segunda-feira, 2 de abril de 2012

DAVI E SUA EQUIPE DE LIDERADOS

Texto Áureo: 1 Samuel 22.2 Verdade Prática: O trabalho em equipe é um princípio básico da liderança eficaz, inclusive na causa do Senhor. Se quisermos ser bem-sucedidos na obra do deus não devemos esquecer esse princípio. Leitura Bíblica: 1 Crônicas 11.10-12,20,22,24,25 Lição 05 INTRODUÇÃO Os liderados, à semelhança dos reflexos de um espelho, refletem a qualidade da liderança de seus líderes ou dirigentes. Equipes sadias, eficientes e fortes são reflexos de uma liderança competente e idônea, assim como um corpo saudável reflete a harmonia de seus membros. Não se pode minimizar a importância do trabalho em equipe, pois desde os primórdios da história bíblica vemos lideres, juntamente com seus liderados, realizando os propósitos de Deus (Ex 18.13-27). Davi demonstra ser um homem de grande capacidade para liderar Israel. Sendo povo de Deus, devemos aprender com ele esses princípios para bem nos conduzirmos na vida e na Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. I. LIDERANÇA BÍBLICA E LIDERANÇA SECULAR 1. Líder, liderança e equipe: Os especialistas no assunto definem o líder natural como alguém que, devido à sua própria personalidade empreendedora, dirige um grupo social, com a participação espontânea dos seus membros. Como bem declarou o Pregador em Ec 1.9: “nada há novo debaixo do sol”. E em relação a Davi, esta verdade não poderia ser mais bem aplicada, pois na liderança de seus homens no deserto de Judá, os mesmos princípios básicos do trabalho em equipe adotados hoje pelos modernos administradores, já eram praticados naqueles tempos pelo segundo rei de Israel. Davi, o líder escolhido por Deus, mas rejeitado e perseguido no deserto, figura de Cristo, o ungido de Deus, que foi rejeitado e perseguido por seus irmãos “segundo a carne” – os judeus. Davi, quando no deserto, humilhado, rejeitado e perseguido, fez com que um grande grupo de seguidores se achegasse a ele. Os primeiros eram em sua maioria estrangeiros em dificuldades, homens rudes e problemáticos, no entanto, Davi recebeu, acolheu, ensinou e preparou-os. Também se chegaram a Davi muitos de seus irmãos de Israel (1 Sm 22.1-5; 23.13); a princípio, eram 400 homens “em aperto, mas logo o número chegou a 600 (1 Sm 22.2; 25.13). 2. A atualidade da liderança davídica: É evidente que as circunstâncias na qual Davi desenvolveu sua liderança eram muito diferentes da nossa. Todavia, o modelo utilizado por ele em nada fica a desejar se comparado às modernas tendências em liderança da nossa sociedade globalizada. Sem dúvida Davi foi um homem que viveu à frente de seu tempo. Devemos ressaltar que os princípios que regem uma liderança eficaz são ainda os mesmos, quer tenham sido vividos nos primeiros estágios da civilização, quer sejam praticados hoje. Como negar, por exemplo, que Davi tenha sido um homem talentoso, carismático, criativo e com um alto poder de decisão (1 Sm 16.18; 18.14; 23.22; 25.13). Por outro lado, lembremo-nos de Jetro, sogro de Moisés (Ex 18.21), cujo modelo de trabalho em equipe é seguido ainda hoje tanto por cristãos como por não-cristãos. Isto porque os princípios de liderança são universais e, portanto, podem ser aplicados a todas as épocas, todos os povos e em todos os lugares. Nesse sentido há, por conseguinte. Muita coisa em comum entre a liderança genuinamente bíblica e o atual modelo secular de liderança eficaz, aliás, aquele precedeu a este. II. A LIDERANÇA FUNDAMENTADA NO CARÁTER CRISTÃO 1. É uma liderança que agrada a Deus: O modelo bíblico de liderança é aquele centralizado no caráter. Elementos do caráter cristão como o temor de Deus, a coragem, a virtude, o altruísmo, a honestidade, etc., são postos em relevo. As técnicas mudam, mas os princípios do caráter não. Uma equipe de trabalho com esses fundamentos será bem sucedida. A sabedoria é um fator de sucesso na liderança, pois o “temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Sl 111.10). O sucesso da admirável liderança de Davi veio dos princípios bíblicos observados por ele. Basta, por exemplo, lermos algumas passagens bíblicas para chegarmos a essa conclusão. Como não nos dobramos diante do senso de justiça de Davi quando estipulou a lei da partilha (1 Sm 30.24)? Somente um homem com uma noção exata de valores aprovados por Deus podia tomar uma atitude assim. 