terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

INVEJ UM GRAVE PECADO


Texto Áureo: Provérbios 14.30

Verdade Prática: O cristão verdadeiro não se deixa levar pela inveja e não age com maldade.

Leitura Bíblica: 1  João 2.9-15

 

Lição 11

 

 

INTRODUÇÃO

 

 

A lição de hoje trata de dois graves pecados, que jamais deveriam ser encontrados na vida do crente: a inveja e a maldade. A inveja leva à maldade e esta afasta  o homem do seu Criador. Todo aquele que pratica a iniquidade será julgado e condenado por Deus. Infelizmente, muitos dos que afirmam servir ao Senhor praticam a maldade e, depois, hipocritamente, esconderam-se atrás das máscaras da mansuetude e da humildade. Mas o Todo-Poderoso não se deixa enganar pelas aparências. No devido tempo, conforme a parábola do joio e do trigo, arrancá-los-á e os lançará no lago do fogo.

 

I.                   A INVEJA NO PRINCÍPIO DO MUNDO

 

1.      Inveja, um sentimento maléfico: inveja é o mesmo que cobiça; um sentimento de desgosto ocasionado pela felicidade do outro. Invejar é cobiçar e desejar o que a outra pessoa tem. Tal sentimento nasceu da frustrada tentativa de Satanás em apoderar-se dos atributos divinos (Is 14.123-20). Lúcifer invejou o Senhor; queria ser maior que o Todo-Poderoso.

No Jardim do Éden, a serpente despertou algo parecido em Eva, levando-a ao desejo de ser como Deus (Gn 3.1-5). Esse sentimento ainda motivou o primeiro homicídio da história (Gn 4.5). Por isso, a manifestação da inveja entre os servos de Deus é condenável por sua Palavra (Gl 5.26).

2.      Maldade, uma ação maligna: A pessoa que pratica a maldade é naturalmente perversa e está sempre pronta a prejudicar e a ofender ao próximo. O Senhor abomina os iníquos de coração e os que tem prazer em praticar o mal (Pv 11.20). Os filhos do profeta Eli faziam o que era mau diante de Deus, e tiveram por sentença a morte (1 Sm 2.3-4; 4.11). Todo aquele que busca ferir ao seu semelhante, física ou moralmente, age de forma dissimulada, hipócrita e ímpia (Pv 6.16-19). O tal não ficará impune.

3.      A inveja leva à maldade: Quem se deixa contaminar pela inveja, vive angustiado e planejando o mal de seu próximo. Aliás, a maldade é precedida pela inveja. As Sagradas Escrituras dão exemplo reais desse duplo pecado. Em Gênesis, encontramos a história de Caim que, consumido pela inveja, assassinou o seu irmão, Abel. Tempos depois, os irmãos de José, movidos pela inveja, vendem-no como escravo para o Egito. Nos Evangelhos, deparamo-nos com os sacerdotes que, por inveja do Senhor Jesus, tramaram a sua prisão e morte (Mt 27.18).

 

II.                A INVEJA E SUA CONSEQUÊNCIA

 

1.      Na vida de Caim: O homicídio cometido por Caim nasceu da inveja que ele nutria por seu irmão, Abel. Ele apresentou uma oferta ao Senhor que, por causa da má disposição de seu coração, foi rejeitada por Deus. Ao passo que a de Abel foi aceita, porque esta amava a Deus (Gn 4.1-16). O problema não estava na oferta em si, porque Deus era adorado, no Antigo Testamento, tanto por sacrifícios vegetais quanto animais (Lv 2.1-16). O real problema está na qualidade espiritual e moral do ofertante.

Vendo que o semblante de Caim descairá por causa da inveja e do ódio que ele nutria contra o seu irmão, Deus advertiu-o quanto ao pecado que jazia à porta. Mas Caim permitiu que a inveja se transformasse em ódio que, mais adiante, leva-o a planejar e a executar o assassinato de seu irmão. Em consequência de seu crime, Caim é banido da presença do Senhor (Gn 4.16). O crente deve aprender a controlar as suas emoções, pois os nossos atos geram consequências que, as vezes, acompanham-nos durante toda a vida.

2.      Na vida dos irmãos de José: José era o filho amado do Jacó. Por isso, recebeu de seu pai um presente que o distinguia de todos os seus irmãos (Gn 37.3). Além disso, teve certa vez dois sonhos que, interpretados, mostravam toda a sua família curvando-se diante dele. Tais fatos suscitaram a inveja e a maldade de seu irmãos, pois eram-lhes inadmissível que o seu irmão caçula viesse, um dia, a dominá-los (Gn 37.4-11).

