Texto Áureo: João 14.12
Verdade Prática: Milagre é uma
intervenção sobrenatural nas leis fixas da natureza, com o propósito de demonstrar a divindade de
Cristo.
Leitura Bíblica: Mateus 11.4,5; João 20.30,31
Lição 11
INTRODUÇÃO
Milagre
é uma palavra cuja etimologia comporta outros vocábulos, como prodígio,
maravilha e sinal, que se referem ao assombro e espanto causados por evento
incomum ou inexplicável. É um acontecimento ou um efeito no mundo físico,
separado das leis da natureza.
I.
EM QUE
CONSISTE UM MILAGRE
1.
Diferença
entre o dom de fé e um milagre: A operação do dom de fé tem algo
semelhante a um milagre. Ambos, porém, se distinguem no seguinte aspecto: O
primeiro atina sem que, às vezes, seja visto o seu efeito instantâneo, enquanto
o segundo tem efeito imediato.
2.
Diferença
entre os dons de curar e a operação de milagres: Quando Jesus disse a
Pedro...”Vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e,
abrindo-lhe a boca, acharás um estáter. Toma-o e entrega-lhes por mim e por ti”
(Mt 17.27), aí ocorreu o milagre, evidenciado pelo aparecimento da moeda de que
falou o Senhor. Este feito maravilhoso não tem relação alguma com os dons de
curar.
II.
FINALIDADE
DOS MILAGRES DE JESUS
Os
milagres de Jesus visavam a salvação das almas e a glória de Deus.
1.
O milagre que
Jesus não operou: Houve milagres no Antigo Testamento, inclusive para
castigo, realizados por Moisés, no Egito (Ex 7.12-14); Elias, que mandou descer
fogo do céu para consumir as tropas do rei Acazias (2 Rs 1.9-14); Elizeu, para
castigar os rapazes que zombavam dele (2 Rs 2.23,24).
Jesus
não operou algum milagre desta natureza. Pelo contrário, quando os samaritanos
lhes negaram hospedagem e “Tiago e João perguntaram: Senhor, queres que
mandemos descer fogo do céu para os consumir?” Jesus, os repreendeu, e disse:
“Vós não sabeis de que espírito sois. Pois o Filho do homem não veio para
destruir as almas dos homens, mas para salvá-las” (Lc 9.52-56).
2.
A operação de
milagres não exclui a fé: À semelhança da cura pela fé, o milagre
depende tanto da confiança do que ministra como das promessas envolvidas. A
incredulidade que impede a manifestação dos dons de curar também impossibilita
a operação de milagres. Foi o que aconteceu no ministério de Jesus, conforme o
relato de Mateus sobre o que ocorreu entre os habitantes de Nazaré: “E ele não
fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles” (Mt 13.58).
É
provável que Cristo tenha ensinado isto a todos os seus ouvintes. Talvez, por
isso, lemos: “E quando se aproximava da descida do Monte das Oliveiras, toda a
multidão dos discípulos passou, jubilosa, a louvar a Deus em alta voz, por
todos os milagres que tinham visto” (Lc 19.37).
3.
Os milagres
de Cristo foram a confirmação do seu ministério: Constituem as
credenciais do seu ministério espiritual e divino. São o prenúncio de uma
redenção universal a ser realizada pelo Filho de Deus.
Pedro,
ao pregar no dia de Pentecostes, disse que “Jesus, o Nazareno, foi varão
aprovado por Deus com milagres, prodígios e sinais” (At 2.22). Isto nos ensina
que os feitos maravilhosos de Cristo visavam a glória de Deus e o retorno da
criatura ao Criador. Certamente, por isso, a observação do Senhor: “... credes
nas obras; para que possais saber e compreender que o pai está em mim, e eu
estou no Pai” (Jo 10.38).
III.
O ILIMITADO
PODER MIRACULOSO DE JESUS
1.
Diversidade
de milagres: Querem nos convencer que existem pregadores
“especialistas” em certos tipos de milagres. Se isto é verdade, no entanto, é
diferente do poder miraculoso de Cristo.
Em
três capítulos de Lucas, encontramos quatro milagres na cura de diferentes
enfermidades, que evidenciam o ilimitado poder do Senhor Jesus sobre os tipos
de doença. Isto abona as palavras de Mateus: Jesus curava “toda sorte de
doenças e enfermidades” (Mt 4.23).
2.
