Texto Áureo: Hebreus
5.9
Verdade Prática:
A salvação é eterna para quem obedece ao Senhor, conforme a sua Palavra.
Leitura Bíblica: 2
Tessalonicenses 2.13-17
Lição 11
INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos,
dentro do limite de
espaço de que dispomos três assuntos, dos quais o nosso povo necessita
um maior
esclarecimento. Não se trata de religião e seitas falsas, mas de
doutrinas
isoladas que serão abordadas em certos aspectos. Essas doutrinas são
abordadas
aqui, porque não dispomos no momento de um trimestre para o estudo de
assuntos
e doutrinas avulsas.
Os três
assuntos para esta lição são a predestinação, o Judaísmo, e o Adventismo
do
Sétimo Dia. Estudaremos primeiro a predestinação.
I.
A
PREDESTINAÇÃO DOS SALVOS (EF 1.5,11)
Predestinar em
Ef 1.5,11, é Deus decidir de antemão o futuro dos que por Ele foram
salvos. No
original é o termo proorizo, e ocorre em Ef 1.5,11; Rm 8.29,30; At 4.27.
A
predestinação dos salvos é precedida da sua eleição ou escolha, conforme
está
escrito em Ef 1.4,5 “Como também nos elegeu nele antes da fundação do
mundo,
para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos
predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para si
mesmo,
segundo o beneplácito da sua vontade.”
Vemos aqui que
a nossa eleição ou escolha por Deus, precede a nossa predestinação
também por
Ele. Eleição divina, em Ef 1.4, é o ato pelo qual Deus, por sua graça e
amor,
escolhe um povo para Si mesmo, para salvação. Predestinação é o ato
divino pelo
qual Deus determina o futuro desse seu povo; o que ocorrerá a esse povo.
A
escolha divina envolve a salvação ( 2 Ts 2.13).
A nossa
eleição por Deus depende primeiro da pessoa de Cristo. Deus “nos elegeu
nEle”
(Ef 1.4). Isto significa que primeiramente Deus elegeu ou escolheu
Jesus, para
que nEle fôssemos escolhidos (Mt 12.18; Is 42.1; 1 Pe 2.4). Em segundo
lugar,
quem estiver em Cristo, porque é um dos seus, é também um dos escolhidos
de
Deus.
- A Bíblia acentua a cada passo a responsabilidade do homem no tocante à salvação. Deus oferece a salvação, e, mediante o seu Espírito, convence o pecador do seu pecado, da justiça, e do juízo. O homem aceita-a ou rejeita-a (Dt 30.19; Is 1.19; Lc 13.34; Mc 16.16; Hb 2.32; At 7.51; Ap 22.17).
- A pessoa que crê em Jesus torna-se um dos escolhidos de Deus, pois somos eleitos em Cristo (Ef 1.4).
- Daí, somos predestinados por Deus para a salvação, porque somos parte da sua Igreja, e não somos parte da Igreja porque somos predestinados individualmente. Não cremos no ensino que afirma que “Cristo morreu apenas pelos eleitos”. Isto conduz ao relaxamento espiritual de quem é crente, e, ao desinteresse pela evangelização, uma vez que Deus já escolheu (segundo dizem) os que estão destinados à perdição.
- A ação do Espírito Santo no pecador para que se salve, conforme Jo 16.8, é persuasiva; não compulsória (2 Co 5.11).
- Há segurança eterna quanto à salvação do crente, enquanto este estiver em Cristo, em obediência (Hb 5.9; Jo 15.6). Um cristão pode cair em pecado, afundar nele e morrer sem salvação nessa situação. Os escolhidos ou eleitos ainda podem tropeçar (2 Pe 1.10). Jesus guarda o crente do pecado, mas não no pecado. Se não há perigo de queda para o crente, porque a Bíblia tanto adverte para que ninguém caia? (1 Co 10.12). Ver outros avisos da Palavra de Deus neste sentido: Ez 18.24,26; 33.18; Hb 3.12-14; 12.25; 1 Tm 4.1; 5.15; 1 Cr 28.9; 2 Cr 15.2.
- A obediência do crente e a salvação. O crente deve obedecer a Deus, não para que sua obediência o salve ou o conserve salvo, mas como expressão do seu amor e dedicação a Deus. A salvação é um dom gratuito de Deus. Não nos tornamos salvos por aquilo que fazemos ou deixamos de fazer, mas pela fé em Jesus Cristo (Ef 2.8,9; Gl 2.16). A conservação da salvação também vem pela fé nEle, pois está escrito: “O justo viverá da fé” (Rm 1.17).
