segunda-feira, 12 de março de 2012

A EPERANÇA MESSIANICA DE ISRAEL


Texto Áureo:Mateus 10.6
Verdade Prática:Deus é fiel em suas promessas, e, no tempo próprio enviou o esperado Messias de Israel, o Desejado das nações, o salvador dos homens.
Leitura Bíblica: Lucas 2.25-34

Lição 03


INTRODUÇÃO


A esperança de Israel, quanto à vinda do Messias prometido, afetada por centenas de anos, pelas lutas e pelo silencia da voz profética, foi avivada pela mensagem de Simeão e Ana, servos de Deus, que ansiavam pela vinda de Cristo.

I.                   AS PREDIÇÕES MILENARES

As predições da vinda do Messias constituíam a esperança de Israel e são frequentes em todo o Antigo Testamento.
  1. Antes de Abraão: O Pentateuco, aceito sem reserva por Israel, inclui o Gênesis, no qual se encontra a primeira referência ao Messias, representado pelo descendente da mulher, nestas palavras: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente” (Gn 3.15).  Esta promessa teve o seu cumprimento, quando Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher, para redimir a raça humana (Gl 4.4,5). Isto é exposto por Paulo, um israelita, que transmite esta revelação ao seu povo com muita segurança.
  2. Antes de Davi: São numerosas as profecias e simbologias que constituem a esperança de Israel, o povo escolhido de Deus. Com a chamada de Abraão, o Senhor transmite a Israel as promessas da vinda do Messias, designado nas Escrituras por vários símbolos e tipos. Ele seria:
  • Descendente de Abraão, através de quem viria uma multidão numerosa “como as estrelas dos céus” (Gn 22.17; Gl 3.16). Esta passagem também se refere à descendência espiritual, pois a expressão, “como areia do mar”, simboliza os descendentes naturais de Abraão.
  • O profeta semelhante a Moisés ao qual todos, especialmente os judeus, deveriam ouvir, para ter vida (Dt 18.18,19; At 3.22,23).
  1. Depois de Davi: Ao se aproximar o tempo da vinda do Messias, mas abundantes e claras ficaram as predições a seu respeito. Isaías o chama de Emanuel, o Deus conosco (Is 7.14); o Redentor, o Santo de Israel (Is 41.14); o Servo, sobre quem repousa o Espírito de Deus, e desfaz as transgressões de Israel como névoa (Is 42.1; 44.21,22); “O homem de dores”, que foi ferido pelas transgressões do seu povo (Is 53). O Sol da justiça, que traria salvação (Ml 4.2). Estas e muitas outras passagens davam a Israel a certeza de sua vinda.
  2. Por que Israel desconheceu o Messias?Um abismo chama outro abismo” b(Sl 42.7). Israel rejeitou o governo teocrático sob o qual vivera por longos anos. De tal modo afastou-se do plano de Deus que, na presença do Messias, disse: “Não temos rei, senão César!”(Jo 19.15)”. Evite afastar-se de Deus! Leia o Salmo 73.27,28.

II.                A ESPERANÇA MESSIÂNICA DIVULGADA
Os homens se omitem por comodismo, egoísmo ou outros sentimentos perversos. Deus, ao contrário, porque ama o seu povo, apressa-se em revelar os seus planos e tem meios para agir em todas as circunstâncias. Ele tudo fez para que Israel tivesse plena consciência da infalibilidade de suas promessas e imutabilidade de seus propósitos.
  1. Urgência das mensagens proféticas:À medida em que os homens se excedem na prática do pecado, tendem a abusar da misericórdia de Deus. Isto aconteceu com Israel, especialmente pela sua adoração aos falsos deuses e consequentes envolvimentos em todos os tipos de imoralidades. Mas foi ai que se evidenciou a persistência divina, através dos profecias, conclamando Israel a retornar ao seu Criador. Só em Jeremias encontramos dez vezes as expressões “Começando de madrugada”; “Falei, começando de madrugada”; “Começando de madrugada os enviei” (Jr 7.13,25; 25.3; etc.).
  2. A dispersão dos Judeus: O Messias de Israel seria também o Salvador do mundo. Para isto, muito contribuiu a dispersão dos judeus, que falavam da sua esperança aos povos que os escravizavam, a exemplo da menina judia, a serviço de Naamã (2 Rs 5.2,3).
  3. A tradução das Escrituras para o grego: Com a expansão do Império Grego, sob Alexandre, o Grande, o mundo beneficiou-se com a sua cultura, ao tornar o grego o idioma universal, conhecido por soldados e mercadores. Deus usou essa circunstância para executar os seus desígnios, quanto à vinda do Messias. Isaías predissera: “Causará admiração às nações, e os reis fecharão as suas bocas por causa dele; porque aquilo que não lhes foi anunciado verão, e aquilo que não ouviram entenderão” (Is 52.15). Isto se tornou mais viável, quando Ptolomeu Filadelfo, rei do Egito, ordenou que setenta e dois sábios judeus traduzissem suas leis, do hebraico para o grego, beneficiando, assim, tanto os judeus, há anos distantes de sua terra, como os demais povos.
  4. A mensagem de João Batista: mais ou menos quatrocentos anos antes. Malaquias proferiu da parte do Senhor a sua mensagem de despedida, ao dizer: “Lembrai-vos da Lei de Moisés, meu servo... Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor” (Ml 4.4,5). Depois de tão prolongado silêncio, surge, no deserto da Judéia, João batista, em cumprimento da profecia: “Preparai o caminho o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas” (Is 40.3; Mt 3.3). Tudo isto representa o empenho divino durante séculos, ao promover e avivar a esperança de Israel, preparando-o para receber o Messias. Por isso, ao chegar ao mundo o Desejado da nação, havia pessoas como Simeão e Ana, que o aguardavam ansiosamente. Nos corações desses, a chama da esperança estava acessa.

