quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

CRISTO O TEMA CENTRAL DA BIBLIA


Texto Áureo: João 1.45
Verdade Prática: A Bíblia apresenta a Jesus como verdadeiro Deus e perfeito e verdadeiro Homem, reunindo as duas naturezas numa só pessoa.
Leitura Bíblica: Lucas 24.27,44-47; 1 Pe 1.19,20

Lição 4


INTRODUÇÃO


Cristo é o tema central de toda a Bíblia. O Antigo Testamento prepara o caminho para a vinda do Cristo e o prediz em tipos e em profecias. No Novo Testamento, os evangelhos o apresentam como o Redentor. Nos Atos dos Apóstolos, Cristo é o objeto principal da pregação dos apóstolos e da Igreja emergente. Nas epístolas, Ele é apresentado como o motivo principal para uma vida cristã prática e vitoriosa. No Apocalipse, Ele é o “alfa e o Ômega”, “o princípio e o fim”, “o primeiro e o último” (Ap 1.8;22.13); a consumação de todos os planos divinos para a humanidade.

I.                   A BÍBLIA REVELA A PREEXISTENCIA DE CRISTO

O sentido da palavra “preexistência” é o de “existir antes”. Ao falar da preexistência de Cristo, estamos nos referindo aio que a Bíblia ensina, mui especialmente no Antigo Testamento. O relato da queda de Adão, a promessa da redenção (Gn 3.15), todos os eventos relacionados com a formação de um povo especial da semente de Abraão, tinham o proposito divino de projetar a Cristo, como o Redentor da humanidade, seu Salvador e Senhor.
  1. Cristo existiu antes de João Batista (Jo 1.15,30):  Neste texto João Batista, o precursor de Cristo declara que “O que vem depois de mim... é antes de mim, porque foi primeiro do que eu”. Humanamente, João Batista era mais velho em idade que Jesus, mas ele declarou que “Jesus era antes dele”. Ora, esse fato nos mostra que Jesus precedeu a João Batista, pois de fato, Ele era “o Verbo que se fez carne” (Jo 1.1,14).
  2. Cristo veio do céu (Jo 6.33,38,41,51,58,62): Nestes versículos Jesus declara a sua preexistência afirmando que Ele “veio do céu’ e que foi “enviado do pai” (Jo 20.21). A Nicodemos, Jesus declarou sua preexistência dizendo: “Aquele que vem do céu é sobre todos” (Jo 3.31). Afirma, ainda, Jesus a Nicodemos que quem aceitar o seu testemunho, estará confirmando que “Deus é Verdadeiro” (Jo 3.33).
  3. Cristo existiu antes de Abraão  (Jo 8.58): Jesus mesmo declarou aos Judeus: “Antes que Abraão existisse, EU SOU”. Com esta expressão, Ele enfatiza sua natureza divina, sua existência eterna. Ele coloca sobre Si mesmo o selo da eternidade. A profecia de Isaías o identifica como o “pai da eternidade”. Esta declaração de Jesus contrariou os judeus que a ouviram, e até a consideravam blasfêmia.
  4. Cristo é o Verbo divino (Jo 1.1 – 4.14): Neste texto se encontra a maior revelação neotestamentaria da divindade de Cristo, pois refere-se a Jesus como “o Verbo”. A palavra VERBO é uma tradução da palavra LOGOS, do original grego. Trata-se de um termo filosófico. Em filosofia, LOGOS significa RAZÃO, porém, na doutrina cristã, LOGOS é o VERBO, uma pessoa divina. O texto bíblico diz que o “Verbo de Deus”, e que “o Verbo se fez carne e habitou entre os homens”.

