Texto Áureo: Salmo 68.6
Verdade Prática: Ainda que sejamos
abandonados por parentes, amigos ou irmãos, Deus jamais nos desamparará.
Leitura Bíblica: 2 Timóteo 4.9-18
Lição 12
INTRODUÇÃO
Hoje,
trataremos dos efeitos que o abandono ocasiona na vida dos servos de Deus. Não
é novidade para ninguém, que é justamente nos momentos de angústia e aflição,
que o ser humano sente-se esquecido por todos, inclusive pelos mais chegados.
Todavia, consola-nos saber que o Senhor nunca abandona os seus filhos. Ele não os
esquece. Aliás, o Pai Celeste conhece cada um de nós pelo nome. Quando o Senhor
subiu ao Céu, não nos deixou órfãos: enviou-nos o Espírito Santo, para
consolar-nos e guiar-nos em todas as coisas (Jo 14.16).
I.
O ABANDONO
FAMILIAR
1.
Na doença:
Ninguém está imune Às doenças, mesmo aqueles que professam servir a Deus (Gn
3.16-19). Por isso, quando enfermos, todos nós precisamos de ajuda e auxílio
especializados. Infelizmente, há famílias que, nesses momentos, não suportando
o estresse, acabam abandonando o doente à própria sorte, principalmente em se
tratando de casos crônicos. Os que agem desta maneira demonstram não possuir
ainda o genuíno amor cristão.
A
pessoa enferma necessita do apoio, do carinho e da dedicação dos seus
familiares, para vencer e suportar a enfermidade. Não podemos nos esquecer,
ainda, dos casais que se divorciam quando um dos cônjuges adoece. Deus não
aprova tal atitude (Mt 19.6).
2.
No vício:
Geralmente é na fase da adolescência que se conhece e se começa a consumir o
fumo e o álcool e até drogas ilícitas. Muitos entram no submundo das drogas por
carência afetiva, curiosidade ou para ser aceito por um determinado grupo
social. A pessoa viciada perde a noção do certo e, do errado e, para satisfazer
o vício, é capaz de roubar e até matar. Alguns cometem suicídio porque se
sentem sozinhos e abandonados por amigos e familiares. Lidar com viciados não é
tarefa fácil. Mas é nessa hora que a família precisa fazer-se presente e star
unida para ajuda-los a livrarem-se das drogas (1 Tm 5.8).
3.
Na melhor
idade: A terceira idade, também chamada de melhor idade, é composta por
aqueles que passaram dos sessentas ano. Em nossa sociedade, os idosos não são
prezados, e algumas famílias chegam até a desampara-los. Muitos são colocados
em casas de repouso, ou asilos, e lá permanecem sem assistência alguma. As
Escrituras relatam que os mais velhos devem ser respeitados e ouvidos pelos
mais novos (Js 23.1,2; Lm 5.12,14). O mandamento do Senhor de honrar o pai e a
mãe continua válido para os dias atuais (Ef 6.1-3).
II.
O ABANDONO
EM SITUAÇÕES DIFICEIS
1.
No
desemprego: No desemprego, a situação financeira complica-se e o padrão
de vida sofre drástica queda. Nesse momento é que conhecemos, de fato, nossos
verdadeiros amigos (Lc 15.11-32). Até os familiares desaparecem, pois temem
emprestar-nos dinheiro e ouvir-nos as lamúrias. O Senhor Deus, porém, não deixa
seus filhos ao desamparo. Ele envia-nos o recurso necessário (Sl 37.25).
2.
Da amizade:
Todos sonhamos ter uma amizade parecida com a de Davi e Jônatas e com a de Rute
e Noemi (1 Sm 18.1; Rt 1.8-18). Uma amizade desinteressada e verdadeiramente
cristã. No momento da dor, Noemi encontrou em Rute um forte esteio e Davi
descobriu em Jônatas um verdadeiro e leal protetor. Infelizmente, muitas
pessoas são abandonadas e traídas por aqueles que pareciam grandes amigos. Até
mesmo o apóstolo Paulo sentiu a dor do abandono: “Ninguém me assistiu na minha
primeira defesa; antes, todos me desampararam. Que isto lhes não seja
imputado?” (2 Tm 4.16). O senhor, porém, assistiu e fortaleceu o apóstolo. A
Palavra de Deus adverte-nos a não abandonar o amigo (Pv 27.10). Sejamos, pois
fiéis, leais e amorosos (Pv 17.17).
