sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

NOMES QUE IDENTIFICAM O ESPÍRITO SANTO


Texto Áureo: 1 Coríntios 12.11

Verdade Prática: A pluralidade de nomes do Espírito não o despersonaliza, mas expressa a dimensão das suas operações.

Leitura Bíblica: Romanos 8.9-17

 

Lição 02

 

 

INTRODUÇÃO

 

 

Nesta lição, estudaremos os vários nomes concedidos ao Espírito Santo. Assim, entenderemos as suas atividades.

 

I.                   A PLURALIDADE DOIS SEUS NOMES

 

1.      Um só Espírito (Ef 4.4): Deus é Espírito auto-existente (1 Co 12.11). Ele não se apresenta com um único nome, porque sua função é revelar o amor do pai, através do Jesus Cristo. Em toda a Bíblia, encontramos pronomes pessoais e demonstrativos que o identificam. Em Jo 16.8,13,14, encontramos “ekeinos”, em grego, que significa “aquele”. Jesus referia-se ao Espírito que viria, depois que Ele completasse sua obra redentora e voltasse para o seio do pai Celestial.

Declara a Bíblia: “Um só e o mesmo Espírito”. Os nomes não falam de vários espíritos, mas se referem ao que opera todas as coisas.

2.      O que expressa os seus nomes: Falam de sua ligação com o Pai, tais como: “Espírito de Deus”; “Espírito do Senhor”; “Espírito do nosso deus”. Também encontramos os que provam sua vinculação com o Filho, como: “Espírito de Cristo”; “Espírito de Jesus Cristo”; “Espírito de seu Filho”, etc. Há nomes que expressam sua divindade (2 Co 3.18; Hb 9.14). Títulos que expressam a obra que Ele realiza na vida dos que servem a Cristo (Rm 8.2,15; Ef 1.17; 2 Tm 1.7; Hb 10.29; Ap 11.11).

3.      O que significa Espírito Santo: “Espírito” indica a sua natureza. Diz respeito ao que Ele é em si mesmo. “Santo” refere-se a sua qualidade. Fala do que Ele realiza: A santificação dos que desejam ser santos (1 Pe 1.2).

 

II.                OS SETE ESPÍRITOS DE DEUS

 

Parece, à primeira vista, que a frase “sete espíritos de Deus”, de Ap 1.4; 4.5 e 5.6, choca-se com a declaração da existência de um só Espírito. Porém, a pluralidade do termo “espíritos” refere-se a sete manifestações do Espírito santo entre os homens. O número “sete” fala de plenitude, totalidade. São as formas múltiplas e distintas do mesmo Espírito. Dentro do contexto doutrinário, estes “sete espíritos de Deus” expressam e manifestam a UNIDADE do Espírito santo. Percebemos que a expressão “sete espíritos” significa o Espírito Santo em sua natureza essencial, da mesma forma que as “sete igrejas”. Vemos o Espírito Santo em Ap 1.4, mas uma vez, a expressão “sete espíritos de Deus” é citada com o sentido figurado, para ilustrar a diversidade das operações do Espírito nos juízos de Deus. Jamais limitemos as operações do Espírito a sete modalidades, porque elas são múltiplas. Os números na Bíblia não devem ser estabelecidos como regra doutrinária. Eles são simbólicos e representativos. Por isso, a expressão “sete espíritos de Deus” não fere a unidade do Espírito, mas revela a sua diversidade nas operações.

 

III.             NOMES QUE IDENTIFICAM O ESPÍRITO SANTO

 

  Há quem declare existir apenas quatro nomes significativos que se referem à terceira pessoa da Trindade: Espírito Santo, Espírito de Deus, Espírito de Cristo, Consolador. Porém, há outros nomes que identificam a pessoa e a divindade do Espírito. Vejamos

1.       Espírito de Deus (1 Co 3.16; 1 Jo 4.2): Os dois nomes Espírito e Deus indicam quem é e o que faz o Espírito Santo. O primeiro, identifica a terceira pessoa da trindade. O segundo revela sua deidade (Gn 1.2; 1 Co 2.11). O Espírito é chamado Deus, porque a divindade pertence às três pessoas da trindade. Intitula-se Espírito de deus, porque é enviado pelo pai (Jo 15.26). Ele é a sua promessa (At 1.4). Em At 28.25,26, o apóstolo Paulo identifica a mensagem profética de Is 6.8,9, como a voz do “Espírito de Deus’. Em 1 Jo 4.2, distinguimos as três pessoas da Trindade: “Nisto conhecereis o Espírito de Deus; todo o espírito que confessa que Jesus cristo veio em carne é de Deus”. A importância deste nome é a identificação e a declaração de que o Espírito de Deus, visto que o Espírito procede do pai (Jo 15.26).