II.                A BÍBLIA IDENTIFICA A CRISTO POR VÁRIOS TÍTULOS E NOMES

Vários  são os nomes e títulos  conferidos a Cristo na Bíblia, cujos significados revelam a sua deidade. Neles, há certa ordem progressiva da revelação que Deus faz de Si mesmo aos homens.
  1. ELLOHIM (Gn 1.1): Esse título aparece na forma plural e literalmente significa deuses. Porém, não há nenhuma contradição no fato de que o Velho Testamento apresenta o Deus Único. Ellohim revela, de modo especial e indireto, a trindade Divina; ainda que a teologia judaica não aceite a doutrina da Trindade, por causa do seu monoteísmo tradicional. O nome ELLOHIM tem sido traduzido, na maioria dos textos do Antigo Testamento, por Jeová ou Adonai, que se traduz por “Deus Forte e Poderoso”.
  2. Jesus: Esse nome vem do hebraico Jeosua ou Josua (Js 1.1; Zc 3.1), cujo significado é Salvador (Mt 1.21; Lc 1.31; 2.21). É o nome pelo qual Ele se identificou com a raça humana. Dois personagens do Antigo Testamento receberam esse nome, a saber, Josué, filho de Num, substituto de Moisés na caminhada para a terra de Canaã, o qual representa a Cristo como “o Líder ideal” (Js 1.1) e, Josué, o filho de Jeosadaque, que prefigura a Cristo, o Sumo-Sacerdote que leva os pecados de Seu povo (Zc 3.1). Esse nome identifica a pessoa do glorioso Nazareno, aquele que cumpriu a sua missão redentora, tornando-se Salvador e Senhor de todos quantos o receberam (At 4.8-12; 5.30,31).
  3. Cristo: Esse nome é o que o revela como o Messias, o Ungido. É o nome oficial, e refere-se à sua missão da parte do Pai na terra. A Bíblia confere unção a três ofícios específicos na história do povo de Deus, a saber: o de rei, de sacerdote e o de profeta (1 Sm 16,1,12,13; Lc 1.31-33; Ex 30.30; Hb 4.14-16; 1 Rs 19.16; Lc 3.21,22). A Bíblia converge esses três ofícios sobre a Pessoa de Jesus e Ele os exerce, pois é Rei, Sacerdote e Profeta.
  4. Filho de Deus: É preciso ter o cuidado para não confundir a expressão no Antigo Testamento, pois, às vezes, a expressão “filho de Deus” refere-se a Israel (Ex 4.22; Os 11.1); aos anjos (Jó 1.6; 38.7; Sl 29.1), aos crentes em Deus (Gn 6.2; Sl 73.15; Pv 14.26). É o contexto da passagem bíblica onde se encontra a expressão “filho de Deus” que pode indicar de quem está tratando. Em relação a Cristo, Ele é “o Filho de Deus”. Ele afirmou ser o “Filho de Deus” e os judeus rejeitaram essa afirmação (Lc 22.67-71). O Evangelho de João é o livro que mais fala da divindade de Cristo, chamando-o de “Filho de Deus”. Leia Jo 5.21,26. É a vontade do Pai Celestial que todos honrem o Filho como honram o Pai (Jo 5.19).
  5. Filho do homem: Este título é, também, encontrado nas páginas da Bíblia não se referindo a Jesus. Ao profeta Ezequiel Deus o chama “filho do homem”, para denotar sua limitação natural como homem (Ez 2.1). No Sl 8.4 e Dn 7.13, a expressão “filho do homem” é usada para designar o ser humano. Jesus a usou mais de 40 vezes em relação a Si mesmo, confirmando assim sua plena humanidade, ao falar dos seus sofrimentos, morte e ressurreição (Mt 12.40; 17.22; 20.18,19,28).  O Evangelho de João fala especialmente do lado divino de Jesus, enquanto Mateus, Marcos e Lucas o apresentam como o Homem Perfeito. Entretanto, João enfoca as duas naturezas de Jesus, a divina e a humana (Jo 1.51; 3.13,14; 6.27,51, 62; 8.28).

III.             A BÍBLIA REVELA AS DUAS NATUREZAS DE CRISTO

A Bíblia revela, realmente, a dupla natureza de Cristo, não uma dupla personalidade. Jesus, ao manifestar-se como “o Verbo que se fez carne”, revelou possuir dupla natureza de modo distinto, a divina e a humana.
  1. A natureza divina de Cristo: Pelos nomes e títulos atribuídos a Jesus Cristo, não é difícil perceber a Sua natureza divina. Havia perfeita e total coexistência das duas naturezas numa só Pessoa. Quando Jesus, como homem interrogou seus discípulos, dizendo: “Que dizem os homens ser o Filho do Homem?”, a resposta de Pedro foi clara e objetiva: “Tu és o Cristo o Filho do Deus vivo” (Mt 16.15). Essa resposta declarava a divindade de Cristo. A Bíblia afirma que Ele “é desde o princípio” (Jo 1.1,2), e diz também que “ele estava no princípio com Deus e era Deus”.
A natureza humana de Cristo: a Bíblia testifica de modo claro a natureza humana de Jesus nas palavras do apóstolo Paulo aos Gálatas, quando diz que Jesus foi “nascido de mulher” (Gl 4.4). Essa declaração é confirmada pelo relato do nascimento de Jesus, chamando-o “filho de Maria”, nascido em Belém da Judéia (Lc 2.5-7); ao lhe dar o nome de Jesus (Lc 2.21) e ao confirmar a infância de Jesus (Lc 2.52). Posteriormente, já adulto, Jesus foi a uma sinagoga e foi reconhecido pelos presentes como “o carpinteiro de Nazaré” (Mc 6.3). E

2 comentários:

  1. Gostei muito deste estudo e estou repassando para a Igreja. Deus abençoe Jonh Carlos.

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  2. Esse excelente estudo é uma CÓPIA da lição da EBD de 28 de abril de 1991, da Casa Publicadora das Assembleias de Deus e cujo comentarista é o eminente pastor Elienai Cabral.

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