quinta-feira, 20 de setembro de 2012

OS MILAGRES DE CRISTO


Texto Áureo: João 14.12
Verdade Prática: Milagre é uma intervenção sobrenatural nas leis fixas da natureza, com o  propósito de demonstrar a divindade de Cristo.
Leitura Bíblica: Mateus 11.4,5; João 20.30,31

Lição 11


INTRODUÇÃO


Milagre é uma palavra cuja etimologia comporta outros vocábulos, como prodígio, maravilha e sinal, que se referem ao assombro e espanto causados por evento incomum ou inexplicável. É um acontecimento ou um efeito no mundo físico, separado das leis da natureza.

I.                   EM QUE CONSISTE UM MILAGRE

1.      Diferença entre o dom de fé e um milagre: A operação do dom de fé tem algo semelhante a um milagre. Ambos, porém, se distinguem no seguinte aspecto: O primeiro atina sem que, às vezes, seja visto o seu efeito instantâneo, enquanto o segundo tem efeito imediato.
2.      Diferença entre os dons de curar e a operação de milagres: Quando Jesus disse a Pedro...”Vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter. Toma-o e entrega-lhes por mim e por ti” (Mt 17.27), aí ocorreu o milagre, evidenciado pelo aparecimento da moeda de que falou o Senhor. Este feito maravilhoso não tem relação alguma com os dons de curar.

II.                FINALIDADE DOS MILAGRES DE JESUS

Os milagres de Jesus visavam a salvação das almas e a glória de Deus.
1.      O milagre que Jesus não operou: Houve milagres no Antigo Testamento, inclusive para castigo, realizados por Moisés, no Egito (Ex 7.12-14); Elias, que mandou descer fogo do céu para consumir as tropas do rei Acazias (2 Rs 1.9-14); Elizeu, para castigar os rapazes que zombavam dele (2 Rs 2.23,24).
Jesus não operou algum milagre desta natureza. Pelo contrário, quando os samaritanos lhes negaram hospedagem e “Tiago e João perguntaram: Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?” Jesus, os repreendeu, e disse: “Vós não sabeis de que espírito sois. Pois o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las” (Lc 9.52-56).
2.      A operação de milagres não exclui a fé: À semelhança da cura pela fé, o milagre depende tanto da confiança do que ministra como das promessas envolvidas. A incredulidade que impede a manifestação dos dons de curar também impossibilita a operação de milagres. Foi o que aconteceu no ministério de Jesus, conforme o relato de Mateus sobre o que ocorreu entre os habitantes de Nazaré: “E ele não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles” (Mt 13.58).
É provável que Cristo tenha ensinado isto a todos os seus ouvintes. Talvez, por isso, lemos: “E quando se aproximava da descida do Monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos passou, jubilosa, a louvar a Deus em alta voz, por todos os milagres que tinham visto” (Lc 19.37).
3.      Os milagres de Cristo foram a confirmação do seu ministério: Constituem as credenciais do seu ministério espiritual e divino. São o prenúncio de uma redenção universal a ser realizada pelo Filho de Deus.
Pedro, ao pregar no dia de Pentecostes, disse que “Jesus, o Nazareno, foi varão aprovado por Deus com milagres, prodígios e sinais” (At 2.22). Isto nos ensina que os feitos maravilhosos de Cristo visavam a glória de Deus e o retorno da criatura ao Criador. Certamente, por isso, a observação do Senhor: “... credes nas obras; para que possais saber e compreender que o pai está em mim, e eu estou no Pai” (Jo 10.38).

