Texto Áureo: 1 Tessalonicenses 5.16,17
Verdade Prática: A oração em o Novo
Testamento tem como padrão a fé, a intensidade e a perseverança.
Leitura Bíblica: Lucas 24.46,49,52,53; Atos 1.4,5,12,14
Lição 04
INTRODUÇÃO
Estudar a
respeito da oração em o Novo Testamento é conhecer o princípio de uma nova fase
no relacionamento de Deus com o homem. Uma fase iniciada na cruz dse Cristo e
consolidada com a descida do Espírito Santo sobre a igreja. Através da mediação
de Jesus, o homem tem acesso direto a Deus, em qualquer lugar. Mais do que
acesso; o crente em Jesus torna-se habitação do Santo Espírito.
I.
A ORAÇÃO NO
INÍCIO DA IGREJA
- Jesus
volta ao céu: Antes de ascender aos céus, Jesus reuniu-se com os
seus discípulos no monte das Oliveiras. Jesus deu as últimas orientações e
ordenou-lhes que “não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a
promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João
batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito
depois destes dias” (At 1.4,12-14; 2.1-3). Deus também tem um trabalho
glorioso para realizarmos, porém, não podemos fazer a obra dEle de
qualquer maneira; precisamos do poder do Espírito Santo. Necessitamos do
revestimento de poder do alto (Lc 24.49).
- A
primeira reunião de oração: Após a ascensão de Jesus, os
discípulos se reuniram no cenáculo em oração (At 1.13,14). Podemos dizer
que esta foi a primeira reunião de oração da igreja. Os discípulos
aguardaram, em oração, a promessa de Jesus até que do alto todos foram
revestidos de poder; ninguém foi excluído. Aprendemos com isso que as
bênçãos de Deus, assim como a oração, são para todos. O resultado deste
derramamento do Espírito Santo, que era aguardado com oração, foi a
conversão de várias pessoas, a multiplicação dos milagres, a unidade da
igreja e a comunhão entre os irmãos (At 2.40-43).
- Oração
ante a perseguição: Os discípulos diariamente se reuniam no
Templo, e muitas pessoas criam em Cristo a cada dia. Não demorou para que
a perseguição surgisse. Pedro e João foram presos, e as autoridades
determinaram que não mais pregassem, nem ensinassem no nome de Jesus.
Porém, os cristãos não se abateram, “unânimes levantaram a voz a Deus” (At
4.24). Por conseguinte “todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam
com ousadia a palavra de Deus: “[...] E os apóstolos davam, com grande
poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia
abundante graça” (At 4.31,33).
II.
PRINCÍPIOS
DA ORAÇÃO CONGREGACIONAL
- O
crescimento da obra de Deus: É imprescindível que o crente ore
neste sentido. O próprio Jesus incentivou seus discípulos a ver a dimensão
do trabalho a ser feito e a orar pela propagação do evangelho (Lc 10.2).
Quando Jesus convocou seus discípulos, os chamou para “pescar” (Mt 4.19;
Mc 1.17). O trabalho primordial da igreja foi resumido nas seguintes
palavras do Mestre: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as
em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar
todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos
os dias, até a consumação dos séculos. Amém!” (Mt 28.19,20).
- Outras
necessidades: A oração em favor da igreja local e universal não
pode permanecer focada exclusivamente no seu crescimento quantitativo,
pois existem outras necessidades pelas quais precisamos interceder, por
exemplo: orar pelos enfermos, desempregados, pelos que estão presos, etc.
Muitas são as necessidades da igreja, e todas elas devem ser apresentadas
a Deus por intermédio da oração.
- A oração
dos líderes: A Igreja do Senhor, por meio de seus dirigentes,
sempre se dedicou à oração. Todo crente se sente confortado e confiante,
tendo a certeza das orações intercessórias de seus dirigentes, inclusive
nas reuniões congregacionais, dedicadas à oração. Paulo recomendou ao
pastor Timóteo: “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam
deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens”
(1 Tm 2.1).
No livro de
Atos, encontramos vários outros exemplos de líderes que oravam: Pedro e João
(At 3.1; 8.14-17); os Doze (At 6.2,4); Pedro (At 9.40; 10.9-11); Paulo e
Barnabé (At 14.23); Paulo e Silas (At 16.16,25); Paulo (At 20.36; 21.5; 22.17).
III.
O APÓSTOLO
PAULO E A ORAÇÃO
- As
revelações do Senhor: Paulo foi o apóstolo que mais recebeu
revelações acerca das doutrinas cristãs. Isso com certeza se deve ao fato
de que ele orava. Seu amor,
dedicação e zelo pela obra de deus são incontestáveis e admiráveis. O
desprendimento desse incansável homem de Deus pela evangelização resultou
no acelerado crescimento da Igreja Primitiva. Paulo é um exemplo de como
Deus pode transformar o caráter daquele que se entrega a Ele sem reservas
(Gl 1.14; Fp 3.4-7).
- O zelo de
Paulo pela ordem na igreja: Paulo deixara Tito na igreja em Creta
para que cuidasse das questões éticas e administrativas da comunidade. A
situação era tão grave que o apóstolo precisou escrever uma carta àquele
jovem pastor, expondo a urgente necessidade de se manter a ordem na
igreja. Se os conselhos de Paulo e Tito fossem observados por todas as
igrejas, não haveria tantos problemas na condução do rebanho do Senhor.
Paulo nos
apresenta uma relação de qualidades indispensáveis aos obreiros da Igreja de
Cristo: “Irrepreensíveis, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não
possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes [...], irrepreensível
como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho,
nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância, mas dado à hospitalidade, amigo
do bem, moderado, justo, santo, temperante, retendo firme a fiel palavra, que é
conforme a doutrina” (Tt 1.5-9).
Tais obreiros
são disciplinados e, portanto, procuram estar sempre em constante oração.
- Paulo e a
oração: Paulo Era um líder que estava em continua e constante
oração, dia e noite (1 Ts 5.17). Paulo gostava de estar com os irmãos em
oração: Ele orou com as irmãs (At 16.13); com os anciãos (At 20.36) e com
um grupo de discípulos em Tiro (At 21.5). Não temos dúvidas de que Paulo
foi um grande intercessor! Todavia, ele não somente orava, mas também
rogava que outros irmãos orassem por ele. Repetidas vezes ele rogava as
orações: “Ajudando-nos também vós, com orações por nós...” (2 Co 1.11);
“Orando também juntamente por nós...” (Cl 4.3).
CONCLUSÃO
A igreja
nasceu e cresceu mediante a oração. Aos pés do Senhor, encontrou direção e
disposição para o trabalho, bem como forças para não sucumbir diante das
dificuldades e problemas que surgem no caminho, inclusive oposição e
perseguições. As circunstâncias, pelas quais a igreja passa, podem mudar de
diferentes maneiras ao longo do tempo, mas a necessidade de buscar a Deus em
oração permanecerá até a volta do Senhor Jesus.
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 4º/ 2010
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Consultor Doutrinário e Teológico: Antonio Gilberto
Tema Central: O poder e o ministério da oração – O relacionamento
do cristão com Deus
Páginas: 26 - 33
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