Texto Áureo: Salmos 37.25
Verdade Prática: Mesmo em meio à
escassez, cremos que o Senhor é poderoso para suprir, em glória, todas as
nossas necessidades.
Leitura Bíblica: 2 Reis 4.1-7
Lição 06
INTRODUÇÃO
Na
lição de hoje, estudaremos acerca do cuidado do senhor para conosco e a
disposição que devemos ter em cuidar e socorrer os necessitados. Ele multiplica
nossos recursos, fazendo com que haja o bastante para todas as nossas carências
básicas. Sim, Deus utiliza o que temos para alimentar os famintos (2 Rs
4.42-44). Em o Novo testamento, o apóstolo João exorta-nos à prática do amor
verdadeiro: um sentimento que nos constrange a ser solícitos uns com os outros
e a buscar o bem dos necessitados (1 Jo 3.17,18).
I.
LUTANDO
CONTRA O IMPREVISTO
1. A viuvez: Sem dinheiro e uma
grande dívida. Eis a “herança” de uma pobre mulher, que fora surpreendida pela
repentina morte do esposo, cuja atividade era servir aos profetas do Deus
Altíssimo (2 Rs 4.1). Apesar de fiel, o homem deixou a família em uma situação
calamitosa, pois não havia comida em casa nem meios de subsistência para a
viúva e os dois filhos. A forma como a mulher dirige-se ao homem de Deus
demonstra a sua situação desesperadora, pois provavelmente ela não tinha nenhum
familiar para auxiliá-la.
Não obstante,
ela não poderia, passivamente, ver os filhos padecerem de fome e, ainda,
correndo o risco de serem levados como escravos como pagamento da dívida do
pai. Por isso, foi buscar ajuda, recorrendo ao profeta Eliseu, pois sabia que,
como homem de Deus, poderia interceder por toda a família, E você, o que faz
quando o imprevisto bate à sua porta? Desespera-se ou vai ao Senhor? Ir a Deus
significa conversar com Ele e crer em sua provisão (Sl 147.7-9; At 17.25).
2. A dívida: A Bíblia não revela o
valor da dívida deixada pelo falecido, mas o certo é que era uma alta soma,
pois seria necessário dar os dois filhos do casal como escravos para quitar o
débito (2 Rs 4.1). De acordo com a lei, o devedor que não pudesse pagar o seu
débito era obrigado a servir ao credor até o ano do jubileu (Lv 25.39,40).
O credor estava
amparado pela lei; ninguém podia repreendê-lo. Não era incomum um israelita
vender-se como escravo ou dar algum membro de sua família para saldar dívidas
(Ex 21.7; Ne 5.5). Tal situação ensina-nos que é preciso pensar no futuro de
nossa família bem como sermos zelosos com as nossas finanças, pois caso
sobrevenha-nos um imprevisto, os nossos não sofrerão determinados
constrangimentos.
3. A solução: A mulher foi ao
encontro de Eliseu, ciente de quem através dele, o Todo-Poderoso interviria. A
viúva fez algo incomum, pois raramente as mulheres conversavam com os homens
sem serem convidadas. Contudo, aquela pobre viúva não poderia intimidar-se com
as convenções humanas. A família dependia dela para sobreviver e ela,
igualmente, precisava de ajuda. Foi então que a pobre mulher decidiu
aproximar-se de Eliseu e relatou a sua triste história, levando o profeta a
encher-se de compaixão. Eliseu realiza o milagre da multiplicação do azeite e,
com a venda deste, a viúva liquida o débito do esposo e tem para si uma reserva
financeira (2 Rs 4.1-7). Ainda que não consigamos enxergar, deus sempre tem uma
solução nos momentos de angústia (Sl 50.15).
II.
DEUS AGE COM
O QUE VOCÊ TEM
1. A botija de azeite: Quando Eliseu perguntou à viúva sobre o que
ela tinha em casa, a resposta imediata da
mulher foi que não havia nada além de uma botija de azeite (2 Rs 4.2).
Essa pequena quantidade de azeite era insignificante, mas nas mãos do Senhor
tornou-se muito. Note, o profeta usou o que a mulher tinha em casa.
