sábado, 23 de fevereiro de 2013

QUANDO O DEUS DESTE MUNDO INVADE A IGREJA


Texto Áureo: Efésios 4.27

Verdade Prática: Só há uma maneira de se manter o Diabo longe da igreja: dando pleno e irrestrito lugar a Cristo para que opere no meio dos santos.

Leitura Bíblica: Apocalipse 2.12-17

 

Lição 12

 

INTRODUÇÃO

 

Que Satanás é o deus deste século não é novidade para ninguém. O seu trono aí está escancaradamente armado. Ele é o príncipe deste mundo.

Não vamos, porém, permitir que o Diabo invada a Igreja de Cristo e estenda seus domínios sobre os santos. Isto é inadmissível! Foi o que o adversário tentou fazer em Pérgamo.

Estejamos vigilantes! Não podemos traficar com o inimigo nem consumir as abominações que ele e os seus súditos estão a oferecer-nos.

 

I.                   PÉRGAMO – O LUGAR ONDE SATANÁS ARMOU O SEU TRONO

 

1.      Pérgamo: A cidade situava-se no território hoje ocupado pela Turquia. Plantada às margens do rio Caico, fizera-se célebre na antiguidade pelo fato de ser ali onde foi o pergaminho primeiramente trabalhado. Sua biblioteca possuía em torno de 200 mil volumes. Posteriormente, foram estes transportados para Alexandria.

Segundo a lenda, foi em Pérgamo que teria nascido o deus Júpiter. Além de seu santuário, possuía a cidade muitos outros templos pagãos. O que dizer do templo dedicado a César? Era a cidade mais idolatra de toda a Ásia. Talvez tenha sido essa a razão de Pérgamo tornar-se conhecida como o lugar onde se achava o trono de Satanás. No entanto, como a seguir veremos, a referência diz respeito também à igreja lá estabelecida que, por falta de vigilância, deixara-se tomar pelo adversário.

2.      A Igreja: Não se sabe ao certo quem fundou a igreja de Pérgamo. Sabe-se porém que esta, no final do século apostólico, enfrenava sérias crises espirituais; crises estas que se vêm reprisando em nossos dias.

 

II.                AS CRISES DE PÉRGAMO

 

Da carta que o Senhor Jesus ordenou fosse endereçada ao pastor de Pérgamo, logo inferimos: as crises e ameaças que a Igreja enfrentava eram mais internas que externas. Os inimigos externos nada eram se comparados aos inimigos que, sob a pele de ovelhas, intitulavam-se irmãos. Só mesmo o Senhor Jesus para identificar e combater tais indivíduos.

1.      A doutrina de Balaão: A Bíblia de Estudo Pentecostal explica-nos em que consistia tal doutrina: “a doutrina de Balaão refere-se, portanto, a mestres e pregadores corruptos que, em Pérgamo, levavam suas congregações à transigência fatal com a imoralidade, o mundanismo e as falsas ideologias; tudo por amor à promoção pessoal o vantagem financeira. Segundo parece, a igreja em Pérgamo tinha mestres que ensinavam ser a fé salvífica em Cristo compatível com a prática da imoralidade”.

2.      A doutrina dos nicolaitas: Não se sabe exatamente em que consistia esta doutrina. De forma geral, seus seguidores tratavam o ministério como mera fonte de renda. E para enfraquecer a espiritualidade da igreja, ensinavam aos crentes que não havia nenhum mal em se tomar parte nas festas pagãs, comer alimentos sacrificados aos ídolos, e praticar os ritos licenciosos que estes requeriam. Em muitos aspectos, assemelhava-se à doutrina de Balaão.

3.      Iniquidade: A igreja de Pérgamo desviara-se de tal forma dos preceitos de Cristo que veio a fazer o seu próprio mártir. Se Estevão foi morto pelos ímpios, Antipas o foi pelos que se diziam irmãos (Ap 2.13). Segundo a tradição, Antipas era o pastor local de Pérgamo, ao passo que o destinatário, identificado nessa carta como o anjo da igreja, era o bispo de toda a cidade. De qualquer forma, temos aqui um homem que, em virtude de sua fé em Cristo, foi martirizado por aqueles que se diziam seguidores do Senhor. Os mártires não são assuntos do passado; muitos são os que estão a selarem a fé com o próprio sangue.

 

III.             O REMÉDIO PRESCRITO PELO SENHOR À IGREJA DE PÉRGAMO

 

Tendo em vista um quadro espiritual tão calamitoso, como restaurar a saúde espiritual de Pérgamo? O remédio recitado por Jesus, conquanto amargo, era eficientíssimo; seu principio ativo não teve ainda sua validade vencida.

De Pérgamo o Senhor Jesus exigia apenas uma coisa – arrependimento: “Arrepende-te, pois; quando não, em breve virei a ti e contra eles batalharei com a espada da minha boca” (Ap 2.16). Ao contrário do que pensam alguns crentes, arrependimento não é um remédio apenas para os incrédulos; é um antídoto que deve ser administrado aos salvos. Não se arrependeu o filho pródigo? De igual modo não se arrependeu Davi de seu duplo pecado? Ora, se o pecador arrepende-se para ser salvo, o salvo tem de ser arrepender para não perder a salvação.

1.      O que é o arrependimento: Arrependimento é compunção, contrição. Tristeza causada pela violação das leis divinas, pela qual o individuo é constrangido a voltar-se a Deus para implorar-lhe o imerecido favor.

2.      O arrependimento leva à reforma: Arrependida, deveria a Igreja de Pérgamo empreender uma grande reforma e voltar às suas origens. Em primeiro lugar, teria de proscrever a doutrina de Balaão, pois era, como vimos, induzia os santos às mais licenciosas práticas. Com a mesma energia, haveria de banir a doutrina dos nicolaitas a fim de que todos viessem a reconhecer: a igreja de Cristo é propriedade exclusiva de Deus e não uma profana fonte de renda. E, finalmente, curvar-se-iam todos diante da majestade de Nosso Jesus Cristo.

3.      O destronamento de Satanás: Tomadas estas atitudes, não seria difícil a Pérgamo destronar a Satanás. Isto significa que enquanto não agirmos como a Bíblia o requer, estará o Diabo seduzindo os salvos desencaminhando os incautos com doutrinas exóticas e modismos teológicos, levando a Igreja a abandonar a celeste vocação para tornar-se numa triste e amorfa organização; Noutras palavras, carecia a Igreja de Pérgamo de um profundo impacto para que viesse a reconhecer a Cristo como Salvador e Senhor.

 

CONCLUSÃO

 

Caso os responsáveis pela Igreja de Pérgamo não se mobilizassem a tomar as medidas que deles requeria o Senhor Jesus, viria este em pessoa combater tanto os adeptos de Nicolau como os simpatizantes de Balaão: “Arrepende-te, pois: quando não, em breve virei a ti e contra eles batalharei com a espada da minha boca” (Ap 2.16).

Jesus exige que seus discípulos tomem claras decisões em defesa da fé que Ele nos entregou. Caso nos recusemos a fazê-lo, julgar-nos-á, removendo-nos o castiçal. Não há alternativa: ou tiramos as coisas de Satanás da casa de Deus, ou seremos nós apartados da presença do Senhor.

 

 

Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)

Editora: CPAD

Trimestre: 4º/2000

Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade

Consultor Doutrinário e Teológico: Antonio Gilberto

Tema Central: NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM – Quando a idolatria ameaça a Igreja de Cristo

Páginas: 55 - 58

Nenhum comentário:

Postar um comentário