segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O ESPIRITO SANTO E A LINGUAGEM DOS SIMBOLOS


Texto Áureo: 1 Coríntios 2.12

Verdade Prática: Os símbolos do Espírito Santo são demonstrados por coisas visíveis que representam as invisíveis..

Leitura Bíblica: João 1.25-34

 

Lição 03

 

 

INTRODUÇÃO

 

 

Nesta lição, destacam-se os símbolos do Espírito santo. Do ponto de vista interpretativo, eles são visíveis ou concretos, os quais sugerem ou representam o invisível. O que os constitui é a semelhança que existe entre eles e aquilo que representam. Por exemplo, o leão simboliza realeza e força, e estas duas qualidades combinam-se, mas, também, ele representa o mal e o temível. Numa passagem bíblica, Cristo é chamado o “Leão da tribo de Judá” (AP 5.5), mas, noutra, é Satanás quem é comparado a este animal (1 Pe 5.8). Por isso, cada tipo ou símbolo deve ser interpretado dentro do seu contexto, isto é, na esfera do que o assunto se refere.

 

I.                   A LINGUAGEM DOS SÍMBOLOS

 

A Bíblia é a revelação escrita de Deus ao homem. Para torna-la acessível à compreensão, o Senhor utilizou os recursos da linguagem e da cultura humana para expressar sua vontade.

1.      Os símbolos contribuem para o conhecimento da verdade (1 Pe 1.21): Ele transmitiu este conhecimento, através da sua Palavra em linguagem humana, ao utilizar os recursos da nossa compreensão (Ef 3.18). Quando os discípulos de Jesus tiveram dificuldade para entender as Escrituras, Ele lhes abriu o entendimento para as compreenderem (Lc 24.45). Nada seria facilmente entendido, senão pela linguagem humana. Por isso, a Bíblia é cheia de tipos e símbolos para estas verdades espirituais.

2.      Jesus usou a simbologia: Ele se declarou a porta, a luz, o caminho, o pão do céu, etc. (Jo 6.35; 8.12 ;10.9;14.6). A própria Bíblia é comparada à espada (Hb 4.12), à lâmpada (Sl 119.105), ao alimento (Jo 23.12), ao leite (1 Co 3.2; Hb 5.13; 1 Pe 2.2), ao mel (Sl 19.10), ao fogo e ao martelo (Jr 23.29), à semente (Is 55.10,11; Lc 8.11), ao espelho (2 Co 3.18). A Igreja também é comparada ao edifício e à lavoura (1 Co 3.9), ao rebanho (At 20.28), ao castiçal (Ap 1.13,20), etc.

3.       Os diversos símbolos do Espírito santo: Os símbolos falam da diversidade de operações do Espírito Santo, sem afetar a sua unicidade e a sua imutabilidade. De fato, eles representam as características da natureza do Espírito Santo. São modos especiais para compreendermos as suas operações, representadas por coisas do mundo físico.

 

II.                A POMOBA COMO SÍMBOLO

 

Na simbologia bíblica, esta ave identifica vida, paz, comunicação, expiação e poder. A pomba é representada por 290 espécies diferentes. Possui asas largas e fortes. É graciosa, e, em sua maioria, mansa e sociável. Adapta-se, facilmente, à vida doméstica.

Deus, o Criador, sábio nas relações com suas criaturas, utiliza os recursos do conhecimento humano para falar sobre o mundo espiritual. Foi Ele quem primeiro usou a pomba como símbolo do seu Espírito: “Aquele sobre quem vires descer e permanecer o Espírito, esse é o que batiza com o Espírito Santo” (Jo 1.33). João batista confessou: “Eu vi o Espírito descer do céu como pomba e permanecer sobre ele” (Jo 21.32). Ele entendeu que o Espírito manifestava-se em forma de uma pomba; por isso, não teve dúvida do fato (Lc 3.22). Aquela visão foi real e constituiu-se em um sinal que o convencia de que Aquele era, de fato, o Filho de Deus.

