Adoração
Intimidade
com Deus
A
melhor coisa que o ser humano pode experimentar, é quando ele faz o que dá o
maior prazer à Deus.
Quem é o adorador mais devoto de Deus ?
Quem tem o maior prazer em exaltar o Todo-Poderoso ? Deus mesmo.
Esta ideia nasceu em mim, recentemente,
quando lí o livro "Unity of the Bible" de Daniel Fuller. Eu não havia
notado esta ideia na Bíblia. Deus, de fato, louva a sí mesmo. Em defesa da
justiça de um inferno eterno, o Dr. Fuller declara: "A justiça de Deus consiste
em sua plenitude de seu louvor, ou glória. Assim como é com Deus, também com as
pessoas: [ alguem serve o que ele adora,
comentário meu, JW], portanto, cada ação servirá de base, a longo prazo,
para sustentar esta glória de sua deidade" (Pagina 188).
O que o Dr. Fuller escreveu, mexeu
comigo, e me trouxe um novo entendimento sobre a importancia do louvor. Eu
sempre tive o conhecimento da importancia do louvor. Eu tinha a compreensão que
o desejo de Deus sempre foi que as pessoas o adorassem. Passagens bíblicas como
Exodo 34:14 ("porque não adorarás outro Deus: pois o nome do Senhor é
Zeloso; sim, Deus zeloso é ele) deixa claro o que Deus quer. Mas eu sempre ví
este texto, do ponto de vista de guerra espiritual. Satanas quiz o louvor que
pertencia a Deus, e ele sempre desviou a atenção das pessoas para os vários
substitutos que ele oferece para a humanidade. Sejam falsas religiões,
filosofias, ou riqueza material, o efeito é sempre o mesmo: o homem está
adorando outra coisa além de Deus.
Mas nunca me ocorreu que Deus ama tanto
o que ele é – fidelidade, justiça, etc. – que ele louva a sí mesmo. Alem do
mais, Deus quer que estes atributos sejam de grande valor para seu povo, de tal
maneira que eles possam louvar a Deus, também, pelo que ele é.
Nós, da Vineyard, desde nosso começo,
fizemos do louvor, nossa mais alta prioridade, acreditando que é do desejo de
Deus, que nos tornemos, primeiro, seus adoradores. Portanto, sempre voltamos a
esta prioridade.
Provavelmente a lição mais relevante,
que aprendemos no começo da Vineyard, é que o louvor é um ato de dar livremente
nosso amor a Deus. De fato, no Salmo 18:1 nós lemos: "Eu te amo, ó Senhor,
força minha". Louvor também é uma expressão de contemplação, submissão e
respeito à Deus.
Vinde cantemos ao Senhor, com júbilo;
celebremos o Rochedo da nossa salvação. Saiamos ao seu encontro, com ações de
graça, vitoriemo-lo com salmos. (Salmos 95:1-2)
Cantai ao Senhor um cantico novo,
cantai ao Senhor, todas as terras. Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome;
proclamai a sua salvação, dia após dia. Anunciai entre as nações a sua glória,
entre todos os povos as suas maravilhas. (Salmos 96:1-3)
O desejo do nosso coração, deve ser o
de louvar a Deus. Pois foi com este propósito que Deus nos fez. Se não
louvarmos a Deus, certamente, adoraremos alguem ou outras coisas.
Mas como devemos louvar a Deus ? O
Velho Testamento descreve várias maneiras:
Adoração:
Louvando a Deus simplesmente pelo que
ele é – Senhor do universo.
Ações
de graças:
Dando graças a Deus pelo que ele tem
feito, especialmente pela sua obra de criação e salvação.
Confissão:
O reconhecimento do pecado e culpa, e a
subsequente confissão dos mesmos a um Deus santo e justo.
Louvor involve não somente nossos
pensamentos e nosso intelecto, mas nosso corpo. Em toda a Biblia nós vemos
diversas formas de louvor, como expressão, através de orações, canções, tocando
instrumentos musicais, danças, se ajoelhando, se curvando, levantando as mãos e
assim por diante.
Em João 4:23-24, nós temos texto chave
para entender louvor, quando Jesus disse: "Mas vem a hora, e já chegou,
quando os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade;
porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e
importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade".
Jesus estava dizendo que o louvor tem
que corresponder com a natureza de Deus, que é espírito, e que precisa se
basear na verdade, que é encontrada em Cristo. No Novo Testamento, nós
encontramos vários elementos importantes sobre o louvor, que não vemos no Velho
Testamento. Primeiro e mais importante, é que adoramos o Pai, através do Filho,
Jesus Cristo. Nosso louvor é centralizado em Cristo. Nossas canções são
centralizadas em Cristo: sobre ele e para ele. Segundo, Jesus nos instruiu para
lembra-lo e louva-lo através da Santa Ceia. Terceiro, o Espírito Santo é que
dirige nosso louvor (I Co 14), falando conosco através de profecias, linguas e
interpretação (Veja Atos 13 e 14).
Etapas
no coração
Além de entendermos porque e como
louvar a Deus, também ajuda entendermos o que acontece quando louvamos a Deus.
Na Vineyard, nós vemos cinco etapas básicas de louvor, fases estas, que os
líderes tentam conduzir a congregação. Compreendendo que estas etapas contribui
muito com nossa experiencia com Deus. Na medida em que passamos por cada etapa,
nossa direção é uma só: adquirir intimidade com Deus. Eu defino intimidade como
o ato de revelarmos nossa a profundidade da natureza para alguem (neste caso,
para Deus), e este ato é marcado pela presença, contato e proximidade.
(Explicarei estas etapas e como elas se aplicam no louvor
corporativo/congregacional bem como suas aplicações no louvor privado).
Chamada à adoração
A primeira etapa é a chamada à
adoração, cuja mensagem é dirigida ao povo de Deus ou a Deus. É um convite.
Isto acontece com canções cujo tema sejam o convite para chegar na presença de
Deus, ou canções de júbilo e proclamação.
O objetivo nesta chamada esta na ação:
"Vamos agora, vamos adora-lo". A seleção de musicas nesta fase é
muito importante, pois estabelece o tom para a união e direcionamento do louvor
da congregação, para Deus.
Devemos fazer isto no começo de uma
conferencia, quando tem muita gente nova, e quase ninguem conhece as músicas ?
ou devemos deixar pro final, quando todos estão acostumados ? Se for um dia de
Domingo, e for tempo do louvor, será que a igreja praticou as obras do Senhor
durante toda a semana ? ou será que a igreja "terminou" junto o culto
passado ? Se a igreja estiver indo bem, o louvor de Domingo, deve ser sua
expressão máxima. A chamada para o louvor deve conter todas estas ideias.
Tomara que cada membro da congregação esteja consciente desses fatores, e que
esteja orando para que o tom apropriado possa ser estabelecido durante a
chamada para a adoração.
Engajamento
A segunda etapa é o engajamento, a maravilhosa dinamica de conectar-se com Deus e uns com os outros. Expressões de amor, adoração, louvor, júbilo, intercessão e petição – todas as dinamicas de oração que estão interligadas com o louvor – brotam do coração neste momento. Nesta etapa de engajamento, nós louvamos a Deus pelo que ele é através da música, bem como através da oração.
A segunda etapa é o engajamento, a maravilhosa dinamica de conectar-se com Deus e uns com os outros. Expressões de amor, adoração, louvor, júbilo, intercessão e petição – todas as dinamicas de oração que estão interligadas com o louvor – brotam do coração neste momento. Nesta etapa de engajamento, nós louvamos a Deus pelo que ele é através da música, bem como através da oração.
Durante o periodo de louvor, lágrimas fluirão na medida em que
confrontamos nossa disarmonia em relação a harmonia de Deus; nossas limitações
em relação as infinitas possibilidades de Deus.
É claro que como individuos, podemos
ter estes momentos à sós. Mas quando a igreja se ajunta, Deus multiplica e
magnifica sua presença manifesta.
Expressando o amor de Deus
Na medida em que movemos mais e mais
nesta fase de engajamento, nos movemos numa linguagem de amor e intimidade. A
presença de Deus nos estimula nossos corações e nossas mentes, tendo como
resultado, a expressão natural, através do louvor, de nossa gratidão pelo que ele
é e pelo que ele tem feito, e como ele tem feito, como ele tem movido através
da historia bem como pelos seus atributos e seu caráter. O júbilo acontece
quando no nosso coração desejamos exaltar a Deus. O coração e o centro da
adoração é estarmos em união com o Criador e com a igreja universal e
histórica, que é seu corpo. Lembre-se que louvor nunca para. E é um ato
contínuo nos céus, e quando louvamos, nos ajuntamos com o que já está
acontecendo: a comunhão dos santos. Louvor "é a coisa pra se fazer" nos
céus. É isto que vamos fazer quando chegarmos lá, portanto é bom começarmos
agora.
Sempre, esta intimidade nos leva a
meditar, mesmo durante o louvor, sobre nosso relacionamento com o Senhor. As
vezes lembramos de votos e alianças que fizemos com Deus. Deus pode trazer à
tona, disarmonias ou fracassos em nossas vidas, logo, envolvendo confissão de
pecados. Lágrimas começarão a rolar na medida em que contrastamos nossa
desarmonia com a harmonia de Deus, nossas limitações com suas infinitas e
ilimitadas possibilidades.
Expressão
Esta fase, na qual fomos despertados à sua presença, chamamos de expressão.Expressões físicas e emocionais durante o louvor, podem resultar em danças e movimentos corporais. Esta é uma resposta apropriada da igreja para com Deus, se ela estiver no topo da onda. Mas tentar estimular a dança artificialmente não é apropriado. O verdadeiro ponto focal do júbilo está no Senhor, e não na dança em si mesma.
Esta fase, na qual fomos despertados à sua presença, chamamos de expressão.Expressões físicas e emocionais durante o louvor, podem resultar em danças e movimentos corporais. Esta é uma resposta apropriada da igreja para com Deus, se ela estiver no topo da onda. Mas tentar estimular a dança artificialmente não é apropriado. O verdadeiro ponto focal do júbilo está no Senhor, e não na dança em si mesma.
Tenho em visto em várias congregações,
quando as pessoas tentam criar um clima de júbilo, sem as obras do Senhor,
especialmente sem as obras de salvação e restauração. Inevitalvelmente fica
aquem do verdadeiro jubilo, pois as obras de Deus levam a um verdadeiro júbilo.
No primeiro, a expressão de louvor é fabricada enquanto a outra é genuina. Se
não exaltarmos à Deus com nossas vidas, júbilo se torna um falso exercicio
durante o louvor corporativo.
Esta expressão então, atinge um ponto
climático bem elevado, algo como um ato de amor (Salomão usa a mesma analogia
em Cantares). Nos expressamos o que está em nossos corações, mentes e corpo, e
agora esperamos para Deus responder. Paramos de falar, e esperamos que ele
mova, que ele fale. Eu chamo isto da quarta fase, visitação: quando Deus todo-poderoso visita seu povo.
Visitação
Esta visitação é um sub-produto do louvor. Nós não o louvamos para ganhar sua presença. Ele é digno de louvor ainda que nos visite ou não. Mas Deus "habita no meio dos louvores de seu povo". Portanto sempre devemos vir preparados para encontrar a Deus, quando o louvamos.
Esta visitação é um sub-produto do louvor. Nós não o louvamos para ganhar sua presença. Ele é digno de louvor ainda que nos visite ou não. Mas Deus "habita no meio dos louvores de seu povo". Portanto sempre devemos vir preparados para encontrar a Deus, quando o louvamos.
A igreja precisa acordar para o fato de
que o Deus do universo nos visitará se o louvarmos em espírito e em verdade.
Muitas vezes quando os cristãos se reunem, eles não estão esperando Deus fazer
muito. Mas Deus é como o noivo, na porta, a espera da noiva. Muitas vezes, como
a noiva, nós esquecemos a razão porque estamos alí, pois estamos espalhados em
nossas preocupações e cuidados.
Nós devemos esperar que o Espírito de
Deus trabalhe no nosso meio. Ele move através de diferente maneiras – as vezes
através de salvação, as vezes trazendo libertação, santificação ou cura. Deus
também visita seu povo através dos dons proféticos. Sempre, o profeta genuino é
muito tímido para falar. O Senhor necessita nos aprofundar nos dons de
profecia. Ele também nos visita através da leitura inspirada das Escrituras,
que traz consigo, uma compreensão profética para aquele momento específico.
Exortação, que é uma palavra de encorajamento, pode vir desta maneira. Nós
precisamos aprender a esperar no Senhor, e permitir que Ele fale.
Generosidade
A quinta fase do louvor é o dar com substancia. A igreja conhece tão pouco sobre dar, e mesmo assim, somos encorajados pela Bíblia, a darmos para Deus. Quão patético ver pessoas que estão se preparando para o ministério, que não sabem nada sobre como dar. Será que um atleta, entraria numa corrida, sem saber como correr ? Se ainda não aprendemos sobre como dar dinheiro, ainda não aprendemos nada sobre o que é vida cristã. Ministério é uma vida de dar. Nós damos toda nossa vida; Deus deveria ter propriedade de tudo que é nosso. Lembre-se que quando damos tudo a Deus, não só permitimos que ele esteja em controle de nossos bens, para multiplicar e abençoar a outros, como também para sermos participantes em seus empreendimentos.
A quinta fase do louvor é o dar com substancia. A igreja conhece tão pouco sobre dar, e mesmo assim, somos encorajados pela Bíblia, a darmos para Deus. Quão patético ver pessoas que estão se preparando para o ministério, que não sabem nada sobre como dar. Será que um atleta, entraria numa corrida, sem saber como correr ? Se ainda não aprendemos sobre como dar dinheiro, ainda não aprendemos nada sobre o que é vida cristã. Ministério é uma vida de dar. Nós damos toda nossa vida; Deus deveria ter propriedade de tudo que é nosso. Lembre-se que quando damos tudo a Deus, não só permitimos que ele esteja em controle de nossos bens, para multiplicar e abençoar a outros, como também para sermos participantes em seus empreendimentos.
Normalmente o chamado de Deus para mim
poder dar, vem quando não estou preparado, ou quando não tenho o que ele, a
princípio, está pedindo. Seja dinheiro, amor, hospitalidade, ou informação. Mas
também, sempre que Deus quer dar através de nós, primeiro, ele tem que dar a
nós. Nós somos os primeiros a participarem das colheitas Mas não somos
convidados a comer as sementes que ceifamos, e sim, plantá-la e distribui-la
para outros.
A premissa é que independente do que
somos, sempre seremos multiplicados, seja para o bem ou para o mal. O que
tivermos em nossos troncos, determinará que tipo de fruta teremos. Portanto, a
dádiva com substancia em louvor, é um reflexo da chamada, do engajamento, da
expressão, da resposta e a visitação de Deus, e a consequente resposta do
povo, de volta à Deus.
Na medida em que experimentamos estas
fases durante o louvor, experimentamos antes de mais nada, intimidade com Deus,
que é o que existe de mais sublime que tanto o homem ou a mulher possa conhecer
ou experimentar. John Piper escreve que "Deus é muito mais gloricado em
nós, quando estamos satisfeitos nele… Nós teremos satisfação nele, quando
soubermos porque Deus tem prazer nele mesmo" ( Os Prazeres de Deus,
Multnomah, p. 9).
Conclusão
Louvor envolve tudo na vida Cristã (Rom
12:1). Não está limitado a exercícios de espiritualidade ou de meditações, ou à
cultos formais de louvor, oração, etc. Nós, que acreditamos no Senhor, fomos
chamados para louvar através de cada expressão da nossa vida, vivendo cada
momento, sabendo que estamos vivendo na presença e diante de nosso Deus. Nós
devemos fazer tudo com um reconhecimento vital de que estamos adorando Deus !
Este artigo foi escrito por
John Wimber e publicado na revista "Equipping the Saints" volume 7,
No. 3/ Verão de 1993.
Tradução e ilustração de
Miguel Hadj
Este artigo é uma tradução
autorizada, em Português, e reconhecida, pelo Vineyard International
Consortium. Toda e qualquer reprodução é proibida.
Este artigo é para uso
pessoal, e pode ser compartilhado em grupos pequenos, desde que esta fonte seja
referenciada como consta no original desta página.
É expressamente proibido o
uso em apresentações, shows, rádio ou televisão, ou outro tipo de mídia,
eletronica ou não, ou em qualquer outras atividades senão as acima
mencionadas.
Caso voce tenha alguma
dúvida quanto ao uso autorizado deste artigo, entre em contato conosco
O QUE A
ADORAÇÃO PRODUZ EM NÓS
O ato de adoração deve ser a prioridade
mais alta para todo homem e mulher. É o pre-requisito para nosso serviço para
Deus, bem como para nosso relacionamento com Ele, para as outras pessoas e para
nós mesmos.
Neste artigo, gostaria de enfatizar a
importancia de viver uma vida com o foco na adoração de Deus, e ao mesmo tempo,
tentar pintar um quadro de como a adoração muda nossa vida, e o que esta
mudança produz.
Existe uma diferença entre aqueles que
são capturados pelo amor à Deus e aqueles que "não estão cuidando do
jardim de adoração".Eu mesmo, quase perdi este aspecto fundamental da vida
Cristã. Aqueles que estão constantemente perante o Senhor em adoração, tem um
conhecimento crescente da necessidade da presença de Deus em suas vidas, e um
desejo sincero de agrada-lo e servi-lo, dia a dia.
Deus pode mover para bem longe, dos
corações daqueles que são adoradores sinceros, tudo aquilo que não é importante
bem como prejudicial, de suas vidas, e muito mais rapidamente, do que daqueles
que não participam deste tipo de "ponto de contato" com o Senhor.
Estes adoradores, não sentem vergonha das lágrimas bem como teem uma profunda
sensibilidade pelas dores e sofrimentos humanos. O verdadeiro adorador, é
aquele que se entregou totalmente ao propósito maior de Deus e
consequentemente, vê as coisas através de uma perspectiva eterna. Pessoas como
o Apóstolo Paulo, Francisco de Assis, D. L. Moody e Corrie Ten Boom, entre
outros, amaram profundamente, aquele que os amou primeiro. E eles expressaram
este amor, de maneira que trouxe glória a Deus, bem como afetou o mundo em que
viveram.
As
Primeiras Coisas, Em Primeiro Lugar
Rendei graças ao Senhor,
invocai o seu nome, fazei conhecidos, entre os seus povos, os seus feitos.
Cantai-lhe, cantai-lhe salmos; narrai todas as suas maravilhas. Gloriai-vos no
seu santo nome; alegre-se o coração dos que buscam o Senhor. Salmos 105:1-3
Aleluia, dai graças a Deus!
Ore a Ele, chamando-o pelo seu nome! Diga a todos que encontrar, que voce
descobriu o que ele fez! Cante-lhe canções e hinos, traduza os seus grandes
feitos em musicas! Honre o seu santo nome com Aleluias, e todo aquele que busca
a Deus, que viva uma vida feliz! (Tradução para o Português, do Salmo 105:1-3,
na versão "The Message, by Peterson").
Vamos resgatar alguns princípios
bíblicos. Adoração é para Deus. O Alfa e o Omega nos deu uma maneira de
expressar nossa gratidão, amor e adoração para ele. Nós somos os
"menores" e definitivamente, devemos dar todo o respeito e honra,
aquele que é " O Maior". A beleza e maravilha disto tudo, é que Deus
deseja ter intimidade conosco. Ainda que seja todo suficiente, Ele não é
indiferente para conosco.
O primeiro motivo e razão para adorar à
Deus, é porque ele é Deus – Santo e Justo, Perfeito em todos os seus caminhos.
Deus, em sua perfeita sabedoria, nos criou, tendo a "adoração" em
mente. Pense como ele fez nossos corpos. Podemos expressar externamente, o que
nossos corações e mentes estão sentindo. Podemos levantar nossas mãos e vozes
para Ele. Richard Foster, diz isto, da seguinte maneira: "Adoração, é a
resposta humana, à iniciativa divina". O Senhor colocou em nós, o desejo
de adora-lo, como também nos equipou para isto.