2.      Espírito de Cristo (R m 8.9): É interessante saber que esta passagem fala de dois títulos: Espírito de Deus e Espírito de Cristo. No primeiro, Ele se identifica com a primeira pessoa, o Pai, e no segundo, relaciona-se com a segunda pessoa, Cristo, nome de ofício divino e ministerial que significa “Ungido’ ou “Messias’. A relação entre Cristo e o Espírito santo revela-se nas obras efetuadas por Jesus, mas efetivadas pelo Espírito na experiência humana. Em sua vida terrena, cristo prometeu o Espírito Santo, o Consolador (Jo 16.13). Este o representaria como o “Espírito de Cristo”. O texto diz: “Se alguém não tem o Espirito de Cristo, esse tal não é dele” (Rm 8.9). Ter o Espírito de Cristo em nossa vida cristã significa possuir a presença e a ação do Espírito em nossa experiência. A presença do Espírito de cristo na vida do homem é percebida pela sua conduta no dia-a-dia. Ninguém, que pratica as obras da carne, pode afirmar que possui o Espírito de Cristo. Ele atua na qualidade de emissário de Jesus. Ele infunde a vida do salvador na existência do pecador, através da regeneração (Rm 8.2; 2 Co 5.17). O apóstolo João compreendeu esta atuação do Espírito de Cristo, quando escreveu: “Deus nos deu a vida eterna; e esta vida esta em seu filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida” (1 Jo 5.11,12). O Espírito de Cristo é também chamado de Vida, porque Ele infunde a existência do salvador nos corações dos que se convertem. Outra função do Espírito de Cristo é a de fazer o cristão produzir o fruto do Espírito (Gl 5.22,23) e desenvolver em sua vida as características pessoais de Cristo (Fp 1.11). Ele confere poder espiritual, a fim de que o cristão viva vitoriosamente e realize a obra de Deus (Mt 28.18; Lc 24.49; Jo 14.12; At 1.8). O Espírito de Cristo é o que representa a Jesus na terra. Ele é o “outro Consolador” (Jo 14.6).

3.      Espírito do Senhor (2 Co 3.17,18): O Espírito Santo, quando se apresenta como o “Espírito do senhor”, revela o senhorio do Deus Todo-poderoso. A palavra “Senhor” não se restringe a uma pessoa, mas às três da trindade. Em relação a Deus Pai, ela diz respeito ao que lhe pertence, porque todas as coisas foram feitas por Ele. A Igreja também é “propriedade exclusiva de Deus” (1 Pe 2.9). Em relação a Cristo, Paulo declarou aos coríntios: “Mas vós sois dele” (1 Co 1.30). Quando o Espírito do Senhor se manifesta na vida do cristão, ou, de modo geral, na Igreja, significa que Ele quer exercitar seu senhorio (Cl 1.16-19).

4.      Espírito Santo (At 19.2; 1 Pe 1.12): Este é o título mais conhecido e usado, principalmente pela Igreja, desde sua fundação. A santidade é um estado eterno que pertence às três pessoas da Trindade. O Espírito santo é o agente da santificação. Por isso, é chamado Santo. Esta palavra está implícita em sua natureza divina, e manifesta-se como uma qualidade sobre os que são santificados (1 Ts 4.7,8). O profeta Isaías relata a visão do trono de deus e ouve os serafins pronunciarem três vezes: “Santo, santo, santo” em alusão às três pessoas da Trindade (Is 6.3). O apóstolo João, na Ilha de Patmos, ouviu quatro seres viventes recitarem: “Santo, santo, Santo é o senhor Deus, o Todo-poderoso, que era , e que é, e que há de vir” (Ap 4.8). A missão do Espírito Santo não é só a de proclamar e revelar a santidade de Deus, mas, sim, a de santificar e purificar, como o seu próprio nome indica. Por isso, é chamado “Espírito de santificação” (Rm 1.4). Uma de suas atribuições é a de limpar e purificar com o espírito de ardor e de justiça (Is 4.4). O Espírito de santificação manifesta-se contra tudo o que é pecado, sujo e abominável, e com o “espírito de ardor”, queima as escorias e faz juízo. A santidade de Deus é eterna e imutável. O Espírito santo por si mesmo e produz santificação, uma necessidade continua do homem enquanto estiver sob o jugo do pecado. Por isso, o apóstolo Pedro registra: “Sede santos, porque eu sou Santo” (1 Pe 1.15).

