sábado, 23 de fevereiro de 2013

PREPARADOS PARA A CONQUISTA


Texto Áureo: 2 Timóteo 2.21

Verdade Prática: O preparo é indispensável a todo o cristão; especialmente no que diz respeito ao arrebatamento da Igreja.

Leitura Bíblica: Josué 1.10-18

 

Lição 01

 

 

INTRODUÇÃO

 

O livro de Josué é considerado pelos eruditos como o livro da vitória, isto é, o livro que descreve a conquista e a posse do povo eleito na Terra Prometida pelo Deus de Israel (Ex 3.8; Js 1.2). Este livro se assemelha no contexto geral, com Atos e Efésios em  o Novo Testamento, onde a Igreja Primitiva conquistou o mundo pelo poder do Evangelho e os cristãos são abençoados “...com todas as bênçãos espirituais nos lugares  celestiais em Cristo”.

Nessas sucessivas lições durante este trimestre, serão depreendidos do livro em foco.

 

I.                   JOSUÉ PREPARA O POVO PARA ATRAVESSAR O JORDÃO

 

1.      O preparo é necessário (v 10-11): A recomendação divina para a travessia do Jordão para o outro lado, exigia que Josué e o povo, não estivessem despercebidos, isto é, todo o povo tinha que estar em estado de prontidão. “... Preparado para toda a boa obra” (2 Tm 2.21). Na parábola das dez virgens, descrita por Mt 25.1-13, o “preparo” das virgens era o ponto mais importante para o reconhecimento do esposo (v 10). Na atual dispensação, o preparo deve estar em foco para todos (Sl 57.7; 108.1). Quer falemos da preparação da nação judaica para o reino milenar de Cristo sete anos após o arrebatamento, ou preparação de cada indivíduo para a morte ou transição para a vida do além, ou da preparação para o rapto da Igreja ou mesmo a Parousia de Cristo, o fato no tempo próprio, porquanto as preparações de última hora estão condenadas ao fracasso. Até anjos de Deus no céu, quando vão executar um trabalho, passam por uma fase de preparação (Ap 8.6).

2.      “Provede-nos de comida” (v 11): Durante quarenta anos Deus proveu o maná necessário para o seu povo. A medida divina ali era exata para cada um, de acordo com sua necessidade, conforme está escrito: “O que muito colheu não teve de mais: e o que pouco, não teve de menos” (Ex 16.18; 2 Co 8.15). Aqui, agora, uma vez que já tinham acesso a outro tipo de alimento, não tinham mais de depender do maná somente: logo esse cessaria (Js 5.11,12). Durante sua caminhada no deserto, o povo gozou de boa saúde. A promessa divina foi: “... nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito: porque eu sou o Senhor que te sara” (Ex 15.26b). Assim “... entre as suas tribos não houve um só enfermo” (Sl 105.37b). Porém na nova terra, era óbvio que o povo cuidasse de Si mesmo através de uma boa alimentação.

3.      O nosso corpo deve ser alimentado: Paulo diz que nosso corpo é templo do Espírito de Deus (1 Co 3.16-17) e por meio do “corpo” cada um irá receber de Deus, ou bem, ou mal (2 Co 5.10). Assim o corpo humano foi criado por Deus como elemento essencial do homem. O homem, através do corpo, não só é senhor, de si mesmo, como também graças a ele torna-se senhor do mundo. Assim o corpo torna-se um dos componentes fundamentais do existir, do viver, do conhecer, do desejar, do fazer, do ter. Sem ele, o homem não poderá realizar as seguintes funções:

·         Não pode alimentar-se,

·         Não pode aprender,

·         Não pode comunicar-se,

·         Não pode divertir-se

·         Não pode trabalhar

·         Não pode reproduzir-se,

·         Não pode adorar. Era necessário, portanto, que o povo, exausto do deserto, se alimentasse bem, para capacitar seus corpos para o desempenho de suas funções bélicas, religiosas e coisas assim.

 

II.                JOSUÉ PÕE O POVO EM ORDEM E DEIXA O EXÉRCITO EM ESTADO DE PRONTIDÃO

 

1.      A ordem de Josué é obedecida (vv 12-15): Esta ordem, com efeito, não dependia exclusivamente de Josué mas de Deus. Quando a ordem surgiu, Josué mandou homem por todo o acampamento para informa-los de que em “três dias” atravessariam o Jordão, e que se preparassem para nova jornada (Js 4.17-19). A invasão que Josué estava para liderar era inequivocamente ordenada por Deus (3.7-10). Por isso, Josué não era um chefe do deserto ou sheique tribal invadindo a Palestina, como os reis dos midianitas e amalequitas fariam mais tarde (Jz 6 – 8). Ele era apenas o general-de-campo recebendo ordens de Seu Comandante Supremo (Js 5.14). Assim é também nossa vitória nos dias atuais. Ela não depende de nós: depende de Deus, por meio de Cristo (Rm 8.31-39; 2 Co 2.14; Ap 12.11).