Propósito e satisfação em nossas vidas,
são oriundas da compreensão e prática deste princípio. Nós recebemos os
benefícios da adoração que ele merece. Ainda que não recebamos nada, ele
continua sendo merecedor de nosso louvor.
Deus iniciou este relacionamento em
minha vida, através da adoração, quando era ainda adolescente. Estavamos
pernoitando, num parque para "trailers" em St. George, Utah, já no
final de nossas férias em família. Estava uma noite tão agradável, que meu irmão
Randy e eu, decidimos dormir fora, acomodados em cadeirinhas desmontáveis.
Randy, dormiu logo após de terminar sua conversa comigo, e eu, permanecí bem
acordado. Durante todo este verão, devorei o Novo Testamento, e fiquei mais
consciente da minha necessidade de Deus. E o que experimentei naquela noite
quente em Agosto, realmente mudou minha vida pra valer.
No começo, senti incomodado. Logo após,
comecei a sentir a presença de Deus, de uma maneira que nunca havia sentido
antes. Comecei a chorar e a louvar a Deus. Perdi a conta, de quantas vezes
disse que o amava. Então, "sentí" Deus me dizer: "Vamos dar uma
caminhada juntos, Terry". Foi como se ele estivesse alí, ao meu lado. Fui
lembrado de Aslan, o Leão, do livro "Cronicas de Narnia" de C.S.
Lewis. Eu podia sentir seu folego em mim.
Todas as perguntas que gostaria de ter
respostas, foram respondidas, pelo simples fato de estar alí, com Deus. O
Senhor é tão gentil e real. Meu espírito foi completamente enchido e tomado
pela presença dele. Fiquei totalmente tomado pelas lágrimas, ao saber e
perceber o quão bem ele me conhecia e me aceitava.
Embora levaria vários anos até eu
compreender melhor a dinamica da adoração, com certeza, Deus estava me chamando
como "das profundezas". Também, me chamava para gastar toda minha
vida nele. Também tive a confirmação que as músicas que fazia, tocava e
cantava, deveriam, de agora em diante, ser para ele. E quando olho para trás,
para esta experiencia, sempre reafirmo, que sou dele. Fui criado para louva-lo,
e ele deseja ter um relacionamento comigo. Também esta experiencia me diz, que
minha devoção, jamais deve ser apenas um "elemento adicional", para o
resto de minha vida. Tudo começa no altar de Deus.
"Senhor,
lembre-me, sempre, que até o desejo de adora-lo e servi-lo, são dons, que vem
do Senhor, o iniciador Divino".
Adoração
Muda Nossas Perspectivas Sobre os Outros
Nossas percepções sobre outras pessoas
são transformadas, após a adoração. Depois de curvarmos perante o Senhor da
Gloria, as coisas são revertidas. Nós ficamos mais aptos à enxergar as traves
em nossas olhos do que as dos nossos irmãos (Mat 7:1-5). Duas coisas devem
acontecer quando nossos corações são quebrantados e quando concluimos sobre
nossa infidelidade e impiedade para com Deus. Primeiro, nós devemos nos tornar
mais e mais agradecidos à Jesus, pela sua misericordia e perdão. Segundo, nós
devemos amar mais uns aos outros, devemos ser mais compreensivos uns para com
os outros, termos mais graça uns para com os outros e perdoar uns aos outros (I
Jo 2:9-10).
Perdi a conta, de quantas vezes, que
cheguei na presença de Deus em adoração, ou intimamante, quando trazia comigo,
raiva e amargura para com alguem, e depois, quando "saí", me sentí
totalmente diferente. Quando estou adorando, estou convidando Deus e seu coração
com sua perspectiva sobre os outros em meu coração. Como gostaria de ter tido a
perspectiva de Deus mais frequentemente. Me teria livrado de várias
frustrações. Contudo, posso ver como ele está mudando esta área crítica em
minha vida, para melhor, na medida em entrego, em adoração, todos meus
relacionamentos e valores, para ele.
Constantemente, Deus me lembra, que ele
é que fez as pessoas, todas bem variadas, e que ela as ama, cada uma delas. E
ele vai muito mais além, e me lembra, que preciso, até das pessoas que me
irritam e me machucam, e que ele as está usando em minha vida, para meu próprio
crescimento ( o que sempre esqueço).
E que tal nossas esposas, filhos, ou
nossos amigos intimos? Será que não queremos ve-los através dos olhos do
Senhor? É claro que sim. Só que, sempre, deixamos muito a desejar, e nos
sentimos muito mal, por isso. Quantas e quantas vezes, tenho feito minha
mulher, fazer as coisas do meu jeito. E é claro, que é a maneira melhor e mais
correta de se fazer as coisas. É, tá certo….!!!
Depois de ter feito a coisa, e ver que
não devia ter falado o que e como falei, bem como concluir, que a maneira dela
é que estava certa, vejo que estou precisando apresentar minhas necessidades e
todos os meus relacionamentos, para o Senhor, no altar da adoração, para que
ele receba a gloria, através de toda interação e relacionamentos com aqueles
com quem convivo diariamente, e a quem amo profundamente. I Jo 2:9, nos lembra,
que não podemos dizer que amamos a Deus, se odiamos nossos irmãos. E o verdadeiro
adorador, sabem bem disto, pois seu coração é amaciado no lugar da adoração e
devoção.
Senhor,
te adoro! Obrigado por se importar com cada um de meus relacionamentos. Sei que
na medida em que busco sua face, com todo meu coração, o Senhor me ajudará a
enxergar os outros, através de seus olhos.
Adoração
Ajuda a Nos Preparar para Novas Estações de Mudanças e Crescimento
Constantemente eu caio num redemoinho e
rotina, de não ter consciencia do quão atolado estou em um determinado lugar em
minha vida. E sempre sinto que as vezes, as coisas estão começando a fazer
sentido. E não gostaria de mudar nada, pelo menos por um bom tempo. E sou bem
resistente à novas coisas, inclusive se elas vão afetar meus relacionamentos,
ou se elas vão me tirar de minha rotina tão confortável. " Mas Senhor, eu
sempre tenho feito desta maneira", posso escutar eu mesmo, falando isto.
Do jeito que vejo, no que diz tocante a
este assunto delicado, de crescimento e mudanças, existem dois tipos de
adoraçào. O primeiro, chamo de "adoração segura", e é o tipo que
adoto, quando me aproximo de Deus cautelosamente, guardando certos aspectos de
minha vida, e não querendo derramar tudo na mesa, perante ele.
O outro aspecto, é chegar a Deus, com
braços abertos em entrega total, abandonando toda area de minha vida e meu ser,
completamente, nas suas mãos. Quando chego no altar da adoraçào, com esta
postura e com o coração aberto, escuto sua voz gentil, me assegurando que sou
dele, e que ele sabe de tudo o que é melhor para mim, tanto no passado, como
agora. E que ele estará lá para mim, para guiar meu coração no que há de vir.
Mudanças nos fazem sentir tão
vulneráveis e inquetos. Aumenta o indice de medo e insegurança. Eu experimentei
o que acabei de descrever, quando, ao deixar minha igreja, da qual era parte,
por mais de vinte e quatro anos. Era o líder de louvor e pastor do ministério
de crianças, pelo menos, nos últimos quatorze anos. Ansiedade, medo, de que
estavanmos fazendo um decisão errada, bem como uma miríade de outros
sentimentos, acompanharam a mim e minha família, na medida em que arrumávamos
as malas e empacotávamos nossos moveis e memórias, para onde Deus estava nos
levando. Mas isso não era a questão, era? Ele estava nos levando, e nós, o
seguindo. Foi difícil? Foi! Será que nos esticamos ao máximo neste processo?
Podes apostar que sim! O Senhor estava lá, para nos ajudar? Absolutamente!
Crescemos com este processo? Voce sabe da resposta.l
Meu irmão, Randy, coloca desta maneira.
Vamos dizer que Deus tem continuamente, nos dado, maçãs bonitas e reluzentes, e
por isso, devemos esperar todo o dia, maçãs deste tipo. Numa manhã, ele nos dá
uma laranja. Olhamos, e concluimos que não deve ser de Deus, pois não é uma
maçã. E no proximo dia, procuramos por uma maçã, e de novo, lá está a laranja.
Nos demos o controle de nossa vida para ele. É dele o apito final. Jesus
sempre, me lembra, quando oro e canto, que sou apenas um peregrino, e que ele é
que tomará conta de mim, na medida em que mudo para novos pastos de mudança e
crescimento.
A maioria de nossas músicas Vineyard,
contém palavras de consagração, e dedicaçào, de nós mesmos, para sermos usados
por Deus na maneira que ele escolher. É parte da experiencia de adoração, o
fato de chegarmos e glorificarmos a Deus e então, abrirmos nossos corações em
total abandono para ele. Uma de minhas músicas favoritas, com este tema., é
"Take our Lives" - Tome Nossas Vidas, de Andy Park.
Tome
nossas vidas, em sacrificio Resplandeça em nós, sua santa luz Purifica os
desejos de nossos corações Seja para nós, um fogo consumidor
(C & P 1991
Mercy Publishing)
Outra canção, que traduz isto
claramente, é um hino antigo, "Tu és o Oleiro"
Tú
és o oleiro Vaso sou eu Quebra e transforma Até que enfim Tua vontade, se
cumpra em mim
Romanos 12:1-3 claramente nos ensina a
nos apresentar como sacrificio vivo. O Apóstolo Paulo chama isto de uma
resposta racional, ao que o Senhor tem feito por nós. Estes versículos, são um
desafio para mim, em face a minha dureza de coração, insegurança, medo e falta
de visào. E mesmo assim, tenho confiança, eu na medida em que O adoro, ele é
fiel para me moldar e me transformar, de acordo com sua vontade.
"Senhor, muito obrigado por ser tão paciente e bondoso. Obrigado pelas
novas estações de crescimento. Atinja seus objetivos para comigo e me ajude a
abraçar as mudanças que o Senhor tem para mim agora, e no futuro".
Adoração
Mantem Minha Comunhão Com Deus.
Raramente, quando fico na presença de
Deus, através da adoração, que não sinto ele comunicando uma mensagem de
encorajamento, ternura, admoestação, ou de direção para minha vida. Sempre, ele
comunica isto comigo. Que alegria indescritível saber que ele se importa com
esta criança e que me conheça tão bem.
No Salmo 139, o salmista pinta um lindo
quadro, de como Deus o conhece e de como Deus planejou toda sua vida, mesmo
antes de ter nascido. É maravilhoso, saber que Deus sabe até quando nos
levantamos ou quando nos assentamos, e que ele conhece todas as nossas
necessidades, mesmo antes de pedirmos a ele. Não é de se admirar, que quando
chegamos na presença dele, através da adoração, com todo nosso coração, mente,
e força, que ele não reaja? A verdade é que nem sempre acredito no que o
salmista diz. E estou bem certo que as vezes, meus pecados e minha
inconsistencia tem me desqualificado da comunhão com Aquele que é perfeito e
santo.
Sempre guerreamos com estes tipos de
pensamentos e emoções, mas a verdade é o remedio. Nosso Pai Celestial nos ama
com um amor muito maior que palavras poderiam descrever. Na medida em que o
adoro, a seus pés, ele me relembra que jamais estou fora de suas vistas. Seu
grande amor e fidelidade está ao meu redor, mesmo quando deixo a desejar.
Várias pessoas sofrem no seu
relacionamento com Deus, porque teem sido ensinados, diretamente ou
indiretamente, que Deus está com raiva deles. E quando eles vão adorar a Deus,
suas percepções de um Deus raivoso e irado, os impede de ter e desenvolver uma
intimidade com Ele. Eu tenho muita compaixão com aqueles que sofrem os
resultados deste tipo de ensino e molde, porque é muito destrutivo. Salmos
86:15 é somente um dente vários lugares nas Escrituras, que fala a verdade:
"Mas tu Senhor, és Deus compassivo e cheio de graça, paciente e grande em
misericórdia e em verdade". Neste momento, em que voce está lendo este
versículo, ele sabe exatamente onde voce está, bem como o que te preocupa. Ele
é por nós, e não contra nós, e seus olhos estão cheios de misericordia e amor.
"Quando levantamos nossos olhos
interiores para comtemplar a Deus, estamos certos de encontrar seu olhar, de
volta, amigávelmente, para nós. Porque está escrito que os olhos do Senhor
varrem toda a terra. A doce e agradável experiencia é saber que 'O Senhor está
olhando para mim em amor'. Quando os olhos da alma, se abrem, para procurar a
Deus, encontram os olhos de Deus, os ceus começaram aqui, na terra". Isto
que A. W. Tozer disse, expressa exatamente o que meu coração sente, quando o
olhar de Deus está sobre mim. Na sua presença, meu coração é alimentado, e não
duvido de seu desejo de adoração e comunhão.
"Senhor,
desacelere minha vida, para que não perca o seu tenro toque e afeição. Continue
a convencer meu coração de seu forte desejo de ter comunhão comigo, pois é
neste lugar de comunhão, que descubro onde posso desfrutar sua bondade e sua
glória; Como te amo."
Adoração
A Deus Nos Mantem No Caminho Da Vida
"Santa Licha". É isto que as
mãos de Deus parecem, as vezes. Foi isto que senti numa manhã, quando vim
adorar ao Senhor, e subitamente, uma canção ficou entalada na minha garganta. E
ele me falou naquele momento, que eu tinha que abrir mão de um relacionamento,
com uma garota, com quem estava namorando.
Ele havia me falado isto antes, mas o
desobedeci. E agora, as coisas estvam fora de compasso com ele. Eu estava
irritado e "sensível"; meu desejo de ler as escrituras, orar, e de
adora-lo estavam sumindo. E mesmo assim, ele falou comigo, naquela manhã.
Como gostaria de dizer que o obedeci
prontamente. Mas não. Agradeço demais, pelo fato dele continuar a tratar comigo
de uma maneira amorosa, constante e gentil. Finalmente, minha relação com
aquela garota acabou, e logo a seguir, encontrei a mulher com quem haveria de
me casar anos depois.
Naquela época, não pude medir as
consequencias do impacto de minhas decisões. Mas graças a Deus, tenho um
relacionamento com Aquele que pode faze-lo. Constantemente ele tem lidado
comigo no que diz tocante a direção de minha vida. Eu sentí aquela
"licha", na medida em que passava por momentos de adoração. Sempre,
nesses momentos, é que Deus escolhe me revelar verdades sobre mim mesmo. E é
somente depois disto, que posso deixar meus pecados e mentiras para trás. Seus
braços de perdão, conforto, e segurança estão sempre abertos para mim, quando
faço as decisões acertadas de adorá-lo e de ser obediente a sua vontade.
Infelizmente, ainda continuo sendo uma
pessoa rebelde, na maioria das vezes. E meu desejo de permanecer no caminho da
vida, ainda deixa muito a desejar. Já gastei muito tempo, dizendo para Deus,
que sentia muito pelas ofensas que tinha causado, quando na verdade, não tinha
nenhuma intenção de atacar o problema na realidade. Realmente, não gosto de
confessar que meu coração é corrupto e enganoso, cheio de orgulho e de
impiedade.
O apostolo Paulo, através de suas
cartas, no Novo Testamento, jamais afirmou "ter chegado lá", naquele
lugar, onde jamais teve que lutar com o "velho homem". Precisamos ser
relembrados constantemente, que ele mesmo se considerava, "….dos
pecadores, dos quais, sou o maior".
Tozer colocou desta maneira: "O
pecado tem várias manifestações, mas sua essencia é apenas uma. O ser moral,
criado para adorar perante o trono de Deus, assenta no trono de seu próprio
ego, e deste lugar elevado, declara, "Eu Sou".
Este é o pecado, na sua forma
concentrada. Para adorar plenamente, em espírito e em verdade, com honestidade
e integridade, necessito confessar meu pecado, e curvar em arrependimento e
humildade. Para adora-lo de uma maneira adequada e aceitável,
preciso,primeiramente, destronar o "eu" , e coroa-lo como Rei de
minha vida.O que estou dizendo aquí, é que grande parte da adoração, é
submissão. O pecado de Davi, não impediu que o Deus amoroso, disciplinador,
admoestador e convincente, o confrontasse. Davi confessou seu pecado e foi
restaurado. A grande misericordia de Deus inclui convicção do pecado e prova
que, de fato, somos dele.
Deus não está tentando nos manter longe
da completa realização. Pelo contrário, ele está fazendo todo o possível, para
que a encontremos. Devemos receber a "coleira divina" dos céus,
porque ele está tentando evitar que caiamos nos buracos da vida. A misericordia
e o zelo do Senhor, estão ativos, para nos manter no caminho da vida (Sl
139:24).
O adorador sincero é aquele que pede a
Deus que revele o que está em seu coração, e reage prontamente a esta avaliação
feita pelo Senhor. O segredo está no escutar. Esta é uma das partes mais
importantes da adoração.
"Senhor,
sou teu. Teste-me e prova-me. Alegremente, aceito sua avaliação divina, pois
anelo e desejo te agradar e permanecer no caminho da Vida".
Adoração produz "bons frutos"
em nós, e quando, sinceramente, o buscamos através da adoração, ele se revela a
nós. Todos nós, estamos numa jornada com Deus. Continue buscando-o. Que Deus o
abençoe em sua peregrinação.
Terry Butler é o lider de louvor, na
Igreja Vineyard de Claremont/Pomona, na California. Também ele esta envolvido
diretamente no treinamento, encorajamento e motivação, daqueles envolvidos com
o ministério de louvor e adoração.
Terry já escreveu várias musicas,
incluindo "Cry of My Heart", "Merciful God", e "At the
Cross", dentre outras. Terry e sua esposa Beverly tem dois filhos e moram
em Pomona, California.
Terry também é um dos integrantes da
equipe Vineyard para o Brasil, e tem participado, até agora, de todas as
conferencias realizadas desde 1997 até o presente momento.
Este artigo foi concedido,
gentilmente, pelo proprio Terry, bem como está publicado em "Thoughts on
Worship" editado por John Wimber.
Tradução e ilustração feitas
por Miguel Hadj.
Este artigo é uma tradução
autorizada, em Português, e reconhecida, pelo Vineyard International
Consortium.
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proibida. Este artigo é para uso pessoal, e pode ser compartilhado em
grupos pequenos, desde que esta fonte seja referenciada como consta no original
desta página.
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uso em apresentações, shows, rádio ou televisão, ou outro tipo de mídia,
eletronica ou não, ou em qualquer outras atividades senão as acima
mencionadas.
Caso voce tenha alguma
dúvida quanto ao uso autorizado deste artigo, entre em contato conosco
Dança" - Atitude de Louvor
Evandro Lippi
Nos dias de hoje temos muitos conceitos
sobre dança, sendo em sua maioria o de que ela induz a expressões carnais, o
que não é verdade quando há uma atitude pura, feita no espírito diante do
Senhor.
A dança é o reflexo de sentimentos
contidos em nosso ser e acontece em várias ocasiões:
Quando Davi foi ungido por Samuel (I
Sam 16:13), o Espírito do Senhor se apossou dele e desde aquele dia foi cheio
do Espírito.
Em II Samuel 6: 12 - 16, Davi extravasa
toda sua alegria dançando diante do Senhor por estar transportando a Arca para
Jerusalém, que representava a presença de Deus no meio deles.
"Então disseram a Davi: O Senhor
abençoou a casa de Obede-Edom, e tudo o que tem, por causa da arca de Deus.
Assim foi Davi, com alegria. Quando os que levavam a arca do Senhor tinham dado
seis passos ele sacrificava bois e carneiros cevados. Davi dançava com todas as
suas forças diante do Senhor, e estava Davi cingido de uma estola sacerdotal de
linho. Assim Davi e toda a casa de Israel subiam, trazendo a arca do Senhor com
júbilo e ao som de trombetas.
Quando a arca do Senhor entrava na
cidade de Davi, Mical, a filha de Saul, estava olhando pela janela. E vendo ao
rei Davi, que ia saltando e dançando diante do Senhor, o desprezou no seu
coração".
Vemos aqui o exemplo de um homem
segundo o coração de Deus, cheio do poder e do Espírito, expressando toda sua
alegria dançando na presença do Senhor.
Em Êxodo 15:20 e 21, vemos Miriã, uma
profetisa com muitas mulheres saírem com tamborins e com danças cantando ao
Senhor pela vitória de Israel, pelo povo que saíra ileso do Egito, terra onde
eram escravos.
Miriã, a profetisa (os profetas eram
pessoas cheias do Espírito de Deus) dançou pela vitória do seu povo.
"Então Miriã, a profetisa, irmã de
Arão, tomou um tamborim, e todas as mulheres saíram atrás dela com tamborins e
com danças. E Miriã lhes respondia: Cantai ao Senhor, pois sumamente se
exaltou, lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro".
As mulheres hebraicas exprimiam por meio
da dança os seus sentimentos; quando seus maridos ou pessoas amigas voltavam a
suas casas, vindo do combate pela vida e pela pátria, saíam elas ao seu
encontro com danças de triunfo.
Nos nossos dias não deve ser diferente.
Podemos e devemos também ser cheios do Espírito Santo de Deus e dançar diante
dEle, extravasando a nossa alegria, saltando, dançando diante do Senhor pela
vitória de Jesus na cruz derrotando todo principado, potestade e dominadores
deste século que eram contra nós ( Col. 2:15), nos libertando do mundo e nos
transportando para um reino de luz, purificando nossa consciência pelo sangue
do Cordeiro e nos dando a esperança da vida eterna.
As danças não param por aí. Em I Samuel
18:6 e 7, temos outro exemplo:
"Quando os soldados retornavam
para casa, depois de Davi ter ferido o filisteu, as mulheres de todas as
cidades de Israel saíram ao encontro do rei Saul, cantando e dançando
alegremente, com tambores e com instrumentos de música. As mulheres, dançando,
cantavam umas para as outras, dizendo: Saul feriu os seus milhares, porém Davi
os seus dez milhares".
Jesuscitou em uma parábola a dança como
louvor e ações de graças por um filho que se havia perdido e foi achado (Lucas
15:25 - parábola do filho pródigo).
Existe uma razão específica do povo de
Deus em dançar: a de que Ele se alegra com isto. Deus se alegra de que seus
filhos dancem na sua presença, pois Ele próprio promete restaurar as danças de
seu povo:
"Naquele tempo, diz o Senhor,
serei o Deus de todas as tribos de Israel, e elas serão o meu povo... o povo
que escapou da espada achou graça no deserto... com amor eterno te amei, também
com amorável benignidade te atraí... ainda te edificarei e serás edificada, ó
virgem de Israel. Ainda serás adornada com os teus adufes, e sairás com coro de
dança, e também os jovens e os velhos, e tornareis o seu pranto em júbilo e os
consolarei; transformarei em regozijo a sua tristeza". (Jeremias 31: 1-4,
13)
Se você nunca expressou-se a Deus
dançando, eu o convidaria a fazê-lo conforme as escrituras nos convidam:
Salmo 149:3 - "Louvem o seu nome
com danças; cantem-lhe o seu louvor com tamborim e com harpa".
Certamente quando você o adorar com sua
dança, o próprio Deus te encherá com alegria, com cânticos, com toda sorte de
bençãos e te mostrará a vitória.
Experimente dançar na presença de Deus
para que o louvor não flua nos
cultos da igreja
João A. de Souza Filho
Sempre que estou participando de
seminários com dirigentes de cultos e com equipes que dirigem o louvor congregacional,
a questão que todos querem saber é: O que bloqueia o fluir de Deus no culto da
igreja?
Os pastores, via de regra, apontam
sempre numa direção: pecado no meio do grupo de louvor, alegam, como se não
houvesse também pecado entre a equipe pastoral e demais ministros da igreja!
Dias atrás tive que me deter no estudo do tema porque foi essa a acusação que
os músicos ouviram do líder da igreja: O louvor não flui porque existe pecado
entre vocês! Esse tipo de acusação deixa todo mundo desanimado e é um terreno
fértil para a acusação de Satanás. Numa reunião em que fui convidado a
ministrar para os músicos, estudamos juntos as várias possibilidades de um
culto não fluir como todos gostaríamos.
1. Pecado. Todos concordamos que o
pecado é realmente um obstáculo para a manifestação de Deus, impedindo também
que os músicos e dirigentes de louvor sintam-se à vontade. Se um dos pastores
da igreja, se alguns dos que exercem liderança congregacional e se na equipe de
louvor houver alguém que vive sistematicamente na prática do pecado, pode-se
pregar o mais eloqüente sermão, ter a melhor e mais afinada equipe de música,
que nada acontecerá. Esses dias um pastor me procurou para que eu o ajudasse a
resolver um pecado sério que havia na equipe de louvor: três rapazes da equipe
estavam incorrendo em prática homossexual. É preferível ter um violão tocando
em três acordes do que músicos em pecado. Em geral os demônios se sentem à
vontade no meio de crentes pecadores e inflamam a igreja com o mesmo pecado que
a liderança está praticando. Um exemplo: se começam a aparecer muitos casos de
adultério, é bom examinar o que está acontecendo com a liderança!
"Mas as vossas iniqüidades fazem
separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de
vós, para que não vos ouça" (Is 59.2).
"Afasta de mim o estrépito dos
teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas liras" (Am 5.23).
"Aos retos fica bem louvá-lo"
(Sl 33.1).
"Cantem de júbilo e se alegrem os
que têm prazer na minha retidão..." (Sl 35.27).
Como se vê, Deus olha mais para o
coração do homem do que para seus talentos! A retidão, vida íntegra e
sinceridade de coração são mais importantes para Deus que nossos melhores
sacrifícios.
2. Mas não apenas o pecado pode ser
obstáculo ao fluir de Deus no culto. Um grupo de louvor pode viver consagrado a
Deus e no entanto não consegue fluir pela falta de entrosamento entre os
músicos. A Escritura não apresenta nenhum caso de falta de entrosamento, mas
mostra que, quando há um perfeito entrosamento entre eles, Deus se faz presente
na reunião. Em 2 Crônicas 5.11-14 os músicos e cantores estavam em perfeita
sintonia musical e espiritual. Temos, então dois tipos de entrosamento: O
natural, onde todos tocam e cantam em perfeita harmonia e o espiritual, quando
todos estão afinados com a música do céu! Em Neemias vemos Matanias, dirigindo
os louvores em perfeita sintonia com seus irmãos (Ne 11.17; 12.8). Ambos são
importantes: afinados entre si e com o Espírito Santo! Noutro artigo quero
focalizar a importância de encontrar o tom celestial, o tom de Deus!
3. Um terceiro aspecto é a falta de
entrosamento entre músicos e dirigente. Encontramos nos dias de Davi a
Quenanias, chefe dos levitas músicos. Ele "tinha o encargo de dirigir o
canto, porque era entendido nisso" (1 Cr 15.22). Todos os demais seguiam a
orientação dele na grande celebração que se fez quando Davi levou a arca da
aliança de volta para Jerusalém. Nos dias de Neemias, Jezraías era o maestro
que dirigia os músicos e cantores do templo (Ne 12.42). Não adianta ter bons
músicos e um péssimo dirigente ou vice-versa. Deve haver uma perfeita
coordenação entre eles. O dirigente comanda e a um sinal seu os músicos sabem
em que direção devem seguir.
4. Um quarto aspecto que deve ser
analisado é a falta de entrosamento entre dirigente e congregação. Se a
congregação não está acostumada ao dirigente e vice-versa, se não houver um
perfeito entrosamento entre eles, o louvor também não flui. O povo conhece o
seu dirigente de louvor. Sabe quando ele está num bom mood, se está bem ou não.
O dirigente também conhece a congregação e pode detectar quando esta está
cansada fisicamente, afadigada espiritualmente, etc. O dirigente levanta a mão,
faz um gesto, usa o tom de voz, e o povo, que o conhece, segue suas orientações!
Qualquer gesto seu é correspondido pelo povo que já se acostumou com ele!
Esdras afirma que "os levitas
ensinavam o povo na lei...dando explicações, de maneira que todos entendessem o
que se lia" (Ne 8.7,8; 9.3-5). O dirigente ensina a congregação e esta
passa a fluir com ele em tudo o que ele disser e fizer!
"Gloriar-se-á no Senhor a minha
alma; os humildes ouvirão e se alegrarão. Engrandecei o Senhor comigo e todos à
uma lhe exaltemos o nome" (Sl 34.2,3).
Juntos eles glorificam a Deus!
"Vestirei de salvação os seus sacerdotes, e de júbilo exultarão os seus
fieis" (Sl 132.16).
5. Um quinto aspecto que não deve ser
desprezado é quando existe estafa, fadiga e canseira dos componentes do grupo.
Aqui é bom discutir primeiramente a canseira física. Davi foi bastante sábio
quando estabeleceu que cada grupo de louvor ficaria apenas uma hora no templo
cantando e adorando a Deus (Veja 1 Crônicas 25). Mais de uma hora e começa a
canseira. Imagine os músicos que às vezes tocam em vários cultos no mesmo dia!
Existe também um tipo de situação que
deixa os músicos abatidos. Eles se esforçam em fazer o melhor para Deus, mas a
liderança pastoral não contribui adquirindo o equipamento que eles precisam.
Existem pastores que não sabem investir numa boa aparelhagem de som, em
retornos para a plataforma, numa boa bateria acoplada à mesa de som, teclados,
instrumentos, etc. E essas coisas deixam os músicos desanimados! Nos dias de
Neemias os levitas encarregados do serviço do templo, sentiram-se desanimados e
foram cada um para sua cidade (Ne 13.10). Foram abandonados pela liderança!
Sinto pena de alguns grupos de
dirigentes de louvores que fazem o melhor que podem, mas não são correspondidos
pela liderança da igreja. É triste quando se tem que fazer "muletas"
ou festinhas e almoços para se angariar fundo para equipar a igreja de bons
instrumentos e de um bom sistema de som. Isso jamais deveria ocorrer. A igreja
deve contribuir e o tesoureiro abrir o cofre! Não é sem razão que muitos de
nossos músicos "fogem" para os campos como aconteceu com os levitas
no tempo de Neemias. O desânimo e a canseira, são obstáculos ao mover de Deus
nas reuniões da Igreja!
6. É necessário analisar um sexto
aspecto: Estafa, fadiga e canseira da congregação. E a análise tem que ser
feita no âmbito físico e espiritual. No âmbito físico, o povo pode andar
emocionalmente abalado por problemas na congregação e no âmago espiritual o
povo pode estar desgastado espiritualmente. O que desgasta espiritualmente uma
congregação? Tempo muito prolongado no louvor; pregações muito grandes.
Exigências demasiadas para que ofertem e contribuam além de suas posses. Falta
de variedade nos temas bíblicos pregados, etc.
Uma congregação que não tem expectativa
do que vai ocorrer no culto e que já sabe na ponta da língua o que vem a seguir
passa a viver dentro de uma rotina; e rotina cansa, tortura, mata e massacra
espiritualmente a igreja. Quando o povo não tem mais expectativa de que algo
novo pode ocorrer, alguma coisa está errada com a liderança pastoral. A
ausência de milagres, de manifestações do Espírito Santo, de uma palavra viva,
de conversões, de libertação deixam a igreja fadigada espiritualmente.
Consequentemente o louvor não flui. Pode-se ter a melhor e mais treinada equipe
de música, os melhores equipamentos, que nada ocorrerá! Lindos corais, muita
coreografia e poucos resultados espirituais!
"Algo novo vai acontecer; algo bom
Deus tem pra nós; reunidos aqui, só pra louvar ao Senhor", diz o cântico
traduzido do inglês.
Deus é a fonte da motivação. Nos dias
de Neemias o povo ofereceu grandes sacrifícios "e se alegraram; pois Deus
os alegrara com grande alegria; também as mulheres e os meninos se alegraram,
de modo que o júbilo de Jerusalém se ouviu até de longe" (Ne 12.43;
8.9-12).
Donald Stoll escreveu o cântico,
"Lançarei fora o espírito pesado;
me vestirei com as vestes do louvor;
e assim eu entrarei na presença do
Senhor".
7. Este sétimo aspecto, apesar da
semelhança com o anterior, tem outro sentido. A congregação vive alienada com
tudo o que está ocorrendo. É possível que a turma do louvor esteja consagrada a
Deus, jejuando, orando, estudando, ensaiando e chegue nos cultos com todo gás,
mas a congregação não corresponde, porque não jejua, não ora, não estuda nem se
consagra a Deus! São os alienígenas dominicais!
Davi, os sacerdotes e os levitas bem
como grande parte do povo estavam participando de um grande avivamento
espiritual. Desde os dias de Samuel não se experimentava um tipo de avivamento
como o daqueles dias. Música, danças, ministrações, o reino se firmando, mas
Mical, estava alienada de tudo! Enquanto Davi dançava com todas as suas forças,
enquanto os sacerdotes tocavam as trombetas e sacrificavam e o povo jubilava,
Mical desprezou tudo aquilo em seu coração. Ela desprezou a Davi (2 Sm 6.14-23).
Mical representa algumas igrejas que
ficam estéreis por toda vida por desprezarem o que Deus está fazendo em seu
meio. Uma igreja estéril não frutifica, ano após ano continua igual. Engorda e
envelhece sem gerar filhos! (Ver ainda 1 Crônicas 15.28,29).
8. Um outro aspecto que precisamos
observar são os cânticos difíceis de serem entoados pela congregação. Cânticos
com letras truncadas, sem fluência poética, sem métrica; músicas cuja linha
melódica é difícil de ser acompanhada, sem definição, etc. Há cânticos antigos
com melodias difíceis de serem entoadas mas que têm definições, como Ao Deus de
Abrão Louvai, Castelo Forte, e no entanto, muitos dos novos cânticos têm uma
melodia indefinida, truncada; e cânticos assim impedem o fluir do verdadeiro
louvor.
Nossos dirigentes de louvores precisam
entender que nem todos os cânticos são congregacionais. Alguns cânticos são
escritos para solistas, outros para corais, e outros, sim, para serem cantados
por toda a congregação. O que percebo é que muitos dos cânticos trazidos para a
congregação não servem para serem cantados por todos, e sim por solistas. Nem
tudo o que aparece no mercado musical deve ser usado pela igreja. Isto pode ser
evitado, escolhendo-se cânticos próprios para o povo cantar Um bom líder saberá
definir o que o povo deve cantar.
Outra coisa boa de se fazer é escolher
cânticos de vários autores, e não apenas de um só compositor, pois estes têm a
tendência de viciar-se na mesma linha melódica. Ouvir um Cd com músicas de um
mesmo autor, às vezes, é enfadonho.
"Então cantou Israel este cântico:
Brota, ó poço! Entoai-lhe cântico!" (Nm 21.17). Se todo Israel cantou, por
certo era de fácil compreensão e melodicamente aceito.
"Então entoou Moisés, e os filhos
de Israel, este cântico ao Senhor, e disseram: Cantarei ao Senhor,, porque
triunfou gloriosamente" (Ex 15.1). Novamente um cântico acessível a todos.
9. Hinos difíceis de serem tocados
pelos músicos da igreja. Convenhamos: nem toda igreja tem músicos
profissionais. A maioria de nossos conjuntos é feita de gente que se esforça,
que quer aprender, que se esmera no que faz, mas não é formada em música.
Consequentemente, determinadas músicas podem se tornar difíceis de serem
executadas. Agregue-se a isso o fato de que muitos dos hinos modernos traduzidos
do inglês ou gerados em solo estrangeiro são "incantáveis" pela média
de nosso povo e "intocáveis" por nossos músicos! A começar pelas
péssimas traduções ou versões em que, procurando ser fiéis à letra do idioma
original os tradutores colocam diante de nós letras truncadas, sem poesia e sem
beleza alguma!
Muitas vezes visitando pequenas e
grandes congregações pelo Brasil percebo a dificuldade dos músicos e dos irmãos
que querem cantar músicas do Alvin, do Ron Kenoly, etc. São músicas que os
americanos cantam muito bem em seus shows musicais, mas difíceis de serem
tocadas por nossos músicos e cantadas pela igreja!
"Entoai-lhe novo cântico, tangei
com arte e com júbilo" (Sl 33.3).
10. Um dos obstáculos maiores, no
entanto, é a falta de sensibilidade dos músicos e dos dirigentes ao Espírito
Santo. Não se pode escolher cânticos só porque gostamos daquele estilo, ou de
sua melodia e letra. Precisamos estar atentos ao que o Espírito Santo quer para
o culto da igreja. Muitas vezes um cântico começa a fluir deixando a igreja
livre na presença de Deus, mas na lista do dirigente tem um outro que vem a
seguir e, ele na ânsia de aproveitar o tempo e cantar todos aqueles hinos, tira
a igreja do trilho certo. Um culto pode fluir em Deus com poucos ou com muitos
cânticos. O bom culto não precisa que o dirigente fique dando manivela. Ele
começa bem e termina melhor ainda!
Davi ouvia a Deus: "Uma vez falou
Deus, duas vezes ouvi isto: Que o poder pertence a Deus" (Sl 62.11). A
abundância de cânticos, salmos e palavra era tanta que Paulo pergunta:
"Que fazer, pois, irmãos....?" (1 Co 14.26). Como Paulo que queria ir
para um lugar e o próprio Espírito o impedia, pode ocorrer também com os
dirigentes de louvor: eles querem seguir numa direção, mas o Espírito Santo em
outra bem melhor (At 16.6-10).
11. Falta de resposta da congregação ao dirigente. Não estou de forma alguma repetindo o item 4. Naquele caso é a falta de entrosamento entre o dirigente e a congregação. Nesse caso, o dirigente é excelente, mas a congregação não responde à altura o que o dirigente pretende. O dirigente está afinado, sensível a Deus, mas a congregação não corresponde ao que ele quer. Você deveria ver o que diz o Salmo 98. Ou o Salmo 103.19-22 onde o autor propõe aos anjos, aos ministros, às obras de Deus que levantem a voz em louvor, o Todo-Poderoso!
Geralmente isto ocorre quando o
avivamento na igreja não atinge a todos. Costumo dizer que houve um avivamento
departamental. O pessoal do louvor anda a mil, mas a congregação reage a passos
de lesma! Os jovens estão "pegando fogo" enquanto os demais sentam-se
em bancos de geladeira.
12. Falta de motivação da Igreja. Deus deve ser o grande Motivador da Igreja. Como diz Davi: "Tu és motivo para os meus louvores constantemente" (Sl 71.6). Ou como ele afirmou noutro lugar: "Os teus decretos são motivo dos meus cânticos, na casa da minha peregrinação (Sl 119.54). Davi instituiu a ordem levítica de adoração, baseado unicamente em Deus e nos seus gloriosos feitos (1 Cr 16.7-12).
12. Falta de motivação da Igreja. Deus deve ser o grande Motivador da Igreja. Como diz Davi: "Tu és motivo para os meus louvores constantemente" (Sl 71.6). Ou como ele afirmou noutro lugar: "Os teus decretos são motivo dos meus cânticos, na casa da minha peregrinação (Sl 119.54). Davi instituiu a ordem levítica de adoração, baseado unicamente em Deus e nos seus gloriosos feitos (1 Cr 16.7-12).
A motivação da igreja é Deus e não a
música bonita, os bons músicos, os ótimos instrumentos e um ambiente propício
de adoração. Vitrais coloridos e paramentos servem de inspiração para a carne,
mas o verdadeiro louvor flui quando Deus é a fonte de todas as coisas! Deus é o
grande inspirador e motivador. E o louvor pode fluir muito bem num antigo
depósito transformado em lugar de culto sem muitos instrumentos musicais.
Melhor ainda quando uma congregação tem tudo o que falei e tem também a Deus
como inspirador de seus louvores.
13. Alienação total dos dirigentes, músicos e pastores. Com freqüência observo que os pastores costumam ficar totalmente alienados com o que está ocorrendo no culto. Se os pastores estiverem alienados, nada ocorrerá com a igreja. Às vezes quando prego em algumas igrejas observo que os pastores ficam durante o tempo de louvor atendendo o celular, falando com algum obreiro, resolvendo questões da igreja completamente à parte do que está ocorrendo no culto. Um pastor chegou a dizer-me assim: "Pode chegar lá pelas oito e meia, na hora de pregar, porque a primeira parte é dos jovens. Eles dirigem os louvores". Fiz questão de chegar bem cedo para ter um tempo de oração com aqueles valorosos guerreiros determinados a levar a igreja a mover-se em Deus. Pena que logo a seguir, o "bombeiro", como eles dizem, chega e apaga o fogo!
13. Alienação total dos dirigentes, músicos e pastores. Com freqüência observo que os pastores costumam ficar totalmente alienados com o que está ocorrendo no culto. Se os pastores estiverem alienados, nada ocorrerá com a igreja. Às vezes quando prego em algumas igrejas observo que os pastores ficam durante o tempo de louvor atendendo o celular, falando com algum obreiro, resolvendo questões da igreja completamente à parte do que está ocorrendo no culto. Um pastor chegou a dizer-me assim: "Pode chegar lá pelas oito e meia, na hora de pregar, porque a primeira parte é dos jovens. Eles dirigem os louvores". Fiz questão de chegar bem cedo para ter um tempo de oração com aqueles valorosos guerreiros determinados a levar a igreja a mover-se em Deus. Pena que logo a seguir, o "bombeiro", como eles dizem, chega e apaga o fogo!
Estude esses temas com os músicos de
sua igreja e ampliem-no com problemáticas de sua própria congregação. Um
participante de nosso seminário chegou a contabilizar "20 obstáculos
porque o louvor não flui...".

João A. de Souza Filho - autor da
trilogia: O Ministério de Louvor da Igreja; O Louvor e a Edificação da Igreja e
Ministério de Louvor: Revolução na Vida da Igreja, todos editados pela Editora
Betânia de Belo Horizonte.
O CARÁTER NA ADORAÇÃO
Introdução
Quando Deus criou o homem, seu objetivo
foi bem claro: Ele desejava ter comunhão com o homem. Esta comunhão não se
limitava a conversa entre duas pessoas, mas tratava-se de ter comunhão total:
corpo, alma e espírito. Até então, não existia nada que pudesse separar tal
comunhão. Vemos que fazia parte do cotidiano do Éden, na viração do dia Deus
vir ter comunhão com seus filhos, temos uma demonstração disto em Gn. 3:8.
Como a palavra de Deus nos relata, Adão
e Eva tomaram a decisão errada, quando escolheram assumir o controle de suas
vidas. A principal conseqüência desta atitude foi que a comunhão para que fomos
criados foi destruída pela presença do pecado em nossa vida e, em razão disso,
nosso corpo, alma e espírito ficaram debaixo do poder da "morte"
(separação da presença de Deus). Esta é a grande diferença, que nos faz
compreender a importância do que é caráter na adoração.
O evangelho de João nos dá uma das
afirmações mais poderosas a respeito de louvor e adoração, quando diz que Deus
Pai procura verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade. Vamos
ver a diferença entre louvar e adorar e como nosso caráter vai influir, nesta
questão que é a mais importante de nossas vidas.
O que fazemos...
Nem sempre revela o que somos!
Por mais simples que seja esta frase,
ela expressa uma profunda realidade no reino de Deus, porque mais importante do
que as coisas que fazemos, precisamos entender que o reino de Deus está baseado
naquilo que somos. É este princípio
que Jesus declara quando diz que uma árvore má não pode produzir bons frutos,
nem uma fonte que jorra água salgada, jorrar água doce, Lc 3:9.
Quando entendemos este princípio
estamos prontos para avaliar o quão importante é o caráter do cristão e como
este caráter vai interferir diretamente no louvor e adoração. Jo 4:23,24.
O Pai procura adoradores...
Este episódio narrado pelo evangelho de
João nos dá uma perspectiva muito profunda do assunto que estamos abordando.
Jesus estava conversando com uma mulher que achava que religião, se limitava a
ir numa sinagoga, ou prestar culto em algum monte distante, e qual não é a
surpresa dela ao ouvir que Jesus falava de VERDADEIROS ADORADORES!
Nós somos, de acordo com a Palavra de
Deus, espírito, alma e corpo.
NOSSO ESPÍRITO: Lugar criado por Deus,
com a sua imagem e semelhança, a fim de que nele houvesse comunhão plena com o
homem; mas por causa do pecado, este lugar se tornou morto. Veja Gn 2:17; Rm
6:23; Tg 1:15.
NOSSA ALMA: Esta é a área da nossa vida
que contém nossas emoções, nosso caráter, personalidade, vontade, pensamentos e
intenções do coração. Hb 4:12
NOSSO CORPO: Nosso corpo é essa massa
de carne e ossos que carregam nossa alma e o nosso espírito, e que dão
expressão a tudo o que fazemos e, o que somos. (Por exemplo, apertar as mãos e
abraçar quem está por perto!)
Como louvamos e adoramos a Deus?
Louvor:
Louvar significa admirar, falar bem,
elogiar, engrandecer. Embora nós não nos apercebamos, diariamente estamos
louvando muitas coisas ao nosso redor, como por exemplo, quando de manhã você
elogia o café que sua mulher preparou, com aqueles "ovos com bacon"
ou, quando seu filho faz aquele desenho que mais parece arte contemporânea, que
você vira de todos os lados para tentar entender... e assim mesmo você diz ...
filho, que coisa mais linda!!! Ou quando seu cachorro vem abanando o rabo, ou
quando seu peixinho dourado do aquário faz uma nova acrobacia , quem sabe?!
Bem como você vê louvor faz parte do
nosso cotidiano, e quando louvamos a Deus nós estamos admirando os atributos do seu caráter, como sua fidelidade, sua
bondade, seu amor, sua longanimidade, sua retidão, sua justiça, sua
misericórdia, e estamos usando nossa alma para fazer isto. Agora qualquer um
pode fazer isto ! A natureza, por exemplo, também pode louvar a Deus, veja Sl
19:1. Como você pode ver, louvor é algo que qualquer um pode dar a qualquer
coisa ou pessoa. Veja Sl 9:11;33:2;67:3;42:12)
Adoração:
Mas quando abordamos o tema de
adoração, temos que entender, que por causa da queda do homem, nosso espírito
ficou totalmente incapaz de realizar a função principal da nossa vida, que é
termos comunhão entre nosso espírito e o Espírito de Deus. Isto só foi
possibilitado novamente pela obra da cruz. Não existe adoração, senão, quando
entendemos que não podemos entrar na presença do Altíssimo e adorá-lO em
espírito senão através de Jesus Cristo. Esta, sem dúvida é a revelação mais
importante para aquele que quer viver uma vida de Louvor e Adoração.
Adoração não vem da beleza das melodias
que cantamos, nem ao menos da poesia e da arte do escritor, adoração nasce do momento que recebemos a revelação de que nosso
espírito estava morto em delitos e pecados e Ele nos dos vida, de que nos fez
uma geração eleita, sacerdócio real, nação santa. (Ef.2:1 1Pe 2:9 Mt 16:13-23)
Como nosso caráter
Ajuda-nos ou atrapalha-nos
Seu caráter representa a somatória das
coisas que você crê e faz, se seu caráter tem um critério ou gabarito correto
então sua conduta também será correta, em outras palavras, não é suficiente
cantar boas canções, expressar sentimentos, gritar, dançar, etc. Precisamos ter
uma vida que condizente com aquilo que estamos cantando! Se você é uma pessoa
que visivelmente é um "adorador"
nos finais de semana, e no seu trabalho, tem hábitos que desonram o evangelho,
seu caráter vai influenciar diretamente na qualidade da sua adoração. Bem, não
estamos falando de alguém que não é convertido, falamos de pessoas que já
fizeram Jesus seu Senhor e Salvador, mas seu caráter ainda tem um
"background" do passado.
Veja em Rm 6:4 o que a palavra de Deus
tem a nos dizer para este tipo de pessoa, que embora esteja vivendo a vida
cristã, está distante de expressar com sua conduta o novo nascimento que Jesus
disse que teríamos.
Ande no Espírito...
As obras da carne foram as únicas
coisas que restaram da nossa velha vida. Quando Jesus destruiu o corpo do
pecado na cruz e nós o sepultamos pelo batismo, foi aniquilada de uma vez por
todas a nossa velha natureza! Glória a Deus! Mas o que acontece conosco que
mesmo depois de passarmos por esta experiência definitiva, ainda assim
continuamos a pecar?
Deixe-me ser sincero com você. Imagine
que os anos que você viveu debaixo do poder do seu orgulho, auto-suficiência,
do espírito deste mundo, ensinaram-no a ser e a ter um caráter inclinado às
coisas erradas! Certo? Bem, Jesus destruiu o pecado em sua vida, não o seu
caráter! Lembre-se que seu caráter faz parte de sua alma, bem como sua
personalidade. Deus não deseja que não tenhamos personalidade ou caráter, mas
nós estávamos sendo doutrinados durante grande parte de nossa vida pelo pecado,
e embora este poder do pecado não opere mais em sua vida, você tem ai dentro
muitos anos de "Escola de
Pecadores" . Então neste novo reino você precisa reeducar sua mente
(Tt 2:12; Rm 12:1-2; Rm 8:13).
Precisamos entender que a nossa carne
vai batalhar contra nosso espírito e que somente vencerá aquele que estiver
mais bem alimentado. É isto mesmo, quem você alimentar mais vai ser o vencedor;
se estiver alimentando mais sua carnalidade, então não espere ter uma vida
cristã vitoriosa, mas se pelo espírito você mortificar as obras da carne, você
viverá!
Lembre-se que a prática de uma vida
carnal nos levará a viver um evangelho medíocre e derrotado, sem que possamos
provar da nossa herança, que é o melhor de Deus para nossa vida.
Faça um grande depósito
Como vimos em Rm 12:1 e Tt 2:12, é a
palavra de Deus que irá limpar, reeducar, reprogramar nossa mente, então faça
um grande depósito da Palavra viva de Deus em seu coração. Você lembra quando
Pedro teve a revelação sobre quem Jesus era (veja Mt 16:13-23)?
É este tipo de coisa que precisamos,
não leitura dinâmica da Palavra, mas precisamos da revelação destas verdades
que vão reconstruir nosso caráter. Faça um grande depósito da Palavra em sua
vida, e você verá que não somente seu caráter vai mudar como também sua
profundidade de adoração será aumentada grandemente. Em 2 Pe 1:4 aprendemos que
a medida que tomamos posse das preciosas promessas feitas pela Palavra de Deus
nos tornamos co-participantes de sua natureza. Este é o caminho para que
sejamos adoradores que vão adorá-lo em espírito e em verdade.
A quem estamos servindo?
“E, servindo eles ao
Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me agora a Barnabé e a
Saulo para a obra a que os tenho chamado.” At 13:2
Desde
princípios da década de 1980, a Igreja brasileira, em praticamente todos os
seus segmentos, começou a experimentar uma mudança intensa na área que se
convencionou chamar de “adoração”. Por influência de alguns fortes moveres do
Espírito Santo, passamos a redescobrir o significado da adoração e o papel da
reunião congregacional como um momento importante para expressarmos o nosso
amor por Deus. Através de alguns homens e mulheres de Deus com habilidades
musicais, que se aventuraram ousadamente no meio fonográfico, essa influência
alastrou-se por quase todas as congregações em nosso país.
Infelizmente,
essa influência terminou antes que pudesse ser concluída uma obra de reforma na
visão da Igreja brasileira como um todo. A prova mais forte disso é que, em
termos práticos, adoração ainda permanece como um conceito fortemente vinculado
à música. Entre em qualquer loja de CD’s e você encontrará a expressão “louvor
e adoração” designando um estilo musical. Para a maioria das pessoas, seria um
absurdo falar em adoração num contexto onde faltassem músicos, cantores,
instrumentos, etc.
No
texto que citamos acima, a palavra servindo (grego leiturgeo, de onde procede a
palavra liturgia) poderia ser traduzida como “adorando”. É assim que a Nova
Versão Internacional, uma das melhores versões modernas do Novo Testamento, a
traduz. No entanto, não encontramos no texto qualquer referência específica à
música. Além disso, se a palavra leiturgeo pode ser traduzida tanto como
“servir”, “ministrar” (como diz outra versão) quanto adorar, será que não
existe nisso um ensino sobre o significado da adoração que está passando
desapercebido aos cristãos da musical Igreja brasileira de fins do século XX?
Num
dos seus aspectos centrais, adorar significa servir. Você já deve ter
experimentado receber alguém querido em sua casa, a quem você passou a servir.
Nesse contexto, qual foi seu comportamento? Não foi o de instalar
confortavelmente o convidado, procurando oferecer a ele o que você tinha de
melhor, perguntando pelos seus gostos e necessidades? Você não ofereceu a ele
um banho, não perguntou se ele tinha sede, não providenciou uma refeição? Ao
saber que o time dele estava jogando uma partida decisiva, você pediu ao seu
filho que parasse de brincar com o videogame, para que o hóspede pudesse assistir
ao jogo, apesar de não ser o seu time.
Aquele
a quem servimos ocupa o centro das nossas atenções. Nossa preocupação é com o
seu bem-estar, com seu conforto, com aquilo que o agrada. Pois bem, este parece
ser o elemento mais ausente naquilo que convencionamos chamar de adoração!
Nesse
texto de Atos, vemos um grupo de homens ocupados em servir ao Senhor. Estavam
diante dEle, preocupados com Ele, perguntando pelas Suas necessidades; nesse
contexto, é de se espantar que o Senhor fale? Claro que não! Ele falou porque
tinha gente ali com o coração nEle, prestando atenção!
Precisamos
sondar nossos corações. Quanto da nossa “adoração” tem enfocado não o Senhor e
suas necessidades, mas nossos gostos e preferências? Pensando em termos de
reunião congregacional, quantas vezes aquilo que chamamos de um “tremendo
período de adoração” não passou de um momento em que nossa alma foi
“massageada” pelos cânticos de que mais gostamos? Cheque sua atitude: e quando
os cânticos não são os que você gosta?
Antigamente,
quando nosso entendimento sobre adoração era ainda muito limitado, nós
cantávamos para os pecadores. Eles eram o centro de nosso culto. Paramos com
isso, mudamos letras e melodias, mas será que o homem não continua ocupando o
centro de nossos cultos? Não cantamos mais para os pecadores, mas cantamos para
nós mesmos.
Quanto
do entusiasmo que você demonstra na adoração é despertado pela visão do Senhor
que está inundando o seu espírito? Ou será que é a performance do músico que
desperta seus gritos de júbilo? Precisamos aprender a diferenciar essas coisas,
porque o Senhor nos destinou para um relacionamento exclusivo com Ele, e Ele
não está disposto a dividir com outras coisas a atenção que deveria receber de
nós! A música é um importante veículo para nos conduzir à adoração.
A
música nasceu em Deus e, como a imagem de Deus está reproduzida em nós, somos
criaturas musicais. Mas precisamos parar de confundir os fins com os meios.
Atualmente, perdemos de vista o fim principal porque nos encantamos demais com
os meios.
Se
vamos passar a considerar a música como aquilo que ela realmente é, um meio
para uma finalidade muito mais superior e gloriosa, então alguns critérios têm
que ser mudados. Para o que diz respeito a nós, ao uso que fazemos, como
Igreja, da música, o bom músico não é o que chama atenção para si, mas o que
passa desapercebido. Como exemplo, veja o telefone. Ele é um meio de
comunicação, não uma finalidade em si mesmo. Quando você consegue fazer uma boa
ligação, bem audível, é quase certo que você desligará o telefone sem sequer
pensar: “Que perfeita ligação! Como o som estava claro!” O telefone apenas
cumpriu seu papel, você falou com quem queria, e ponto final.
Não
precisamos de artistas no meio da Igreja. Precisamos de pessoas que cumpram seu
papel e que, uma vez feito isso, desapareçam do cenário para que o Senhor
receba toda a glória. Será que não podemos voltar a uma visão da adoração que
nos leve a enfocar prioritariamente o Senhor e aquilo que diz respeito a Ele?
TORNANDO-SE UM ADORADOR
O termo adoração deriva da palavra adorare. Em latim, adorare
significa falar com, que em outras
palavras significa ter comunhão com.
Podemos entender, então, que adorar a Deus nada mais é que conversar com Deus ou ter
comunhão com Deus. Apesar da
definição acima, a palavra adoração requer uma compreensão muito mais profunda
do seu significado. O termo adorare tem um sentido bem mais
amplo do que o verbo falar da língua
portuguesa, como veremos posteriormente. No Antigo Testamento, há duas palavras
significando adoração. Uma delas, em
certos lugares, tem o sentido de fazer "reverência" ou
"inclinar-se": "Então o
rei Nabucodonosor caiu com o rosto em terra, e adorou a Daniel, e ordenou que
lhe oferecessem uma oblação e perfumes suaves"(Daniel 2.46); a outra
usa-se a respeito do culto prestado ao Senhor e a outros deuses ou objeto de
reverência: "Então inclinou-se o
homem e adorou ao Senhor;" (Gênesis 24:26), "e, inclinando-me, adorei e bendisse ao Senhor, Deus do meu senhor
Abraão, que me havia conduzido pelo caminho direito para tomar para seu filho a
filha do irmão do meu senhor"(Gênesis 24.48), etc. No Novo Testamento
a palavra é usada com as seguintes significações: adoração a Deus: "Então ordenou-lhe Jesus: Vai-te,
Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele
servirás" (Mateus 4.10), reverência para com Jesus Cristo: "Vendo, pois, de longe a Jesus, correu
e adorou-o" (Marcos 5.6) e culto idólatra: "Antes carregastes o tabernáculo de Moloque e a estrela do deus
Renfã, figuras que vós fizestes para adorá-las. Desterrar-vos-ei pois, para
além da Babilônia" (Atos 7.43).
Para o povo hebreu, o significado de adoração era algo realmente diferente
daquilo que muitas vezes pensamos hoje em dia. A adoração era tomada como um
estilo de vida. Para eles isto não significava atividades no templo,
cultos, música, etc., mas sim, ter como modo de vida a adoração diária e constante.
Percebemos que o povo hebreu adorava
a Deus em muitas de suas atividades diárias.
Assim como o povo de Deus na
antigüidade, nós devemos tomar a adoração
como um modo de vida. A própria Bíblia nos revela que Deus procura pessoas
que o adorem em espírito e em
verdade. Ele procura pessoas que saibam adorá-Lo!!!
AMIZADE, PREOCUPAÇÃO, APRENDER A
AGRADAR E DOAÇÃO
Eu, pessoalmente, gosto de ramificar a
palavra adoração em quatro temas que
estão intimamente ligados a ela: amizade,
preocupação, aprender a agradar e doação. Estes quatro temas, como
estudaremos a seguir, nos darão uma visão mais ampla para o aprendizado da adoração. Observe:
1
- Adoração é amizade:
Você se lembra de alguma situação na
qual você foi apresentado a uma pessoa desconhecida? Nestas situações, é
natural que o ser humano se sinta retraído e tímido. Isto acontece com todas as
pessoa e assim ocorre porque ainda não existe uma intimidade profunda nesta
relação. Tudo parece estranho.
Quando uma verdadeira amizade é
formada, cria-se também uma relação mútua de amizade. É um sistema de parceria.
Um se coloca a disposição do outro para o que for preciso. Cada dia que passa,
o relacionamento se torna mais íntimo e a comunhão mais profunda.
Na relação entre Deus e o adorador ocorre o mesmo processo. O ser
humano é apresentado a um novo amigo (Deus). No princípio desta amizade ele não
O conhece e não sabe como agradá-lo. Não há familiaridade. Ambos, então, passam
a conversar constantemente (a oração). O homem então começa a entrar na
intimidade de Deus e conhecê-lo melhor a cada dia que passa. Este é um ponto
fundamental para haver sincera adoração:
tornar-se amigo de Deus!
A questão do conhecimento dentro da
amizade também é um requisito básico para um adorador. Ele deve se esforçar para conhecer Deus ao máximo e
estreitar esta amizade maravilhosa que foi construída. O próprio Senhor Jesus
revela revela em João 15:15: "Já não
vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas
chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer.
Como é bom saber que Jesus nos chama de amigos e está sempre aberto para novas
amizades!
O ser humano, quando aceita Deus, se
torna um amigo de Deus. Porém, Deus exige que a pessoa obedeça a Sua vontade. O
homem só continuará esta amizade quando estiver fazendo a Sua vontade. O Senhor
Jesus novamente nos revela em João 15:14: "Vós
sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando".
Quando a pessoa ora, louva, agradece,
dobra os joelhos ou lê a Bíblia, ela está adorando
a Deus. Qualquer um que deseja se tornar um adorador, deve buscar incansavelmente exercitar a adoração. Deus procura pessoas que
assim o façam e assim O buscam. É muito bom saber que Ele se deixa achar.
Observe em Jeremias 29.13, Deus dizendo: "Buscar-me-eis,
e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração."
2
- Adoração é preocupação
Adoração
também está relacionado com a palavra preocupação. Quando uma pessoa aceita Jesus, ela deve ter a
preocupação de derrotar os pecados em sua vida. Este é o início da vida do adorador.
Porém, o lado ruim desta preocupação é
que no começo ela está totalmente direcionada aos pecados mais visados ou
conhecidos tais como matar, roubar ou mentir. No início da vida cristã, esta
pessoa se esforça para não cometer os erros tidos como "graves", e
geralmente neste nível ela já se acha digno para trabalhar na obra. Muitos
chegam a pensar: "Eu não mato, não roubo e não minto, portanto estou
pronto para trabalhar na obra de Deus!"
A medida que a pessoa começa a entrar
na intimidade de Deus, a preocupação automaticamente aumenta, iniciando outra
fase no processo da adoração. Nas
Escrituras podemos encontrar um episódio que relata uma visão onde o profeta
Isaías vê o Senhor assentado no seu trono. Observe o que ele diz quando teve a
visão: "Então disse eu: Ai de mim!
pois estou perdido; porque sou homem de lábios impuros, e habito no meio dum
povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos exércitos!
(Isaías 6:5)". Podemos perceber que o sentimento de preocupação entrou
instantaneamente no coração de Isaías. Ele viu que mesmo sendo um profeta de
Deus poderia estar perdido, pois ainda era homem de lábios impuros, o que antes
não lhe causava preocupação.
Depois de ter um contato mais profundo
com Deus, o adorador começa a
entender que não roubar, não matar, não fumar, não mentir, etc., passam a ser
requisitos básicos para se tornar um genuíno
adorador. A preocupação começa a ser direcionada a pontos mais profundos,
os quais pareciam sem significado no início da vida cristã. O adorador tenta não murmurar, não
pronunciar palavras frívolas e torpes, não sentir inveja ou não ser homem de
lábios impuros como reconheceu Isaías. A pessoa entende que pode magoar a Deus
em pequenas atitudes. Este é um patamar mais elevado no que se refere a
comunhão e intimidade com o Senhor.
Há um certo nível no processo da adoração onde a pessoa deseja viver
totalmente dependente de Deus, conversando com Ele diariamente. O adorador tem sede de conhecê-Lo mais e
mais. A intimidade se torna tão profunda que a preocupação leva a pessoa a
estar constantemente se perguntando:
"Será que esta atitude vai agradar a Deus?"
"Será
que isto vai magoar a Deus?"
"Deus
vai concordar com aquilo?"
Estas perguntas devem fazer parte do
vocabulário diário do adorador. O
levita que é verdadeiro adorador requisita
Deus até na escolha dos cânticos de sua igreja.
Você entende? O genuíno adorador deve colocar Deus no centro de sua vida. Todas as
preocupações devem ser voltadas a Ele. O próprio povo de Israel nos serviu de
grande exemplo vivenciando a adoração
colocando Deus no centro das preocupações!
3
- Adoração é aprender a agradar
Adorar
a Deus é aprender a agradá-lo. Como já expliquei anteriormente, só
podemos agradar uma pessoa quando conhecemos o coração dela. O adorador só começará a agradar a Deus
quando ele começar a conhecer o Seu coração e conhecer Sua Palavra. O desejo de
Deus para o adorador é capacita-lo a
entender o que é agradável ao seu coração.
O discípulo Pedro foi repreendido
muitas vezes pelo Senhor Jesus, mesmo depois de um tempo caminhando ao lado
Dele. Em muitas ocasiões Pedro tentava agradar Jesus, porém de uma maneira
errada, na ignorância. Até mesmo os discípulos foram repreendidos algumas
vezes. Em Marcos 10.13,14 há um episódio onde as criancinhas queriam se
encontrar com Jesus: "Então lhe
traziam algumas crianças para que as tocasse; mas os discípulos o repreenderam.
Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim as
crianças, e não as impeçais, porque de tais é o reino de Deus". Nesta
ocasião os discípulos provavelmente abordaram as crianças dizendo: "Vão embora! Não aborreçam o
Mestre!". Com esta atitude pensaram que estariam agradando a Cristo,
mas Ele ouvindo isto se indignou e
os repreendeu severamente.
Estas ocasiões bíblicas nos revelam que
mesmo depois de terem aceitado seguir a Jesus, os discípulos falhavam quando
tentavam agrada-lo de uma maneira errada! O adorador enfrenta o mesmo processo. Não se aprende a adorar a Deus da noite para o dia.
Nas suas orações diárias, o adorador deve pedir que Deus se deixe
revelar, e Ele certamente se deixará conhecer. Através da Bíblia e de
experiências vividas diariamente o adorador
aprenderá a agradar a Deus até nas mais pequenas atitudes.
4
- Adoração é doação
Adoração
está relacionada com doação. Doação completa da vida do adorador para Deus. O próprio apóstolo
Paulo ordena que: "... se ofereçam
completamente a Deus como sacrifício vivo dedicado ao seu serviço e agradável a
Ele". O texto é bem claro! O adorador
tem a obrigação de se dedicar inteiramente a Deus, doando tempo para o serviço
de Deus e principalmente para Deus.
Como este livro é direcionado às
pessoas que atuam no ministério de louvor, há uma pergunta que eu gostaria
muito de responder: "Como o
adorador pode doar seu trabalho de músico na obra de Deus?"
Primeiramente, ele deve buscar
estreitar a sua relação com Deus diariamente. O verdadeiro adorador não pode falar com Deus apenas nos cultos da
igreja. A comunhão deve ser estreitada dia após dia. O músico cristão não deve
substituir nem a música pelo relacionamento com Deus. A vida do levita dever
ser inteligentemente balanceada entre Deus e a música.
Em segundo lugar o músico deve estar
disponível para ministrar em qualquer lugar e horário que lhe for possível. O adorador deve ter em seu coração o
"eis-me aqui, envia-me a mim".
Isto significa prontidão e disponibilidade para a obra de Deus!
O adorador
precisa entender a palavra doação. Doar significa dar sem pedir de volta!
Dar não significa emprestar! Quando você empresta alguma coisa a alguém, você
espera que a pessoa te devolva. Quando ela não devolve você começa a cobrar. Eu
quero que você entenda que doar a Deus é dar por amor, sem pedir nada em troca.
Deus é que respalda o adorador quando
Ele deseja. O Diabo, em troca da adoração, oferece satisfação e prazeres
carnais ao homem. No episódio onde tentou Jesus no desertou ele disse: "Tudo isto te darei, se, prostrado, me
adorares" (Mateus 4.9).
O adorador
deve sua vida a Deus mesmo que seja abençoado ou não. Portanto, devemos adorar a Deus aprendendo a doar o que
temos e o que somos, sem pedir algo em troca. Deus nos abençoará conforme a
sinceridade da nossa adoração.
QUANDO E ONDE DEVO ADORAR A DEUS?
Para explicar esta parte vamos utilizar
novamente a ilustração da nova amizade formada.
Como já foi explicado anteriormente, no
início de uma nova amizade não existe muita liberdade. A amizade é um pouco retraída
nas primeiras semanas. Você não se sente tanto à vontade conversando com uma
pessoa recém conhecida. É um diálogo bem diferente do que aquele que você tem
em casa com sua família.
Mas qual é a diferença entre a família
e um novo amigo? A diferença é que você cresceu dialogando com os seus pais e
irmãos, você faz isto todos os dias. É por este motivo que quando está em casa,
você tem mais liberdade, mais intimidade. Encontrar as mesmas pessoas todos os
dias se torna rotina.
Com Deus ocorre exatamente o mesmo
processo. Quanto mais você conversa com Ele, mais você ganha liberdade e
intimidade com Ele. O verdadeiro
adorador sente necessidade de adorar a Deus todos os dias! Muitos cristãos
ainda não aprenderam isto e acabam cometendo o erro de falar com Deus apenas
nos cultos. E triste observar que muitos buscam e conversam com o Senhor na
igreja, mas quando estão fora dela se esquecem totalmente que Ele existe.
Uma pai de família não deseja ter
diálogo com os filhos apenas uma ou duas vezes na semana. Da mesma forma, Deus
não quer ter comunhão com seus filhos apenas nos cultos, mas em todos os
momentos de suas vidas. Deus quer que seus filhos transformem a palavra adoração num estilo de vida, ou seja, vida de sincera adoração. A relação do adorador
com Deus deve ser renovada e estreitada dia a dia.
É tempo de despertarmos e vivermos em adoração a Deus constantemente! Você
pode adorar a Deus quando estiver
dirigindo o carro, cozinhando, trabalhando, estudando, etc. Ele está sempre ao
teu lado esperando para falar-lhe. Em qualquer lugar que você for, Deus estará
pronto a te ouvir e ouvir os teus louvores em adoração. É bom saber que Deus deseja estar em comunhão
ininterrupta com seus adoradores,
abençoando-os conforme a sinceridade dos seus corações!
COMO
A ADORAÇÃO GENUÍNA TRAZ AS BÊNÇÃOS DE DEUS
O desejo de Deus é abençoar-nos em
abundância quando louvamos e adoramos. O processo de derramar suas bênçãos
sobre o louvor pode ser comparada ao ciclo de chuvas da natureza. É justamente
aquele que se estuda na escola. Você lembra?
É o método pelo qual as nuvens se formam, através da evaporação. Depois vem a chuva e rega a terra, tornando-a
frutífera e produtiva. Veja o processo abaixo:
1
– O calor e o brilho do Sol atingem as águas (rios, mares, oceanos, lagoas, riachos,
cachoeiras, etc). "Deus espalha luz
sobre o oceano" (Jó 36:30);
2
– As águas se aquecem a ponto de se transformarem em vapor;
3
– O vapor, então, sobe ao céu, por ser mais leve do que o ar;
4
– O vapor que chega ao céu forma as nuvens, carregando-as;
5
– Toda a água contida nas nuvens, desaba sobre o solo em forma de gotas (a
chuva).
Esta é a parte do processo onde a água
torna o solo frutífero.
6
– A terra, que está fértil, fornece ao semeador árvores e frutos procedentes
das sementes plantadas;
7
– O excesso de água corre para os rios e mares, onde o processo todo recomeça.
A natureza foi criada por Deus, e Deus
a criou perfeita. Ele também criou o ciclo das chuvas conforme a sua vontade,
para servir o homem e os animais. Da mesma maneira, o processo de abençoar-nos
foi criado com perfeição, conforme a sua vontade. Observe o que acontece quando
louvamos a Deus como Ele deseja:
1
- Deus faz com que suas bênçãos brilhem sobre os homens, assim como o sol
brilha sobre os oceanos;
2
- O coração do homem se aquece com relação à Deus, em resposta às bênçãos que
Deus têm brilhado sobre ele, assim como se aquecem as águas do oceano, quando o
sol brilha sobre elas;
3
- Os louvores do homem sobem a Deus, assim como os vapores das águas do oceano
sobem aos céus;
4
- Assim como o vapor da água vai formar a chuva, os nossos louvores à Deus vão
formar as nuvens de bênçãos;
5
- Deus faz com que as nuvens de bênçãos se destilem em chuva, caindo então
sobre a terra. "...estando as
nuvens cheias, derramam a chuva sobre a terra" (Ecl 11:3);
6
- A terra (coração) se torna frutífera e próspera, proporcionando frutos para o
semeador;
7
– O excesso de chuva correm para os rios e mares, onde o processo todo
recomeça.
Você entendeu o processo? Quando
convidamos Deus a entrar em nossos corações, cria-se em nós um desejo de
louva-Lo. A medida que os nossos louvores sobem aos céus, a chuva de bênçãos de
Deus cai sobre nós. A medida que adoramos a Deus, Ele vai formando nuvens de
bênçãos com nossos louvores, então Ele envia abundante chuva sobre nós. A
quantidade de chuva é exatamente proporcional à quantidade de louvores que
elevamos à Deus. Se não houver adoração, também não haverá chuva.
A chuva torna o solo produtivo e
frutífero. Quando não há chuva, a terra torna-se seca e arenosa, inútil. O
nosso coração é o solo. Quando não há louvor e adoração o coração torna-se duro
e sem frutos. Porém quando adoramos a Deus profundamente, a chuva cai e os
frutos da terra começam a florescer. Tais frutos são o amor, a alegria, a paz,
a mansidão, ...
RAMON TESSMANN, 1999
OS INSTRUMENTOS MUSICAIS
Assim como os ritmos, os instrumentos
musicais utilizados dentro e fora das igrejas têm sido alvo de dúvidas e
variadas perguntas. Instrumentos que parecem impróprios ou incovenientes para o
serviço do louvor, têm sido constantemente interrogados. Neste capítulo
tentarei esclarecer um pouco mais este assunto aos irmãos. Pretendo também
esclarecer a relação entre músicos, quantidade de instrumentos e unção no
louvor.
Histórico
Na idade média, o orgão acústico era o
único instrumento liberado para acompanhar os cantores nas igrejas. Era
considerado o único instrumento sacro e o único próprio para harmonizar os
cânticos no interior dos templos. Isto ocorria devido ao forte preconceito que
existia contra os demais instrumentos, entitulados "pagãos".
Portanto, pensava-se que Deus poderia enfurecer-se ouvindo o som de tambores,
palmas, cordas ou qualquer outro tipo de som que não fosse o órgão.
Com o passar dos tempos, as igrejas
foram quebrando este preconceito inserindo toda sorte de instrumentos musicais
e enriquecendo a música cristã.
O
que diz a Bíblia?
No
Velho Testamento observamos que o próprio povo de Deus usava uma rica variedade
de instrumentos musicais. Confira em I Crônicas 5:13: "...quando os trombeteiros e os cantores estavam acordes em
fazerem ouvir uma só voz, louvando ao Senhor e dando-lhe graças, e quando
levantavam a voz com trombetas, e címbalos, e outros
instrumentos de música, e louvavam ao Senhor, dizendo: Porque ele é bom,
porque a sua benignidade dura para sempre; então se encheu duma nuvem a casa, a
saber, a casa do Senhor..."
Nas Escrituras Sagradas, os
instrumentos musicais não estão de forma alguma relacionados com paganismo ou
com qualquer outro tipo de mal. Não nos deparamos com passagens bíblicas
referentes a "instrumentos musicais demoníacos". Não encontramos
versículos onde Deus revela que não goste de algum instrumento ou que demonstre
alguma preocupação com isso.
No livro dos Salmos, versos 3, 4 e 5,
Davi ordena o seguinte:"...Louvai-o
com o som da trombeta, Louvai-o com saltério e com harpa, Louvai-o com
instrumentos de corda e com flauta, Louvai-o com címbalos
altissonantes...". A palavra-chave deste verso é "Louvai-o".
Neste trecho percebemos que Davi não deu a mínima importância aos instrumentos,
porém estava preocupado com a ordem de louvar a Deus! Acredito que ele quis
expressar isto: "Louvem todos, não
importa o instrumento musical, Louvai a Deus, Louvai-o com teu fôlego, Louvai
ao Senhor!
Em 1 Cr 13.8, Davi e o povo de Israel
louvavam a Deus com dois instrumentos não mencionados no Salmo 150: "Davi e todo o povo de Israel alegravam-se
perante Deus com todas as suas forças, cânticos, com harpas, com alaúdes,
com tamborins, com címbalos e com trombetas". Você consegue perceber
a variedade de instrumentos que os dois versos citam? Aqui estão eles:
trombeta, saltério, harpa, instrumentos de corda, flauta, címbalos
altissonantes, alaúdes e tamborins. É uma verdadeira orquestra!
Compreendemos que o povo de Israel não
possuía preconceito algum vinculado a instrumentos musicais, porém possuía uma
rica variedade deles. Confira em II Samuel 6.5: "E Davi, e toda a casa de Israel, tocavam perante o Senhor,
com toda sorte de instrumentos de pau de faia, como também com harpas,
saltérios, tamboris, pandeiros e címbalos". As Escrituras Sagradas
revelam em I Crônicas 15.16: "E
Davi ordenou aos chefes dos levitas que designassem alguns de seus irmãos como
cantores, para tocarem com instrumentos musicais, com alaúdes, harpas e
címbalos, e levantarem a voz com alegria". Poderíamos citar mais
dezenas e dezenas de versículos a respeito da grande diversidade de
instrumentos que povo possuía.
Apesar de todos estes versos citados
alguns deverão se questionar: "Será que o som barulhento de algum instrumento
não tem influência sobre o louvor?", "Há instrumentos que podem
atrapalhar um ambiente de louvor a Deus?". Estudaremos esta questão nas
explicações abaixo.
O
Louvor Claro e o Louvor Incerto
Apesar do povo Hebreu possuir toda essa
variedade de instrumentos, a Bíblia relata que quando Moisés descia do monte
com as tábuas da lei, ele ouviu juntamente com Josué, uma cântico duvidoso, que trazia incerteza, ao próprio Josué que era
guerreiro. Ele não conseguia discernir que tipo de cântico era aquele. Observe
em Êxodo 32.17 à 19: "Ouvindo Josué a voz do povo que
gritava, disse a Moisés: Há um alarido de guerra no arraial. Respondeu-lhe
Moisés: Não é alarido dos vencedores nem alarido dos vencidos, mas alarido dos
que cantam é o que ouço. Logo que se aproximou do arraial, viu ele o
bezerro e as danças; então, acendendo-se-lhe a ira, arrojou das mãos as tábuas
e quebrou-as ao pé do monte...". Alarido significa algazarra,
gritaria. O texto deixa claro que o cântico era de idolatria, mas se confundia
com cântico de guerra.
Será que estamos sabendo utilizar os
nossos instrumentos para gerar louvores claros e inconfundíveis ao nosso Deus?
Você entente? Não devemos ter preconceito contra instrumento algum, mas sim
aprender a utilizá-los de uma forma clara e inteligível a todos. Com relação ao
volume, deve-se ter percepção e sensibilidade para se controlar diante dos
instrumentos conforme o espaço no qual se canta, produzindo assim, um ambiente
agradável de louvor a Deus!
O
Músico e o Instrumento
Os instrumentos em si não possuem
maldade alguma. O problema maior quase sempre está relacionado com a pessoa que
o executa, o músico. Em Am 5, 21-23 , Amós fala em lugar de Deus: "Aborreço, desprezo as vossas festas,
e com as vossas assembléias solenes não tenho nenhum prazer. E, ainda que me
ofereçais holocaustos e vossas ofertas de manjares, não me agradarei deles, nem
atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais cevados. Afasta de mim
o estrépido dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas liras."
O texto acima expressa a desaprovação de Deus com relação às pessoas. Porém, a
condenação não era pela qualidade musical dos levitas mas pela qualidade
espiritual. Certamente os músicos estavam tocando maravilhosamente, mas os
corações dos cantores e da congregação estavam frios.
Infelizmente, o texto acima expressa
atitudes muito conhecidas hoje em dia. Há músicos evangélicos que possuem um
grande potencial musical, mas não há presença e poder de Deus quando executam
os seus intrumentos. Tenho visto muitos shows cristãos realizados sobre grandes
palcos repletos de instrumentos musicais caros, tecnologia de ponta, raios de
luzes, etc., porém faltando o principal, a unção de Deus.
Quantidade
de Instrumentos Musicais
Em Efésios 5:18,19 a Bíblia relata "...e não vos embriagueis com vinho,
em que há devassidade, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com
salmos e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no
nosso coração." Nestes dois versos podemos constatar a falta de
instrumentos musicais, porém o texto não nega que podemos cantar salmos, hinos,
cânticos espirituais, etc.
Comumente, pensamos que Deus só vai
operar no louvor quando possuirmos um conjunto de instrumentos completo. Deus
deseja manifestar sua presença independente da quantidade de instrumentos
musicais, músicos ou cantores!
Há pessoas que desanimam facilmente
quando vêem um só instrumento presente na igreja. Inconscientemente pensam que
o louvor não vai alcançar o trono de Deus. Acontece o mesmo com os músicos. Todos
desejam estar dentro de um bom grupo de instrumentistas. Porém quando ministra
sozinho, o músico se inquieta e sente-se inseguro.
Como já mencionei anteriormente, Deus
deseja estar presente em nosso louvor independente da quantidade de
instrumentos musicais ou músicos. Você pode sentir a presença Dele tocando
apenas um violão ou cantando sem instrumento. O propósito do Senhor é ouvir o
som que sai dos nossos corações!
RAMON TESSMANN, 1999
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Os cuidado antes de subir no
palco...
por
Ramon Tessmann
Estar
conduzindo o período de louvor de uma igreja é um trabalho muito sério e muitas
vezes árduo. Além de se preocupar em direcionar o meu louvor a Deus, eu devo me
preocupar em levar a igreja a louvar a Deus, sem atrapalhar nem chamar a
atenção para mim, nem para o grupo. Confesso que às vezes é difícil. Muitas
vezes, a desorganização acaba incomodando, fazendo a igreja se dispersar.
Por
isso senti o desejo de escrever este breve, mas objetivo texto, com o propósito
de levar você a organizar melhor o seu grupo, aproveitando ao máximo todos os
momentos do período de louvor.
Cuidados básicos a serem tomados
antes do culto:
1. Santidade
- Sempre vou
continuar a bater nesta tecla. Não suba para ministrar louvor se você está em
pecado...não ministre se você está magoado ou magoou alguém..., etc. Sacerdotes
não podem estar com as vestes sujas diante de Deus, mas sim limpas e brancas!
- Oração e louvor - É bom que haja um tempo de louvor e oração com o grupo antes do culto. A oração é muito importante, principalmente pelo item 1, que é perdão pelos pecados.
- Escolha dos levitas - Nós, do Ministério Vida Nova, possuímos, por exemplo, dois bateristas e dois guitarristas. Se o seu grupo têm músicos que tocam o mesmo instrumento ou que têm a mesma voz, eu sugiro que a escolha dos levitas que vão ministrar sejam escolhidas antes do início do culto, sempre visando a unidade. Já enfrentamos vários contratempos quando não nos organizamos nesta área.
- Organização do culto - É bom que o líder do grupo converse com pastor a respeito da ordem do culto (quando se dará o tempo do louvor, da oração, da oferta, da palavra, etc). Muitas vezes é bom que se saiba até o tema da palavra principal, para que o grupo ministre também sobre isto.
- Afinação - Toda a afinação de instrumentos deve ser feita antecipadamente, e não na hora do louvor. É terrível observarmos o dirigente de louvor ministrando, e o guitarrista lá no canto: tóim, tóim, tóim....(afinado a guitarra). Parece coisa banal, mas muitos irmãos perdem a atenção por causa disto.
- Teste de cabos - É bom que seja testado todos os cabos móveis utilizados no palco (microfones, guitarras e baixos). Isto para que os mesmos não causem "estouros" ou "chiados" no momento do culto.
- Transparência - O grupo deve ter uma pessoa responsável pelo retro-projetor, e deve cuidar para ter todos os cânticos nas transparências (principalmente os mais novos).
- Escolha dos cânticos - Se o seu grupo ainda não tem liberdade para cantar sem livros cifrados, é bom que se escolha os cânticos antecipadamente, para que os músicos não sejam pegos de surpresa.
Meus
amados irmãos, lembrem-se sempre: "Deus
é o centro das atenções e não o grupo de louvor"
...um
abração em Cristo Jesus e até a próxima,
Ramon Tessmann
Formando Uma Equipe de Louvor
Por
Christiano Carneiro
Formar uma equipe de Louvor é o
mesmo que formar um Ministério de obreiros dentro da Igreja, o mesmo deve ser
tratado e encarado como algo de extrema importância. É de fundamental
necessidade, antes de escolher as pessoas para compor um grupo de louvor, o
líder ou Ministro de Louvor junto com o Pastor da Igreja, jejuar e orar
fortemente para que a escolha não seja precipitada, pessoal ou fora da vontade
de Deus. Todo cuidado é pouco, pois uma escolha errada sempre traz grandes e
perigosos problemas no futuro, não somente para o desempenho do grupo de louvor
mas também para todo o crescimento da obra local, e saúde espiritual do corpo
de Cristo. É preciso ter a sensibilidade, discernimento e técnica necessária
para estar em primeiro lugar escolhendo pessoas que tem o chamado para o
Louvor, isto é, Levitas consagrados e chamados pelo Senhor. Muitas vezes por a
Igreja estar iniciando, Pastores ou lideres de Louvor chamam qualquer pessoa
que aparece na Igreja que demonstra gostar de louvar, tocar ou cantar. Muitas
vezes aparecem irmãos(as) que sabem tocar ou cantar muito bem , e pelo
empolgamento colocam na frente da batalha sem orar, averiguar e descobrir como
anda a vida espiritual dos mesmos. Todo o obreiro deve primeiramente ser
testado, para depois ser consagrado e chamado para a obra, e isto sempre deve
ser feito também na escolha dos componentes do grupo de Louvor. Existem
milhares de grupos de louvor que erraram nesta formação inicial e hoje passam
tremendas lutas e provações porque colocaram pessoas sem o chamado para o
Louvor, e agora estes estão sendo como que pedra de tropeço. O Louvor nunca
crescerá dessa maneira, o desempenho sempre ficará estagnado, a obra do Senhor
terá dificuldades, e principalmente o mover de Deus nunca fluirá durante o
Louvor da maneira que Deus quer, tudo isso por uma mal escolha. Deus desde os
primórdios Deus separou um povo exclusivo para louvar- Os Levitas, (Nm 1:50 .
Nm 3:6 e 7 .I Cr 23:30) e hoje não é diferente. É realmente algo muito delicado
a formação de uma equipe de Louvor. É algo que antes de mais nada é preciso
muita oração e revelação de Deus. A maneira certa para a escolha vem de joelhos
dobrados, vem de lágrimas sinceras derramadas nas madrugadas e até mesmo de
auxilio de profissionais nesta área. Uma escolha errada mata espiritualmente
não somente a performance do grupo, mas principalmente a pessoa que não tem
chamado para o Louvor. Leia Números 1:51 e verá que Deus disse e determinou:
"O estranho que se aproximar morrerá". Que coisa séria, e que muitas
vezes é tratada de qualquer maneira por muitos lideres. Sabedores também que
Deus não chama apenas os capacitados , mas que capacita os chamados por ele,
temos que analisar o caráter do escolhido(a) para o Louvor. Se este irmão(a)
tem uma personalidade que permite liderar, se este tem espirito de submissão,
se sabe ouvir, se sabe mesmo contra sua vontade seguir o conselho e acatar com
a decisão do Pastor ou Líder. Saiba que é preciso ser em primeiro lugar servo
de Deus e do corpo de Cristo para fazer parte de qualquer cargo ministerial na
Igreja, pois os que não tem chamando geralmente nunca concordam com as decisões
dos lideres, tem caráter difícil, e não demonstram os frutos do Espirito que é
necessário para trabalhar na seara do Senhor. E o pior é que quando se coloca
tal pessoa no grupo de Louvor, para depois tirá-la do grupo é muito difícil,
pois o mesmo(a) poderia até mesmo por rebelião sair da Igreja e se afastar dos
caminhos do Senhor. Que perigo!!! Que situação!!! O que fazer? Em primeiro
lugar como disse orar muito antes de tomar Qualquer decisão. Para cantar ou
tocar num grupo de Louvor é preciso ter chamado e não qualidade vocal e
instrumental. Pois Deus vai capacitando os chamados a cada dia. É preciso
também treinar, tomar aulas e se aperfeiçoar, pois sem isso, mesmo o que é
chamado nunca irá muito longe em seu ministério de Louvor. O Cantor(a) tem que
pegar aulas de canto, o instrumentista aula com professores ungidos para que
cada um cresça em sua área. Pois Deus tem seus professores que são usados
exatamente para este propósito: o de ensinar, aprimorar e aperfeiçoar os
chamados de Deus. Essa história que os Levitas já nascem sabendo é errônea,
pois embora sejam escolhidos desde o ventre, isso não quer dizer que não
precisam de auxilio, técnica e aulas de ensino. Saiba que os escolhidos
aprendem fácil e os que não são levitas demoram muito para apreender, quando
estes chegam e conseguem aprender algo. Lembro-me de quando meu Pastor me
chamou para liderar o louvor que estava iniciando em nossa Igreja. Que
coragem!!! Eu era desafinado, achava que não sabia cantar ( e até hoje
reconheço que preciso aprender muito mesmo) e mesmo assim ele acreditou em min,
dando o voto de confiança e cobrindo minha vida de orações. Quando olho para
trás vejo que o Pastor Maciel Figueiredo teve antes de mais nada muita ousadia
por esta escolha. Mas por ser um servo de Deus, este Pastor me escolheu por ter
sentido de Deus uma vocação em min para esta obra. Eu era como Davi, que mesmo
pelo seu pai era desprezado e ninguém reconhecia seu valor. Na escolha para o
Rei de Israel , Davi foi o último a ser apresentado ao Profeta Samuel. Nem
mesmo o próprio Pai de Davi acreditava que ele teria o valor necessário para
ser Rei. Mas Davi era o escolhido. Muitas vezes os escolhidos estão nos bancos
das Igrejas, e os que não tem o chamado para o Louvor estão na frente da
batalha, enfraquecendo o corpo de Cristo e atrapalhando o mover do Espirito
Santo durante o Louvor. Que realidade triste!!! Formar uma equipe de louvor é
uma benção de Deus quando acertamos na escolha. Pois a Igreja notará o
crescimento do mesmo e sentirá que o Espirito Santo de Deus está capacitando
cada um, e que o entrosamento está chegando, que a união é visível e real, que
as vozes do coral estão se encaixando e a harmonia musical é notável e
sensível. Isto é prova de escolha certa. A Igreja sempre será o termômetro que
medirá a o fluxo espiritual no Louvor. Se a Igreja louva de coração, em
Espirito e em verdade, se a Igreja chora no poder de Deus, se almas são
libertas no poder do Louvor, se acontecem salvação de vidas nos cultos, saiba ,
o grupo de Louvor de sua Igreja está no caminho certo. Aleluias!!! Que
maravilha é tal grupo de Louvor. Este é o papel de um grupo ungido: restaurar vidas,
libertas os cativos, salvar os perdidos, e preparar os corações, almas e
espíritos dos membros para ouvir a Palavra de Deus.
A
Força do Louvor
Muitas vezes não
damos a devida importância ao louvor, muitos desprezam os órgãos de louvores
deixando de louvar a Deus, por um motivo qualquer, tendo sempre em primeiro
lugar o interesse próprio .Mas vamos ver a devida importância da força do
louvor a Deus. Diante
da afronta do inimigo, Jeosafá disse: "Coloquem os cantores na frente,
diante dos armados para que louvem a Majestade Santa’’.
Vamos imaginar um
grande exército armado com lança, espada enfim, todo armamento disponível que
existia naquela época, e na frente dos armados colocaram os cantores de Israel,
e começaram a marchar e dizer: "Louvai ao Senhor porque a sua benignidade
dura para sempre". E marchando e louvando - "Louvai ao Senhor porque
sua benignidade dura para sempre".( II. Cr. 20:21 ) e saíram pelos vales
cantando.
Ao tempo que
começaram a cantar e louvar a Deus, os moabitas foram contra os povos das
montanhas de Seir, os da montanha de Seir contra os amonitas, e eles se mataram
mutualmente. Não foi preciso Israel mexer sequer uma lança ou espada contra
aqueles inimigos, eles mataram-se reciprocamente. E sabe o que Israel estava
fazendo? "Louvai ao Senhor porque sua benignidade dura para sempre".
Quantas vezes
fazemos ao contrário, diante de qualquer problema. A primeira coisa que fazemos
é fechar nossa boca e deixamos de louvar a Deus. Esta atitude tem nos trazido grandes
prejuízos e por este motivo tantos departamentos de louvor que estão se
acabando porque fechamos a nossa boca e não damos a Deus o devido louvor.
Muitas vezes,
ficamos pensando, o que fazer quando Deus quer que apenas o glorifiquemos e
exaltemos Seu nome? Prezado(a)
irmão(a) : não sabemos a infinidade de inimigos que estão ao nosso derredor,
querendo nos tragar, colocando o desânimo em nossos corações. A maior
preocupação de nosso inimigo é calar o nosso louvor a Deus, porque unicamente a
Deus pertence o nosso louvor.
Não sei o que
está acontecendo em sua vida nem qual é a sua luta, mas sei que Deus quer a sua
adoração dizendo: "Louvai ao Senhor porque sua benignidade dura para
sempre"; comece a louvar a Deus.
Ele pelejará por você quando assim começar a faze-lo
louvando a Deus, as lutas vão desaparecer e Deus nos dará grandes vitórias. O diabo é ladrão,
ele quer roubar a adoração que pertence somente a Deus. Mas as muralhas cairão,
o gigante será derrubado, porque a igreja está dizendo: "Louvai ao
Senhor porque a sua benignidade dura para sempre".
Experimente, ainda que por um
minuto, adore a grandeza, a majestade e a beleza de Deus. Não peça nada à Ele
apenas o adore, neste momento de lutas, na pior crise dos vales, Deus está
conosco. O Salmo 23:4 diz: "Ainda que eu andasse pelo vale de sombra da
morte, não temeria mal algum porque tu estás comigo, a Tua vara e o Teu cajado
me consolam". O
Deus vencedor de todas as batalhas está conosco, nos piores momentos ou nos
vales. Por isso somos mais que vencedores.
Aprofundando-se na Adoração
Por Terry Butler
O
ato de adoração deve ser a prioridade mais alta para todo homem e mulher. É o
pré requisito para nosso serviço para Deus, bem como para nosso relacionamento
com Ele, para as outras pessoas e para nós mesmos. Neste artigo, gostaria de
enfatizar a importância de viver uma vida com o foco na adoração de Deus, e ao
mesmo tempo, tentar pintar um quadro de como a adoração muda nossa vida, e o
que esta mudança produz.
Existe
uma diferença entre aqueles que são capturados pelo amor à Deus e aqueles que
"não estão cuidando do jardim de adoração". Eu mesmo, quase perdi
este aspecto fundamental da vida Cristã. Aqueles que estão constantemente
perante o Senhor em adoração, tem um conhecimento crescente da necessidade da
presença de Deus em suas vidas, e um desejo sincero de agrada-lo e servi-lo,
dia a dia. Deus pode mover para bem longe, dos corações daqueles que são
adoradores sinceros, tudo aquilo que não é importante bem como prejudicial, de
suas vidas, e muito mais rapidamente, do que daqueles que não participam deste
tipo de "ponto de contato" com o Senhor. Estes adoradores, não sentem
vergonha das lágrimas bem como tem uma profunda sensibilidade pelas dores e
sofrimentos humanos. O verdadeiro adorador, é aquele que se entregou totalmente
ao propósito maior de Deus e consequentemente, vê as coisas através de uma
perspectiva eterna. Pessoas como o Apóstolo Paulo, Francisco de Assis, D. L.
Moody e Corrie Ten Boom, entre outros, amaram profundamente, aquele que os amou
primeiro. E eles expressaram este amor, de maneira que trouxe glória a Deus,
bem como afetou o mundo em que viveram.
As
Primeiras Coisas, Em Primeiro Lugar
Rendei
graças ao Senhor, invocai o seu nome, fazei conhecidos, entre os seus povos, os
seus feitos. Cantai-lhe, cantai-lhe salmos; narrai todas as suas maravilhas.
Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração dos que buscam o Senhor.
Salmos 105:1-3
Aleluia,
dai graças a Deus! Ore a Ele, chamando-o pelo seu nome! Diga a todos que
encontrar, que você descobriu o que ele fez! Cante-lhe canções e hinos, traduza
os seus grandes feitos em musicas! Honre o seu santo nome com Aleluias, e todo
aquele que busca a Deus, que viva uma vida feliz! (Tradução para o Português,
do Salmo 105:1-3, na versão "The Message, by Peterson").
Vamos
resgatar alguns princípios bíblicos. Adoração é para Deus. O Alfa e o Omega nos
deu uma maneira de expressar nossa gratidão, amor e adoração para ele. Nós
somos os "menores" e definitivamente, devemos dar todo o respeito e
honra, aquele que é " O Maior". A beleza e maravilha disto tudo, é
que Deus deseja ter intimidade conosco. Ainda que seja todo suficiente, Ele não
é indiferente para conosco.
O
primeiro motivo e razão para adorar à Deus, é porque ele é Deus – Santo e
Justo, Perfeito em todos os seus caminhos. Deus, em sua perfeita sabedoria, nos
criou, tendo a "adoração" em mente. Pense como ele fez nossos corpos.
Podemos expressar externamente, o que nossos corações e mentes estão sentindo.
Podemos levantar nossas mãos e vozes para Ele. Richard Foster, diz isto, da
seguinte maneira: "Adoração, é a resposta humana, à iniciativa
divina". O Senhor colocou em nós, o desejo de adora-lo, como também nos
equipou para isto. Propósito e satisfação em nossas vidas, são oriundas da
compreensão e prática deste princípio. Nós recebemos os benefícios da adoração
que ele merece. Ainda que não recebamos nada, ele continua sendo merecedor de
nosso louvor.
Deus
iniciou este relacionamento em minha vida, através da adoração, quando era
ainda adolescente. Estávamos pernoitando, num parque para "trailers"
em St. George, Utah, já no final de nossas férias em família. Estava uma noite
tão agradável, que meu irmão Randy e eu, decidimos dormir fora, acomodados em
cadeirinhas desmontáveis. Randy, dormiu logo após de terminar sua conversa
comigo, e eu, permanecía bem acordado. Durante todo este verão, devorei o Novo
Testamento, e fiquei mais consciente da minha necessidade de Deus. E o que
experimentei naquela noite quente em Agosto, realmente mudou minha vida pra
valer.
No
começo, senti incomodado. Logo após, comecei a sentir a presença de Deus, de
uma maneira que nunca havia sentido antes. Comecei a chorar e a louvar a Deus.
Perdi a conta, de quantas vezes disse que o amava. Então, "sentí"
Deus me dizer: "Vamos dar uma caminhada juntos, Terry".
Foi
como se ele estivesse alí, ao meu lado. Fui lembrado de Aslan, o Leão, do livro
"Crônicas de Narnia" de C.S. Lewis. Eu podia sentir seu fôlego em
mim. Todas as perguntas que gostaria de ter respostas, foram respondidas, pelo
simples fato de estar alí, com Deus. O Senhor é tão gentil e real. Meu espírito
foi completamente enchido e tomado pela presença dele. Fiquei totalmente tomado
pelas lágrimas, ao saber e perceber o quão bem ele me conhecia e me aceitava.
Embora
levaria vários anos até eu compreender melhor a dinâmica da adoração, com
certeza, Deus estava me chamando como "das profundezas". Também, me
chamava para gastar toda minha vida nele. Também tive a confirmação que as
músicas que fazia, tocava e cantava, deveriam, de agora em diante, ser para
ele. E quando olho para trás, para esta experiência, sempre reafirmo, que sou
dele. Fui criado para louva-lo, e ele deseja ter um relacionamento comigo.
Também esta experiência me diz, que minha devoção, jamais deve ser apenas um
"elemento adicional", para o resto de minha vida. Tudo começa no
altar de Deus. "Senhor, lembre-me, sempre, que até o desejo de adora-lo e
servi-lo, são dons, que vem do Senhor, o iniciador Divino".
Adoração
Muda Nossas Perspectivas Sobre os Outros
Nossas
percepções sobre outras pessoas são transformadas, após a adoração. Depois de
curvarmos perante o Senhor da Gloria, as coisas são revertidas. Nós ficamos
mais aptos à enxergar as traves em nossas olhos do que as dos nossos irmãos
(Mat 7:1-5). Duas coisas devem acontecer quando nossos corações são
quebrantados e quando concluímos sobre nossa infidelidade e impiedade para com
Deus. Primeiro, nós Devemos nos tornar mais e mais agradecidos à Jesus, pela
sua misericórdia e perdão. Segundo, nós devemos amar mais uns aos outros,
devemos ser mais compreensivos uns para com os outros, termos mais graça uns
para com os outros e perdoar uns aos outros (I Jo 2:9-10). Perdi a conta, de
quantas vezes, que cheguei na presença de Deus em adoração, ou intimamente,
quando trazia comigo, raiva e amargura para com alguém, e depois, quando
"saí", me senti totalmente diferente. Quando estou adorando, estou
convidando Deus e seu coração com sua perspectiva sobre os outros em meu
coração. Como gostaria de ter tido a perspectiva de Deus mais freqüentemente.
Me teria livrado de várias frustrações. Contudo, posso ver como ele está
mudando esta área crítica em minha vida, para melhor, na medida em entrego, em
adoração, todos meus relacionamentos e valores, para ele. Constantemente, Deus
me lembra, que ele é que fez as pessoas, todas bem variadas, e que ela as ama,
cada uma delas. E ele vai muito mais além, e me lembra, que preciso, até das
pessoas que me irritam e me machucam, e que ele as está usando em minha vida,
para meu próprio crescimento (o que sempre esqueço). E que tal nossas esposas,
filhos, ou nossos amigos íntimos? Será que não queremos vê-los através dos
olhos do Senhor? É claro que sim. Só que, sempre, deixamos muito a desejar, e
nos sentimos muito mal, por isso. Quantas e quantas vezes, tenho feito minha
mulher, fazer as coisas do meu jeito. E é claro, que é a maneira melhor e mais
correta de se fazer as coisas. É, tá certo….!!!
Depois
de ter feito a coisa, e ver que não devia ter falado o que e como falei, bem
como concluir, que a maneira dela é que estava certa, vejo que estou precisando
apresentar minhas necessidades e todos os meus relacionamentos, para o Senhor,
no altar da adoração, para que ele receba a glória, através de toda interação e
relacionamentos com aqueles com quem convivo diariamente, e a quem amo
profundamente. I Jo 2:9, nos lembra, que não podemos dizer que amamos a Deus,
se odiamos nossos irmãos. E o verdadeiro adorador, sabem bem disto, pois seu
coração é amaciado no lugar da adoração e devoção. Senhor, te adoro! Obrigado
por se importar com cada um de meus relacionamentos. Sei que na medida em que
busco sua face, com todo meu coração, o Senhor me ajudará a enxergar os outros,
através de seus olhos.
Adoração
Ajuda a Nos Preparar para Novas Estações de Mudanças e Crescimento
Constantemente
eu caio num redemoinho e rotina, de não ter consciência do quão atolado estou
em um determinado lugar em minha vida. E sempre sinto que as vezes, as coisas
estão começando a fazer sentido. E não gostaria de mudar nada, pelo menos por
um bom tempo. E sou bem resistente à novas coisas, inclusive se elas vão afetar
meus relacionamentos, ou se elas vão me tirar de minha rotina tão confortável.
" Mas Senhor, eu sempre tenho feito desta maneira", posso escutar eu
mesmo, falando isto. Do jeito que vejo, no que diz tocante a este assunto
delicado, de crescimento e mudanças, existem dois tipos de adoração. O
primeiro, chamo de "adoração segura", e é o tipo que adoto, quando me
aproximo de Deus cautelosamente, guardando certos aspectos de minha vida, e não
querendo derramar tudo na mesa, perante ele. O outro aspecto, é chegar a Deus,
com braços abertos em entrega total, abandonando toda área de minha vida e meu
ser, completamente, nas suas mãos. Quando chego no altar da adoração, com esta
postura e com o coração aberto, escuto sua voz gentil, me assegurando que sou
dele, e que ele sabe de tudo o que é melhor para mim, tanto no passado, como
agora. E que ele estará lá para mim, para guiar meu coração no que há de vir.
Mudanças nos fazem sentir tão vulneráveis e inquietos. Aumenta o índice de medo
e insegurança. Eu experimentei o que acabei de descrever, quando, ao deixar
minha igreja, da qual era parte, por mais de vinte e quatro anos. Era o líder
de louvor e pastor do ministério de crianças, pelo menos, nos últimos quatorze
anos. Ansiedade, medo, de que estávamos fazendo um decisão errada, bem como uma
miríade de outros sentimentos, acompanharam a mim e minha família, na medida em
que arrumávamos as malas e empacotávamos nossos moveis e memórias, para onde
Deus estava nos levando. Mas isso não era a questão, era? Ele estava nos
levando, e nós, o seguindo. Foi difícil? Foi! Será que nos esticamos ao máximo
neste processo? Podes apostar que sim! O Senhor estava lá, para nos ajudar?
Absolutamente! Crescemos com este processo? Você sabe da resposta ! Meu irmão,
Randy, coloca desta maneira. Vamos dizer que Deus tem continuamente, nos dado,
maçãs bonitas e reluzentes, e por isso, devemos esperar todo o dia, maçãs deste
tipo. Numa manhã, ele nos dá uma laranja. Olhamos, e concluímos que não deve
ser de Deus, pois não é uma maçã. E no próximo dia, procuramos por uma maçã, e
de novo, lá está a laranja. Nos demos o controle de nossa vida para ele. É dele
o apito final. Jesus sempre, me lembra, quando oro e canto, que sou apenas um
peregrino, e que ele é que tomará conta de mim, na medida em que mudo para
novos pastos de mudança e crescimento. A maioria de nossas músicas Vineyard,
contém palavras de consagração, e dedicação, de nós mesmos, para sermos usados
por Deus na maneira que ele escolher. É parte da experiência de adoração, o
fato de chegarmos e glorificarmos a Deus e então, abrirmos nossos corações em
total abandono para ele. Uma de minhas músicas favoritas, com este tema., é
"Take our Lives" - Tome Nossas Vidas, de Andy Park. Tome nossas
vidas, em sacrifício. Resplandeça em nós, sua santa luz Purifica os desejos de
nossos corações. Seja para nós, um fogo consumidor. Outra canção, que traduz
isto claramente, é um hino antigo,
Tú
és o oleiro
Vaso
sou eu Quebra e transforma Até que enfim Tua vontade, se cumpra em mim Romanos
12:1-3 claramente nos ensina a nos apresentar como sacrifício vivo. O Apóstolo
Paulo chama isto de uma resposta racional, ao que o Senhor tem feito por nós.
Estes versículos, são um desafio para mim, em face a minha dureza de coração,
insegurança, medo e falta de visão. E mesmo assim, tenho confiança, eu na
medida em que O adoro, ele é fiel para me moldar e me transformar, de acordo
com sua vontade. "Senhor, muito obrigado por ser tão paciente e bondoso.
Obrigado pelas novas estações de crescimento. Atinja seus objetivos para comigo
e me ajude a abraçar as mudanças que o Senhor tem para mim agora, e no
futuro".
Adoração
Mantêm Minha Comunhão Com Deus.
Raramente,
quando fico na presença de Deus, através da adoração, que não sinto ele
comunicando uma mensagem de encorajamento, ternura, admoestação, ou de direção
para minha vida. Sempre, ele comunica isto comigo. Que alegria indescritível
saber que ele se importa com esta criança e que me conheça tão bem.
No
Salmo 139, o salmista pinta um lindo quadro, de como Deus o conhece e de como
Deus planejou toda sua vida, mesmo antes de ter nascido. É maravilhoso, saber
que Deus sabe até quando nos levantamos ou quando nos assentamos, e que ele
conhece todas as nossas necessidades, mesmo antes de pedirmos a ele. Não é de
se admirar, que quando chegamos na presença dele, através da adoração, com todo
nosso coração, mente, e força, que ele não reaja? A verdade é que nem sempre
acredito no que o salmista diz. E estou bem certo que as vezes, meus pecados e
minha inconsistência tem me desqualificado da comunhão com Aquele que é
perfeito e santo. Sempre guerreamos com estes tipos de pensamentos e emoções,
mas a verdade é o remédio. Nosso Pai Celestial nos ama com um amor muito maior
que palavras poderiam descrever. Na medida em que o adoro, a seus pés, ele me
relembra que jamais estou fora de suas vistas. Seu grande amor e fidelidade
está ao meu redor, mesmo quando deixo a desejar. Várias pessoas sofrem no seu
relacionamento com Deus, porque tem sido ensinados, diretamente ou
indiretamente, que Deus está com raiva deles. E quando eles vão adorar a Deus,
suas percepções de um Deus raivoso e irado, os impede de ter e desenvolver uma
intimidade com Ele. Eu tenho muita compaixão com aqueles que sofrem os
resultados deste tipo de ensino e molde, porque é muito destrutivo. Salmos
86:15 é somente um dente vários lugares nas Escrituras, que fala a verdade:
"Mas tu Senhor, és Deus compassivo e cheio de graça, paciente e grande em
misericórdia e em verdade". Neste momento, em que você está lendo este
versículo, ele sabe exatamente onde você está, bem como o que te preocupa. Ele
é por nós, e não contra nós, e seus olhos estão cheios de misericórdia e amor.
"Quando levantamos nossos olhos interiores para contemplar a Deus, estamos
certos de encontrar seu olhar, de volta, amigavelmente, para nós. Porque está
escrito que os olhos do Senhor varrem toda a terra. A doce e agradável
experiência é saber que 'O Senhor está olhando para mim em amor'. Quando os
olhos da alma, se abrem, para procurar a Deus, encontram os olhos de Deus, os
céus começaram aqui, na terra". Isto que A. W. Tozer disse, expressa
exatamente o que meu coração sente, quando o olhar de Deus está sobre mim. Na
sua presença, meu coração é alimentado, e não duvido de seu desejo de adoração
e comunhão. "Senhor, desacelere minha vida, para que não perca o seu tenro
toque e afeição. Continue a convencer meu coração de seu forte desejo de ter
comunhão comigo, pois é neste lugar de comunhão, que descubro onde posso
desfrutar sua bondade e sua glória; Como te amo."
Adoração
A Deus Nos Mantêm No Caminho Da Vida
"Santa
Licha". É isto que as mãos de Deus parecem, as vezes. Foi isto que senti
numa manhã, quando vim adorar ao Senhor, e subitamente, uma canção ficou
entalada na minha garganta. E ele me falou naquele momento, que eu tinha que
abrir mão de um relacionamento, com uma garota, com quem estava namorando. Ele
havia me falado isto antes, mas o desobedeci. E agora, as coisas estavam fora
de compasso com ele. Eu estava irritado e "sensível"; meu desejo de
ler as escrituras, orar, e de adora-lo estavam sumindo. E mesmo assim, ele
falou comigo, naquela manhã. Como gostaria de dizer que o obedeci prontamente.
Mas não. Agradeço demais, pelo fato dele continuar a tratar comigo de uma
maneira amorosa, constante e gentil. Finalmente, minha relação com aquela
garota acabou, e logo a Seguir, encontrei a mulher com quem haveria de me casar
anos depois. Naquela época, não pude medir as conseqüências do impacto de
minhas decisões. Mas graças a Deus, tenho um relacionamento com Aquele que pode
faze-lo. Constantemente ele tem lidado comigo no que diz tocante a direção de
minha vida. Eu senti aquela "licha", na medida em que passava por
momentos de adoração. Sempre, nesses momentos, é que Deus escolhe me revelar
verdades sobre mim mesmo. E é somente depois disto, que posso deixar meus
pecados e mentiras para trás. Seus braços de perdão, conforto, e segurança
estão sempre abertos para mim, quando faço as decisões acertadas de adorá-lo e
de ser obediente a sua vontade. Infelizmente, ainda continuo sendo uma pessoa
rebelde, na maioria das vezes. E meu desejo de permanecer no caminho da vida,
ainda deixa muito a desejar. Já gastei muito tempo, dizendo para Deus, que
sentia muito pelas ofensas que tinha causado, quando na verdade, não tinha
nenhuma intenção de atacar o problema na realidade. Realmente, não gosto de
confessar que meu coração é corrupto e enganoso, cheio de orgulho e de
impiedade. O apostolo Paulo, através de suas cartas, no Novo Testamento, jamais
afirmou "ter chegado lá", naquele lugar, onde jamais teve que lutar
com o "velho homem". Precisamos ser relembrados constantemente, que
ele mesmo se considerava, "….dos pecadores, dos quais, sou o maior".
Tozer
colocou desta maneira: "O pecado tem várias manifestações, mas sua
essência é apenas uma. O ser moral, criado para adorar perante o trono de Deus,
assenta no trono de seu próprio ego, e deste lugar elevado, declara, "Eu
Sou".
Este
é o pecado, na sua forma concentrada. Para adorar plenamente, em espírito e em
verdade, com honestidade e integridade, necessito confessar meu pecado, e
curvar em arrependimento e humildade. Para adora-lo de uma maneira adequada e
aceitável, preciso, primeiramente, destronar o "eu" , e coroa-lo como
Rei de minha vida. O que estou dizendo aqui, é que grande parte da adoração, é
submissão. O pecado de Davi, não impediu que o Deus amoroso, disciplinador,
admoestador e convincente, o confrontasse. Davi confessou seu pecado e foi
restaurado. A grande misericórdia de Deus inclui convicção do pecado e prova
que, de fato, somos dele. Deus não está tentando nos manter longe da completa
realização. Pelo contrário, ele está fazendo todo o possível, para que a
encontremos. Devemos receber a "coleira divina" dos céus, porque ele
está tentando evitar que caiamos nos buracos da vida. A misericórdia e o zelo
do Senhor, estão ativos, para nos manter no caminho da vida (Sl 139:24).
O
adorador sincero é aquele que pede a Deus que revele o que está em seu coração,
e reage prontamente a esta avaliação feita pelo Senhor. O segredo está no
escutar. Esta é uma das partes mais importantes da adoração. "Senhor, sou
teu. Teste-me e prova-me. Alegremente, aceito sua avaliação divina, pois anelo
e desejo te agradar e permanecer no caminho da Vida". Adoração produz
"bons frutos" em nós, e quando, sinceramente, o buscamos através da
adoração, ele se revela a nós. Todos nós, estamos numa jornada com Deus.
Continue buscando-o. Que Deus o abençoe em sua peregrinação.
Pontos
Chave da Adoração
Por
Ramon Tessmann
Adoração -
Origina da palavra adorare.
No Antigo Testamento, adoração = reverência, culto
Exemplo: Daniel 2.46:"Então o rei Nabucodonosor caiu com o rosto em
terra, e adorou a Daniel, e ordenou que lhe oferecessem uma oblação e perfumes
suaves"
Gênesis
24.26: "Então inclinou-se o
homem e adorou ao Senhor"
O que não é adoração
- Estilo musical
- Ritmo musical
Sentido mais profundo
-Amizade e tempo com Deus.
João 15:14: "Vós sois meus
amigos, se fizerdes o que eu mando"
-Preocupação:
Isaías 6:5: "Então disse eu: Ai
de mim! Pois estou perdido; porque sou homem de lábios impuros, e habito no
meio dum povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos
exército!"
-Aprender
a agradar
-Doação
e disponibilidade (Vida com Deus)
Estilo de Vida
-Para os judeus a adoração era um
estilo de vida, não uma atividade confinada ao templo
-eles cantavam e louvavam a Deus em
todas as situações da vida.
Exemplo de adoração
ISAÍAS 6:1-8
1
No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e
sublime trono, e as orlas do seu manto enchiam o templo. Ao seu redor havia
serafins; cada um tinha seis asas; com duas cobria o rosto, e com duas cobria
os pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo,
santo é o Senhor dos exércitos; a terra toda está cheia da sua glória. E as
bases dos limiares moveram-se à voz do que clamava, e a casa se enchia de
fumaça.
-Revelação
de um Deus Santo, poderoso e misterioso.
5
Então disse eu: Ai de mim! pois estou perdido; porque
sou homem de lábios impuros, e habito no meio dum povo de impuros lábios; e os
meus olhos viram o rei, o Senhor dos exércitos!
-Vendo
Deus como Ele é, nos nos vemos como pecadores.
-Confissão
6
Então voou para mim um dos serafins, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara
do altar com uma tenaz; e com a brasa tocou-me a boca, e disse: Eis que isto
tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado o teu pecado.
-Pecado
confessado, Deus perdoa!
8
Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem irá por
nós?
-Deus
chama voluntários para a sua obra.
Então disse eu: Eis-me aqui,
envia-me a mim.
-Disponibilidade
para trabalhar na obra de Deus.
Formando
uma Equipe de Louvor
Por Ramon Tessmann
Criciúma, 11 de Outubro de 2000
Paz do Senhor! Querido (a)
internauta,
Como é bom vermos equipes de louvor
ungidas por Deus, como é bom poder escutar um CD cristão bem produzido, como é
bom conhecer novos ministros e músicos evangélicos, como é bom ver que a música
de Deus está ganhando mais e mais espaço no cenário musical, como é bom
compartilhar sobre louvor e adoração, como é bom... Se você quiser fazer parte
desta obra maravilhosa, esteja atento para os pontos relacionados abaixo.
Requisitos básicos para se tornar um levita:
| Chamado | Para
uma pessoa participar de uma equipe de louvor, ela deve ter um chamado de Deus
para trabalhar com louvor. Não se deve entrar nesta obra, para agradar os pais,
o pastor ou porque alguém pediu. Ela deve realmente gostar daquilo que ela faz.
| Disponibilidade | O
levita deve estar disponível para ministrar em qualquer lugar, horário, e
quantidade de pessoas. Não se deve dizer: " Não vou cantar hoje porque não estou com vontade ". Já pensou
se a obra de Deus dependesse da nossa vontade. Muitos levitas só cantariam
quando a "casa estivesse cheia", igreja lotada, ou em eventos
grandes.
| Compromisso | Os
integrantes de uma equipe de louvor devem ser compromissados com a obra de Deus
e ter sede em ganhar almas a Cristo. É essencial que haja o envolvimento do
músico com estudos bíblicos, grupos de orações, e outras atividades de sua
igreja local.
| Dízimo | Todos
devemos concordar o grupo de louvor está incluído na frente de trabalho da
igreja (é uma das bases). Por esta razão, todos
os levitas que trabalham devem ser dizimistas. Se acontecer o contrário, o
pastor nunca poderá exortar a igreja quando ela não estiver fazendo sua parte
com Deus. Possivelmente muitos dos irmãos irão acusar: "Se os músicos não
dão o dízimo, porque eu darei?"
| Ter Dom musical | Para
ser um músico, você precisa entender teoria musical. Para ser um cantor, você
precisa ser afinado. Não basta ser apenas convertido, você deve ter o talento
natural da música. Certamente uma pessoa sem técnica musical acaba atrapalhando
os outros integrantes da equipe de louvor. É muito simples: "um homem
nunca vai ser nadador, se ele não souber nadar."
...até a próxima!
Ramon Tessmann
Pontos
Principais da Ministração de Ron Kenoly
Por Ministério Vida Nova
( Em Joinville/SC - Congresso em 14.10.00 )
Adoração quer dizer prestar honras
ou homenagens a ser divino. Na Bíblia, a adoração não depende da música e a
música não é sequer o mais importante item na adoração. Em muitos casos a
música nem é citada. Em Gênesis 22, encontramos 9 itens essenciais para a
adoração ( por favor leia o texto
bíblico para entender melhor as explicações abaixo ). Observe:
1 . PROVA - A
adoração envolve uma prova, Deus quer ver até onde amamos a Ele. Abraão foi
posto a prova.
2 . RELACIONAMENTO - Devemos
ter relacionamento com Deus. Gastar tempo com Ele. Devemos aprender a conhecer
a voz do Senhor. O Diabo falou com Jesus, e Jesus imediatamente reconheceu a
voz do Diabo. Devemos saber quando se é Deus que está falando ou não!
3 . PROCESSO - Deus
nos ensina. Muitas vezes Ele nos envia a uma viagem, um Congresso por exemplo,
para Ele falar conosco. Muitas vezes, o Senhor nos tira de nosso lugar para
falar conosco.
4 . OFERTA - Se
nós não trazermos ofertas a Deus, não podemos demonstrar nosso amor a Ele.
Porém, dar o dízimo não significa amor a Deus, isto é responsabilidade
(devolvemos a Ele o que Ele nos deu). Quando Deus nos pede alguma coisa, por
mais importante que seja, devemos oferta-la com amor, como aconteceu com Abraão
e Isaque.
5 . OBEDIÊNCIA - Obediência
atrasada é igual a desobediência. Quando Deus nos pede para fazermos alguma
coisa, devemos fazer na hora. Muitos erram ao dizer: "...daqui a um mês eu
faço". Isto é o mesmo que desobedecer.
6 . PREPARAÇÃO - Precisamos
estar preparados para estar na presença de Deus.
7 - SEPARAÇÃO - Temos
que nos separar de pessoas que nos impedem de adorar a Deus.
8 - DISPOSTO A SOFRER - (versículo
6) o fogo destroi, transforma e purifica. O fogo do Espírito Santo destroi
nosso velho homem, transforma em imagem de Cristo e nos purifica, para
apresentarmos diante de Deus santos. Derramar
sangue: devemos estar dispostos a sofrer. Devemos dar nossa vida pela causa
de Cristo.
9 . ABSOLUTA CONFIANÇA EM
DEUS
Na adoração a música não é a parte
principal, mas é todos estes nove itens visto acima. Você está disposto a
passar por esta prova?
...até a próxima,
Um abraço do pessoal do
Ministério Vida Nova
O
Ministério de Música
Autor desconhecido
Entendemos que o ministério de
música foi instituído por Davi, logo após sua investidura como rei de Israel,
sendo, portanto, bíblico. Concluímos assim depois de examinarmos o texto de 1
Crônicas 6.31-48, o qual narra que Davi, logo que a arca foi colocada no
tabernáculo, constituiu um certo
número de levitas, das descendências de Asafe, Hemã e Jedútun, sobre o serviço de canto da casa do Senhor, os
quais ministravam com cântico diante
do tabernáculo da tenda da revelação, até que Salomão erguesse o templo em
Jerusalém. Diz também a Bíblia que esse foi o dia em que pela primeira vez, Davi definiu que os louvores fossem dados
através do ministério dos levitas escolhidos (1 Crônicas 16.7), ordenados, encarregados por ele, e que
a tarefa desses levitas era de ministrar continuamente
perante a arca (1 Crônicas 16.37) e isentos de outros serviços (1 Crônicas
9.33). Mas esses levitas não foram ordenados porque fossem simpáticos ou
bonzinhos, mas porque conheciam a música, eram entendidos (1 Crônicas 16.22),
"instruídos em cantar ao Senhor, todos eles mestres" (1 Crônicas
25.7). Mais tarde, quando Salomão levou a arca para o templo, logo após a sua
construção, os levitas ministraram o louvor no primeiro holocausto oferecido a
Deus naquele lugar (2 Crônicas 5.12.14), o qual a glória do Senhor encheu
completamente de forma maravilhosa
No tempo de Neemias, quando Ciro
liberou os judeus para voltarem para Judá e para Jerusalém e edificarem o
templo que havia sido destruído, lá estavam os levitas, filhos de Asafe, os
cantores (Esdras 2.41), contados entre os que compuseram a primeira leva dos
que voltaram. E durante a obra de reconstrução dos alicerces do templo, lá
estavam os filhos de Asafe, louvando, segundo a ordem dada por Davi (Esdras
3.10).
"Que negócio é esse
de Ministério de Música?" Esse é o título de um artigo que
escrevi e que foi publicado em O Jornal Batista de 15/11/98, do qual transcrevo
o seguinte:
"Qualquer igreja pode ter um ministério de música?
É claro que sim, desde que a igreja tenha a visão dos benefícios da atuação
desse ministério, enxergue espiritual e materialmente o seu alcance e assuma o
compromisso investir nele, sustentando um obreiro para ministrá-lo."
Na verdade, o ministério de música
sempre existe na existência de uma igreja pois ele é o conjunto de todas as
suas atividades musicais. O que pode acontecer é ele não estar organizado, não
tendo uma pessoa vocacionada e preparada para coordenar as suas atividades,
atuando como ministro(a) de música. Mais precisamente, esse ministério abrange
tanto as atividades de culto representadas por canto congregacional, execução
de instrumentos, regência, canto coral, canto solístico e outros, como as
atividades de educação musical, preparando pessoas para atuarem na área da
música. Ministério de música é, enfim, tudo que se acha envolvido com a música
sacra, a música que se canta na igreja.
A figura do(a) ministro(a) de música
ainda é muito nova nas igrejas batistas do Brasil. Nos Estados Unidos essa
denominação surgiu no início do século XX mas só veio a se popularizar por
volta de 1945-1950 (Jubilate, p. 62). Chamamos de ministro(a) de música,
aquele(a) obreiro(a) vocacionado(a), formado(a) como bacharel em música sacra
por uma de nossas instituições teológicas e ordenado(a) por uma igreja para
servir nessa área de atividades. O(a) ministro(a) de música é mais do que um(a)
musicista. Ele, ou ela, também é um pouco ministro(a) da Palavra. Alguns ousam
dizer que o(a) ministro(a) de música é o(a) pastor(a) dos músicos de sua
igreja. Não deixa de ser pois, apesar de não ter estudado Grego, Hebraico,
Exegese e algumas outras disciplinas existentes no currículo do curso de
Teologia, ele(a) teve de estudar Antigo Testamento, Novo Testamento, Teologia
Sistemática, Introdução Bíblica, História do Cristianismo, Homilética e outras
disciplinas ligadas à proclamação da Palavra de Deus. O(a) ministro(a) de
música deve estar apto para pregar a palavra também na forma falada, além da
cantada. Também porque deve pastorear os que atuam no ministério de música.
Donald Hustad diz que os ministros
de música são realmente músicos profissionais, não somente dirigindo e
promovendo a música em suas igrejas, mas às vezes servindo regendo, cantando ou
tocando. Diz ele ainda que tais ministros atuam como educadores de música
levando a igreja a entender e a cantar a música em vários estilos, na proporção
apropriada e com precisão harmônica (Jubilate, p. 61). Há muito o que fazer no
campo da educação musical de uma igreja.
Infelizmente, muitos pastores têm
tido dificuldade para entender e aceitar o papel desempenhado por um(a)
ministro(a) de música, assim como para entender e aceitar a soberania de Cristo
através da sua igreja, não atentando para o fato de que um ministro não é
chefe, nem dono, mas é servo (a
palavra ministro foi traduzida da palavra grega DIAKONOS (diakonos), que significa servo). Tais obreiros, por isso, não abrem espaço para a atuação de
um(a) ministro(a) de música no ministério global das igrejas que servem, o que impede que elas sejam
mais abençoadas através de um ministério de música organizado e coordenado.
Muitas igrejas se acham musicalmente fracas por falta desse(a) obreiro(a), não
tendo um programa de aprimoramento do louvor cantado em seus cultos nem ordens
de culto bem preparadas.
A
Música na Igreja
D
música é considerada como uma arte funcional, isto é, uma arte que tem uma
finalidade prática e importante: servir de veículo de expressões humanas. É
usada para anunciar produtos (comércio), revelar emoções (romantismo, civismo,
política, etc.) e outras ações de comunicação. No culto, não se pode ignorar o
poder da música na transmissão e consolidação de mensagens - revelação, louvor,
testemunho, apelo, oração, etc. Consolida porque a música facilita a
memorização das mensagens (exemplos: "jingles" de propaganda, hinos
cívicos, enredo de escolas de samba (samba-enredo), hinos evangélicos,
cânticos, cantigas de roda, etc.).
A
música favorável ao culto é aquela que serve de veículo para a expressão do
louvor do homem para Deus, seu criador, ou seja: "Se com tua boca
confessares..." Se a boca é instrumento de confissão, de testemunho, de
proclamação da Palavra, e se a música é um veículo próprio para conduzir tais
mensagens, concluímos que o canto é um instrumento de adoração e testemunho.
1 - A MÚSICA NO ANTIGO TESTAMENTO
Se
fizermos uma viagem panorâmica através da Bíblia, iremos descobrir os momentos
em que ela relata episódios em que o povo de Deus levantou sua voz para entoar
algum cântico. O primeiro registro sobre o uso de cânticos se encontra em
Gênesis, capítulo 31, versículo 27, onde é narrado um episódio envolvendo Labão
e Jacó, citando, inclusive, o uso de tambores e de harpas para acompanhar
cânticos de alegria. O texto só não esclarece se tais cânticos eram espirituais
ou simplesmente festivos. Aliás, uma insinuação mais antiga sobre o cantar é
encontrada em Gênesis, capítulo 4, versículo 21, onde é citada a pessoa de
Jubal, filho de Lameque, que se tornou pai
de todos os que tocam harpa e flauta. Ora, se havia harpa e flauta,
naturalmente deveria haver voz para ser acompanhada por tais instrumentos.
Logo
após a travessia do Mar Vermelho e a derrota dos exércitos do faraó, Moisés e
os filhos Israel entoaram um cântico de louvor a Deus, conforme se acha
registrado em Êxodo, capítulo 15, versículos 1 a 19.
Mais
adiante, em Números, capítulo 21, versículo 17, encontramos um interessante
texto que narra um episódio, durante a peregrinação de quarenta anos pelo
deserto, em que o povo canta. O texto assim fala:
"Então cantou Israel este cântico: Brota,
ó poço! Entoai-lhe cânticos!"
Dando
um salto na história, no livro de Esdras, capítulo 3, versículo 11 (Bíblia
Shedd), encontramos outro significativo texto que diz o seguinte:
"Cantavam alternadamente, louvando e
rendendo graças ao Senhor, com estas palavras: Ele é bom, porque a sua
misericórdia dura para sempre sobre Israel. E todo o povo jubilou com altas vozes, louvando ao Senhor por se terem
lançado os alicerces da sua casa."
Trata-te
de um momento especial na vida do povo de Israel, no pós-exílio, após a
reconstrução dos alicerces do templo em Jerusalém, após ter Ciro, o persa,
permitido que os cativos voltassem da Babilônia para a sua terra para restaurar
o templo. É um exemplo, dentre os muitos encontrados nas Sagradas Escrituras,
do uso da voz na adoração ao nosso Deus. Poderia ter escolhido um outro texto
que reunisse o uso da voz no canto mas, creio, Deus me direcionou para este.
Mas o episódio narrado é um bom exemplo para nos mostrar o objetivo da voz no
canto: louvar e render graças ao Senhor.
Um
outro texto significativo sobre o uso da voz está no livro do profeta Isaías,
capítulo 40, versículo 9 (Bíblia Shedd), e faz a seguinte conclamação:
"Tu,
ó Sião, que anuncias boas-novas, sobe a um monte alto! Tu, que anuncias
boas-novas a Jerusalém, ergue a tua voz fortemente; levanta-a, não temas e dize
às cidades de Judá: Eis aí está o vosso Deus!
Já
este texto parece estar dirigido aos que exercem o ministério da profecia
falada, da proclamação da Palavra revelada de Deus. Na versão revisada de
Imprensa Bíblica Brasileira (De acordo com os melhores textos em hebraico e
grego), o texto começa um pouco diferente, a saber:
"Tu,
anunciador de boas novas a Sião, sobe a um monte alto. Tu, anunciador de
boas-novas a Jerusalém, levanta a tua voz fortemente; ...
De
todo o modo, os dois textos enfatizam o uso da voz, tanto no cantar como no
falar, para este anúncio: "Levanta a
tua voz e anuncia: Eis aí está o vosso Deus! A ele louvai e rendei graças
porque é bom." Na vida cristã precisamos estar prontos para colocar a
nossa voz a serviço do Senhor.
Acreditamos
que o ápice da colocação da música no culto foi a instituição, por Davi, do
ministério da música no tabernáculo em Jerusalém, confirmado mais tarde por
Salomão na dedicação do templo construído sob sua liderança. Esse comentário dá
início ao tópico Ministério de Música, nesta seção.
Foi
na época de Davi que se organizou o livro dos Salmos, reconhecido como base do
louvor cantado pelo povo de Israel. Quase metade deles (setenta e três, de
acordo com os títulos) foi de autoria do próprio Davi. Asafe compôs doze, os
filhos de Corá onze, Salomão dois, Moisés um, e Etã um.
2 - A MÚSICA NO NOVO TESTAMENTO
O
Senhor Jesus cantava. Prova disso é o texto do evangelho de Mateus, capítulo
26, versículo 30, onde encontramos a narrativa do final da celebração da Páscoa
pelo Mestre e seus discípulos. Diz o texto que "..., tendo cantado um hino, saíram para o monte da
Oliveiras." Que narrativa gloriosa! A música sendo usada pelo próprio
Filho de Deus. Não poderia haver exemplo mais significativo do que este para
nos mostrar o lugar da música no culto, sim, porque a celebração da Páscoa era
um culto memorial, no qual se comemorava a passagem do Espírito de Deus e a libertação
do seu povo do jugo da opressão egípcia. Era um culto de alegria e, com
certeza, a música era de grande regozijo.
Agora
passemos para um momento posterior. Vemos Paulo e Silas na prisão, sofrendo as
agruras do aprisionamento num calabouço romano, passando por uma situação de
extremo sofrimento. Entretanto, segundo o relato encontrado no livro de Atos,
capítulo 16, versículo 25, eles "cantavam louvores a Deus". Era o
louvor na adversidade, reconhecendo que tais sofrimentos com a companhia de
Deus eram plenamente suportáveis.
O
apóstolo Paulo reconhecia o extremo valor da música na vida dos crentes e, por
isso, deixou recomendações expressas em sua epístola aos Efésios, capítulo 5,
versículos 18, parte b, e 19, e também em sua epístola aos Colossenses,
capítulo 3, versículo 16, para que os crentes no Senhor Jesus Cristo se
edificassem mutuamente com "salmos,
hinos e cânticos espirituais."
3 - A MÚSICA NO CRISTIANISMO
Mas
que tipo de música pode e deve ser usado no culto, na igreja do nosso tempo?
Que estilo musical é apropriado para cultuar a Deus?
Nem
a literatura secular nem a Bíblia registram como eram as melodias entoadas pelo
levitas e pelo povo de Israel nos tempos do Antigo Testamento. Nem sequer os
gregos, que bem antes de Cristo (Pitágoras - século VI a.C.) realizaram
profundos estudos sobre a Física do som e suas combinações, nos deixaram
quaisquer anotações sobre suas experiências musicais. Nem ainda o Novo
Testamento nos revela como os cristãos da igreja primitiva cantavam.
No
século II ficou determinado pelas "Constituições Apostólicas" que o
canto sacro seria constituído da entoação de um Salmo por um solista,
respondida pelas congregações por meio de trechos fáceis, tais como
"Améns" e "Aleluias." Esta prática veio a desaparecer
depois de dois a três séculos, eliminando totalmente a participação da
comunidade no canto. Nesse meio tempo, os coros compostos por monges e clérigos
continuaram a se desenvolver (Wanderley, p.3).
O
século IV foi um período onde eventos importantes para a Igreja de Cristo
começaram a acontecer. O primeiro deles foi o decreto do imperador Constantino, em 313, dando liberdade
para o cristianismo. Há registros de que, por volta de 350 da era cristã, Hilário da Gália preparou o primeiro
hinário cristão das igrejas cristãs (Ichter, p. 13). Depois disso surgiu em
cena Santo Ambrósio (340-397), bispo
de Milão que, neste mesmo século, estabeleceu um padrão musical para a sua
diocese, com base nos elementos teóricos da música grega. Ambrósio foi
denominado de "Pai dos Cânticos Religiosos." Seus cânticos eram
"antifônicos, congregacionais e melodiosos" (Ichter, p. 13).
Mais
tarde, Gregório, o Grande, no século
VI, aproveitou a obra de Santo Ambrósio ampliando-a e estendendo um padrão
musical para toda a cristandade de então, padrão esse que se estabeleceu
através dos séculos sob o nome de canto gregoriano. Foi Gregório quem criou a
primeira escola de música sacra, a Schola
Cantorum, a qual preparou líderes para dirigir a música nas diversas
igrejas de então e dos séculos seguintes. Os resultados da atuação dessa escola
são conhecidos até hoje, havendo muitos religiosos praticando estilo musical
que lá teve seu ensino iniciado.
Desde
então, a arte musical vem sofrendo uma significativa evolução, acompanhando
aquela pela qual passaram as demais artes. Destacam-se as influências dos
períodos renascentista, barroco, clássico, romântico e atual. Especialmente no
final da Renascença, por ocasião da Reforma, a música sacra passou a ser
acessível à toda a Igreja, através do canto congregacional. Isto se deveu à
ação de Martinho Lutero que levou a
música para os lábios dos membros da Igreja Reformada. Lutero pregava que todo
cristão tinha o direito de expressar sua adoração ao Senhor através de um dom
dado por Deus mesmo: cantar. Os próprios textos do Novo Testamento,
anteriormente apresentados, revelam que é lícito ao crente cultuar cantando.
Fazer isso juntos edifica e alicerça a comunhão dos salvos. Antes disso, a
música usada nos ofícios religiosos da igreja de então eram constituídos por
Canto Gregoriano, sempre cantado por meninos e sacerdotes.
Após
a Reforma, ao longo dos períodos da História, grandes obras musicais sacras
foram compostas, das quais se destacaram as missas, os oratórios e as peças
avulsas, e os seus compositores, tais como Johann Sebastian Bach, Antonio
Vivaldi, Felix Mendelssohn, Joseph Haydn e tantos outros.
Até
o surgimento do movimento reavivamentalista nos Estados Unidos, no século XIX,
a música sacra congregacional se caracterizava essencialmente por Salmos
metrificados e alguns hinos. A partir daí começaram a surgir os compositores do
estilo "gospel songs", que acabaram sendo trazidos ao Brasil pelos
primeiros missionários que aqui aportaram, os quais vieram a servir de ponto de
partida para os primeiros hinários aqui editados. Dentre os pioneiros neste
processo de edição musical, dois nomes se destacaram: o da missionária Sarah
Poulton Kalley, letrista, tradutora, esposa do missionário Dr. Kalley, da
Igreja Congregacional, e de Salomão Luiz Ginsburg, batista, cognominado de
"O Judeu Errante no Brasil", considerado o pai do Cantor Cristão.
Esse
estilo de música sacra esteve dominante até o pós-guerra. Por volta da década
de 1960, novos estilos começaram a surgir nas igrejas dos Estados Unidos,
baseados nos musicais da Broadway, sob formas de cânticos populares e musicais,
os quais acabaram chegando até as terras brasileiras.
4 - O USO DOS INSTRUMENTOS NO CULTO
No
que tange ao uso de instrumentos, temos no Salmo 150 bases que justificam o seu
uso. O cuidado que precisa ser tomado é o de se evitar que a música
instrumental, no culto, tenha feição de secularização. Se o som produzido por
um instrumentista trouxer à nossa mente e ao nosso coração inspiração
celestial, amém! Mas se trouxer a
idéia do último festival de música popular, o do baile funk da esquina, ou do
cantor mais badalado das paradas de sucesso da TV, ou mesmo se trouxer à nossa
mente as imagens de embalos de Sábado à noite, então "vade retrum Satanáz!!!" ... A música na igreja, no
culto, principalmente a instrumental, que dispensa palavras, deve sempre trazer
à nossa mente uma imagem de coisas espirituais, e não de coisas materiais,
visíveis, carnais.
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