- Deus quer que todos sejam salvos (1 Tm 2.4), mas somente os que decidem aceitar a Cristo recebem a salvação. A livre-escolha ou livre-vontade do homem é a sua faculdade de fazer escolhas. Deus não viola esse princípio imanente em todo homem. É o livre-arbítrio do homem que o torna responsável por seus atos. Ver Gn 4.7; Is 1.19; 55.1; Mt 11.28; Ap 22.17; Hb 3.15.
II.
O JUDAÍSMO
(Gl 1.13,14)
Judaísmo é a
religião e a cultura antropológica do povo judeu. É uma das grandes
religiões
do mundo. É uma religião verdadeira e sagrada, porque adora ao Deus
único e
verdadeiro, e também porque tem as Sagradas Escrituras como fundamento
de sua
fé. O Judaísmo abrange cinco assuntos principais:
1.
Jeová, o Deus único e verdadeiro;
2.
As Sagradas Escrituras, principalmente o Tora – os
cinco livros de Moisés;
3.
O povo de Israel, especialmente constituído por Deus;
4.
A terra de Israel, que vem dos tempos de Abraão (Gn
17.7,8); e
5.
O culto judaico.
Os cristãos
consideram o judaísmo uma religião separada das demais. O Cristianismo,
como
religião, originou-se do Judaísmo do Antigo Testamento. Os cristãos dos
primeiros dias da Igreja eram judeus. Depois é que os gentios entraram; a
partir de Cornélio, em At 10.45-48. Está declarado que “a salvação vem
dos
judeus” (Jo 4.22). Jesus era judeu. Os escritores da Bíblia foram na sua
quase
totalidade judeus (Rm 3.1,2).
- O Deus de Israel (Ex 34.23): É o mesmo Deus eterno e único dos cristãos. No passado, nas suas fraquezas e desvios, Israel adorou ídolos, principalmente na época dos reis e profetas, mas com o juízo do cativeiro babilônico, Israel curou-se da idolatria até hoje. É uma lástima que multidões de judeus conheçam Deus por tradição, pelas Escrituras e pelo culto, mas não “em espírito e verdade”. Os judeus crêem em Jesus como um profeta apenas, mas não como seu Messias e Salvador, e, na sua cegueira espiritual O rejeitaram (2 Co 3.14-16; Mt 23.37-39).
- As Sagradas Escrituras (Rm 3.1,2; 2 Pe 1.19,21): A Bíblia dos judeus consiste apenas do Antigo Testamento. A organização dos livros e o seu total diferem das nossas Bíblias, mas quanto ao texto sagrado não há diferença. Os livros, que são 24, estão divididos em três grupos e obedecem à seguinte ordem:
a) Lei, 5 livros: Gênesis, Êxodo,
Levíticos, Números e Deuteronômio;
b) Profetas, 8 livros: Josué,
Juízes, Samuel, Reis, Isaías, Jeremias, Ezequiel, Doze Profetas; e
c) Escritos, 11 livros: Salmos,
Provérbios, Jó, Cantares, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester, Daniel,
Esdras, Neemias, Crônicas.
O Judaísmo,
além das Sagradas Escrituras, aceita a lei oral (ou tradição), que os
judeus
alegam ter vindo de Moisés, como veio a lei escrita. Essa lei oral,
transmitida
através das gerações, foi mais tarde posta em forma escrita, conhecida
como
Talmude, que compõe-se de duas partes: O Misna, que é a lei oral
propriamente dita,
e o Gemara, que é o comentário do Misna. Com o correr dos séculos o
Judaísmo
tornou-se uma religião formal, sem vida espiritual, a ponto de
considerar o
Talmude em pé de igualdade com a lei escrita.
- O povo de Israel: Dentre as demais nações, Deus elegeu o povo de Israel para Si, para ser um povo sacerdotal, para receber a revelação divina, para levar o conhecimento de Deus às demais nações, para prestar-lhe culto, e para trazer ao mundo o Messias. Ver Rm 9.4,5; 11.11-25. O Judaísmo como povo de Israel começa com a chamada de Abraão de um meio idólatra em Ur dos Caldeus, para ir a Canaã (Gn 121.1-3). A seguir vem a história do povo de Israel, de Moisés até os nossos dias. É uma história milagrosa que só a mão de Deus pode explicar, Impérios poderosos do passado desapareceram juntamente com o seu povo, mas Israel continua.
Este povo será
salvo só pelo fato de reconhecer a Deus e sua Palavra? Não. Jesus é o
único
caminho (Jo 14.6; At 4.16). Conhecimento de Deus, religião judaica e
privilégios não salvam. É preciso mudança de coração (Ez 36.24-28). A
mensagem
da salvação para os judeus está em Hb 7.14-28. Atualmente, sob o ponto
de vista
religioso vemos três tipos de judeus: ortodoxos, conservadores, e
reformados.
Os ortodoxos são rígidos na observância da lei mosaica; são separados;
defendem
tenazmente o país de Israel, e lutam pelo ideal de todos os judeus
voltarem
para Israel. Os conservadores não fazem questão de viver ou não em
Israel,
contanto que conservem a linhagem judaica e o Judaísmo, e protejam
Israel. Os
reformadores são liberais em diversos sentidos. Muitos só conservam os
traços
da linhagem judaica.
Após o
arrebatamento da Igreja, Israel sob o peso do sofrimento da Grande
tribulação
voltar-se-á arrependido e se converterá a Cristo (Zc 13.8,9; Rm 9.27;
11.26; Is
10.21,22; Mt 23.39). Quem abençoar esse povo será por Deus abençoado, e
quem
amaldiçoar a esse povo será amaldiçoado (Gn 12.3). Deus não revogou suas
maravilhosas promessas para com este povo terreno. Elas apenas estão
suspensas
devido a sua incredulidade e rejeição da salvação em Cristo.
- A terra de Israel: Deus lha deu em possessão eterna, sob promessa (Gn 15.18). Israel nunca possuiu toda a terra prometida por Deus, mas no seu pleno esplendor no milênio, a possuirá. Como isso acontecerá, não sabemos. Deus luta por Israel, e, Miguel o poderoso arcanjo, é o protetor do povo de Deus (Dn 10.21; 12.1).
- O culto religioso de Israel: Do culto nos tempos bíblicos, temos o registro na Bíblia. À medida que Israel esfriou na comunhão com Deus, o culto tornou-se mais formal e sem vida espiritual. Israel tem tido a glória de Deus em seu meio (Ex 40.34; Lv 9.23; 2 Cr 7.1-3). O culto que hoje Israel tributa a Deus é mais tradicional e memorial. Esse culto é melhor visto nas seguintes ocasiões, e, conforme o calendário judaico: Sábado, Páscoa, Festa das Semanas, Ano Novo, Dia da Expiação, cabanas, Dedicação, Luzes.
III.
O ADVENTISMO
DO 7º DIA
Esta
denominação é chamada adventista porque além da guarda rigorosa do
sábado (7º
dia da semana), dão forte ênfase à volta do Senhor. Os adventistas
praticam um
programa social cristão de clínicas e escolas altamente eficiente e
meritório.
São muito dedicados à doutrinação pela mídia em geral, inclusive cursos.
Grande
parte deles são vegetarianos, não comem carne de porco, peixe de
escamas, não
tomam café, nem chá.
- Livros inspirados: A Bíblia, eles tem com o Livro de Deus, divinamente inspirado num sentido único, para sua regra de fé e prática de vida, mas também tem “como inspirados conselhos do Senhor” os escritos da Sra. Ellen White, que foi o segundo dirigente do Adventismo.
- A guarda do sábado: O fundador do Adventismo, o Sr William Miller não guardava o sábado. Isso teve começo com as Sra. Ellen White, após uma visão que teve da arca do concerto, tendo dentro os dez mandamentos, sendo que o 4º (o do sábado) estava cercado de luz.
- A doutrina do santuário: A Sra. White ensinou que o santuário de Dn 8.13,14 é o céu, e que Cristo veio em 1844 a esse santuário no céu para purificá-lo; trabalho que continua fazendo. Ora, pelo estudo cuidadoso de Dn 8, vê-se que esse santuário é o templo de Jerusalém. Além do mais, a obra de Jesus agora é de intercessão, e não de purificação (Hb 1.3; 7.25; 9.24).
- O sábado e o concerto da lei: O concerto da lei foi firmado entre Deus e Israel somente (Ex 24.3-8). O sinal desse concerto foi o sábado, também entre Deus e Israel somente, como dia fixo de descanso e adoração (Ex 31.16,17; Ez 20.12,20). Por que Deus deu o sábado a Israel como sinal do pacto? Para lembrarem-se da libertação do Egito. (Dt 5.15).
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre:
4º/ 1992
Comentarista:
Antonio Gilberto
Tema
Central: Religiões, seitas e
Doutrinas Falsas
Páginas:
38 - 41
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