Texto Áureo: João 3.16
Verdade Prática: A Igreja de Cristo na
Terra é a agência que ensina o caminho da salvação, e contribui, assim, para
mantê-la próspera.
Leitura Bíblica: João 15.18,19; 17.14-18
Lição 09
INTRODUÇÃO
A
história da Igreja de Cristo é por demais acidentada. Verdade triste, porém,
inegável.
A
Igreja, fundada por Cristo e por Ele guardada neste mundo mau, caracteriza-se
pelo afastamento total da idolatria, dos vícios e do pecado, em qualquer de
suas formas.
I.
A IGREJA
FORA DO MUNDO
1.
Definição de
Igreja: O sentido original do vocábulo “igreja” é “assembléia de
cidadãos efetivos e competentes, convocados para decisões importantes”. Este
termo acha-se pela primeira vez nos lábios do nosso Salvador em Mt 16.18. Ela
foi chamada para fora do mundo, para se tornar a noiva de Cristo. Geralmente,
fala-se do dia de Pentecoste como o do nascimento da Igreja, ocasião em que,
pela primeira vez, constituíram-se os seguidores de Cristo pela presença íntima
do Espírito Santo. Mas, em certo sentido, ela principiou, quando Jesus reuniu
os seus primeiros discípulos (Jo 1.37).
2.
O ódio do
mundo à Igreja de Cristo: O Senhor Jesus discorreu sobre o ódio votado
a sua igreja. Ele provém do maligno, através dos homens perversos, assim como o
amor é uma característica do reino de Cristo.
O
ódio do mundo à Igreja constitui clara distinção entre esta e aquele; entre os
filhos do maligno e os de Deus.
3.
Judeus e
gentios odiaram a Cristo e sua Igreja: O espírito do ódio, que desune
os homens entre si, uniu-os contra Cristo e sua Igreja. Os judeus viviam
completamente afastados dos gentios, mas se uniram sem distinção, em oposição a
Cristo e sua Eleita. Eles pertenciam ao mundo, não obstante as religiões que
professavam. O povo de Deus tem outra escola. Somos ensinados a odiar o pecado,
mas amar os pecadores e buscar o bem deles e de todos os homens. O espírito
malicioso e rancoroso não procede de Cristo, mas do mundo. Por isso, a Igreja
deve manter-se fora dele. Odiada pelo mesmo, ela se encontra na posição em que
Cristo a deixou.
II.
A QUEM SE
OPUNHAM E ODIAVAM?
Contra
os discípulos, Cristo e Deus, o Pai.
1.
O mundo odeia
os discípulos de Cristo: O Senhor sempre disse: “O mundo vos odeia”.
Cristo expressara a grande afeição que tinha por eles, como o maior amigo. O
ódio dos homens era para eles igual a um espinho na carne, para prova-los. As
perseguições revelariam o quanto estariam dispostos a sofrer por causa de
Cristo. Jesus indicou-lhes o trabalho a executar, mas preveniu-lhes que
passariam por duras provações.
2.
Os discípulos
odiados, porque não eram do mundo: Jesus conversando com o Pai, disse:
“Eu lhes tenho dado a tua palavra e o mundo os odiou, porque eles não são do
mundo como eu também não sou” (v 14). O mundo odeia os que seguem a Cristo, mas
ama os que lhe pertencem. Enquanto Jesus estava com os discípulos, o ódio era
votado a Ele. Por isso, o Filho rogou ao Pai que concedesse mais amor aos
discípulos odiados, para que pudessem amar os seus inimigos. Foi isso o que
Jesus ensinou (Mt 5.43-47).
3.
Os discípulos
odiados porque receberam a Palavra: Aqui, a razão do ódio aos
discípulos era por terem recebido a Palavra de Deus transmitida por Jesus,
quando a maioria das classes religiosas o rejeitava. Os que recebem a mensagem
divina e aceitam a sua boa vontade em salvá-los, podem estar certos de serem
odiados pelo mundo. Os que pregam o Evangelho pleno e denunciam as obras
malignas dos homens, de modo particular, são odiados. Preocupa-nos, quando a
Igreja recebe elogios e aplausos do mundo, pois ele ama os que são seus, e a
Igreja pertence a Cristo.
III.
A IGREJA E O
MUNDO
1.
Jesus orou:
“Não peço que os tires do mundo; e sim, que os guardes do mal” (v 15). Aqueles
que guardam a palavra de Cristo são preservados “da hora da provação” (Ap
3.10). Mas é certo que a causa, a qual constrange ao martírio, também produz a
alegria de sofrer por Cristo.