2. Não é uma liderança à parte de Deus: O a antecessor de Davi exerceu uma liderança à parte de Deus. Em vez de esperar com “paciência no Senhor” (Sl 40.1), assim como Davi, Saul era demasiadamente precipitado. Na realidade, a liderança de Saul refletia simplesmente o seu caráter (1 Sm 15.1-35), pois ele não conseguia enxergar-se como dependente da direção divina III. DAVI E SUA EQUIPE A expressão “Davi e seus homens” aparece por diversas vezes nos livros de Samuel (1 Sm 18.27; 24.2; 25.13; 2 Sm 5.6,21; 15.14; 16,13). Todas estas passagens mostram que tal expressão pode perfeitamente ser lida como “Davi e sua equipe”. De fato, Davi possuía mais do que um grupo, ele tinha uma equipe coesa, harmônica, íntegra e submissa. 1. Distinguindo uma equipe de um grupo: Há diferença entre os termos “grupos” e “equipe”. Basicamente essa diferença se situa na área das relações interpessoais, no objetivo comum e na própria essência daquilo que seja um grupo ou uma equipe. Só há uma equipe quando existe um devido relacionamento entre seus membros. Isso nos lembra a parábola da “casa dividida”, a qual o Mestre se referiu em Mt 12.25. A equipe de Davi era unânime, irmanada, vinculada, integrada e ainda contava com heróis individuais, os chamados “valentes de Davi” (2 Sm 23.8). De acordo com a Escritura, nessa equipe bem treinada “o menor valia por cem homens, e o maior, por mil” (1 Cr 12.14 – ARA). Era uma equipe em ação com um objetivo comum, dado por Deus, e não um aglomerado de homens sem um alvo específico na vida. Na autêntica liderança, cada membro da equipe é de alto valor para o seu líder. Em 2 Sm 23.14-17 e 1 Cr 11.16-19), fica evidente que isso era uma realidade na vida de Davi. Nessa ocasião, ele teve sede e desejou beber da boa água da cisterna de Belém, que estava em poder dos inimigos filisteus. Davi, ao saber que os seus homens haviam se arriscado para obtê-la, rejeitou a água e ficou com sede. Isso é que é empatia! Tal atitude só pode vir de quem não trata os membros de sua equipe como máquinas, objetos, mas como gente de carne e osso e, portanto, digna de amor, respeito e apreciação. É uma obrigação cristã reconhecer o valor das pessoas e não tratá-las com o objetos descartáveis, a serviço de nossos interesses. 2. A força do exemplo do líder: Liderança se faz com exemplo. Por que o povo de Israel se rendia à liderança de Davi? A escritura registra: “Porém todo o Israel e Judá amavam Davi, porquanto saía e entrava diante deles” (1 Sm 18.16). Davi liderava pelo seu exemplo vinculado ao amor e ao altruísmo. CONCLUSÃO Sem dúvida Davi foi um líder talentoso, no entanto, muito mais do que talento, Davi amava a Deus e cuidava do seu caráter. Ele, em suas fraquezas, descuidos e tentações, cometeu pecados, como é claramente mostrado nas Escrituras, mas venceu pela sua fé e devoção a Deus. Ele era um servo do Senhor disposto a se retratar, a valorizar o outro e a liderar pelo seu exemplo. Pela providência divina e por seus princípios de liderança fundamentados no caráter integro, Davi formou uma equipe de trabalho vitoriosa. Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos) Editora: CPAD Trimestre: 41º/2009 Comentarista: José Gonçalves Consultor Doutrinário e Teológico: Antonio Gilberto Tema Central: Davi – As vitórias e as derrotas de um homem de Deus Páginas: 35 - 41

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