Texto Áureo: Efésios 4.27
Verdade Prática: Só há uma maneira de se manter o Diabo longe da
igreja: dando pleno e irrestrito lugar a Cristo para que opere no meio dos
santos.
Leitura Bíblica: Apocalipse 2.12-17
Lição 12
INTRODUÇÃO
Que Satanás é o
deus deste século não é novidade para ninguém. O seu trono aí está
escancaradamente armado. Ele é o príncipe deste mundo.
Não vamos,
porém, permitir que o Diabo invada a Igreja de Cristo e estenda seus domínios
sobre os santos. Isto é inadmissível! Foi o que o adversário tentou fazer em
Pérgamo.
Estejamos
vigilantes! Não podemos traficar com o inimigo nem consumir as abominações que
ele e os seus súditos estão a oferecer-nos.
I.
PÉRGAMO – O
LUGAR ONDE SATANÁS ARMOU O SEU TRONO
1. Pérgamo: A cidade situava-se no
território hoje ocupado pela Turquia. Plantada às margens do rio Caico,
fizera-se célebre na antiguidade pelo fato de ser ali onde foi o pergaminho
primeiramente trabalhado. Sua biblioteca possuía em torno de 200 mil volumes.
Posteriormente, foram estes transportados para Alexandria.
Segundo a
lenda, foi em Pérgamo que teria nascido o deus Júpiter. Além de seu santuário,
possuía a cidade muitos outros templos pagãos. O que dizer do templo dedicado a
César? Era a cidade mais idolatra de toda a Ásia. Talvez tenha sido essa a
razão de Pérgamo tornar-se conhecida como o lugar onde se achava o trono de
Satanás. No entanto, como a seguir veremos, a referência diz respeito também à
igreja lá estabelecida que, por falta de vigilância, deixara-se tomar pelo
adversário.
2. A Igreja: Não se sabe ao certo
quem fundou a igreja de Pérgamo. Sabe-se porém que esta, no final do século
apostólico, enfrenava sérias crises espirituais; crises estas que se vêm
reprisando em nossos dias.
II.
AS CRISES DE
PÉRGAMO
Da carta que o
Senhor Jesus ordenou fosse endereçada ao pastor de Pérgamo, logo inferimos: as
crises e ameaças que a Igreja enfrentava eram mais internas que externas. Os
inimigos externos nada eram se comparados aos inimigos que, sob a pele de
ovelhas, intitulavam-se irmãos. Só mesmo o Senhor Jesus para identificar e
combater tais indivíduos.
1. A doutrina de Balaão: A Bíblia
de Estudo Pentecostal explica-nos em que consistia tal doutrina: “a doutrina de
Balaão refere-se, portanto, a mestres e pregadores corruptos que, em Pérgamo,
levavam suas congregações à transigência fatal com a imoralidade, o mundanismo
e as falsas ideologias; tudo por amor à promoção pessoal o vantagem financeira.
Segundo parece, a igreja em Pérgamo tinha mestres que ensinavam ser a fé
salvífica em Cristo compatível com a prática da imoralidade”.
2. A doutrina dos nicolaitas: Não
se sabe exatamente em que consistia esta doutrina. De forma geral, seus
seguidores tratavam o ministério como mera fonte de renda. E para enfraquecer a
espiritualidade da igreja, ensinavam aos crentes que não havia nenhum mal em se
tomar parte nas festas pagãs, comer alimentos sacrificados aos ídolos, e
praticar os ritos licenciosos que estes requeriam. Em muitos aspectos,
assemelhava-se à doutrina de Balaão.
3. Iniquidade: A igreja de Pérgamo
desviara-se de tal forma dos preceitos de Cristo que veio a fazer o seu próprio
mártir. Se Estevão foi morto pelos ímpios, Antipas o foi pelos que se diziam
irmãos (Ap 2.13). Segundo a tradição, Antipas era o pastor local de Pérgamo, ao
passo que o destinatário, identificado nessa carta como o anjo da igreja, era o
bispo de toda a cidade. De qualquer forma, temos aqui um homem que, em virtude
de sua fé em Cristo, foi martirizado por aqueles que se diziam seguidores do
Senhor. Os mártires não são assuntos do passado; muitos são os que estão a
selarem a fé com o próprio sangue.
III.
O REMÉDIO
PRESCRITO PELO SENHOR À IGREJA DE PÉRGAMO
Tendo em vista
um quadro espiritual tão calamitoso, como restaurar a saúde espiritual de
Pérgamo? O remédio recitado por Jesus, conquanto amargo, era eficientíssimo;
seu principio ativo não teve ainda sua validade vencida.
De Pérgamo o
Senhor Jesus exigia apenas uma coisa – arrependimento: “Arrepende-te, pois;
quando não, em breve virei a ti e contra eles batalharei com a espada da minha
boca” (Ap 2.16). Ao contrário do que pensam alguns crentes, arrependimento não
é um remédio apenas para os incrédulos; é um antídoto que deve ser administrado
aos salvos. Não se arrependeu o filho pródigo? De igual modo não se arrependeu
Davi de seu duplo pecado? Ora, se o pecador arrepende-se para ser salvo, o
salvo tem de ser arrepender para não perder a salvação.
1. O que é o arrependimento:
Arrependimento é compunção, contrição. Tristeza causada pela violação das leis
divinas, pela qual o individuo é constrangido a voltar-se a Deus para
implorar-lhe o imerecido favor.
2. O arrependimento leva à reforma:
Arrependida, deveria a Igreja de Pérgamo empreender uma grande reforma e voltar
às suas origens. Em primeiro lugar, teria de proscrever a doutrina de Balaão,
pois era, como vimos, induzia os santos às mais licenciosas práticas. Com a
mesma energia, haveria de banir a doutrina dos nicolaitas a fim de que todos
viessem a reconhecer: a igreja de Cristo é propriedade exclusiva de Deus e não
uma profana fonte de renda. E, finalmente, curvar-se-iam todos diante da
majestade de Nosso Jesus Cristo.
3. O destronamento de Satanás:
Tomadas estas atitudes, não seria difícil a Pérgamo destronar a Satanás. Isto
significa que enquanto não agirmos como a Bíblia o requer, estará o Diabo
seduzindo os salvos desencaminhando os incautos com doutrinas exóticas e
modismos teológicos, levando a Igreja a abandonar a celeste vocação para
tornar-se numa triste e amorfa organização; Noutras palavras, carecia a Igreja
de Pérgamo de um profundo impacto para que viesse a reconhecer a Cristo como
Salvador e Senhor.
CONCLUSÃO
Caso os
responsáveis pela Igreja de Pérgamo não se mobilizassem a tomar as medidas que
deles requeria o Senhor Jesus, viria este em pessoa combater tanto os adeptos
de Nicolau como os simpatizantes de Balaão: “Arrepende-te, pois: quando não, em
breve virei a ti e contra eles batalharei com a espada da minha boca” (Ap
2.16).
Jesus exige que
seus discípulos tomem claras decisões em defesa da fé que Ele nos entregou.
Caso nos recusemos a fazê-lo, julgar-nos-á, removendo-nos o castiçal. Não há
alternativa: ou tiramos as coisas de Satanás da casa de Deus, ou seremos nós
apartados da presença do Senhor.
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 4º/2000
Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade
Consultor Doutrinário e Teológico: Antonio Gilberto
Tema Central: NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM – Quando a
idolatria ameaça a Igreja de Cristo
Páginas: 55 - 58
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