Tomados pela invejas, venderam-no como escravo para o Egito. Mas, passados treze anos, o Senhor exaltou a José. O escravo hebreu tornou-se governador do Egito. E, nessa condição, pôde salvar a sua família, inclusive os que intentaram-lhe o mal (Gn   41 - - 48). Mas, tarde, eles vieram a se arrepender de seus pecados e a reconhecer que Deis, de fato, estava operando uma grande salvação por intermédio de José.

3.      Na vida do Crente: A

Infelizmente, há muitos crentes que invejam cargos e posições, esquecendo-se que é o Senhor Deus quem chama e capacita os seus servos para obras especificas. O invejoso, porém, não entende isso. Por isso, vive amargurado de alma. Quem nutre tal sentimento precisa mais do que depressa correr aos pés de Cristo e buscar o perdão e a misericórdia. Se assim não proceder, não herdará a vida eterna.

 

III.             A DESTRUIÇÃO ADVINDA DA MALDADE

 

1.      No âmbito familiar: O homem e a mulher que sinceramente servem a Deus não agem com malicia ou com astúcia. Cristo convida-nos a aprender com Ele a sermos mansos e humildes (Mt 11.29). A família cristã deve ser diferente e firmar-se como exemplo a ser seguido. Em nosso lar, por conseguinte, não pode faltar o amor, a paz e a mansidão. Se, por acaso, você estiver sofrendo com algum familiar, suporte aa provação e vença o mal com o bem (1 Pe 3.8-12).

2.      No trabalho: A empresa é o lugar onde passamos a maior parte do nosso tempo e onde também encontramos pessoas invejosas, incompetentes e malignas. Nesse ambiente, o servo de Deus deve aprender a compartilhar a sua fé (sem prejudicar o seu trabalho) e demonstrar, através de atitudes, que é diferente.

Não faltam relatos de pessoas que sofrem abuso moral e que têm a sua fé confrontada a todo instante. O desejo de galgar cargos e posições não é condenável desde que isso ocorra de forma ética e como fruto do esforço e dos méritos pessoais. É inadmissível, porém, a um servo de Deus agir de forma desleal e antiética. Devemos ser sal e luz, para influenciar positivamente o nosso ambiente de trabalho, a fim de que o nome de Cristo seja glorificado (Mt 5.13-16,20). Ainda que você seja prejudicado, aja de maneira cristã. O Senhor, no devido tempo, o honrará (Gl 6.9).

3.      Na Igreja: Falar sobre maldades dentro da igreja pode parecer desnecessário, mas infelizmente não o é. Em nossos rebanhos, não faltam lobos em pele de ovelhas e joio em meio ao trigo. Há muitos que, em nome de Deus, planejam o mal, ensinam heresias e profetizam mentiras, trazendo dissensões, rebeliões e escândalos entre os santos (Mt 7.1-23; 2 Pe 2.1).

A maldade tem minado a fé de muitos. Quantas pessoas, alvos de calúnias e deslealdades, não se acham desviadas do caminho do Senhor? A Palavra de Deus diz que de seis coisas odiadas pelo Senhor, a sétima Ele abomina: semear contendas entre os irmãos (Pv 6.16-19). Mesmo que você esteja padecendo perseguições por parte dos falsos irmãos, prossiga fielmente, pois o Senhor reservou-lhe uma grande recompensa (2 Tm 3.12; Gl 2.4; 6.9; 1 Pe 5.4; Ap 2.10). Converse com o seu pastor; ele saberá como ajuda-lo.

 

CONCLUSÃO

 

Quem serve a Deus verdadeiramente não deve sentir inveja do seu próximo nem praticar o mal. O Senhor chamou-nos para ser luz em meio às trevas. Assim, se você está sendo alvo de inveja e ou de maldade, procure olhar para o alto, para aquele que lhe dá a salvação e o livramento. Não se deixe vencer pelo mal, mas vença o mal com o bem (Rm 12.9,11). Jamais esqueça que os olhos do Senhor estão atentos. Ele é justo e o seu rosto está voltado para os retos (Sl 11.4-7).

 

 

Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)

Editora: CPAD

Trimestre: 4º/2012

Comentarista: Esequias Soares

Tema Central: OS DOZE PROFETAS MENORES – Advertências e Consolações para a Santificação da Igreja de Cristo

Páginas: 71 - 77

 

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