quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

ESTER UMA JOVEM FORMOSA


Texto Áureo: Ester 7.3
Verdade Prática: Deus honra a fé daqueles que nele confiam
Leitura Bíblica: Ester 2.5-8,15-18

Lição 11


INTRODUÇÃO

Quantas vezes o povo escolhido, a raça judaica, já esteve ao ponto de ser exterminada da face da terra? Há vários exemplos na história: no tempo de Moisés, de Daniel, de Ciro, de Neemias, de Ester, etc.
No livro de Ester consta como Deus salvou o Seu povo do extermínio no tempo do grande rei Xerxes (Assuero), usando uma jovem fiel e corajosa para cumprir o Seu plano.

I.                   O REI É HUMILHADO PELA RAINHA

Assuero, famoso rei da Pérsia, fez uma pomposa festa em Susã, a capital do seu império, durante seis meses. Convidou os nobres das cento e vinte províncias, e os presenteou ricamente (Et 1.1-8).
1.      A humilhação de Assuero: Para os últimos sete dias da festa. Assuero convidou todas as pessoas da fortaleza de Susã. Quando a orgia havia alcançado o maior grau, o rei, querendo impressionar ainda mais os convivas com a sua grandeza, lembrou-se da sua linda esposa, a rainha Vasti. Sob a influência do vinho, mandou que os seus camaristas chamassem a rainha para se apresentar diante dosa convivas. Porém, contrariando a ordem do rei, a rainha recusou-se a comparecer diante dele e da corte. Isto foi uma humilhação para o rei, e a punição pela desobediência à sua ordem foi severa.
2.      O preço da desobediência: Note-se como Vasti se comportou ao receber a ordem do rei. Deu pouca importância à ordem de uma pessoa de mais alta dignidade do que ela. Pode ser, também, que não tenha querido comparecer, porque desejava evitar que seu marido se tornasse objeto de zombaria diante de todo o mundo, pois o costume do povo considerava não ser decente para uma rainha persa apresentar-se perante o povo em tal circunstância. Sua atitude foi um desafio, diante do povo, ao chefe da nação. Assim sua culpa era grande. Por isto o rei a destituiu do trono. Vasti deixou de ser a rainha dos persas, o trono estava vago.

II.                O REI PROCURA OUTRA MULHER PARA SER RAINHA

Vasti não quebrara qualquer estatuto escrito. Mas o rei, irritado, procurou um meio de castiga-la. Os sábios que estavam ao lado do rei, aconselharam-no a decretar que Vasti não entrasse mais na sua presença. Note-se: Vasti por causa da sua desobediência ficou para todo o sempre banida da presença de seu marido. Observe como Deus, para cumprir o Seu plano acerca dos judeus, dominava o curso dos eventos, enquanto Assuero procurava outra rainha.
1.      O rei escolhe uma moça judia: Por certo a órfã Ester, no tempo em que se criava no lar do seu tio, Mardoqueu, jamais sonhou em chegar a ser uma rainha, menos ainda de um país onde era estrangeira. O ambiente em que se criou era humilde demais para que tal coisa acontecesse. Porém durante todo esse tempo Deus estava preparando Ester para uma tarefa certa. Ao chegar o tempo próprio, ela estava preparada na alma, na mente e no corpo.
Não parecia haver grande futuro para Ester. Contudo, a Deus todas as coisas são possíveis. Sem dúvida a formosura da moça aumentou pelo brilho interior da alegria de tão elevado acontecimento. Era donzela conceituada entre todos por seu espírito gentil e bondoso. Era crente fiel ao Senhor seu Deus, por isso, entre tantas jovens, ela foi a escolhida pelo rei Assuero para ser a nova rainha da Pérsia. Jovem, vale a pena ser fiel a Jesus.
2.      A coroação de Ester: Por fim chegou a vez de Ester comparecer diante do rei. Nada lhe faltava. O rei colocou sua coroa sobre a cabeça da moça; assim a menina judaica se tornou a rainha Ester. Tal honra não era demais para ela; nunca se deixou levar pelo orgulho. Ester reconhecia que ocupava tal lugar porque Deus a escolhera, certamente, para em algum tempo servir ao seu povo.

