Texto Áureo: João 1.45
Verdade Prática: A Bíblia apresenta a
Jesus como verdadeiro Deus e perfeito e verdadeiro Homem, reunindo as duas
naturezas numa só pessoa.
Leitura Bíblica: Lucas
24.27,44-47; 1 Pe 1.19,20
Lição 4
INTRODUÇÃO
Cristo
é o tema central de toda a Bíblia. O Antigo Testamento prepara o caminho para a
vinda do Cristo e o prediz em tipos e em profecias. No Novo Testamento, os
evangelhos o apresentam como o Redentor. Nos Atos dos Apóstolos, Cristo é o
objeto principal da pregação dos apóstolos e da Igreja emergente. Nas
epístolas, Ele é apresentado como o motivo principal para uma vida cristã
prática e vitoriosa. No Apocalipse, Ele é o “alfa e o Ômega”, “o princípio e o
fim”, “o primeiro e o último” (Ap 1.8;22.13); a consumação de todos os planos
divinos para a humanidade.
I.
A BÍBLIA
REVELA A PREEXISTENCIA DE CRISTO
O
sentido da palavra “preexistência” é o de “existir antes”. Ao falar da
preexistência de Cristo, estamos nos referindo aio que a Bíblia ensina, mui
especialmente no Antigo Testamento. O relato da queda de Adão, a promessa da
redenção (Gn 3.15), todos os eventos relacionados com a formação de um povo
especial da semente de Abraão, tinham o proposito divino de projetar a Cristo,
como o Redentor da humanidade, seu Salvador e Senhor.
- Cristo existiu
antes de João Batista (Jo 1.15,30): Neste texto João Batista, o precursor de
Cristo declara que “O que vem depois de mim... é antes de mim, porque foi
primeiro do que eu”. Humanamente, João Batista era mais velho em idade que
Jesus, mas ele declarou que “Jesus era antes dele”. Ora, esse fato nos
mostra que Jesus precedeu a João Batista, pois de fato, Ele era “o Verbo
que se fez carne” (Jo 1.1,14).
- Cristo veio do
céu (Jo 6.33,38,41,51,58,62): Nestes versículos Jesus declara a
sua preexistência afirmando que Ele “veio do céu’ e que foi “enviado do
pai” (Jo 20.21). A Nicodemos, Jesus declarou sua preexistência dizendo:
“Aquele que vem do céu é sobre todos” (Jo 3.31). Afirma, ainda, Jesus a
Nicodemos que quem aceitar o seu testemunho, estará confirmando que “Deus
é Verdadeiro” (Jo 3.33).
- Cristo existiu
antes de Abraão (Jo 8.58):
Jesus mesmo declarou aos Judeus: “Antes que Abraão existisse, EU SOU”. Com
esta expressão, Ele enfatiza sua natureza divina, sua existência eterna.
Ele coloca sobre Si mesmo o selo da eternidade. A profecia de Isaías o
identifica como o “pai da eternidade”. Esta declaração de Jesus contrariou
os judeus que a ouviram, e até a consideravam blasfêmia.
- Cristo é o Verbo
divino (Jo 1.1 – 4.14): Neste texto se encontra a maior revelação
neotestamentaria da divindade de Cristo, pois refere-se a Jesus como “o
Verbo”. A palavra VERBO é uma tradução da palavra LOGOS, do original
grego. Trata-se de um termo filosófico. Em filosofia, LOGOS significa
RAZÃO, porém, na doutrina cristã, LOGOS é o VERBO, uma pessoa divina. O
texto bíblico diz que o “Verbo de Deus”, e que “o Verbo se fez carne e
habitou entre os homens”.
II.
A BÍBLIA
IDENTIFICA A CRISTO POR VÁRIOS TÍTULOS E NOMES
Vários são os nomes e títulos conferidos a Cristo na Bíblia, cujos
significados revelam a sua deidade. Neles, há certa ordem progressiva da
revelação que Deus faz de Si mesmo aos homens.
- ELLOHIM (Gn 1.1):
Esse título aparece na forma plural e literalmente significa deuses.
Porém, não há nenhuma contradição no fato de que o Velho Testamento
apresenta o Deus Único. Ellohim revela, de modo especial e indireto, a
trindade Divina; ainda que a teologia judaica não aceite a doutrina da
Trindade, por causa do seu monoteísmo tradicional. O nome ELLOHIM tem sido
traduzido, na maioria dos textos do Antigo Testamento, por Jeová ou
Adonai, que se traduz por “Deus Forte e Poderoso”.