2.
A Igreja e o
exemplo de Cristo: O Filho de Deus pediu que os seus discípulos fossem
semelhantes a Ele e não se conformassem com o mundo. Os que seguem a Jesus pela
fé, devem andar como Ele andou (1 Jo 2.6). Deus ama os que estão em Cristo,
pois são novas criaturas (2 Co 5.17).
3.
O verdadeiro
cristão não é deste mundo: Esta é a razão por que é desprezado pelo
mundo, e isto é segurança para o cristão (Tg 4.4). É seu dever ter força de
caráter e graça suficiente para permanecer na liberdade para a qual foi chamado
por Cristo (Gl 5.1).
4.
A Igreja é a
coluna e a firmeza da verdade (1 Tm 3.15): A Igreja sustenta a verdade,
como uma fundação capaz de suportar um edifício. Deve mantê-la e guarda-la com
segurança, defendendo-a contra os embusteiros e falsos mestres (2 Pe 2.1). A
igreja é constituída de um povo que tem uma esperança futura, a qual deve ser
conservada pela preservação da verdade (Jo 14.3; 1 Tm 6.14).
IV.
A
INTERCESSÃO DE CRISTO
Jesus
orou, para que os discípulos permanecessem na verdade, isto é, não apenas
fossem guardados do mal, mas não deixassem de ser bons discípulos e servos
fiéis.
1.
A oração de
Jesus: “Santificai-os na verdade, a tua palavra é a verdade” (v 17).
Nosso Senhor não deseja que sejamos apenas religiosos, mas, principalmente,
santos. Por isso, este conselho e pedido: “O mesmo Deus da paz vos santifique em
tudo; e todo espírito, alam e corpo, sejam conservados íntegros e
irrepreensíveis para a vinda de Cristo” (1 Ts 5.23).
2.
A importância
da santificação na Igreja: Do ponto de vista de nosso Senhor, a
santificação é a graça desejada. Cristo deseja que a luz dos seus discípulos
brilhe mais e mais. Ele quer aa completa santificação da sua Igreja, até o dia
do Arrebatamento.
A
falta de santificação do crente desonra a Cristo, e sem a mesma, ninguém será
apresentado ao Pai. Ela, pela graça, é progressiva e todos necessitam ser
santificados mais e mais (Hb 12.14). O discípulo de Jesus não deve ser uma
pessoa que dá um passo para frente e outro para trás: “Quem é santo
santifique-se ainda mais” (Ap 22.11).
3.
O efeito
santificador da Palavra: A Bíblia tem efeito santificador: “Santifica-os
na verdade, a tua palavra é a verdade” (v 17). Ela é a verdade pura, sem
mistura, e também completa, sem deficiência. Habita em nós (Cl 3.16), e
comunica-nos a santificação divina. A Palavra é a semente do novo nascimento e
o alimento da nova vida em Cristo.
4.
A
santificação dos discípulos como ministros: Santifica-os, para que a
sua chamada ao apostolado seja ratificada no céu. Qualifica-os para o elevado
encargo, com a graça divina e os dons ministeriais. O pedido de Cristo significa
isto: “Eu os tenho chamado e eles atenderam, pai, por favor, dizem o amém a
isto. Apodera-te deles e habilita-os para o apostolado, e usa-os com o poder da
Palavra. Seja a tua mão sobre eles para que realizem a obra e sejam vitoriosos.
Santifica-os na verdade, para pregarem a verdade ao mundo”.
V.
DOIS
ASPECTOS DA PETIÇÃO DE CRISTO
1.
Destacou a
sua missão como exemplo: O Senhor falou com grande segurança de sua
própria missão: “Tu me enviaste ao mundo”. Foi designado por Deus, para dizer o
que realmente falou; fazer o que realmente realizou; e ser o que realmente foi,
para todos os que cressem no seu bendito nome (Jo 13.15).
2.
Orou pelos
discípulos comissionados: “Também eu os enviei ao mundo” (para
anunciarem a mesma doutrina que preguei). Jesus transmitiu aos discípulos de
todos os tempos a missão que Ele executou no mundo (Jo 20.21), e magnificou o
ministério que recebeu do Pai. Isto fariam em relação a Cristo, pois há
perfeita afinidade entre as duas missões, no que se refere à pregação do
Evangelho.
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 2º/ 1994
Comentarista: Estevam Ângelo de Souza
Tema Central: Jesus Cristo Ferido de Deus
Páginas: 47 - 50
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