III.             O ILIMITADO PODER MIRACULOSO DE JESUS

1.      Diversidade de milagres: Querem nos convencer que existem pregadores “especialistas” em certos tipos de milagres. Se isto é verdade, no entanto, é diferente do poder miraculoso de Cristo.
Em três capítulos de Lucas, encontramos quatro milagres na cura de diferentes enfermidades, que evidenciam o ilimitado poder do Senhor Jesus sobre os tipos de doença. Isto abona as palavras de Mateus: Jesus curava “toda sorte de doenças e enfermidades” (Mt 4.23).
2.      Evidências de milagres: No caso da sogra de Pedro, lemos: “Inclinando-se ele para ela, repreendeu a febre e esta a deixou e logo se levantou” (Lc 4.39a). O mesmo aconteceu na cura do leproso: “E ele estendendo a mão, tocou-lhe dizendo: quero, ficar limpo! E no mesmo instante desapareceu a lepra” (Lc 5.13). Ao paralítico, Jesus disse: “Eu te ordeno: Levanta-te, toma o teu leito e vai para casa. Imediatamente se levantou diante deles e, tomando o leito em que permanecera deitado, voltou para casa” (Lc 5.24,25).
3.      Resultado dos milagres de Cristo: A sogra de Pedro “logo se levantou, passando a servi-los” (Lc 4.39b). Após a cura do leproso, “o que se dizia a seu respeito, cada vez mais se divulgava e grandes multidões afluíam para ouvi-lo e serem curados das suas enfermidades” (Lc 5.15). Já o paralítico “voltou para casa, glorificando a Deus. Todos ficaram atônitos, davam glória a Deus e, possuídos de temor, diziam: Hoje vimos prodígios” (Lc 5.25,26). Do cego de Jericó se diz: “e segui-o glorificando a Deus” (Lc 18.43). Estes são os resultados dos milagres de Cristo: honrar e glorificar a Deus. Isto Ele conseguiu!
4.      O significado dos milagres: os milagres operados na cura dos enfermos são testemunhas da repreensão de todo o sofrimento.
Um dia, cumprir-se-á esta predição: “Nenhum morador de Jerusalém dirá: Estou doente...” (Is 33.24). “E, já não haverá pranto nem dor” (Ap 21.4).

IV.             MILAGRES NO MUNDO ESPIRITUAL (MC 5.2-20)

1.      A grandeza do milagre: Esta reflete na terrível situação em que se encontrava o gadareno, vítima de uma opressão demoníaca. Possesso de uma legião de demônios, despedaçava cadeias e grilhões, e ninguém podia subjuga-lo. “Vivia pelos sepulcros e pelos montes, ferindo-se com pedras”. Era o temor de toda a vizinhança e o assombro dos feiticeiros. Mas Jesus o libertou (Mc 5.12,13).
2.      A realidade do milagre: O espírito maligno torna o ser humano inquieto, e deixa-o sem tempo para adorar a Deus. O homem, que nem a corrente o prendia, ficou são. O espírito de imoralidade, que o obrigava a andar nu, foi embora. Liberto por Jesus vestiu-se. Repreendida a loucura, responsável pelos desatinos que os homens praticam, o gadareno é encontrado em “perfeito juízo” (v 15).
3.      O resultado do milagre: Todos os feitos miraculosos de Jesus eram acompanhados de grandes e benéficos resultados. Decápolis era o nome dado à região ao sul do Mar da Galiléia, na qual existiam dez cidades. Antes, aterrorizadas, agora desfrutam tranquilidade e paz. Eis o motivo: “Então ele foi, e começou a proclamar em Decápolis tudo o que Jesus lhe fizera” (v 20).
4.      O que este milagre representa: Quando Jesus expulsava os demônios, revelava a ação e a força divinas que invadiam o reino de Satanás, aniquilando-o. É o que deduzimos, quando lemos Mt 25.41; 1 Jo 3.8.

V.                O MILAGRE SOBRE O PODER DAS CIRCUNSTÂNCIAS (JO 6.5-14)

1.      O impossível das circunstâncias: Em todos os tempos, em diversos lugares e em muitos casos, diferentes circunstâncias revelam-se como o impossível dos homens, e dominam indivíduos, famílias, comunidades e nações, sujeitando-os a aflições irresistíveis. A presença de Jesus altera tudo. Era tarde, o lugar deserto, não tinham dinheiro e nem onde comprar. Era humanamente impossível prover alimento para milhares de famintos ali presentes. Aí deu-se o milagre (vv 11,12).
2.      Provas visíveis do milagre: Enquanto os incrédulos alegam que os israelitas passaram o Mar Vermelho a pé enxutos, beneficiados por um fenômeno esporádico da natureza, e advogam que o milagre da transformação da água em vinho em Caná da Galiléia deu-se, por estrarem as talhas avinhadas, silenciam diante da multiplicação dos pães, no deserto.
3.      Efeitos do milagre: Os milagres de Jesus foram eficientes e ocasionais para gerarem efeitos que chocavam e despertavam as consciências adormecidas: “Vendo, pois, os homens os sinais que Jesus fizera, disseram: Este é verdadeiramente o profeta que deveria vir ao mundo” (v 14). Os milagres são meios divinos de confirmação da Palavra de Deus.


Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 2º/ 1994
Comentarista: Estevam Ângelo de Souza
Tema Central: Jesus Cristo Ferido de Deus
Páginas: 51 - 54







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