terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A BÍBLIA E O ALIMENTO ESPIIRTUAL


Texto Áureo: Jeremias 15.16
Verdade Prática: Assim como o alimento é para o corpo, é a Palavra de Deus para o espírito.
Leitura Bíblica: Deuteronômio 8.3; Jeremias 15.16; Salmos 19.9-11; 119.103

Lição 06


INTRODUÇÃO


A Bíblia fala de muitos tipos de alimentos dados por Deus ao homem. Entretanto, nem todos os alimentos consumidos pela humanidade eram permitidos por Deus. Havia regras específicas, estabelecidas na Bíblia, quanto aos alimentos permitidos por Deus. Nesta lição trataremos de alguns, universais, os quais tipificam a Palavra de Deus, tais como pão, leite, mel, carne, azeite e tantos outros.

I.                   O PÃO DA VIDA PARA TODO O HOMEM

  1. Um alimento universal: O pão é um dos alimentos mais tradicionais na vida da humanidade, é um alimento universal. No princípio da criação, Deus estabeleceu o pão como símbolo do esforço do trabalho para Adão (Gn 3.19). A relação entre pão e trabalho sempre esteve presente na experiência humana. Nos dias de Abraão lhe apareceram três anjos em forma humana, aos quais Abraão lhes ofereceu “um bocado de pão” (Gn 18.5,6). Quando Abraão despediu a Agar, serva de Sara, deu-lhe “pão e um odre de água” (Gn 21.14).
Em toda a história de Israel, o pão tem sido um alimento essencial para o povo. Nos dias de Jesus, ele multiplicou “pão e peixe” e deu-os a uma grande multidão que o seguia (Mc 6.30-44).
  1.  Jesus identificou-se como o pão vivo do céu: Depois da multiplicação dos pães e peixes (Jo 6.1 -13), Jesus percebeu que a multidão queria mais do “pão que perece”. Daí Ele declarou ao povo que Seu Pai daria “o pão vindo do céu” para dar vida ao mundo (Jo 6.33). Logo, Ele declarou: “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome” (Jo 6.35). No mesmo Evangelho Jesus é identificado como a “Palavra Viva”, o “Verbo Divino” que se fez carne (Jo 1.1-14). Jesus é a Palavra, e esta é o pão vivo que desceu do céu e alimenta a alma do homem faminto.
  2. A Bíblia é pão do céu par o faminto espiritual: Jesus, em sua tentação, disse ao tentador: “Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4.4). O homem precisa, não só de pão material, que alimenta o corpo; mas, também, de pão para alimentar do pão que perece, mas o “homem interior” que é a parte espiritual, precisa do pão do céu, a palavra de Deus. O crente que não come desse pão fica desnutrido na fé.

II.                A BÍBLIA, O LEITE PARA OS NEÓFITOS NA FÉ

O leite é alimento básico para o recém-nascido. Para os neófitos, a Bíblia é “o leite racional” (1 Oe 2.2). Aqui Pedro está falando a crentes já adultos, mas que agiam como “recém-nascidos” que precisam de leite, alimento indispensável ao desenvolvimento do organismo da criança. Pedro percebeu que havia crentes, raquíticos espirituais, necessitando, ainda “o leite racional”.
  1. Para o neófito na fé (1 Tm 3.6): A Palavra de Deus é o leite que o neófito precisa. Um recém-nascido não pode ser alimentado por outra comida. Sua estrutura física não tem suporte para alimento forte e pesados. Ele precisa de algo vigoroso, mas leve, que nutra o seu organismo. Espiritualmente, a Igreja precisa nutrir mais seus membros com “o leite racional”, a Palavra de Deus, para que cresçam sadios e fortes na fé.
  2. Para os crentes débeis na fé (Hb 5.12): O autor aos Hebreus deparou com um grupo de judeus convertidos a Cristo, que já haviam crescido, mas estavam agindo como crianças que precisam do “leite materno”. O escritor declara que o “tempo de experiência” não os amadureceu. Pelo contrário, necessitava, de que se voltasse a ensinas os primeiros rudimentos de doutrina, uma vez que não podiam ser alimentados com “alimento sólido”. Ora, esse fato se repete em nossos dias. Temos muitos crentes antigos que não podem ser alimentados com “alimento sólido”, e precisam começar tudo de novo com “o leite da Palavra de Deus”, pois estão desnutridos e anêmicos na fé.
  3. O leite deve ser sem mistura: Paulo destaca que “quem apascenta o gado bebe o seu leite” (1 Co 9.7). Ora, a falta de genuinidade, de pureza, de honestidade, de amor faz com que muitos pregadores e pastores de nossos dias deem o “leite misturado com água” para transparecer abundância. Desse modo, diminui a gordura e os seus elementos nutrientes. A Palavra deve ser o leite sem mistura.