3.
Da Igreja:
A igreja é o local onde o abandonado e solitário deveria encontrar amigos e
irmãos (Mc 10.29-30). Infelizmente, há igrejas que se esquecem de seus membros
e congregados; não os visitam, não oram por eles e nem lhes tratam as feridas.
O Senhor Jesus, porém, interessa-se por cada uma de suas ovelhas em particular.
É
chegada a hora de olharmos com mais carinho por aqueles que necessitam de
nossos cuidados. Olhemos também pelos missionários que, muitas vezes
abandonados, experimentam privações de toda sorte. Somos um só corpo e, como
tal, devemos cuidar e zelar uns pelos outros, para que a Igreja de Cristo
desfrute perfeita saúde (1 Co 12.12).
III.
O DEUS QUE
NÃO ABANDONA
1.
Na angústia:
Elias muito se angustiou, por causa das perseguições que lhe movia Jezabel (1
Rs 18.40; 19.1-3) Temendo por sua vida, o profeta fugiu para o deserto e, ali
desejou profundamente a morte (1 Rs 19.4). Após caminhar quarenta dias e
quarenta noites até Horebe, escondeu-se numa caverna (1 Rs 19.8). Ele muito se
entristeceu porque achava ser o único crente em todo o Israel. O Senhor, porém,
animou-o, revelando-lhe que reservara sete mil servos fiéis, em todo aquele
reino, semelhantes a ele (1 Rs 19.14,18). Quantas pessoas não se sentem
exatamente assim? O Senhor nunca nos desampara. Nas horas de aflição, sempre
faz-se presente (Sl 50.15).
2.
O amigo:
Abraão foi chamado de amigo de Deus (Tg 2.23). Será que podemos ter o mesmo
privilegio? Jesus chamou seus discípulos de amigos, quando o esperado era que
os tratasse como servos (Jo 15.15). Ele é o amigo fiel; não nos abandona na
hora difícil. Na tempestade, livrou os discípulos do naufrágio iminente. Ele
multiplicou pães e peixes e ressuscitou seu amigo, Lázaro (Mc 4.35-41; Jo
6.1-15; 11.11). Aleluia!
Ao
morrer em nosso lugar, Jesus ofereceu a maior prova de amor e lealdade que um
amigo pode dar (Jo 15.13). Cristo, o amigo verdadeiro, morreu na cruz do
Calvário para que hoje tivéssemos direito à vida eterna. Para você ter esse
amigo fiel ao seu lado, basta aceita-lo como seu salvador pessoal.
3.
A sua Igreja:
Dias antes de sua morte. Jesus assegurou aos discípulos que não os deixaria
sozinhos, pois haveria de enviar-lhes o Consolador (Jo 14.26). Ele não abandona
a sua Igreja. A promessa foi cumprida no dia de Pentecostes, quando os
discípulos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas
(At 2). É o Espírito Santo que convence o homem do pecado, guiando-nos em todas
as coisas. O Senhor cumpriu a sua Palavra. Por isso, quando o sentimento de
abandono e solidão nos sobrevier, busquemos a Deus em oração e, assim,
sentiremos a doce e confortável presença do Espírito Santo.
CONCLUSÃO
Ainda
que a família e os amigos venham a abandonar-nos, Deus sempre nos acolherá. Ele
está ao nosso lado. O seu Espírito orienta-nos em todas as nossas provações.
Portanto, recorramos a Ele em nossas necessidades. Por outro lado, não nos
esqueçamos de socorrer os que se acham em lutas e tribulações. É o que nos
recomenda a lei do amor que nos entregou o Senhor Jesus. O seu mandamento é
claro: amai-vos uns aos outros
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 4º/2012
Comentarista: Esequias Soares
Tema Central: OS DOZE PROFETAS MENORES – Advertências e Consolações
para a Santificação da Igreja de Cristo
Páginas: 78 - 83
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