Texto Áureo: 1 Coríntios 3.6
Verdade Prática: A Bíblia ensina as estratégias e as técnicas de se
plantar igrejas tanto em nosso próprio país, como no campo missionário.
Leitura Bíblica: Atos 13.1-4; 14.20-28
Lição 09
INTRODUÇÃO
O mesmo
principio usado para se iniciar congregações em nossos bairros, ou cidades
vizinhas, serve para se plantar igrejas locais no campo missionário. Hoje vamos
estudar as estratégias usadas pelo apóstolo Paulo.
I. AS SINAGOGAS COMO PLATAFORMA
1. Nas sinagogas: Em todas as
grandes cidades, Paulo procurava logo uma sinagoga. Como judeu e mestre da Lei,
tinha acesso à palavra, e não perdia a oportunidade de falar de Jesus. Quando
não lhe era permitido pregar aos judeus, dirigia-se aos gentios. Ele usou essa
estratégia em Chipre (13.5), Antioquia da Pisidia (13.14), Icônio (14.1),
Tessalônica (17.1,2), Beréia (17.10-12), Atenas (17.17), Corinto (18.4) e Éfeso
(18.19). As sinagogas dessas cidades serviram de base para igrejas locais. Foi
assim que o apóstolo plantou igrejas em todos esses locais. Hoje não
encontramos no campo missionário tantas sinagogas, como naqueles dias, e nem
temos tantos rabinos convertidos à fé cristã. Mas o princípio continua válido.
2. No plano cultural: Todas as
pessoas pertencem a um povo e a uma cultura, para a qual o missionário pode ser
enviado para evangelizar, plantar igrejas locais, ensinar e realizar outras
atividades missionárias. Quando se trata de alguém que está fora de sua cidade
natal ou de seu país ou de seu convívio social e converte-se à fé cristã, geralmente
sente a necessidade de falar de Jesus para os seus, e contar quão grandes
coisas o Senhor lhe fez e como teve misericórdia de si (Mc 5.19).
3. No plano religioso: Consideremos
alguém muito fervoroso em sua religião. Tendo-se Paulo convertido a Cristo,
torna-se a maior autoridade para evangelizar sua antiga comunidade de fé. Esse
é um excelente terreno para se disseminar as boas novas de salvação. Através
desse processo, as pessoas se convertem e vêm para a igreja, fazendo surgir
novas congregações. Esse método pode ser usado hoje para se plantar igrejas
locais.
4. Exemplo prático da atualidade:
Há casos de irmãos que voltam para o seu país ou para a sua cidade de origem a
fim de falar do amor de Deu. Muitos de nossos nisseis e sanseis foram para o
Japão como dekasseguis (trabalhadores estrangeiros) e não como missionários.
Entretanto, fundaram inúmeras igrejas locais. Hoje são pastores de um trabalho
que cresce e prospera.
Se o Senhor
Jesus não vier nos próximos 15 anos, nossa geração verá como os filho desses
imigrantes integrar-se-ão à sociedade e à cultura nipônica, facilitando a
evangelização do oriente: “Desde o nascente do sol até ao poente, será grande
entre as nações o meu nome...diz o SENHOR dos Exércitos” (Ml 1.11).
II. AS CAMPANHAS OU CRUZADAS EVANGELISTICAS
1. Campanha de Chipre: A primeira viagem missionária do apóstolo
Paulo durou cerca de dois anos, 48
a 49 d.C. O verbo grego dierchomail, “atravessar”, usado
nesta expressão: “Atravessado AA ilha até Pafos” (13.6), dá a idéia de campanha
evangelística. O Dr. Sir William Ramsay, arqueólogo que investigou o livro de
Atos, constata que Lucas não cometeu nenhum erro ao mencionar os 32 países, as
54 cidades e as 9 ilhas em
Atos. Ele diz que o referido verbo significa “uma turnê
evangelística em toda a ilha”.
2. Em Listra e Derbe: O texto
sagrado diz: “Ali pregavam o evangelho” (14.7). O contexto mostra que Paulo e
Barnabé fizeram uma cruzada evangelística entre os gentios. Constata-se isso em
decorrência do movimento provocado pelos moradores da região em virtude da cura
do coxo de nascença, e por haverem confundido Paulo e Barnabé com divindades
romanas, mercúrio e Júpiter (14.8-14).
