quinta-feira, 23 de agosto de 2012

CRISTO, SUA IGREJA E O MUNDO


Texto Áureo: João 3.16
Verdade Prática: A Igreja de Cristo na Terra é a agência que ensina o caminho da salvação, e contribui, assim, para mantê-la próspera.
Leitura Bíblica: João 15.18,19; 17.14-18

Lição 09


INTRODUÇÃO


A história da Igreja de Cristo é por demais acidentada. Verdade triste, porém, inegável.
A Igreja, fundada por Cristo e por Ele guardada neste mundo mau, caracteriza-se pelo afastamento total da idolatria, dos vícios e do pecado, em qualquer de suas formas.

I.                   A IGREJA FORA DO MUNDO

1.      Definição de Igreja: O sentido original do vocábulo “igreja” é “assembléia de cidadãos efetivos e competentes, convocados para decisões importantes”. Este termo acha-se pela primeira vez nos lábios do nosso Salvador em Mt 16.18. Ela foi chamada para fora do mundo, para se tornar a noiva de Cristo. Geralmente, fala-se do dia de Pentecoste como o do nascimento da Igreja, ocasião em que, pela primeira vez, constituíram-se os seguidores de Cristo pela presença íntima do Espírito Santo. Mas, em certo sentido, ela principiou, quando Jesus reuniu os seus primeiros discípulos (Jo 1.37).
2.      O ódio do mundo à Igreja de Cristo: O Senhor Jesus discorreu sobre o ódio votado a sua igreja. Ele provém do maligno, através dos homens perversos, assim como o amor é uma característica do reino de Cristo.
O ódio do mundo à Igreja constitui clara distinção entre esta e aquele; entre os filhos do maligno e os de Deus.
3.      Judeus e gentios odiaram a Cristo e sua Igreja: O espírito do ódio, que desune os homens entre si, uniu-os contra Cristo e sua Igreja. Os judeus viviam completamente afastados dos gentios, mas se uniram sem distinção, em oposição a Cristo e sua Eleita. Eles pertenciam ao mundo, não obstante as religiões que professavam. O povo de Deus tem outra escola. Somos ensinados a odiar o pecado, mas amar os pecadores e buscar o bem deles e de todos os homens. O espírito malicioso e rancoroso não procede de Cristo, mas do mundo. Por isso, a Igreja deve manter-se fora dele. Odiada pelo mesmo, ela se encontra na posição em que Cristo a deixou.

II.                A QUEM SE OPUNHAM E ODIAVAM?

Contra os discípulos, Cristo e Deus, o Pai.
1.      O mundo odeia os discípulos de Cristo: O Senhor sempre disse: “O mundo vos odeia”. Cristo expressara a grande afeição que tinha por eles, como o maior amigo. O ódio dos homens era para eles igual a um espinho na carne, para prova-los. As perseguições revelariam o quanto estariam dispostos a sofrer por causa de Cristo. Jesus indicou-lhes o trabalho a executar, mas preveniu-lhes que passariam por duras provações.
2.      Os discípulos odiados, porque não eram do mundo: Jesus conversando com o Pai, disse: “Eu lhes tenho dado a tua palavra e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo como eu também não sou” (v 14). O mundo odeia os que seguem a Cristo, mas ama os que lhe pertencem. Enquanto Jesus estava com os discípulos, o ódio era votado a Ele. Por isso, o Filho rogou ao Pai que concedesse mais amor aos discípulos odiados, para que pudessem amar os seus inimigos. Foi isso o que Jesus ensinou (Mt 5.43-47).
3.      Os discípulos odiados porque receberam a Palavra: Aqui, a razão do ódio aos discípulos era por terem recebido a Palavra de Deus transmitida por Jesus, quando a maioria das classes religiosas o rejeitava. Os que recebem a mensagem divina e aceitam a sua boa vontade em salvá-los, podem estar certos de serem odiados pelo mundo. Os que pregam o Evangelho pleno e denunciam as obras malignas dos homens, de modo particular, são odiados. Preocupa-nos, quando a Igreja recebe elogios e aplausos do mundo, pois ele ama os que são seus, e a Igreja pertence a Cristo.

