das circunstâncias daqueles tempos. Essas doações foram necessárias para a sobrevivência da igreja de Jerusalém, pois estava começando e a pobreza do povo era extrema. Com esses recursos a igreja era suprida e assim era possível assistir ao pobre que se convertia a Jesus (At 6.1).

III.             UMA IGREJA CARACTERIZADA PELA COMUNHÃO

1.      Comunhão: Ter tudo em comum e partilhar da mesma crença é comunhão. A palavra grega koinonia, “comunhão”, significa compartilhar ou participar mutuamente de algum evento comum ou acordo. No Antigo Testamento a ideia de comunhão diz respeito ao relacionamento do homem com o seu próximo (Sl 133.1) e nunca do homem com Deus. Mesmo o  fato de  Abraão ser chamado “amigo de Deus” (Tg 2.23) e Moisés ter falado com Deus face a face (Dt 34.10), não significa que hajam eles provado a mesma comunhão com Deus, como os crentes da nova aliança (Jo 15.14). A comunhão no Cristianismo envolve tanto o relacionamento entre os irmãos como também com o Pai, com o Filho (1 Jo 1.3) e com o Espírito Santo (2 Co 13.13).
2.      A comunhão na igreja de Jerusalém (2.44; 4.32): A igreja de Jerusalém, logo nos seus primeiros dias, deu ao mundo uma lição de koinonia. O que o texto sagrado diz é que não se trata apenas de compartilhar algo, mas também de unidade. “Coração” diz respeito ao centro da vida. “Alma” é a sede das emoções, fala dos mesmos afetos e sentimentos (Fp 2.2,3). Todos os crentes tinham o mesmo propósito, a mesma esperança, servindo o mesmo Senhor.

IV.             O SOBRENATURAL NA IGREJA

1.      Igreja sem o sobrenatural está morta: A Igreja do primeiro século era pentecostal. Ainda hoje a doutrina pentecostal dá muita ênfase Às experiências pessoais do cristão com o Senhor Jesus. Uma das características da dispensação da graça é o fato de Deus se comunicar com cada crente individualmente, com pessoas de todos os sexos e de todas as idades por meio de sonhos, visões, profecias e até pelas pequenas coisas naturais do dia-a-dia (At 2.17,18). Esses privilégios eram restritos aos profetas ou a alguémescolhido por Deus para uma obra especifica nos tempos do Antigo Testamento (Nm 12.6), mas agora é privilégio de todos os crentes.
2.      Jesus deu poder à sua Igreja: Os sinais que Jesus prometeu (Mc 16.16-20) acompanharam a Igreja, e o livro de Atos é um registro histórico dessas promessas de Jesus. O ministério de Jesus foi acompanhado do sobrenatural. Ele deu poder aos seus discípulos para a realização de milagres, poder sobre o poder das trevas: “Eis que vos dou poder para pisar serpentes, e escorpiões, e toda a força do Inimigo, e nada vos fara dano algum” (Lc 10.19); e poder sobre as enfermidades: “Curai os enfermos, limpai leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graçarecebestes, de graça daí” (Mt 10.8); é por isso que “muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos” (2.43).
3.      Os sinais sobrenaturais hoje: Os milagres atraem as pessoas e muitas vezes levam-nas a fé cristã. Os sinais que se seguiram (Mc 16.20) estão presentes nos dias atuais. O Senhor Jesus dotou a sua Igreja dos dons espirituais para que tenha poder de levar o evangelho a todo o mundo. Nós somos a continuação daqueles irmãos; os sinais devem continuar na vida da Igreja da atualidade.

CONCLUSÃO

Testemunhar com ousadia aressurreição de Jesus, promover a comunhão e a solidariedade entre os irmãos, buscar o sobrenatural do Espírito Santo para que o povo conheça o poder de Deus são características da verdadeira Igreja cristã. Cristianismo sem o sobrenatural do Espírito Santo é mera filosofia. Os recursos espirituais servem para mostrarmos ao pecador que Jesus é o único Salvador do mundo. Eis ai o retrato de uma igreja QUE REVOLUCIONOU O PLANETA, sendo pioneira na evangelização do mundo, cujo exemplo devemos seguir.


Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre:3º/2000
Comentarista: Esequias Soares
 Consultor Doutrinário e Teológico:Antonio Gilberto
Tema Central:Evangelismo e Missões
Páginas:32 - 36

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