Texto Áureo:Mateus 6.33
Verdade Prática:O Reino de Deus consiste numa vida de amor,
justiça, devoção, paz e alegria no Espírito Santo
Leitura Bíblica:Marcos 4.1-3,10-12; Lucas 17.20,21
Lição 01
INTRODUÇÃO
Deus é soberano
(Sl 24.1,2) e tem o governo dos céus e da terra (Dt 10.14; 1 Co 10.26). Pois
foi Ele quem os criou (Gn 1 – 2; Hb 1.10; 11.3). Não obstante, pouco se estuda
acerca de nossa participação no governo do Reino de Deus: nossos deveres e
obrigações no cuidado e na mordomia de tudo que Ele nos confiou (Gn
2.15-17;,19; 1 Co 3.16,17; 6.19,20).
Assim, o
propósito desta lição é estudar o Reino de Deus nas Escrituras, bem como suas
manifestações no presente e no futuro, porque desejamos que a Igreja do Senhor,
na atualidade, busque intensamente estabelecer os valores do Reino de Deus
através de sua prática e vivência.
I.
CONCEITO
BÍBLICO DE REINO DE DEUS
1. Definição de Reino de Deus: A
expressão Reino de Deus aparecerá algumas vezes no decorrer da lição. Você sabe
o seu significado? Podemos definir o Reino de Des como a soma de “todas as
bênçãos, promessas e alianças que o Todo-Poderoso destinou aos que recebem a
Cristo Jesus”.
2. Os aspectos do Reino de Deus: De
acordo com as Sagradas Escrituras, O reino de Deusapresenta tantos aspectos
presentes quanto futuros:
a. Presente: Na atualidade, o reino
divino está presente na vida dos filhos de Deus, a saber, os salvos em Cristo.
Estes foram libertos das trevas e transportados ao “reino do Filho do seu amor”
(Cl 1.130. A partir desta experiência salvifica, é possível afirmar que toda
pessoa, nascida de novo em Cristo Jesus, é dirigida pelo Espírito Santo e,
conseqüentemente, tem a sua vida governada através dos valores do reino (Ef
2.10).
b. Futuro: O aspecto futuro do reino
de está ligado ao reino milenar de Cristo sobre a terra por ocasião da sua
segunda vinda em glória (1 Co 15.23-25). Até mesmo a criação inanimada “espera”
por esse glorioso dia (Rm 8.19-230. E você? Aguarda ansiosamente a vinda de
Jesus Cristo, o Rei dos reis?
3. O governo do Reino: Deus criou
os céus e a guerra (Gn 1.1). Ele tem o governo de todas as coisas. Seu domínio,
soberania e autoridade real jamais terão fim. Os reinos deste mundo são
transitórios, mas o de Deus é eterno. O Deus soberano governa o mundo todo. O
Eterno intervém na criação e na história, manifestando seu poder, sua glória e
suas prerrogativas contra o domínio do pecado.
II.
O REINO DE
DEUS NASA ESCRITURAS
1. No Antigo Testamento: Apesar da
expressão Reino de Deus não aparecer no Antigo Testamento, o Senhor é
apresentado como o Rei de Israel (Is 43.15), da terra e de todo o universo (Sl
24; 47.7,8; 103.19). Estas e outras referências manifestam a prerrogativa
soberana de Deus sobre a criação. Ele reina para sempre (Sl 29.10).
2. Em o Novo Testamento: A mensagem
central do ensino neotestamentario é o Reino de Deus. Este foi apregoado por
João Batista (Mt 3.2) e confirmado pelo ensino de Jesus Cristo (Mt 6.33).
a. Na pregação de João Batista:
João veio pregando no deserto: “Arrependei-vos porque é chegado o Reino dos
céus” (Mt 3.2). O fato de uma pessoa ser israelita e “filho da promessa” (Gl
4.28) não lhe assegurava o direito de entrar no reino de Deus. Era preciso
produzir frutos dignos de arrependimento. Pois, as boas obras são o resultado
de um autêntico arrependimento (Lc 3.8).
b. No ensino de Jesus: A
proclamação e a concretização do Reino de Deus foram o propósito central do
ministério de ensino de Jesus. O Reino dos Céus foi o tema de sua mensagem e
ensina na terra (Mt 4.17). No Sermão da Montanha, Jesus conclamou a multidão
que o ouvia a buscar, com diligência e em primeiro lugar, o Reino de Deus (Mt
6.33). Ele estava ordenando a todos nós, seus seguidores, a buscar a Deus
resolutamente e a fazer a sua vontade. Querido irmão, você tem procurado com
diligência o governo soberano do Altíssimo em todo o seu modo de viver?
