Texto Áureo: Atos 7.41
Verdade Prática: O Senhor Deus haverá de ser adorado na beleza de
sua santidade conforme as reinvindicações de sua Palavra. Nada pode substituir
o verdadeiro culto divino.
Leitura Bíblica: Êxodo 32.1-8
Lição 10
INTRODUÇÃO
O que é um
culto alternativo? É quando você substitui o Cordeiro de Deus pelo bezerro de
ouro. Isto ocorre todas as vezes que se procura resultados imediatos e
espalhafatosos. Haja vista o que se deu no Sinai. Infelizmente, o episódio nãos
e limitou ao deserto; vem se repetindo, levando o desassossego e a confusão dos
santos.
O culto divino
não admite alternativas. Deus continua a exigir que seus filhos o adorem em
espírito e em verdade (Jo 4.24). Quando aos modismos, tem o mesmo destino
daquele bezerro forjado por Arão; apesar do brilho de seu ouro, não passam de
pó e cinza.
I.
O QUE É O
BEZERRO DE OURO
No contexto
desta lição, bezerro de ouro é todo artificio utilizado para desviar-nos da
verdadeira adoração que devemos tributar ao Todo Poderosos Deus. Em nossos
dias, isto já se constitui numa síndrome. Ou seja: um “conjunto de sintomas que
se apresentam numa doença e que a caracterizam”. A epidemia, que começou a grassar durante a jornada de Israel
no deserto, ameaça o progresso dos peregrinos de Cristo rumo ao Lar Celestial.
1. A apostasia de Israel: Enquanto
Moisés encontrava-se no monte Sinai a receber das mãos do Senhor as tábuas da
Lei, o povo começou a impacientar-se. O que terá acontecido a este Moisés?
Deixou-nos ele órfãos? Entregou-nos à própria sorte? Perguntavam os filhos de
Israel. Acostumados ao politeísmo egípcio e não possuindo ainda uma fé
enraizada no grande Eu Sou, exigiram de Arão:
“Levanta-te,
faze-nos deuses que vão adiante de nós” (Ex 32.1).
Buscando ganhar
tempo e contentar a Israel, Arão deixa de ser homem de Deus e faz-se homem do
povo. Que triste papel para um sacerdote! De intercessor que era reduz-se a um
pobre santeiro! Dos pendentes e arrecadas de ouro que possuíam os hebreus,
forma ele um bezerro de fundição. Da idolatria, a congregação israelita passa
rapidamente à apostasia: “Estes são teus deuses, ó Israel, que te tiraram da
terra do Egito” (Ex 32.4).
2. A razão da apostasia de Israel:
Os filhos de Israel caíram na apostasia devido a sua incredulidade. Eles
precisavam ver para crer, e mesmo vendo não acreditavam. Sua fé, se é que a
tinham, achava-se viciada: exigia continuados milagres e sinais. E apesar de os
contemplar por quarenta anos ininterruptos, haveriam de morrer em seus pecados
(At 7.36; Hb 3.17).
Como Moisés não
está presente, ausentaram-se os sinais. Por isto pediram um substitutivo não
somente para estes como também para o próprio Deus. Ao invés do criador, a
criatura. Em vez das obras de Deus, as obras da carne. Em lugar da decência, o
desregramento e os maus costumes.
3. Um abismo chama outro abismo: A
idolatria trouxe a apostasia, e a apostasia descambou na permissividade: “e o
povo assentou-se a comer e a beber; depois levantaram-se a folgar” (Ex 32.6),
substitutivo para o culto divino lograram apenas uma festa onde não havia
quaisquer limites morais. Foi necessária uma enérgica reprimenda de Moisés a
fim de que o povo voltasse a si (Ex 32.25-29).
Roguemos ao
Senhor que nos guarde dessas abominações, por que a santidade convém à Casa de
Deus.
II.
O CULTO
DIVINO NÃO ADMITE SUCEDÂNEOS
O culto divino,
em muitas igrejas, vem sendo substituído por espetáculos e show. Em vez da
simplicidade do cenáculo, a grandiosidade dos banquetes de Assuero. A
pirotecnia ofusca a glória daquele que se acha entronizado entre os querubins.
E o Cordeiro de Deus tem como sucedâneo o bezerro de ouro.