Eliseu
orientou-a a pedir vasos emprestados aos vizinhos, todos quantos pudesse pegar.
E depois que estivesse com as vasilhas em casa, ela deveria fechar a porta e
despejar o azeite nelas. O azeite cessou de jorrar da pequena botija quando
não havia mais vasilhas. O Deus que
servimos é um Deus de milagres. Ele multiplicou o pouco que temos (1 Rs 17.14).
2. A farinha na panela: Após dizer
que haveria seca em Israel (1 Rs 17.1), o profeta Elias recebeu a ordem divina
de ir à Sarepta, porque ali residia uma viúva que o sustentaria (1 Rs 17.8,9).
É paradoxal imaginar Elias sendo sustentado por uma mulher viúva. Entretanto, o
Senhor não se esquece dos seus filhos e desejava usar essa situação para
amparar aquela mulher necessitada, pois Ele trabalha com o pouco que temos.
Mesmo sem condições, a viúva preparou uma refeição para o profeta e este disse
que o Senhor Deus não deixaria faltar farinha na panela e nem azeite na botija
(1 Rs 17.16).
3. Cinco pães e dois peixes: Cinco
pães de cevada e dois peixinhos (Jo 6.9) foram suficientes para Jesus alimentar
uma grande multidão (Jo 6.10). Para o Senhor Jesus o lanche oferecido pelo
rapaz era o suficiente, pois ainda sobraram doze cestos cheios de pedaços de
pães (Jo 6.13). Mais uma vez vemos Deus multiplicando o pouco que temos. Ele
jamais despede os seus filhos de mãos vazias.
III.
A
PROVIDÊNCIA DIVINA
1. No Antigo Testamento:
Encontramos a provisão divina para alimentar Israel (Ex 16.15). Assim, vemos
Deus agindo na natureza e em sua criação (Ex 16.13-21; 1 Rs 17.4-6), operando
grandes milagres de multiplicação (2 Rs 4.1-7). A ocorrência desses sinais
ensina-nos a depender do Senhor dia após dia.
2. Em o Novo Testamento: Além dos
milagres para a provisão de alimentos, o Novo Testamento apresenta também a
disposição de homens e mulheres em ajudar uns aos outros, repartindo tudo o
quanto possuíam (At 4.32-37). Esses irmãos desfrutavam de um sentimento de
unidade, que os levava a vender seus bens trazendo-os para a igreja, a fim de
que o valor fosse dividido conforme as necessidades dos santos (At 4.36,37). O
que os movia era o amor fraternal que Cristo tanto ensinou (Jo 15.9-17).
Aprendemos, pois, com a igreja do século I e pratiquemos a generosidade e a
verdadeira comunhão.
3. Na atualidade: Deus pode prover
alimento para os seus filhos da maneira que Ele quiser, porém, convida-nos a
fazer parte dessa gloriosa missão que é socorrer àqueles que passam por
privações (Rm 12.9-21). O apóstolo Paulo exorta-nos a trabalhar para repartir
com aqueles que passam por dificuldades (2 Co 8.14; Ef 4.28), Tiago fala da fé
sem obras (Tg 2.14-17), e João do amor “só de palavras” (1 Jo 3.16-18). Através
da nossa vida. Deus deseja sustentar os necessitados. Não sejamos negligentes
com a nossa nobre missão.
COCLUSÃO
A história do
povo de Deus é marcada por milagres e provisões, pois o Senhor tem cuidado do
seu povo e o seu zelo é notório. Todavia, não podemos nos esquecer de praticar
o amor que o Senhor Jesus nos ensinou (Mc 12.31). O apóstolo Paulo deixou um
rico ensinamento: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos” (Gl
6.10). Deus pode e quer usar a nossa vida no alívio ao sofrimento dos que nos
rodeiam. Assistamos ao nosso próximo como gostaríamos de ser assistidos (1 Jo
3.16-18).
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 3º/2012
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Tema Central: VENCENDO AS AFLIÇÕES DA VIDA – Muitas são as aflições
do justo, mas o Senhor o livra de todas.
Páginas: 34 - 41
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