3. As campanhas da atualidade: Há
os que criticam as campanhas ou cruzadas evangelísticas. Esse método de
evangelização é usado em muitas partes do mundo com resultados extraordinários.
Via de regra, os evangelistas usam ginásios de esportes, estádios de futebol,
locais de grandes concentrações com resultados extraordinários. Os resultados,
entretanto, podem ser desastrosos para a Igreja promotora do evento, quando o
pregador não preenche os requisitos espirituais exigidos pela bíblia ou quando
não há organização adequada. O problema não está nessas campanhas em si, pois o
modelo é bíblico; pode estar no propósito e no método utilizado.
III. AS DIVERSAS ESTRATÉGIAS
1. Nas casas: Paulo fundou igrejas
não somente usando as sinagogas e através de campanhas evangelísticas. Ele usou
muitas outras estratégias. Em Corínto, começou por uma sinagoga (18.4), em
seguida encontrou abrigo na casa de Tito Justo, e depois teve o apoio de
Crispo, líder da sinagoga, que logo se converteu (18.7,8). Da mesma forma,
fundou a Igreja de Filipos, na casa de uma empresaria de nome Lídia (At
16.14,15), e em Éfeso, começando por uma sinagoga (18.19), continuou nas casas
(20.20). Até hoje, a maioria das igrejas nasce nas casas dos crentes. Essa
estratégia continua a ser usada em nossos dias.
2. Nas praças: A pregação nas ruas
e praças tem dado origem a muitas igrejas locais. Há muitas localidades onde
esse trabalho não é permitido; em outros lugares não dá resultado. O apóstolo
Paulo usou essa estratégia em Atenas (At 17.17). Esse método foi, no princípio,
usado por nosso pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren. Em muitos lugares,
continua surtindo resultados. O modelo é bíblico; cabe a cada um ter o
necessário discernimento para aplicá-lo na hora e na localidade adequadas. As
praças de sua cidade podem ser uma terra fértil para semear a semente.
3. Nos centros acadêmicos: A igreja
de Atenas nasceu de um trabalho do apóstolo Paulo entre os acadêmicos (At
17.19,22, 34). O Senhor Jesus tem muitas testemunhas entre os universitários,
professores e eruditos de todo o mundo. Muitos destes organizam trabalhos
programados para alcançar os seus pares para Jesus. Muitos conseguem espaço
físico na própria instituição de ensino para reuniões, além de cultos em ação
de graças em eventos como formaturas. É um trabalho promissor, e tem suas bases
na Bíblia.
4. Os grandes centros urbanos: O
apóstolo procurava os grandes centros urbanos fundando neles igrejas. Ele
passou por inúmeras cidades em suas viagens, mas sua meta era alcançar as de
maior porte. Depois, as igrejas das grandes cidades encarregam-se de
evangelizar as cidades menores vizinhas. Éfeso era o centro das sete igrejas da
Ásia: Paulo, portanto, foi o fundador delas através da cidade de Éfeso.
CONCLUSÃO
Vimos que o
apóstolo Paulo se utilizou de inúmeros meios para alcançar as pessoas para
Cristo e com elas surgiram as Igrejas. Campanhas evangelísticas, evangelismo de
casa em casa, centros acadêmicos, ruas e praças e em outros locais, são
estratégias usadas para qualquer época da história. Os recursos eletrônicos são
bastante úteis na evangelização. Podemos resumir tudo isso nas palavras do
próprio apóstolo: “Fiz-me tudo para todos, para, por todos os meios chegar a
salvar alguns” (1 Co 9.22). Esses são os exemplos que devemos seguir para
plantar igrejas, tanto em nosso país como no campo missionário.
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 3º/2000
Comentarista: Esequias Soares
Consultor Doutrinário e
Teológico: Antonio Gilberto
Tema Central: Evangelismo e Missões
Páginas: 41 - 45
Nenhum comentário:
Postar um comentário