Púlpitos são
transformados em palcos; obreiros fazem-se animadores de auditórios; os santos
tornam-se meros espectadores e consumistas. Se algum pecador anseia por Deus, oferecem-lhe
um evangelho falsos, destituído das boas novas do calvário e sem poder para
salvar. Ao invés da mensagem do arrependimento, o que nos querem empurrar é um marketing
comprometido com os costumes do Egito e com aa cultura de Canaã. Deus, no
entanto, não mudou; de cada um de seus filhos está a exigir: “Ser-me-ei santos,
porque eu, o Senhor, sou santo e separarei-vos dos povos, para serdes meus” (Lv
20.26).
Quando João
apresentou o Senhor Jesus ao mundo, não buscou nenhum sucedâneo; foi direto e incisivo: “Eis o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Hoje, porém,
apresenta-se ao pecador o ouro do bezerro e se esquece do sangue do Cordeiro. É
por isso que as conversões são superficiais e sem profundidade. E se é
superficial e não tem profundidade não pode ser conversão. E sem conversão
ninguém poderá ver o Reino de Deus.
É hora de
restaurarmos o culto divino a fim de que o Cordeiro de Deus receba toda a
glória, toda honra e todo o louvor.
III.
AS
CARACETRÍSTICAS DO CULTO DIVINO
Neste tópico,
atentaremos as características do culto divino. E haveremos de constatar que,
quando servimos a Deus em espírito e em verdade, não carecemos de nenhum
sucedâneo.
1. O culto: A palavra culto é
originária do vocábulo latino culto, e significa adoração ou homenagem que se
presta ao Supremo Ser. O culto é o momento de adoração por excelência do povo
de Deus. Marca o encontro do pai Celeste com seus filhos.
2. Finalidade do culto: A principal
finalidade do culto é fortalecer e realçar a comunhão da alma com Deus. Serve
como preparação para a nossa vida na eternidade, e deve ser visto como o
prenúncio do serviço que, na Jerusalém Celeste, haveremos de prestar a Cristo.
Visa o verdadeiro
culto integrar todo o nosso ser num serviço incondicional ao Criador. Leva-nos
a separar-nos do mundo e a consagrar-nos inteiramente a Deus: “Rogo-vos, pois,
irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício
vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12.1).
3. Elementos do culto: A liturgia
da Igreja Primitiva, ao contrário do culto levítico, era simples e carismática.
Os dons espirituais faziam parte dos serviços, e ninguém estranhava quando
alguém manifestava-se noutras línguas, pois eram estas interpretadas,
exortando, consolando e edificando os fiéis, e descobrindo os corações aos
incrédulos. Todas as coisas, porém, eram feitas com decência e ordem (1 Co
14.40).
Em pelo menos
três ocasiões, o apóstolo refere-se aos elementos que compunham o culto da
Igreja Primitiva. Aos coríntios, deixa bem claro que os atos litúrgicos devem
ser usados para a edificação: “Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais,
cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem linguagem
interpretação. Faça-se tudo para edificação” (1 Co 14.26).
Já aos
colossenses, realça os cânticos na adoração cristã: “A palavra de Cristo de
Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e
admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais;
cantando ao Senhor com graça em vosso coração” (Cl 3.16).
E finalmente
aos efésios, mostra o apóstolo que o verdadeiro culto a Deus é um eficiente
meio da graça para enlevar a espiritualidade cristã: “E não vos embriagueis com
vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com
salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no
vosso coração, dando sempre graça por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso
Senhor Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus” (Ef
5.18-21). (manual da Harpa Cristã, CPAD).
CONCLUSÃO
Os primitivos
cristãos, como se vê, não precisavam de nenhum sucedâneo para o culto divino.
De maneira simples e singela, cultuavam a Cristo que através de seu Espírito,
fazia-se presente com poderosas manifestações. As reuniões da Igreja Primitiva
eram autenticamente pentecostais. Não precisavam de nenhum bezerro de ouro,
pois o Cordeiro estava sempre presente. Aliás nem o tal bezerro podiam fazer,
pois não possuíam ouro nem prata, mas ousadamente declaravam: “Em nome de Jesus
Cristo, O Nazareno, levanta-te e anda” (At 3.6). Não estamos aqui para exaltar
a pobreza, mas para afirmar que o evangelho de poder que a Igreja recebeu do Senhor
salva e liberta o mais vil pecador, e também transforma o crente de glória em
glória, no seu viver diário, à imagem de Cristo pelo Espírito Santo.
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 4º/2000
Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade
Consultor Doutrinário e Teológico: Antonio Gilberto
Tema Central: NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM – Quando a
idolatria ameaça a Igreja de Cristo
Páginas: 46 - 50
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