segunda-feira, 2 de abril de 2012

A PARABOLA DO SERVO VIGILANTE

Texto Áureo: Lucas 12.37 Verdade Prática: Os verdadeiros servos de Deus esperam a volta de Jesus, com vigilância e prontidão, pois Ele virá em um momento em que menos esperamos. Época do evento: 28 d.C. Local: Cafarnaum Leitura Bíblica: Lucas 12.35-48 Lição 05 INTRODUÇÃO A parábola, uma exortação à vigilância, assemelha-se à dos dois servos, de Mt 24.45-51. O presente estudo é muito oportuno para nós, os quais vivemos numa época em que há muito descuido em relação à vinda do Senhor, não obstante surgirem os pretensos profetas do catastrofismo apocalíptico. É temerário marcar datas ou mesmo épocas. Quem o fez, expôs-se ao ridículo e ao descrédito. O importante é estar preparado para o encontro com o Senhor, em qualquer tempo. I. ATITUDE DE PRONTIDÃO, ESPERANDO O SENHOR 1. Lombos cingidos (Lc 12.35a): Segundo os costumes antigos, na Palestina,a as vestes dos homens eram longas e, nas ocasiões em que se exigia pressa, elas dificultavam os movimentos. Assim, tornava-se indispensável o uso de uma faixa em volta da cintura. Elias, o profeta, após o episódio do Carmelo, teve de correr, sob forte chuva, de lombos cingidos (1 Rs 18.46). No sentido espiritual, “lombos cingidos” significam preparação para partir a qualquer momento, quando do arrebatamento da Igreja do Senhor. É necessário ter consciência da importância deste preparo. Pedro, ao exortar quanto à santidade, ordenou que tenhamos cingidos os lombos do entendimento, e esperemos inteiramente na graça do Senhor Jesus (1 Pe 1.13). Em volta, Cristo levará os santos, os fiéis, os que, de fato, o esperam conforme sua vontade. Paulo, o apóstolo dos gentios, diz que devemos cingir os lombos com a verdade, quando fala da “armadura de Deus” (Ef 6.14). Quando os hebreus preparavam-se para sair do Egito, o Senhor os orientou sobre a Páscoa, e disse-lhes que comessem o cordeiro com os lombos cingidos, e o fizessem apressadamente (Ex 12.11). Da mesma forma, hoje, os crentes devem estar com as vestiduras espirituais bem cingidas, na espera da volta do Senhor. Não haverá tempo para o preparo de última hora. 2. Candeias acesas (Lc 12.35b): O Senhor Jesus evidenciou que, ao nos prepararmos para recebê-lo, devemos estar com a vida iluminada. O crente é luz (Mt 5.14a) e deve emiti-l no seu testemunho e até no seu corpo (Lc 11.35,36). A volta de Cristo dar-se-á no período das mais densas trevas espirituais. Tempo de engano religioso, em nome de Cristo (Mt 24.5). Estima-se que há cerca de vinte mil religiões e seitas no mundo, e cada uma diz ser portadora da verdade; época de muito ódio aos servos de Deus (Mt 24.9); ocasião de escândalos, traições e aborrecimento entre os próprios crentes (Mt 24.10); manifestação de falsos profetas (Mt 24.11); época de esfriamento do amor, pela multiplicação da iniqüidade (Mt 24.12). Jesus virá no período em que, para o mundo, será meia-noite (Mt 24.6). Diante disso, é indispensável estarmos sempre com as candeias acesas, isto é, com a vida, o testemunho e as obras em evidência (Mt 5.16). II. BEM-AVENTURADOS OSA SERVOS VIGILANTES No texto Jesus exorta os ouvintes a serem semelhantes aos homens que esperam, vigilantes, o regresso do seu senhor. O mais importante, aqui, é termos um caso extraordinário de inversão de papéis ou de atribuições entre os protagonistas da história narrada por Jesus. Normalmente, eram os empregados que serviam o banquete ao seu senhor, à sua esposa e aos convivas. Na parábola, dá-se o contrário. O patrão, ao voltar, e encontrar os seus servos de prontidão, a esperá-lo, age de modo surpreendente. Primeiro: Cinge-se; segundo: manda que eles se sentem à mesa, e terceiro: passa a servi-los! Que lição tremenda! Jesus dá a entender que os vigilantes e fiéis, terão o inimaginável privilégio de serem servidos por Ele. Em sua missão terrena, o Senhor demonstrou uma disposição diferente da dos grandes da terra, quando disse: “... o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos” (Mt 20.28). Na eternidade, Ele recompensará a cada um dos seus servos com os galardões, pela fidelidade e prontidão de cada um (Ap 2.10; Tg 1.12; Fp 4.1; 1 Co 9.25). III. O MOMENTO DA VOLTA É INCERTO Na parábola, a volta daquele senhor ocorreria na segunda ou terceira vigília da noite. Quanto a estes horários, estudiosos opinam, que o período noturno, entre os judeus, era dividido em vigílias. Durante o domínio romano, havia quatro etapas: tarde, meia-noite, cantar do galo e manhã (Mc 13.35; Mt 14.25). A Pequena Enciclopédia Bíblica (Boyer) indica que a terceira vigília ia da meia noite às três horas da madrugada; a quarta, das três às seis da manhã; naturalmente, a primeira seria das seis as nove e a segunda, das nove à meia-noite. Como lição espiritual, Jesus quis certamente ensinar que o período exato do seu retorno não permitido aos seus servos conhecer. Ele disse: “O Filho do homem virá hora que não imaginais” (Lc 12.40); “Virá o senhor daquele servo num dia em que não espera e à hora em que não sabe” (Mt 24.50). Há quem diga que Jesus já devia ter vindo em 2000, devido o cumprimento dos sinais, e toma por base Mt 24.1-8 ou outros textos bíblicos. Isso nos parece temerário. No último versículo desta passagem, vemos que tais acontecimentos indicam “o principio das dores”. O único sinal do fim, mesmo, é a pregação do Evangelho a todas as nações (Mt 24.14). Devemos falar sobre a volta de Jesus, mas nunca marcar épocas, datas ou períodos. Ele não nos autorizou isso (At 1.7). IV. OS MAUS SERVOS SÃO CSTIGADOS Jesus, ao concluir, mostra que o mau servo, o qual supõe a vinda do senhor tardia, espanca os criados, come, bebe e embriaga-se (Lc 12.45), será surpreendido pela vinda do patrão “no dia em que não o espera, e numa hora que ele não sabe”. Pior ainda: será rejeitado e terá o mesmo destino dos infiéis (Lc 12.46). Jesus conclui a parábola com uma revelação extraordinária. Ele diz que o sabedor da vontade do senhor, não se apronta nem lhe obedece, será castigado “com muitos açoites” (Lc 12.47) e o que não soube qual o desejo do seu patrão (por ignorância?) e procedeu mau,, “com poucos açoites será castigado” (Lc 12.48). De qualquer forma, notemos que haverá castigo para os maus. A diferença, apenas, é de intensidade. Finalmente, Jesus diz que “... a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao eu muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá” (Lc 12.48). Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos) Editora: CPAD Trimestre: 4º/ 1994 Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima Tema Central: Parábolas de Jesus – Ensinos que Edificam Páginas: 22 - 25

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