III.             CARACTERÍSTICA BÍBLICAS DO MESSIAS

Em virtude da abrangência do ministério de Cristo para o homem (espírito, alma e corpo), para Israel e todo o mundo, as Escrituras o retratam em seus vários aspectos como o Messias de todos os povos.
  1. O Messias que Israel esperava: Todo o homem entende as coisas de acordo com o seu ponto de vista. Os anos de escravidão e sofrimento geraram nos filhos de Israel um ardente desejo da vinda de um libertador, cheio de glória, para livrá-los do domínio de seus opressores. Esta era a característica do Messias que esperava. Todavia, não foi assim. Eis como as Escrituras o apresentam:
  1. Rei Justo e de reinado eterno: “Julgará os aflitos do povo, salvará os filhos do necessitado, e quebrantará o opressor. Temer-te-ão enquanto durar o sol e a lua, de geração em geração” (Sl 72.4-5).
  2. “Maravilhoso, Conselheiro, deus forte, pai da eternidade, Príncipe da paz” (Is 9.6).
  3. “O Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim” (Lucas 1.32,33). Era este o Cristo que Israel esperava para os dias amargos em que vivia.
  1. O Messias que Israel não esperava: O Messias que Israel não esperava era aquele que “não tinha parecer nem formosura”, era o “homem de dores, e experimentado nos trabalhos” (Is 53.2,3). Os judeus não aguardavam um Messias tão pobre, que tivesse uma manjedoura como berço (Lc 2.7), e não possuísse onde reclinar a cabeça. Um Cristo com tais características escandaliza os seus compatriotas (Jo 1.11).
  2. O Messias de que Israel mais necessitava: Jesus disse que os judeus eram escravos do pecado, cujo salário é a morte (Jo 8.32-34; Rm 6.23). Portanto, em vez de um libertador político, à moda do rei Davi, eles precisavam de quem os salvasse da condenação eterna (Mt 1.21; 2 Pe 2.19).
  3. O Messias que se manifestou: Foi aquele que veio buscar e salvar o que se havia perdido (Lc 19.10); tomou sobre si as nossas enfermidades e foi transpassado pelas nossas transgressões (Is 53.4,5). O que nos ama e pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados (Ap 1.5). Deusa enviou o Messias, que trouxe alívio ao cansado e salvação ao perdido, seja israelita ou não.

IV.             IDENTIDADE DO MESSIAS

Por muitas vezes, Jesus identificou-se como o Messias prometido. Vejamos:
1.      Maravilhoso no nascimento e no seu ministério: Esta expressão se confirma em sua concepção (Mt 1.21-23; Lc 1.26-33), no seu nascimento (Lc 2.7-14), no seu batismo e na sua apresentação ao mundo, para o início de sua obra redentora, que transcorreu maravilhosamente (Lc 3.21,22). Seu ministério, do princípio ao fim, teve excelente destaque, evidenciado pela cura de enfermidades, expulsão de demônios e ressurreição de mortos. Ele desafiou, inclusive, os judeus incrédulos: “Crede nas obras; para que possais saber e compreender que o Pai está em mim, e eu estou no Pai” (Jo 10.38).
2.      Maravilhoso na morte: No Calvário, a natureza manifestou-se, ao rodear Jesus de extraordinárias maravilhas: terremotos, tremores de terra, trevas sobre o mundo, o véu do templo partido e túmulos abertos; acontecimentos pelos quais Deus dizia ao mundo que Jesus era o Messias prometido. Não sabemos quantos judeus creram nele nessa, mas o centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se passava, ficaram possuídos de grande temor. E disseram: “Verdadeiramente este era Filho de Deus” (Mt 27.54).
3.      Maravilhoso na sua Ressurreição: Sua Ressurreição foi maravilhosa, pois representava a vitória sobre a sua morte e a de milhões que creriam nele para a vida eterna. A prova de sua ressurreição consistiu nisto: terremoto e o anjo, o qual removeu a pedra que fechava o túmulo: “O aspecto dele era como relâmpago e sua veste alva como a neve, deixando os guardas espavoridos e como se estivessem mortos” (Mt. 28.2-4).

V.                ESPERANÇA E REALIDADE
Na voz do Amazonas, dois navios se encontraram. Veio de um deles o apelo: “Precisamos de água!” A resposta foi: “Arriem os baldes!” Novamente: “Precisamos de água para beber!” A resposta foi a mesma: “Arriem os baldes!” Lançaram os baldes e encontraram a água que desejavam. Os tripulantes do navio perdido estavam na maior fonte de água potável do mundo, e não sabiam.
O Messias que Israel esperava veio ao mundo há quase dois mil anos; porém, muitos deles não sabem disso.
1.      O testemunho das Escrituras: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo 1.11). Paulo, ao pregar em Antioquia, afirmou: “Varões israelitas... conforme a promessa trouxe Deus a Israel o Salvador, que é Jesus” (At 13.16-23), como alusão ao Messias.
2.      A revelação do próprio Messias: Quando Jesus pregou à mulher samaritana, ela respondeu: “Eu sei que há de vir o Messias, chamado Cristo; quando ele vier nos anunciará todas as coisas. Disse-lhe Jesus: Eu o sou, eu que falo contigo” (Jo 4.25,26). Ao ouvir isto, a mulher correu à sua aldeia, e anunciou: “Vinde comigo, e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Será este, porventura, o Cristo?!” (Jo 4.29).


Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 2º/ 1994
Comentarista: Estevam Ângelo de Souza
Tema Central: Jesus Cristo Ferido de Deus
Páginas: 13 - 17







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