- Jesus:
Esse nome vem do hebraico Jeosua ou Josua (Js 1.1; Zc 3.1), cujo
significado é Salvador (Mt 1.21; Lc 1.31; 2.21). É o nome pelo qual Ele se
identificou com a raça humana. Dois personagens do Antigo Testamento
receberam esse nome, a saber, Josué, filho de Num, substituto de Moisés na
caminhada para a terra de Canaã, o qual representa a Cristo como “o Líder
ideal” (Js 1.1) e, Josué, o filho de Jeosadaque, que prefigura a Cristo, o
Sumo-Sacerdote que leva os pecados de Seu povo (Zc 3.1). Esse nome
identifica a pessoa do glorioso Nazareno, aquele que cumpriu a sua missão
redentora, tornando-se Salvador e Senhor de todos quantos o receberam (At
4.8-12; 5.30,31).
- Cristo:
Esse nome é o que o revela como o Messias, o Ungido. É o nome oficial, e
refere-se à sua missão da parte do Pai na terra. A Bíblia confere unção a
três ofícios específicos na história do povo de Deus, a saber: o de rei,
de sacerdote e o de profeta (1 Sm 16,1,12,13; Lc 1.31-33; Ex 30.30; Hb
4.14-16; 1 Rs 19.16; Lc 3.21,22). A Bíblia converge esses três ofícios
sobre a Pessoa de Jesus e Ele os exerce, pois é Rei, Sacerdote e Profeta.
- Filho de Deus:
É preciso ter o cuidado para não confundir a expressão no Antigo
Testamento, pois, às vezes, a expressão “filho de Deus” refere-se a Israel
(Ex 4.22; Os 11.1); aos anjos (Jó 1.6; 38.7; Sl 29.1), aos crentes em Deus
(Gn 6.2; Sl 73.15; Pv 14.26). É o contexto da passagem bíblica onde se
encontra a expressão “filho de Deus” que pode indicar de quem está
tratando. Em relação a Cristo, Ele é “o Filho de Deus”. Ele afirmou ser o
“Filho de Deus” e os judeus rejeitaram essa afirmação (Lc 22.67-71). O
Evangelho de João é o livro que mais fala da divindade de Cristo,
chamando-o de “Filho de Deus”. Leia Jo 5.21,26. É a vontade do Pai
Celestial que todos honrem o Filho como honram o Pai (Jo 5.19).
- Filho do homem:
Este título é, também, encontrado nas páginas da Bíblia não se referindo a
Jesus. Ao profeta Ezequiel Deus o chama “filho do homem”, para denotar sua
limitação natural como homem (Ez 2.1). No Sl 8.4 e Dn 7.13, a expressão
“filho do homem” é usada para designar o ser humano. Jesus a usou mais de
40 vezes em relação a Si mesmo, confirmando assim sua plena humanidade, ao
falar dos seus sofrimentos, morte e ressurreição (Mt 12.40; 17.22;
20.18,19,28). O Evangelho de João
fala especialmente do lado divino de Jesus, enquanto Mateus, Marcos e
Lucas o apresentam como o Homem Perfeito. Entretanto, João enfoca as duas
naturezas de Jesus, a divina e a humana (Jo 1.51; 3.13,14; 6.27,51, 62;
8.28).
III.
A BÍBLIA
REVELA AS DUAS NATUREZAS DE CRISTO
A
Bíblia revela, realmente, a dupla natureza de Cristo, não uma dupla
personalidade. Jesus, ao manifestar-se como “o Verbo que se fez carne”, revelou
possuir dupla natureza de modo distinto, a divina e a humana.
- A natureza divina
de Cristo: Pelos nomes e títulos atribuídos a Jesus Cristo, não é
difícil perceber a Sua natureza divina. Havia perfeita e total
coexistência das duas naturezas numa só Pessoa. Quando Jesus, como homem
interrogou seus discípulos, dizendo: “Que dizem os homens ser o Filho do
Homem?”, a resposta de Pedro foi clara e objetiva: “Tu és o Cristo o Filho
do Deus vivo” (Mt 16.15). Essa resposta declarava a divindade de Cristo. A
Bíblia afirma que Ele “é desde o princípio” (Jo 1.1,2), e diz também que
“ele estava no princípio com Deus e era Deus”.
Gostei muito deste estudo e estou repassando para a Igreja. Deus abençoe Jonh Carlos.
ResponderExcluirEsse excelente estudo é uma CÓPIA da lição da EBD de 28 de abril de 1991, da Casa Publicadora das Assembleias de Deus e cujo comentarista é o eminente pastor Elienai Cabral.
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