III.             A IGREJA E O MUNDO

1.      Jesus orou: “Não peço que os tires do mundo; e sim, que os guardes do mal” (v 15). Aqueles que guardam a palavra de Cristo são preservados “da hora da provação” (Ap 3.10). Mas é certo que a causa, a qual constrange ao martírio, também produz a alegria de sofrer por Cristo.
2.      A Igreja e o exemplo de Cristo: O Filho de Deus pediu que os seus discípulos fossem semelhantes a Ele e não se conformassem com o mundo. Os que seguem a Jesus pela fé, devem andar como Ele andou (1 Jo 2.6). Deus ama os que estão em Cristo, pois são novas criaturas (2 Co 5.17).
3.      O verdadeiro cristão não é deste mundo: Esta é a razão por que é desprezado pelo mundo, e isto é segurança para o cristão (Tg 4.4). É seu dever ter força de caráter e graça suficiente para permanecer na liberdade para a qual foi chamado por Cristo (Gl 5.1).
4.      A Igreja é a coluna e a firmeza da verdade (1 Tm 3.15): A Igreja sustenta a verdade, como uma fundação capaz de suportar um edifício. Deve mantê-la e guarda-la com segurança, defendendo-a contra os embusteiros e falsos mestres (2 Pe 2.1). A igreja é constituída de um povo que tem uma esperança futura, a qual deve ser conservada pela preservação da verdade (Jo 14.3; 1 Tm 6.14).

IV.             A INTERCESSÃO DE CRISTO

Jesus orou, para que os discípulos permanecessem na verdade, isto é, não apenas fossem guardados do mal, mas não deixassem de ser bons discípulos e servos fiéis.
1.      A oração de Jesus: “Santificai-os na verdade, a tua palavra é a verdade” (v 17). Nosso Senhor não deseja que sejamos apenas religiosos, mas, principalmente, santos. Por isso, este conselho e pedido: “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e todo espírito, alam e corpo, sejam conservados íntegros e irrepreensíveis para a vinda de Cristo” (1 Ts 5.23).
2.      A importância da santificação na Igreja: Do ponto de vista de nosso Senhor, a santificação é a graça desejada. Cristo deseja que a luz dos seus discípulos brilhe mais e mais. Ele quer aa completa santificação da sua Igreja, até o dia do Arrebatamento.
A falta de santificação do crente desonra a Cristo, e sem a mesma, ninguém será apresentado ao Pai. Ela, pela graça, é progressiva e todos necessitam ser santificados mais e mais (Hb 12.14). O discípulo de Jesus não deve ser uma pessoa que dá um passo para frente e outro para trás: “Quem é santo santifique-se ainda mais” (Ap 22.11).
3.      O efeito santificador da Palavra: A Bíblia tem efeito santificador: “Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade” (v 17). Ela é a verdade pura, sem mistura, e também completa, sem deficiência. Habita em nós (Cl 3.16), e comunica-nos a santificação divina. A Palavra é a semente do novo nascimento e o alimento da nova vida em Cristo.
4.      A santificação dos discípulos como ministros: Santifica-os, para que a sua chamada ao apostolado seja ratificada no céu. Qualifica-os para o elevado encargo, com a graça divina e os dons ministeriais. O pedido de Cristo significa isto: “Eu os tenho chamado e eles atenderam, pai, por favor, dizem o amém a isto. Apodera-te deles e habilita-os para o apostolado, e usa-os com o poder da Palavra. Seja a tua mão sobre eles para que realizem a obra e sejam vitoriosos. Santifica-os na verdade, para pregarem a verdade ao mundo”.

V.                DOIS ASPECTOS DA PETIÇÃO DE CRISTO

1.      Destacou a sua missão como exemplo: O Senhor falou com grande segurança de sua própria missão: “Tu me enviaste ao mundo”. Foi designado por Deus, para dizer o que realmente falou; fazer o que realmente realizou; e ser o que realmente foi, para todos os que cressem no seu bendito nome (Jo 13.15).
2.      Orou pelos discípulos comissionados: “Também eu os enviei ao mundo” (para anunciarem a mesma doutrina que preguei). Jesus transmitiu aos discípulos de todos os tempos a missão que Ele executou no mundo (Jo 20.21), e magnificou o ministério que recebeu do Pai. Isto fariam em relação a Cristo, pois há perfeita afinidade entre as duas missões, no que se refere à pregação do Evangelho.


Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 2º/ 1994
Comentarista: Estevam Ângelo de Souza
Tema Central: Jesus Cristo Ferido de Deus
Páginas: 47 - 50







Nenhum comentário:

Postar um comentário