III.             A BÍBLIA, A CARNE PARA OS FORTES

Carne é um alimento sólido e só uma pessoa com o organismo já desenvolvido poderá se alimentar de carne. A Bíblia apresenta a “carne” como parte da alimentação do povo de israel. Na instituição da Páscoa, Israel lembraria o livramento dos seus primogênitos da espada do anjo da morte, com um cordeiro, tomando o seu sangue e aspergindo-o nos umbrais das suas portas e comendo a carne asada do cordeiro pascal (Ex 12.4,5,7-9). Deus estabeleceu leis de seleção para os animais que podiam ser comidos pelo povo. A carne sempre esteve presente nas refeições do povo de Israel. Quando Israel saiu do Egito, em sua peregrinação, faltou carne, o Senhor enviou o “maná”, e, também, carne, orientando a migração natural de codornizes por cima do arraial de Israel (Ex 16.12,13). Quando o profeta Elias escondeu-se junto ao ribeiro Queribe, defronte do Jordão, Deus lhe enviou “pão e carne” através de corvos (1 Rs 17.3-6). Aos sacerdotes, depois da ministração das ofertas pacificas sobre o altar, deu-lhes o direito de comerem das carnes do sacrifício (Lv 7.15,16).
Jesus usou uma metáfora quando declarou que daria a sua carne para ser comida (Jo 6.52-54). Significa participar do seu corpo, do seu vigor.

IV.             A BÍBLIA, O MEL DESEJÁVEL DE TODOS (Sl 119.103)

O mel, produzido por abelhas, se constitui num dos alimentos mais desejáveis por toda a humanidade. O seu sabor agrada ao paladar. A Bíblia fala da terra sonhada e desejada por toda a semente de Abraão, como a “terra que mana leite e mel” (Ex 3.8,17; 13.5; 33.3). O Egito representava para Israel “uma terra de amargura e tristeza”, mas “a terra de Canaã”, era a “terra de leite e mel”. A igreja, de igual modo, saiu do Egito do mundo e parte para uma terra de “leite e mel”, a Canaã celestial.
  1.  O valor terapêutico do mel: Ele serve para dar sabor ao paladar, do mesmo modo que a Palavra de Deus pode ser degustada ao sabor do mel espiritual. A vida cristã seria triste sem saber a doçura da Palavra de Deus. O mel tem ação terapêutica nas inflamações de garganta, como também é purgativo par avaliar um mal-estar físico. A Palavra de Deus é o mel purgativo que limpa o nosso interior das impurezas.
  2. O mel é símbolo de gozo e vitória: Em Jz 14.5,6 temos a história de Sansão, quando, no caminho das vinhas de Timnate, um leão o atacou. O Espírito do Senhor veio sobre Sansão e ele fendeu o leão de alto a baixo, deixando-o morto à beira do caminho. Ao voltar à casa, Sansão encontrou no corpo do animal um exame de abelhas com mel. Ele tomou o favo de mel e o comeu (Jz 14.8,9). Esse leão pode simbolizar as tribulações vencidas em nome do Senhor. O mel simboliza a Palavra de Deus, que nutre a vida espiritual e nos dá a vitória.

V.                A BÍBLIA, O AZEITE QUE ALIMENTA E TEMPERA A VIDA ESPIRITUAL

O azeite de oliveira foi e é até hoje muito apreciado e comum, não só nas terras da Palestina, mas em todo o mundo.
Nos ritos religiosos de Israel o azeite era usado para a consagração dos sacerdotes (Ex 29.1-7; Lv 8.12); em certas ofertas e sacrifícios (Lv 2.1; Nm 7.19); na congregação do Tabernáculo (Ex 30.22-29; 40.9,10); nas lâmpadas do castiçal no “Lugar Santo” (Ex 25.6; Lv 24.2); na purificação de leproso (Lv 14.10-18); na consagração de reis (1 Sm 10.1; 1 Rs 1.39). De fato, o azeite era tinha várias utilidades nos tempos bíblicos: como cosméticos após o banho (Rt 3.3; Lc 7.46), como medicina (Is 1.6; Mc 6.13; Lc 12.35). O azeite era usado como meio de troca e venda no mercado (1 Rs 5.11; Ez 27.17; Os 12.1; Lc 16.6; Ap 1.13). Na tipologia bíblica, o azeite é símbolo da alegria (Sl 45.7; Is 61.3; Hb 1.9); símbolo da prosperidade e abundância (Dt 32.13; 33.24; Jó 2.6; Jl 2.19,24). A falta de azeite denotava pobreza (Jl 1.10; Ag 1.11). A unção dos reis e sacerdotes simboliza hoje a unção do Espírito Santo na vida dos seus ministros.



Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 2º/ 1991
Comentarista: Elienai Cabral
Tema Central: Conhecendo a Palavra de Deus.
Páginas: 20 - 22

Nenhum comentário:

Postar um comentário