III.             A ARROGÂNCIA DE HAMÃ

Havia paz em todo o reino de Assuero. O rei estava feliz com a nova rainha, Ester. Porém, Hamã, que havia sido escolhido pelo rei como príncipe sobre todos os demais, e diante dele todos se prostravam, não se agradou de Mardoqueu, tio de Ester, pois este não se prostrava diante dele, pois era fiel ao mandamento divino de somente se prostrar diante de Deus. Por esta razão, Hamã intentou matar a Mardoqueu e exterminar o povo judeu.
1.      A causa do ódio de Hamã a Mardoqueu: Mardoqueu era fiel ao rei Assuero e obedecia os seus decretos, mas sendo judeu recusou-se a prostrar-se aos pés de Hamã. Este, arrogante, ficou furioso, porque Mardoqueu não se inclinava diante dele, pois era judeu. Assim, jurou castigar não somente a Mardoqueu, mas, também, a exterminar todo o povo judeu, nas províncias da Pérsia. Neste intento, foi ao rei solicitar um decreto que autorizasse o extermínio de todos os judeus nas províncias da Pérsia, sob a acusação de desobediência aos decretos do rei (Et 3.8-13). Na verdade, Hamã estava agindo sob a inspiração de Satanás, o verdadeiro inimigo do povo de Deus.
2.      A angustia dos judeus e a ação de Mardoqueu: Deus não desampara o seu povo nunca. Nas maiores lutas, nas mais densas trevas da angústia, a potente mão de Deus está agindo em favor do seu povo. Ao saberem do decreto real que os condenava a morte, os judeus se angustiaram (Et 4.3). Ester sofria ao ver o iminente cumprimento do decreto real, urdido por Hamã e inspirado por Satanás, mas, apesar de ser a rainha, não podia comparecer diante do rei sem ser chamada; e este já não a chamava à sua presença há trinta dias (Et 4.4-11). A situação era gravíssima, porém, Deus despertou em Mardoqueu o espírito de ânimo e sabedoria, e este instou com a rainha, fazendo-a perceber que também, sendo judia, não escaparia da morte. No entanto, não teria sido exatamente para esta circunstância que Deus induzira o rei a escolhê-la como rainha (Et 4.14)? Certamente. Deus sempre escolhe a pessoa certa para estar no lugar certo, no momento oportuno. Aleluia. Neste caso, foi uma jovem fiel e corajosa a quem Ele escolheu para salvar o Seu povo do extermínio. Jovens, procurai sempre estar no plano de Deus, para que no momento oportuno Ele vos possa usar.
3.      O jejum e a coragem de Ester: A reação de Ester às palavras de Mardoqueu, foi altamente positiva. Ela não ficou a lamentar a situação difícil em que se encontrava, não entrou em desespero, mas confiou em Deus. É assim que deve ser. Devemos confiar em Deus, ainda quando tudo pareça perdido.
Ester tomou a decisão de jejuar ela e suas servas e pedir a todos os judeus que fizessem o mesmo durante três dias, ao cabo dos quais ela iria à presença do rei com ou sem o consentimento real. Era preciso muita fé e coragem para fazer o que ela fez, pois se o monarca não a quisesse receber em audiência, ela, conforme as leis dos persas, naqueles dias, morreria. Contudo, Deus estava com a sua serva fiel, e tornou o coração de Assuero favorável à Ester, e ele a recebeu com grande bondade e em tudo a atendeu (Et 5.1-5). O jejum feito com fé e humildade, aliado à coragem agrada a Deus e o crente recebe a resposta. Aleluia.

IV.             O CASTIGO DE DEUS SOBRE HAMÃ

Deus abomina o arrogante e exalta o humilde. Foi o que aconteceu com o arrogante Hamã, que pretendo humilhar a Mardoqueu e exterminar o povo judeu, viu-se preso em suas próprias tramas. Aconselhado por sua mulher, Zéres, e pelos seus amigos, Hamã mandou construir uma forca para enforcar a Mardoqueu.
1.      Mardoqueu é honrado e Hamã e humilhado: As coisas não saíram para Hamã conforme ele esperava, pois a Escrituras diz que o ímpio cava uma cova e ele mesmo cai nela (Sl 7.12-16; Pv 26.27). O capítulo seis narra como o rei recompensou a Mardoqueu pelos seus serviços prestados a ele, que serviram para salvá-lo da morte pelas mãos dos seus inimigos. Mardoqueu havia denunciado um plano para assassinar o rei e este feito ficou registrado nas crônicas do império. Sabendo deste fato, o rei resolveu honrar ao homem que o livrara da morte por traição, e determinou que fossem prestadas honras principescas a Mardoqueu. O próprio Hamã sugeriu ao rei o que se deveria fazer ao homenageado.
Assim, Assuero determinou que ele Hamã honrasse a Mardoqueu conduzindo-o pelas ruas, montado em um cavalo do próprio rei. Era esta a mais alta honraria que um súdito poderia receber do seu soberano, e Mardoqueu a recebeu. Com isso o arrogante Hamã teve de humilhar-se perante àquele que pretendia humilhar. É assim que Deus faz, abate o soberbo e exalta o humilde (Ez 21.26; Tg 4.6).
2.      Hamã é enforcado: Depois da pública humilhação que passara, tendo que honrar a quem intentou humilhar, Hamã foi compelido a comparecer ao banquete oferecido pela rainha Ester, que pretendia denuncia-lo ao rei pelas suas maldosas tramas. E, assim, aconteceu. Achamos graça aos olhos do rei, estando Hamã entre os convivas, a rainha Ester denunciou todo o perverso plano para exterminar o seu povo. Assuero quis saber quem planejara tal perversidade e Ester respondeu: “O homem, o opressor, e o inimigo é este mau Hamã” (Et 7.6). Apanhado em suas próprias tramas, o perverso inimigo dos judeus perturbou-se e buscou o socorro em Ester, mas, sendo mal compreendido pelo rei em suas atitudes diante da rainha, não teve como escapar ao justo castigo. O rei mandou que Hamã fosse enforcado na forca que ele próprio, Hamã, havia preparado para enforcar a Mardoqueu (Et 7.7-100. Após estes fatos, o rei proclamou um edito em favor dos judeus e estes foram salvos do extermínio (Et 8; 9; 10). Sejamos fiéis como Ester e Mardoqueu, e Deus nos exaltará. Amém.


Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 3º/ 1991
Comentarista: Adilson Farias Soares
Tema Central: Personagens do Antigo Testamento
Páginas: 38 - 41

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