Texto Áureo: Jeremias 10.2
Verdade Prática: O que se entrega à astrologia estará sempre
confuso, A resposta que buscamos não se encontra com os astros, mas com quem os
criou e os mantém – Deus.
Leitura Bíblica: Deuteronômio 4.19; Daniel 2.25-27
Lição 6
INTRODUÇÃO
Nos meus tempos
de locutor em São Paulo, havia um astrólogo que, todas as manhãs, punha-se, com
afetação professoral, a orientar os seus consulentes. O que estes não sabiam
era como aquele aluado caldeu mapeava o zodíaco.
Num dia, ei-lo
a recortar, de jornais e revistas antigos, as suas previsões. No outro, se
chegava atrasado, trocava os prognósticos do dia anterior, dando as predições
de libra para gêmeos e assim por diante. O que ele não podia esconder era o
escorpião que sempre fora, nem o câncer que esparramava por aquela emissora.
Infelizmente,
não são poucos os filhos de Deus que, renegando os conselhos da Bíblia e
deixando de lado a diária devoção, não saem de casa sem antes ouvir o seu
horóscopo. Que ninguém se engane: isto é pecado! Assim portavam-se os
israelitas do tempo de Jeremias, e por causa disso, tiveram de colher amaríssimos
frutos.
I.
O QUE É A
ASTROLOGIA
A astrologia é
uma prática antiquíssima. Quando a Europa ainda se encontrava inculta e
desabitada, os caldeus e sumérios já percorriam os céus em busca de resposta às
suas ânsias. Haja vista os astrólogos da corte de Nabucodonosor (Dn 2.2).
1. Astrologia: A palavra astrologia
vem de dois vocábulos gregos: astro, astro + logia, estudo. A astrologia,
segundo crêem seus adeptos, é o estudo da influência dos astros no destino e no
comportamento dos homens. É conhecida também como uranoscopia.
2. Signo: Cada uma das constelações
do zodíaco que, conforme ensinam os astrólogos, indicam o destino e o caráter
dos que nascem sob a sua influência.
3. Horóscopo: Prognóstico de uma
pessoa extraído, de acordo com os defensores dessa falsa ciência, da posição em
que estavam certos astros na hora do seu nascimento.
4. Astrologia e Astronomia: Não
confundir a astrologia com a astronomia. A primeira é uma falsa ciência; a
segunda é a ciência que tem por objetivo tratar da constituição, da posição
relativa e dos movimentos dos astros.
Infere-se,
pois, ser a astrologia uma pseudo-ciência, cujo único objetivo é desviar a
humanidade do verdadeiro conhecimento de Deus exarado na Bíblia. Utilizar-se
dos préstimos da astrologia significativa, na linguagem profética, curvar-se e
adorar os exércitos dos céus, pois assim eram também conhecidas as estrelas (2
Cr 33.3).
Não podemos,
como muitos o querem, usar do texto de Mateus capítulo dois para justificar
biblicamente a astrologia. Como veremos a seguir, uma coisa nada tema ver com a
outra.
II.
O CASO DOS
MAGOS QUE FORAM VER JESUS
A belíssima
passagem de Mt 2.1-12 não pode ser tomada como defesa da astrologia. O que
vemos aqui não são astrólogos, mas um grupo de estudiosos que, embora gentios,
sabiam perfeitamente que o nascimento do Messias seria anunciado pelo
aparecimento de uma estrela singular.
Como teriam
eles se apropriado de uma informação tão privilegiada? Certamente conheciam a
profecia enunciada por Balaão? O profeta estrangeiro claramente vaticinara:
“Vê-lo-ei, mas não agora; contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma estrela
procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro que ferirá as têmporas de Moabe e
destruirá todos os filhos de sete” (Nm 24.17).
Temos nesta
mensagem uma dupla referência profética; uma mediata e outra remota; a primeira
dizia respeito aa Davi, e a segunda, ao descendente legal deste – Jesus Cristo.
Sem dúvida, a
informação do nascimento do Rei dos reis e Senhor dos senhores em Israel
espalhara-se pela classe intelectual do Oriente. Pois, como nos mostra a
própria Bíblia, havia muitos gentios que desfrutavam de grandes revelações divinas,
e ansiavam pelo advento do Filho de Deus. O que dizer de Melquisedeque? De
Balaão? De Jetro, sogro de Moisés? Ou de Jó e seus amigos? Consideremos ainda
que, sendo Daniel chefe dos magos em Babilônia (Dn 4.9), poderia ele haver
difundido a profecia da Estrela de Jacó pela classe intelectual de babilônia e
da Pérsia.
O fato de os
ilustres visitantes da manjedoura serem chamados de magos pelo evangelista não
significa que fossem dados às artes mágicas ou à astrologia. Eram eles
astrônomos que estudavam o céu a partir da ótica divina. Não fazia assim Davi?
Comprove-o pelo Sl 19. Assim não faria também o físico inglês Sir Isac Newton?
