quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A BIBLIA E A INFALIVEL PALAVRA DE DEUS


Texto Áureo: Mateus 24.35
Verdade Prática: Deus é infalível e só Ele pode produzir uma obra como a Bíblia
Leitura Bíblica: 2 Timóteo 3.14-17; Isaías 55.10,11

Lição 2


INTRODUÇÃO


A Palavra de Deus é infalível. A sua infalibilidade tem sido alvo de contradição da parte dos racionalistas que defendem a ideia da inspiração parcial da Bíblia e negam a sua inspiração plena. Entretanto, nesta lição, vamos estudar alguns argumentos que provam a infalibilidade da Palavra de Deus.

I.                   A ORIGHEM SOBRENATURAL DA BÍBLIA

Na lição anterior estudamos acerca da origem material da Bíblia, porém, nesta vamos analisar a sua origem sobrenatural. Em 2 Tm 3.16 o apóstolo Paulo declara: “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa...”.
Para entendermos a origem sobrenatural da Bíblia, devemos considerar três aspectos dessa origem que fortalecem a infalibilidade da Palavra de Deus. São elas: Revelação, Inspiração e Autoridade da Bíblia.
Há uma relação entre Revelação, Inspiração e Autoridade que torna a Bíblia um Livro singular, o Livro dos Livros. A Bíblia não teria autoridade senão pela revelação e inspiração divinas.
  1. A Revelação divina na Bíblia: A palavra revelação significa “tornar conhecido, mostrar”. No latim o termo revelare significa “por para trás o véu para que se veja”. Segundo Thayer, o significado bíblico de revelação é: descobrir, despir. Significa “tornar a verdade conhecida”.
Jesus declarou que “Deus é Espírito” (Jo 4.24); por isso entendermos que é impossível ao homem, por seus próprios meios, conhecer a Deus, visto que Ele é imperceptível aos sentidos naturais. Pode o homem finito conhecer o infinito, o mortal conhecer o imortal, o limitado conhecer o ilimitado, sem que haja uma revelação? Não! Precisamos da revelação de Deus. E Ele se revela aos homens. Só Ele, o próprio Deus, pode tornar a iniciativa de se revelar a Si mesmo através de manifestações capazes de alcançar a percepção humana.
Vejamos três modos pelos quais Deus tem se revelado ao homem:
  1. A revelação natural: É feita mediante o fato da Criação. É impossível negar a existência de Deus diante da beleza da Criação (Sl 19.1-6). Porém, essa revelação torna-se insuficiente por causa da incredulidade do homem. Daí a necessidade de uma revelação mais objetiva. Em At 14.17, temos a prova que Ele deu essa revelação de Si mesmo através de um modo mais explícito, a escrita.
  2. A revelação escrita: A Bíblia é a revelação escrita de Deus ao homem. Toda a Sua vontade está expressa na Bíblia, a Sua palavra. A revelação escrita não anulou a revelação natural de Deus, mas a tornou ainda mais viva e real, propiciando ao homem uma revelação pessoal, como o Deus Todo-Poderoso.
  3. A revelação pessoal (Jo 5.39; Lc 24.25,27; Mt 5.17,18; Jo 1.18): A revelação escrita seria incompleta, se a profecia, que trata da Revelação Pessoal de Deus, não tivesse tido o seu cumprimento. Todas as profecias do Antigo Testamento anunciavam uma revelação pessoal de Deus, a qual foi feita através de Jesus Cristo.
  1. A Inspiração da Bíblia: É preciso não confundir revelação com Inspiração. A revelação é o ato divino pelo qual Deus se torna conhecido pelos homens. A inspiração diz respeito ao modo como os homens receberam a revelação e a transmitiram. No grego, a palavra inspiração é Theopneusto, que significa sopro, ou o que é soprado ou inspirado por Deus. É com este sentido que Paulo declara: “Toda a Escritura divinamente inspirada...” (2 Tm 3.16). Entendemos que o Espírito Santo inspirou os escritores, capacitando-os a registrarem de modo correto a revelação recebida de Deus. De fato, inspiração, refere-se ao ato de receber e transmitir, relatando com suas próprias palavras, a verdade de Deus.
  2. A autoridade da Bíblia: A partir da declaração de que a revelação e  inspiração da Bíblia vem de Deus e a inspiração da Bíblia vem de Deus e a torna infalível, a questão da autoridade serve tão-somente para reforçar essa declaração. Entretanto, o que destaca esse ponto de nossa lição é o fato da inerência da Bíblia. Existem provas extrabíblicas que dão autoridade à Bíblia nos campos da Arqueologia, da Antropologia e da História. Porém, a prova inconteste da autoridade da Bíblia está na própria Bíblia.