2.      “Vós passareis armados” (v 14): Literalmente falando, as hostes organizadas para atravessar o Jordão “na frente” da nação, estavam divididas assim:

·         A vanguarda

·         A retaguarda

·         O corpo propriamente dito

·         A ala esquerda

·         A ala direita

Todos de prontidão, Josué permitiu que a tribos do leste enviassem suas melhores roupas (4.13), de modo que a maioria pode ficar para proteger seus rebanhos e famílias (1.14-18). Josué torna-se assim um belo exemplo para ser seguido pelos líderes espirituais da presente era.

 

III.             O POVO SE PREDISPÕE À OBEDIÊNCIA A JOSUÉ

 

1.      “Tudo quanto nos ordenaste faremos” (v 16): O novo capitão é escolhido e apontado por Deus (Nm 27.18; Dt 34.9) e plenamente reconhecido pelo povo (1.16-18). Que belo exemplo para os dias atuais: quando Deus escolhe, o povo aceita sem excitação! (AT 1.214-26).

H.C. Mears descreve: “Josué completa o que Moisés começou! Deus nunca deixa Sua obra inacabada. Lembre-se de que o grande Artífice sempre tem outro instrumento preoarado e pronto para ser usado. O trabalho aguarda a todos. Você pode sempre honrar melhor a Deus se executar sua tarefa com um coração resoluto que confia nEle. A nação que Moisés conduziu para fora do Egito, Josué a conduziu para dentro de Canaã”.

Moisés estava morto, mas a marcha precisava continuar! A voz de Deus continua falando a Josué. Sim, a voz de Deus continua falando hoje e, se prestarmos a atenção, nós o ouviremos falando à nós. Atualmente, sempre ouvimos a voz de Deus através de Cristo (Hb 1.1). E o falar de Cristo na vida, se verifica de muitas maneiras: no testemunho tranquilo de oração, no sermão do pregador, na lição da Escola Dominical, na leitura da Palavra de Deus, mediante alguma tragédia, enfermidade, mediante aa razão, mediante aa vitória, mediante a perda, mediante a alegria, mediante a felicidade, mediante a dor, mediante a morte, - a última e contundente maneira de Deus falar! (Ap 2.21-23).

2.      “Tão somente que o Senhor teu Deus seja contigo” (v 17): É digno e glorioso quando o povo de modo geral, reconhece que seu líder foi escolhido por Deus (2 Rs 2.15). Então o espírito Santo opera mutuamente! Com efeito, acontece o magno encontro exemplificado entre Boaz e os ceifeiros belemitas: “E eis que Boaz veio de Belém, e disse aos segadores: P Senhor seja convosco. E disseram-lhes eles: O Senhor te abençoe” (Rt 2.4). Era o princípio de Abril, pois se aproximava a época da Páscoa, quando os israelitas pararam na margem leste do Jordão (4.19; 5.10-12). Ai assentaram acampamento novamente; o povo descansou enquanto Josué e seus oficiais e outros líderes certamente se preparavam para atravessar a corrente e estabelecer um acampamento base, do qual eles pudessem lançar o ataque fatal a Jericó.

3.      A travessia seria memoriável (4.7): A travessia do Jordão, como a travessia do “Mar Vermelho”, iria ser um dia memoriável na história de Israel – e estava preste. Na manhã seguinte eles entrariam na Terra Prometida. Alguns estudiosos da Bíblia dão significação especial a Moisés e a Josué. Isto é, Moisés em primeiro plano representa a Lei e em outro sentido, Cristo libertando-nos da escravidão de Satanás.

Josué tipifica Cristo introduzindo-nos aos “lugares celestiais” das sucessivas bênçãos do Senhor (Ef 1.3). Somente Cristo pode conduzir-nos à herança que nos pertence. Ele quer levar-nos à posse daquilo que conseguiu para nós na cruz!

 

 

Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)

Editora: CPAD

Trimestre: 1º/ 1992

Comentarista: Severino Pedro da Silva

Tema Central: JOSUÉ, o livro das vitórias.

Páginas: 03 - 05

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