Texto Áureo: Ester 7.3
Verdade Prática: Deus honra a fé
daqueles que nele confiam
Leitura Bíblica: Ester
2.5-8,15-18
Lição 11
INTRODUÇÃO
Quantas vezes o povo escolhido, a raça judaica, já esteve ao ponto de ser
exterminada da face da terra? Há vários exemplos na história: no tempo de
Moisés, de Daniel, de Ciro, de Neemias, de Ester, etc.
No livro de Ester consta como Deus salvou o Seu povo do extermínio no tempo
do grande rei Xerxes (Assuero), usando uma jovem fiel e corajosa para cumprir o
Seu plano.
I.
O REI É
HUMILHADO PELA RAINHA
Assuero, famoso rei da Pérsia, fez uma pomposa festa em Susã, a capital do
seu império, durante seis meses. Convidou os nobres das cento e vinte províncias,
e os presenteou ricamente (Et 1.1-8).
1.
A humilhação
de Assuero: Para os últimos sete dias da festa. Assuero convidou todas
as pessoas da fortaleza de Susã. Quando a orgia havia alcançado o maior grau, o
rei, querendo impressionar ainda mais os convivas com a sua grandeza,
lembrou-se da sua linda esposa, a rainha Vasti. Sob a influência do vinho,
mandou que os seus camaristas chamassem a rainha para se apresentar diante dosa
convivas. Porém, contrariando a ordem do rei, a rainha recusou-se a comparecer
diante dele e da corte. Isto foi uma humilhação para o rei, e a punição pela
desobediência à sua ordem foi severa.
2.
O preço da
desobediência: Note-se como Vasti se comportou ao receber a ordem do
rei. Deu pouca importância à ordem de uma pessoa de mais alta dignidade do que
ela. Pode ser, também, que não tenha querido comparecer, porque desejava evitar
que seu marido se tornasse objeto de zombaria diante de todo o mundo, pois o
costume do povo considerava não ser decente para uma rainha persa apresentar-se
perante o povo em tal circunstância. Sua atitude foi um desafio, diante do
povo, ao chefe da nação. Assim sua culpa era grande. Por isto o rei a destituiu
do trono. Vasti deixou de ser a rainha dos persas, o trono estava vago.
II.
O REI
PROCURA OUTRA MULHER PARA SER RAINHA
Vasti não quebrara qualquer estatuto escrito. Mas o rei, irritado, procurou
um meio de castiga-la. Os sábios que estavam ao lado do rei, aconselharam-no a
decretar que Vasti não entrasse mais na sua presença. Note-se: Vasti por causa
da sua desobediência ficou para todo o sempre banida da presença de seu marido.
Observe como Deus, para cumprir o Seu plano acerca dos judeus, dominava o curso
dos eventos, enquanto Assuero procurava outra rainha.
1.
O rei escolhe
uma moça judia: Por certo a órfã Ester, no tempo em que se criava no
lar do seu tio, Mardoqueu, jamais sonhou em chegar a ser uma rainha, menos
ainda de um país onde era estrangeira. O ambiente em que se criou era humilde
demais para que tal coisa acontecesse. Porém durante todo esse tempo Deus
estava preparando Ester para uma tarefa certa. Ao chegar o tempo próprio, ela
estava preparada na alma, na mente e no corpo.
Não parecia haver grande futuro para Ester. Contudo, a Deus todas as coisas
são possíveis. Sem dúvida a formosura da moça aumentou pelo brilho interior da
alegria de tão elevado acontecimento. Era donzela conceituada entre todos por
seu espírito gentil e bondoso. Era crente fiel ao Senhor seu Deus, por isso,
entre tantas jovens, ela foi a escolhida pelo rei Assuero para ser a nova
rainha da Pérsia. Jovem, vale a pena ser fiel a Jesus.
2.
A coroação de
Ester: Por fim chegou a vez de Ester comparecer diante do rei. Nada lhe
faltava. O rei colocou sua coroa sobre a cabeça da moça; assim a menina judaica
se tornou a rainha Ester. Tal honra não era demais para ela; nunca se deixou
levar pelo orgulho. Ester reconhecia que ocupava tal lugar porque Deus a
escolhera, certamente, para em algum tempo servir ao seu povo.
III.
A ARROGÂNCIA
DE HAMÃ
Havia paz em todo o reino de Assuero. O rei estava feliz com a nova rainha,
Ester. Porém, Hamã, que havia sido escolhido pelo rei como príncipe sobre todos
os demais, e diante dele todos se prostravam, não se agradou de Mardoqueu, tio
de Ester, pois este não se prostrava diante dele, pois era fiel ao mandamento
divino de somente se prostrar diante de Deus. Por esta razão, Hamã intentou
matar a Mardoqueu e exterminar o povo judeu.
1.
A causa do
ódio de Hamã a Mardoqueu: Mardoqueu era fiel ao rei Assuero e obedecia
os seus decretos, mas sendo judeu recusou-se a prostrar-se aos pés de Hamã.
Este, arrogante, ficou furioso, porque Mardoqueu não se inclinava diante dele,
pois era judeu. Assim, jurou castigar não somente a Mardoqueu, mas, também, a
exterminar todo o povo judeu, nas províncias da Pérsia. Neste intento, foi ao
rei solicitar um decreto que autorizasse o extermínio de todos os judeus nas
províncias da Pérsia, sob a acusação de desobediência aos decretos do rei (Et
3.8-13). Na verdade, Hamã estava agindo sob a inspiração de Satanás, o
verdadeiro inimigo do povo de Deus.