5.      Espírito de Graça (Tt 2.11): Ele se manifesta como o executivo de Deus. Convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-10), e manifesta a graça, o favor imerecido, ao pecador. O Espírito da Graça opõe-se ao espírito do pecado, manifestação virulenta que escraviza e desvia o homem de Deus. Os termos chattath, no hebraico, e hamartia, no grego, tem o mesmo sentido. Significam a ação que desvia o homem do alvo, retira-o do caminho reto. Resistir ao chamado do Espírito da Graça significa insultar a Deus e desprezar a sua disposição de libertar e salvar o pecador (Hb 10.29).

6.      Espírito de Adoção (Rm 8.15,16): Adoção “é a aceitação voluntária e legal de uma criança como filho”. Era frequente entre os antigos hebreus, gregos e romanos, o adotar uma criança, que era entregue, voluntariamente, por uma família, e incorporada a outra. Fazia-se também a adoção de escravos, os quais, depois de um certo tempo, eram aceitos com todos os direitos legais daquela família. No plano espiritual, éramos escravos e estávamos sob o jugo do espírito de servidão (Rm 8.15), mas quando aceitamos a Cristo, tornamo-nos filhos de Deus (Jo 1.12).

7.      Espírito da Promessa (Ef 1.13): O texto revela que Ele é o “Espírito da promessa”, porque sua vinda cumpriu a determinação divina para o dia de Pentecoste e para o ministério de Cristo, anunciado por Joel (Jl 2.28) e reafirmado por Jesus, como a “promessa do Pai” (Lc 24.49; At 1.4). Uma das funções do Espírito da Promessa é SELAR E CONFIRMAR a promessa do Pai e do Filho (2 Co 1.22). Ele se identifica como o penhor da nossa herança, adquirida pelos méritos de Cristo, que se constitui em garantia da herança, no futuro. O SELO comprova a autenticidade da promessa, que é o próprio Espírito Santo (Ef 4.30).

8.      Espírito da Verdade (Jo 14.17; 15.26; 16.13; 1 Jo 5.6): Quando Ele se manifesta como Espírito da Verdade, revela-se como a expressão exata do que o Evangelho apresenta. Cristo declarou: “Eu sou o caminho, e a VERDADE e a vida” (Jo 14.6). Por isso, o Espírito Santo testifica dele. Ele é o antídoto do “espírito do erro” e da mentira que está no mundo (1 Jo 4.6). A Igreja de Cristo é chamada coluna e firmeza da verdade (1 Tm 3.15), construída pelo Espírito Santo. O “espírito do erro” opera em toda a parte (2 Ts 2.11), o “Espírito da Verdade” no combate.

9.      Espírito de Glória (1 Pe 4.14): A palavra “glória”, na linguagem bíblica, tem o sentido de caráter. Não é simples resplendor, brilho, fama, celebridade, renome, reputação, típicos da majestade humana. O Espírito da Glória não se manifesta para tornar alguém famoso, brilhante ou célebre. Do ponto de vista divino, glória tem a ver com o que revelamos em nosso caráter cristão. Em relação ao Espírito Santo, a Bíblia o apresenta como o que não falaria de si mesmo (Jo 16.13), mas de Cristo. Demonstraria a glória de Cristo, manifesta em bondade, perdão, amor, santidade e justiça. Para o viver cristão, o caráter de Cristo é o modelo ideal e é o Espírito de Glória quem revela tudo. É o Espírito santo quem produz no crente um caráter parecido com o de Jesus Cristo (2 Co 3.18). Sua glória é como o espelho que nos mostra o que somos.

 

 

Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)

Editora: CPAD

Trimestre: 1/1994

Comentarista: Elienai Cabral

Tema Central: ESPÍRITO SANTO – A chama Pentecostal

Páginas: 8 - 12

 

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