II.                A INERRÂNCIA DA BÍBLIA

  1. A Bíblia é infalível: Ela não contém erros. Ela é a Palavra da Verdade. No hebraico encontramos duas palavras traduzidas por “verdade”, que são EMUNAH e EMETH, cujo sentido é firmeza, estabilidade, certeza. A certeza da inerrância da Bíblia está no fato de que a verdade, no sentido estrito, só é revelada de modo explícito nela. Nenhum livro no mundo fala da verdade do mesmo modo que a Bíblia. O Deus da verdade é revelado na Bíblia (Jo 17.17; 1 Rs 17.24; Sl 119.142,151; Pv 22.21).
  2. A autoridade humana e divina da Bíblia: Indiscutivelmente a Bíblia tem dupla autoridade. No lado divino, as Escrituras são a Palavra infalível de Deus, pois elas se originam em Deus e são a expressão de Sua Mente. No lado humano, Deus escolheu alguns homens para receberem a sua palavra e apresenta-la no forma escrita. A inerrância da Bíblia está no fato de que ela procede diretamente de Deus. A infalibilidade e autoridade da Bíblia não tem qualquer mérito do talento humano. Mas Deus usou a inteligência humana para que sua Palavra fosse transmitida, por escrito, ao homem.
  3. A transmissão dos textos originais: É possível encontrar falhas nas cópias feitas do original das Escrituras. Os textos originais são chamado “manuscrito original” ou “manuscritos originais”, e são isentos de todo e qualquer erro, porque foram inspirados por Deus. Ele nunca poderia ter inspirado a um autor humano a escrever algo errado ou falso. Entretanto, é possível encontrar-se falhas de transmissão dos copistas do texto original. Alguns erros de pena, ou dificuldade de tradução de vocábulos, são encontrados em nossas traduções. Porém, são falhas banais que não ferem a integridade da inspiração nem a integridade da inspiração nem modificam a verdade revelada. A exatidão da Palavra de Deus é constatada na experiência do crente e no cumprimento das profecias através dos tempos

III.             O CUMPRIMENTO DAS PROFECIAS
Como dissemos, as profecias bíblicas são uma prova incontestável da veracidade e da infalibilidade da Bíblia. O Velho Testamento está repleto de profecias referentes aos judeus, às nações vizinhas e ao Messias que haveria de vir. No Novo Testamento encontramos o cumprimento da maioria das profecias do Velho Testamento. Mui especialmente em relação a Cristo, encontramos muitas profecias cumpridas. Outras ainda estão para se cumprir. O nascimento do Messias, o Emanuel (Is 7.14; e Mt 1.23), a fuga para o Egito (Os 11.1 e Mt 2.15), a correlação entre o cordeiro sacrificial e Jesus, entre o Maná e Jesus, entre a serpente de bronze e Jesus (Jo 1.29; 6.22; 3.14); Jesus o varão de dores (Is 53.9; At 8.32; 1 Pe 2.4); as vestes repartidas (Sl 22.19 e Jo 19.26); as vestes repartidas (Sl 22.19 e Jo 19.26); os ossos do Messias não seriam quebrados (Sl 34.21 e Jo 19.36). Jesus alegou o cumprimento da profecia de Isaías 61.1,2, dizendo: “Hoje se cumpriu esta profecia que acabais de ouvir” (Lc 4.21). Paulo citou a profecia de Salmo 2 como cumprida em Jesus (At 13.32,33). Poderíamos citar centenas de outras profecias que tiveram o seu cumprimento no Novo Testamento que confirmam a infalibilidade das Escrituras e a sua inspiração divina.

IV.             O TESTEMUNHO DA CIÊNCIA

A Ciência é definida como “um conjunto de leis e princípios obtidos através de observações e repetidas experimentações”. Ela não baseia seus argumentos em hipóteses, teorias ou ideias não confirmadas. Os grandes cientistas, Prouste Lavoisier afirmaram certa feita que “na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”. Essa declaração fortalece o fato de que por trás de toda a criação, está a ação da mente superior e criadora do Deus da Bíblia. O relato bíblico sobre a Criação em Gn 1, recebe o apoio da Ciência, pois, a despeito da tentativa de alguns em desmenti-la, ninguém e nada tem conseguido apresentar alguma teoria  ao relato bíblico. A Bíblia declara em Isaías que a terra é redonda (Is 40.22) e que o nosso planeta está suspenso sobre o vazio no ar (Jó 26.7) e a Ciência concorda com estas declarações. A Bíblia, de modo singular, afirma que o Universo foi criado do nada pelo poder de Deus (Gn 1.1). As leis do Universo refletem a vontade e a sabedoria de Deus, pois tudo quanto foi criado obedece ao Criador Eterno (Mt 8.27).


Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 2º/ 1991
Comentarista: Elienai Cabral
Tema Central: Conhecendo a Palavra de Deus.
Páginas: 06 - 08

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