Consideremos também Daniel; embora chamado de mago na corte babilônica,
repudiava aa magia e a astrologia dos caldeus, servindo única e exclusivamente
ao Deus Vivo e Verdadeiro.
III.
POR QUE A
BÍBLIA CONDENA A ASTROLOGIA
A Bíblia
condena a astrologia de forma clara e enérgica por que:
1. É uma afronta a Deus: A
astrologia busca valorizar mais a criação do que o criador (Rm 1.25). Deus não
fez as estrelas e os astros para que os adorássemos nem a fim de que
governassem nossas vidas. Ele os criou visando o perfeito funcionamento da
mecânica celeste (Jr 31.35,36; Sl 136.7,8).
2. É uma mentira: Outra coisa não
faz a astrologia senão mentir a quantos dela se achegam. Foi o que descobriu
Nabucodonosor ao ter aquele sonho que nenhum de seus astrólogos pode
reconstituir ou interpretar (Dn 2.8,9).
Como estava
certo o rei de Babilônia! Os astrólogos outra coisa não fazem senão ganhar
tempo e trabalhar obviedades. Mentem, enganam, desviam as pessoas da verdade.
Deus, porém, não tolera os mentirosos! (Ap 21.8).
3. É uma prática que gera o pânico:
Muitas pessoas poderiam ter um dia maravilhoso. Basta-lhes, contudo, uma
consulta ao horóscopo para que o seu cotidiano se torne um inferno. O signo as
leva à depressão e ao pânico. E o que é isto senão um pavor repentino e sem
fundamento?
Se você ainda
não tem paz, volte-se para Cristo. Aceite-o agora mesmo. Ele é a resplendente
Estrela da Manhã.
4. É um pecado contra Deus: Se as
razões acima não bastam para demovê-lo dessa prática, creio que esta lhe será
suficiente: constitui-se a astrologia numa ofensa contra o Único e Verdadeiro
Deus. Eis a ordenança que o Senhor deixou aos filhos de Israel:
“Quando no meio
de ti... se achar algum homem ou mulher que fizer mal aos olhos do Senhor, teu
Deus, transpassando o seu concerto, que for, e servir a outros deuses, e se
encurvar a eles, ou ao sol, ou à lua, ou a todo o exército do céu, o que eu não
ordenei” (Dt 17.2,3).
Esta razão não
é mais do que suficiente para convencê-lo da verdade? Que atitude você tomará?
Deus exige que cada um de seus filhos adore-o em espírito e em verdade (Jo
4.24).
IV.
RAZÕES PARA
SE ABANDONAR A CONSULTA A ASTROLOGIA
Sabendo que a
astrologia é um pecado contra Deus, resta àqueles que dela tem lançado mão a
decisão de abandoná-la.
1. A Bíblia tem a resposta para todas as
nossas perguntas: Angustiados por dúvidas ou por alguma resposta que o
Pai Celeste, em sua infinita e inquestionável sabedoria, ainda não nossa
concedeu, não façamos como o rei Saul. O rei de Israel, ao invés de buscar a
Palavra de Deus, recorreu a uma pitonista, e mui triste foi o seu fim (1 Cr
10.13). O crente que consulta a astrologia, cai na mesma transgressão de Saul..
Se este é o seu caso, arrependa-se agora mesmo, e busque a inefável graça de
Cristo.
Você tem a
Palavra de Deus. Consulte-a. “A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu
coração; está é a palavra da fé, que pregamos, a saber: Se, com a tua boca,
confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou
dos mortos, serás salvos.” (Rm 10.8-11).
2. Nada precisamos temer: nossa vida está
escondida em Cristo: Os filhos de Israel foram exortados a não temerem
nem os sinais nos céus nem as previsões dos astrólogos. Como o Israel do Novo
Testamento, confiemos nas previsões que Deus nos tem feito em Cristo Jesus;
nossa vida está nEle escondida (Cl 3.1-3).
3. Não temos de estar ansiosos; entreguemos
nosso caminho a Deus: Sigamos o conselho do salmista: “Entrega o teu
caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará. Descansa no Senhor e espera
nele” (Sl 37.5-7).
CONCLUSÃO
Não se deixe
tomar pela ansiedade. Confie em Deus e fique tranquilo! A resposta que tão
aflitamente procura, somente Deus pode lha dar. Encerrando esta lição,
deixamos-lhe as palavras que Daniel se apresentou diante de Nabucodonosor rei
de Babilônia, quando este se achava desassossegado por causa de um sonho que
muito lhe turbara a alma: “O mistério que o rei exige, nem encantadores, nem
magos nem astrólogos o podem revelar ao rei; mas há um Deus no céu, o qual
revela os mistérios” (Dn 2.2,7,28).
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 4º/2000
Comentarista: Claudionor Corrêa de Andrade
Consultor Doutrinário e Teológico: Antonio Gilberto
Tema Central: NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM – Quando a
idolatria ameaça a Igreja de Cristo
Páginas: 27 - 31
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