2.
A angustia
dos judeus e a ação de Mardoqueu: Deus não desampara o seu povo nunca.
Nas maiores lutas, nas mais densas trevas da angústia, a potente mão de Deus
está agindo em favor do seu povo. Ao saberem do decreto real que os condenava a
morte, os judeus se angustiaram (Et 4.3). Ester sofria ao ver o iminente
cumprimento do decreto real, urdido por Hamã e inspirado por Satanás, mas,
apesar de ser a rainha, não podia comparecer diante do rei sem ser chamada; e
este já não a chamava à sua presença há trinta dias (Et 4.4-11). A situação era
gravíssima, porém, Deus despertou em Mardoqueu o espírito de ânimo e sabedoria,
e este instou com a rainha, fazendo-a perceber que também, sendo judia, não escaparia
da morte. No entanto, não teria sido exatamente para esta circunstância que
Deus induzira o rei a escolhê-la como rainha (Et 4.14)? Certamente. Deus sempre
escolhe a pessoa certa para estar no lugar certo, no momento oportuno. Aleluia.
Neste caso, foi uma jovem fiel e corajosa a quem Ele escolheu para salvar o Seu
povo do extermínio. Jovens, procurai sempre estar no plano de Deus, para que no
momento oportuno Ele vos possa usar.
3.
O jejum e a
coragem de Ester: A reação de Ester às palavras de Mardoqueu, foi
altamente positiva. Ela não ficou a lamentar a situação difícil em que se
encontrava, não entrou em desespero, mas confiou em Deus. É assim que deve ser.
Devemos confiar em Deus, ainda quando tudo pareça perdido.
Ester tomou a decisão de jejuar ela e suas servas e pedir a todos os judeus
que fizessem o mesmo durante três dias, ao cabo dos quais ela iria à presença
do rei com ou sem o consentimento real. Era preciso muita fé e coragem para
fazer o que ela fez, pois se o monarca não a quisesse receber em audiência,
ela, conforme as leis dos persas, naqueles dias, morreria. Contudo, Deus estava
com a sua serva fiel, e tornou o coração de Assuero favorável à Ester, e ele a
recebeu com grande bondade e em tudo a atendeu (Et 5.1-5). O jejum feito com fé
e humildade, aliado à coragem agrada a Deus e o crente recebe a resposta.
Aleluia.
IV.
O CASTIGO DE
DEUS SOBRE HAMÃ
Deus abomina o arrogante e exalta o humilde. Foi o que aconteceu com o
arrogante Hamã, que pretendo humilhar a Mardoqueu e exterminar o povo judeu,
viu-se preso em suas próprias tramas. Aconselhado por sua mulher, Zéres, e
pelos seus amigos, Hamã mandou construir uma forca para enforcar a Mardoqueu.
1.
Mardoqueu é
honrado e Hamã e humilhado: As coisas não saíram para Hamã conforme ele
esperava, pois a Escrituras diz que o ímpio cava uma cova e ele mesmo cai nela
(Sl 7.12-16; Pv 26.27). O capítulo seis narra como o rei recompensou a
Mardoqueu pelos seus serviços prestados a ele, que serviram para salvá-lo da
morte pelas mãos dos seus inimigos. Mardoqueu havia denunciado um plano para
assassinar o rei e este feito ficou registrado nas crônicas do império. Sabendo
deste fato, o rei resolveu honrar ao homem que o livrara da morte por traição,
e determinou que fossem prestadas honras principescas a Mardoqueu. O próprio
Hamã sugeriu ao rei o que se deveria fazer ao homenageado.
Assim, Assuero determinou que ele Hamã honrasse a Mardoqueu conduzindo-o
pelas ruas, montado em um cavalo do próprio rei. Era esta a mais alta honraria
que um súdito poderia receber do seu soberano, e Mardoqueu a recebeu. Com isso
o arrogante Hamã teve de humilhar-se perante àquele que pretendia humilhar. É
assim que Deus faz, abate o soberbo e exalta o humilde (Ez 21.26; Tg 4.6).
2.
Hamã é
enforcado: Depois da pública humilhação que passara, tendo que honrar a
quem intentou humilhar, Hamã foi compelido a comparecer ao banquete oferecido
pela rainha Ester, que pretendia denuncia-lo ao rei pelas suas maldosas tramas.
E, assim, aconteceu. Achamos graça aos olhos do rei, estando Hamã entre os convivas,
a rainha Ester denunciou todo o perverso plano para exterminar o seu povo.
Assuero quis saber quem planejara tal perversidade e Ester respondeu: “O homem,
o opressor, e o inimigo é este mau Hamã” (Et 7.6). Apanhado em suas próprias
tramas, o perverso inimigo dos judeus perturbou-se e buscou o socorro em Ester,
mas, sendo mal compreendido pelo rei em suas atitudes diante da rainha, não
teve como escapar ao justo castigo. O rei mandou que Hamã fosse enforcado na
forca que ele próprio, Hamã, havia preparado para enforcar a Mardoqueu (Et
7.7-100. Após estes fatos, o rei proclamou um edito em favor dos judeus e estes
foram salvos do extermínio (Et 8; 9; 10). Sejamos fiéis como Ester e Mardoqueu,
e Deus nos exaltará. Amém.
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e
Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 3º/ 1991
Comentarista: Adilson Farias Soares
Tema Central: Personagens do Antigo Testamento
Páginas: 38 - 41
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