Evidências de
milagres: No caso da sogra de Pedro, lemos: “Inclinando-se ele para ela,
repreendeu a febre e esta a deixou e logo se levantou” (Lc 4.39a). O mesmo
aconteceu na cura do leproso: “E ele estendendo a mão, tocou-lhe dizendo:
quero, ficar limpo! E no mesmo instante desapareceu a lepra” (Lc 5.13). Ao
paralítico, Jesus disse: “Eu te ordeno: Levanta-te, toma o teu leito e vai para
casa. Imediatamente se levantou diante deles e, tomando o leito em que
permanecera deitado, voltou para casa” (Lc 5.24,25).
3.
Resultado dos
milagres de Cristo: A sogra de Pedro “logo se levantou, passando a servi-los”
(Lc 4.39b). Após a cura do leproso, “o que se dizia a seu respeito, cada vez
mais se divulgava e grandes multidões afluíam para ouvi-lo e serem curados das
suas enfermidades” (Lc 5.15). Já o paralítico “voltou para casa, glorificando a
Deus. Todos ficaram atônitos, davam glória a Deus e, possuídos de temor,
diziam: Hoje vimos prodígios” (Lc 5.25,26). Do cego de Jericó se diz: “e
segui-o glorificando a Deus” (Lc 18.43). Estes são os resultados dos milagres
de Cristo: honrar e glorificar a Deus. Isto Ele conseguiu!
4.
O significado
dos milagres: os milagres operados na cura dos enfermos são testemunhas
da repreensão de todo o sofrimento.
Um
dia, cumprir-se-á esta predição: “Nenhum morador de Jerusalém dirá: Estou
doente...” (Is 33.24). “E, já não haverá pranto nem dor” (Ap 21.4).
IV.
MILAGRES NO
MUNDO ESPIRITUAL (MC 5.2-20)
1.
A grandeza do
milagre: Esta reflete na terrível situação em que se encontrava o
gadareno, vítima de uma opressão demoníaca. Possesso de uma legião de demônios,
despedaçava cadeias e grilhões, e ninguém podia subjuga-lo. “Vivia pelos
sepulcros e pelos montes, ferindo-se com pedras”. Era o temor de toda a
vizinhança e o assombro dos feiticeiros. Mas Jesus o libertou (Mc 5.12,13).
2.
A realidade
do milagre: O espírito maligno torna o ser humano inquieto, e deixa-o
sem tempo para adorar a Deus. O homem, que nem a corrente o prendia, ficou são.
O espírito de imoralidade, que o obrigava a andar nu, foi embora. Liberto por
Jesus vestiu-se. Repreendida a loucura, responsável pelos desatinos que os homens
praticam, o gadareno é encontrado em “perfeito juízo” (v 15).
3.
O resultado
do milagre: Todos os feitos miraculosos de Jesus eram acompanhados de
grandes e benéficos resultados. Decápolis era o nome dado à região ao sul do
Mar da Galiléia, na qual existiam dez cidades. Antes, aterrorizadas, agora
desfrutam tranquilidade e paz. Eis o motivo: “Então ele foi, e começou a
proclamar em Decápolis tudo o que Jesus lhe fizera” (v 20).
4.
O que este
milagre representa: Quando Jesus expulsava os demônios, revelava a ação
e a força divinas que invadiam o reino de Satanás, aniquilando-o. É o que
deduzimos, quando lemos Mt 25.41; 1 Jo 3.8.
V.
O MILAGRE
SOBRE O PODER DAS CIRCUNSTÂNCIAS (JO 6.5-14)
1.
O impossível
das circunstâncias: Em todos os tempos, em diversos lugares e em muitos
casos, diferentes circunstâncias revelam-se como o impossível dos homens, e
dominam indivíduos, famílias, comunidades e nações, sujeitando-os a aflições
irresistíveis. A presença de Jesus altera tudo. Era tarde, o lugar deserto, não
tinham dinheiro e nem onde comprar. Era humanamente impossível prover alimento
para milhares de famintos ali presentes. Aí deu-se o milagre (vv 11,12).
2.
Provas
visíveis do milagre: Enquanto os incrédulos alegam que os israelitas
passaram o Mar Vermelho a pé enxutos, beneficiados por um fenômeno esporádico
da natureza, e advogam que o milagre da transformação da água em vinho em Caná
da Galiléia deu-se, por estrarem as talhas avinhadas, silenciam diante da
multiplicação dos pães, no deserto.
3.
Efeitos do
milagre: Os milagres de Jesus foram eficientes e ocasionais para
gerarem efeitos que chocavam e despertavam as consciências adormecidas: “Vendo,
pois, os homens os sinais que Jesus fizera, disseram: Este é verdadeiramente o
profeta que deveria vir ao mundo” (v 14). Os milagres são meios divinos de
confirmação da Palavra de Deus.
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 2º/ 1994
Comentarista: Estevam Ângelo de Souza
Tema Central: Jesus Cristo Ferido de Deus
Páginas: 51 - 54
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