3. Reino de Deus ou Reino dos céus:
Nos evangelhos de Marcos e Lucas a expressão “Reino de Deus” aparece com
freqüência. Todavia, no Evangelho de Mateus, a expressão mais usada pelo
evangelista (aparece cerca de trinta e quatro vezes) é “Reino dos Céus”. A
maioria dos eruditos bíblicos concorda que o emprego da expressão “Reino dos
céus” e “Reino de Deus”, quando comparadas entre os Evangelhos sinóticos –
Mateus, Marcos e Lucas – são sinônimas e intercambiáveis (Mt 5.3; 13.10,11; Mc
4.10,11; Lc 6.20).
III.
AS
MANIFESTAÇÕES DO REINO DE DEUS
1. No passado: A nação de Israel
era uma monarquia teocrática. O Senhor levantou reis para o povo judeu (Dt
17.14,15; Dt 28.36; cf. 1 Sm 10.1; 1 Sm 16.13) e estabeleceu normas reguladoras
de relacionamento político entre o governante e a nação (1 Sm 8.10-22). O objetivo
de Deus era preparar o caminho para a salvação da humanidade através da nação
de Israel. Contudo, por causa dos desvios do povo judeu e da rejeição de seu
Messias, Jesus Cristo, o reino divino foi-lhes retirado, ou seja, Israel na
atualidade não tem mais a função de propagar o Reino de Deus (Mt 21.43; Rm
10.21; 11.23). Tal missão cabe agora a igreja. Israel, porém, será
restabelecido espiritualmente no futuro, conforme escreve Paulo (Rm 11.25-27).
2. No presente: O Reino de Deus foi
estabelecido de forma invisível na Igreja por intermédio do Rei dos reis. O
reino divino pode ser visto nos corações e nas vidas de todos aqueles que se
arrependem, crêem e vivem o Evangelho (Jo 3.3-5; Cl 1.13). Não se trata de um
reino político ou material que, por definição, é transitório e passageiro, mas
de uma poderosa, transformadora e eficaz operação da presença de Deus em e
através de seu povo (Mc 1.27; 2 Co 3.18; 1 Ts 4.1), refletindo-se em toda a
realidade à nossa volta, produzindo transformação.
3. No futuro: Durante o Milênio,
predito pelos profetas do Antigo Testamento (Sl 89.36,37; Is 11.1-9; Dn
7.13,14). Jesus Cristo reinará literalmente na terra durante mil anos (Ap
20.4-6). E a Igreja reinará juntamente com Ele sobre as nações (Mt 25.34; Ap
5.10; 20.6; Dn 7.22). O reino milenial de Cristo dará lugar ao reino eterno de
Deus, que será estabelecido na nova terra (Ap 21.1-4; 22.3-5), a Nova Jerusalém
(Ap 21.9-11). Os habitantes são os redimidos do Senhor de todos os tempos. Que
alegria nos inundará a alma quando, de eternidade em eternidade, estivermos
juntos com o Senhor (Dn 7.18)!
CONCLUSÃO
No Reino de
Deus, a vontade do Pai é conhecida e praticada por amor, devoção, prazer,
submissão, dever e gratidão (Rm 5.5; 2 Co 9.13; Lc 18.1; Jn 2.9). Fazer
continuamente a vontade de Deus, nesse Reino, deve ser a nossa maior
prioridade, não importando os obstáculos “pois que por muitas tribulações nos
importa entrar no Reino de Deus” (Ap 14.22). O Reino de Deus e sua justiça devem
ser o nosso anseio e alvo principal (Mt 6.33).
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre:3º/2011
Comentarista: Wagner Gaby
Consultor Doutrinário e Teológico:Antonio Gilberto
Tema Central:A MISSÃO INTEGRAL DA IGREJA – Porque o Reino de Deus
está entre vós
Páginas: 03 - 10
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