 

III.             A FORMA CORPÓREA DE UMA POMBA

 

Esta forma, pela qual o Espírito Santo se apresentou no batismo em água de Jesus, não estabelece dificuldade doutrinária. A terceira pessoal da Trindade não precisa de forma corpórea, pois é Espírito (Jo 4.24; 2 Co 3.17). Ele apenas se configurou, aos olhos de João batista, para mostrar o Messias, prometido por Deus. Do mesmo odo, no dia de Pentecostes, foram vistas línguas repartidas como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles (At 2.3). Na realidade, o Espírito Santo tomou uma semelhança jamais assumida. Foi algo perceptível aos sentidos humanos. O Espírito santo não se limita a formas para se manifestar, porque Ele faz o que melhor lhe convém.

 

IV.             CARACTERÍSTICAS DA POMBA QUE TIPIFICAM AS AÇÕES DO ESPÍRITO SANTO

 

1.      Movimento: O Espírito Santo manifesta-se através da dinâmica de seus movimentos. Ele atua sobre o mundo, como se “movia sobre as águas” (Gn 1.2), que simbolizam a humanidade, e opera para convencê-la “do pecado, da justiça e do juízo” (Jo 16.8-10). Ele se move no seio da Igreja para dinamizar a vida dos crentes. A pomba é uma ave inquieta. Seus movimentos falam de vida, força e ação.

2.      Vida: O Espírito transmite e simboliza a vida (Rm 8.2,11; 2 Co 3.6). O pecador está morto, mas o cristão é vivificado (Cl 3.1-3). No Dilúvio, Noé e sua família entraram na arca para se salvarem das águas. Muitos dias depois, ele soltou um corvo, que ia e voltava, até não retornar mais. Depois enviou uma pomba que, não encontrando lugar para pousar, voltou. Em seguida, soltou-a novamente. Ao regressar, trouxe no bico uma folha de oliveira (Gn 8.6-10). Este episódio simboliza o papel do Espírito Santo no mundo. O corvo é carnívoro e vive muito bem onde há morte. A pomba é o símbolo da vida, da pureza; por isso, retornou à arca.

3.      Simplicidade: Jesus disse: “Sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (Mt 10.16). Ele conhecia a natureza desta ave; por isso, comparava-se à simplicidade. Isto fala de pureza da mente, sem a malícia do mundo. Só um coração despido de presunção e de vaidade recebe o Espírito Santo (2 Co 11.3). Simplicidade é o estado e a atitude de quem é simples, e possui a pureza de propósitos. A pomba possui estas características. O Espírito Santo inspira a simplicidade nos cristãos, para que vivam numa dimensão mais pura e acessível a Deus.

4.      Mansidão (Gl 5.22): O salmista almejou, no Sl 55, ter “asas como de pombas” para fugir para longe e pernoitar o deserto, onde há paz e mansidão. O Espírito Santo é manso e habita em corações puros. Ele não reside onde existe tumulto e violência, porque é terno e gracioso.

5.      Pureza (Gn 8.8): Como aquela pomba que retornou a Noé, porque não encontrou lugar entre os mortos do Dilúvio, assim é o Espírito Santo, Ele é sensível, e não habita onde há impureza.

6.      Paz (Jo 14.27): Já é tradicional a ilustração da paz, simbolizada pela pomba. Onde o Espírito de Deus está, existe quietude. Sua presença em nós produz a tranquilidade do perdão dos pecados, como declara a Bíblia: “Sendo pois justificados pela fé, temos paz com Deus” (Rm 5.1). Quando em sua vida, por ocasião do seu batismo no Jordão, o Espírito Santo habilitou-o a conceder paz aos corações contritos (Lc 4.18,19).

7.      Sensibilidade (Ef 4.30): A pomba é uma ave sensível. Ela foge ao perceber o perigo. Da mesma forma, quando se peca contra o Espírito Santo, Ele se entristece. A pomba é uma ave que se amedronta facilmente. Se houver algum tipo de ameaça à sua vida e ao seu ninho, ela o abandona imediatamente. Também, se houver atitude irreverente à presença do Espírito Santo, Ele se afasta, Ele pode se evadir, ou ser extinguido (1 Ts 5.19). Davi sabia que o Espírito era sensível e não convivia com o pecado (Sl 51.1).

 

 

Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)

Editora: CPAD

Trimestre: 1/1994

Comentarista: Elienai Cabral

Tema Central: ESPÍRITO SANTO – A chama Pentecostal

Páginas: 13 - 16

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário