Texto Áureo: Apocalipse 14.7
Verdade Prática: Apesar de sua influência e poder, o Anticristo não
poderá calar a verdade do Evangelho – a Palavra de Deus é para sempre.
Leitura Bíblica: Apocalipse 14.1-7
Lição 11
INTRODUÇÃO
Apesar de sua
truculência e soberba, o Anticristo não conseguirá emudecer a voz do Evangelho
nem calar a voz dos mártires. Durante a Grande Tribulação, Deus levantará
muitas vozes eloquentes e poderosas que não temerão proclamar-lhe a Palavra. É
o que nos mostra claramente Apocalipse. O que disso concluímos? A Bíblia
Sagrada continuará a ser a inspirada, inerrante e soberana Palavra de Deus. E a
sua pregação e ensino não serão interrompidos. Logo, haverá também salvação de
almas após o arrebatamento.
Nesse tempo, a
Igreja de Cristo já não estará na terra. Todavia, Deus continuará no controle
de tudo. Até o próprio Diabo, que dará a impressão de reinar absoluto, estará
sob o seu comando. A voz divina não pode ser calada.
I.
A PALAVRA DE
DEUS APÓS O ARREBATAMENTO
Muita gente
ainda supõe que, após o rapto da igreja, a Bíblia Sagrada perderá a sua
inspiração. Tal crença origina-se de teologias e narrativas extravagantes e
antibiblicas. A Palavra de Deus, porém, subsiste eternamente (Is 40.8).
1. A Palavra de Deus é eterna: A
própria Escritura testifica de sua perenidade: “A palavra do Senhor permanece
para sempre” (1 Pe 1.25). Ora, se a Bíblia viesse a perder a sua inspiração
após o arrebatamento, como ficariam os últimos atos do plano divino? A
propósito será com base nas Escrituras, que o Israel do Milênio será
reorganizado. Leia com atenção os últimos oito capítulos de Ezequiel.
2. A Palavra de Deus é o fundamento do
Juízo Final: Além do livro da vida, outros livros serão abertos no dia
do Juízo Final. Conclui-se, pois, que as Escrituras Sagradas lá estarão; nelas
se encontram tanto as promessas quanto os Juízos divinos (Ap 20.12). E cada um
dos juízos de Deus é para sempre (Sl 119.160).
Posto que a
Bíblia Sagrada não perderá a sua divina inspiração, quem a proclamará pós o
arrebatamento da Igreja? O Apocalipse mostra que esse trabalho ficará a cargo
dos mártires, dos cento e quarenta e quatro mil, das duas testemunhas e do anjo
que percorrerá os céus com o evangelho eterno.
3. O Espírito Santo após o arrebatamento da
Igreja: Se o Apocalipse mostra que haverá salvação nesse período e que
nesse período a Palavra de Deus continuará a ser proclamada, perguntamos:
Estará o Espírito Santo na terra durante a Grande Tribulação? Sim! Ele aqui
estará. Mas, como conciliar essa assertiva com 2 Ts 2.7?
Deixo a
resposta com o pastor Donald Stamps, comentarista da Bíblia de Estudo
Pentecostal: “No começo dos sete anos de tribulação, o Espírito Santo será
‘afastado’. Isso não significa ser Ele tirado do mundo, mas que cessará sua
influência restritiva à iniquidade e ao surgimento do Anticristo. Todas as
restrições contra o pecado serão removidas e começará a rebelião inspirada por
Satanás. O Espírito santo, todavia, agirá na terra durante a tribulação,
convencendo pessoas dos seus pecados, convertendo-as a Cristo e dando-lhes
poder (Ap 7.9,14; 11.1-11; 14.6,7)”
II.
A
PROCLAMAÇÃO DOS MÁRTIRES
Tanto no
Império Romano como em nossos dias, muitos são os torturados e mortos por amor
à Cristo. Todavia, os martírios durante ao governo do Anticristo superarão a
todas as cifras já registradas. Será o Holocausto dos holocaustos.
1. A identidade dos mártires:
Chamaremos de mártires aqueles que, na Grande Tribulação, arrepender-se-ão de
seus pecados e se recusaram a adorar a imagem da besta e a receber o seu
código. Eles são mostrados no Apocalipse como “uma multidão, a qual ninguém
podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas” (Ap 7.9).
2. A fé sob o martírio: por causa
de sua postura confessante e testemunhal, serão degolados pelo governo do
Anticristo (Ap 20.4). Eles, porém, não temerão perturbar o império do mal com o
Evangelho do Reino.
III.
A PROCLAMAÇÃO
DOS 144 MIL
Além dos
mártires oriundos de todos os povos e nações, haverá um grupo de 144 mil judeus,
que também estará confessando a Cristo durante o governo do Anticristo.
1. A identidade dos 144 mil: São
israelitas que se converterão a Cristo logo após o arrebatamento da igreja (Ap
7.1-8). E precederão a conversão nacional de Israel, que se dará no final da
Grande Tribulação (Zc 12.10). Por isso são tratados por Deus como as suas
primícias (Ap 14.3).
2. A elevada posição dos 144 mil:
Inferimos do texto sagrado, que Deus os tomará para si após os terem
assinalado. Isto porque, mais adiante, João os vê no monte Sião acompanhando o
Cordeiro (Jo 14.1). Em sua testa, o nome do Pai e do Filho.
IV.
A
PROCLAMAÇÃO DAS DUAS TESTEMUNHAS
Se bastou
Moisés para perturbar o Egito e Elias para conturbar o reino apóstata de
Israel, o que não farão dois profetas semelhantes a eles atuando conjuntamente?
É o que se dará durante o governo do Anticristo.
1.
A identidade
das duas testemunhas: Quem serão as duas testemunhas do Apocalipse?
Moisés e Elias? A Bíblia não o diz. Por isso, não quero especular sobre as suas
identidades. Aprendi que não preciso ter voz quando a Palavra de Deus se cala.
São elas as
duas oliveiras e os dois castiçais, que se encontram diante de Deus (Ap 11.4).
Os dois
profetas agitarão o reino do Anticristo, desmascarando-o como emissário de
satanás e proclamando sobre toda a terra os juízos divinos. O seu ministério
durará 1260 dias (Ap 11.1-3). Eles “têm poder para fechar o céu, para que não
chova nos dias da sua profecia; e tem poder sobre as águas para convertê-las em
sangue e para ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes quiserem”
(Ap 11.6).
2.
A morte das
duas testemunhas: Terminado o seu ministério de quarenta e dois meses, a
besta os matará. E expor-lhe-á os corpos na praça da cidade que,
espiritualmente, se chama Sodoma e Egito (Ap 11.8). E todos se alegrarão com a
sua morte.
3.
A
ressurreição das duas testemunhas: Depois de três dias e meio, Deus
enviar-lhes-á o espírito de vida, pondo-os de pé à vista de todos. Em seguida,
serão levados para o céu. Logo após o seu arrebatamento, a cidade será abalada
por um grande terremoto (Ap 11.11-13).
V.
A
PROCLAMAÇÃO DO ANJO
Agora, entra em
cena um anjo solitário, que proclama o Evangelho Eterno (Ap 14.6). Toda a terra
o ouve. Sua mensagem é de arrependimento.
1. O anjo evangelista: Os anjos são
criaturas divinas, cuja função é adorar a Deus e zelar pelos que hão de herdar
a vida eterna (Is 6.1-3; Hb 1.14). No Apocalipse, são encarregados de ministrar
os juízos divinos.
2. O Evangelho Eterno: O que é o
Evangelho Eterno? É o evangelho que pregamos e, que às vezes, é chamado de
Evangelho do Reino (Mt 24.14). É o evangelho que vem sendo proclamado desde o
Gênesis. Sim, é o evangelho que, um dia, Abraão ouviu do próprio Deus (Gl 3.8).
Será este também o evangelho a ser anunciado por ocasião do governo do
Anticristo.
3. A mensagem de arrependimento:
Não obstante a Igreja já ter sido arrebatada, Deus, em seu inexplicável amor,
continuará a estender a sua graça a um mundo perverso e impenitente. Através de
seu anjo, insta a todos ao arrependimento: “Temei a Deus e daí-lhe glória,
porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e
o mar, e as fontes das águas” (Ap 14.7). Mesmo na pior apostasia da humanidade,
Deus insistirá com os filhos de Adão, buscando levá-los ao arrependimento.
CONCLUSÃO
Conforme vimos,
a Palavra de Deus será amplamente proclamada durante a Grande Tribulação. E
muitas serão as conversões nesse período. Deus não ficará sem testemunho.
Os crentes
desta geração, porém, porfiaremos por tomar parte no arrebatamento da Igreja.
Se hoje já enfrentamos dificuldades para professar a santíssima fé, quanto mais
naqueles dias. Este é o momento da oportunidade. Por que desperdiçar um momento
como este? Maranata! Ora vem, Senhor Jesus
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 2º/2012
Comentarista: Claudionor de Andrade
Tema Central: AS SETE CARTAS DO APOCALIPSE – A mensagem final de
Cristo à Igreja
Páginas: 77 - 83
Nenhum comentário:
Postar um comentário