Texto Áureo: Apocalipse 19.7
Verdade Prática: Só participarão da
grande ceia, nas Bodas do Cordeiro, os que permanecerem fiéis, ou seja, viverem
em obediência e santificação, valorizarem o convite para a salvação.
Época do evento: 29 d.C.
Local: A Caminho de Jerusalém
Leitura Bíblica: Lucas 14.15-24
Lição 13
INTRODUÇÃO
A parábola em
estudo trata de uma lição espiritual de profundo significado evangelístico e
escatológico. Evidência a primazia de Israel, sua ingratidão ao Senhor e a
extensão do caráter universal da graça de Deus, ao propiciar o maravilhoso
convite de salvação a todos os homens, e culminar com a Ceia nas Bodas do
Cordeiro.
O mais
importante para nós, no dia 25 de dezembro, não é a comemoração do natal, mas a
garantia de participarmos da Grande Ceia, em consequência do nascimento, da
vida, morte, ressurreição e ascensão de Cristo que em breve voltará e nos
levará para as suas Bodas.
I.
O CONTEXTO
DA PARÁBOLA
1.
O dia e o
lugar (Lc 14.1): Jesus estava, em um dia de sábado, na casa de um
fariseu, no cumprimento de mais uma jornada, em sua gloriosa missão terrena.
2.
Um
ouvinte atento (Lc 14.15): Um dos que estavam à mesa não se conteve, e
disse a Jesus: “Bem-aventurado o que comer pão no reino de Deus”. De acordo com
Bailey, estudioso dos costumes orientais, “comer pão” é uma expressão
idiomática do Oriente Médio. Ela significa participar de uma refeição. Enquanto
os outros calados, aquele homem entendeu bem a mensagem de Jesus e seu sentido espiritual. Ele tinha ouvidos para
ouvir (Mt 11.15; 13.9). Não adianta admirar-se com as pregações, as mensagens e
os belos sermões, somente. É preciso entende-los. Há muitos que ouvem mas não
entendem (Mc 4.12; Lc 8.10).
II.
A GRANDE
CEIA E OS MUITOS CONVIDADOS
1.
A grande
ceia (Lc 14.16a): Sem dúvida alguma, o homem rico tipifica Deus. Os
convidados, em primeira mão, eram os judeus. Em Is 25.6, vemos uma mensagem
profética, através da qual Deus prepararia uma grande festa para Israel, no
futuro, quando a nação se convertesse espiritualmente. A grande ceia, na
parábola, prefigura o banquete, a ser realizado nos céus, por ocasião das Bodas
do Cordeiro. Dele participarão todos os que aceitaram o convite para a
Salvação, em Cristo Jesus
(Ap 19.9).
2.
O servo
sai a convidar (Lc 14.17): O dono da festa, “à hora da ceia”, mandou um
servo de confiança dizer aos convidados que tudo estava preparado e eles já
podiam vir ao banquete. Este serviçal, certamente, é uma forma genérica de
representar todo e qualquer mensageiro, enviado por Deus a Israel, dentre os
profetas e os apóstolos do Senhor. Em Mt 22.1-4, encontramos que “um certo rei”
que enviou “seus servos” a chamar os convidados e eles rejeitaram o convite.
3.
O
primeiro convite: Entendemos que os primeiros convidados foram os
israelitas. No Antigo Testamento, Deus, Javé, já convidara Israel ao
arrependimento (Jr 35.15). “... convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus
caminhos; pois por que razão morrereis, ó casa de Israel?” (Ez 33.11). Em Is
25.6, Deus promete a Israel um grande banquete. Se não bastasse o convite,
através dos profetas, Deus mandou Jesus, o Messias, como Enviado Especial (Jo
1.11). Entre os orientais, um convite só era aceito, se fosse formulado duas
vezes (Bailey). Um, antes da festa, o qual exigia a confirmação de que fora
aceito. O outro, quando tudo estivesse pronto, “à hora da ceia”. Na verdade, o
primeiro convite foi feito duas vezes a Israel. Uma, pelos profetas (Jr 35.15)
e outra, por Jesus Cristo.
4.
A
rejeição ao honroso convite (Lc 14.18-20): Nada justificava a ausência
dos convidados, com desculpas sem sentido. Vejamos o porquê:
1.
“Comprei
um campo...” (Lc 14.18): Àquela hora, era tal desculpa um insulto ou
uma falta grave não comparecer à festa. A comida já estava à mesa. À época da
parábola, ninguém comprava um campo “sem conhecer cada metro quadrado dele como
a palma da sua mão” (Bailey). Além disso, a ceia era oferecida ao escurecer do
dia. Não justificava alguém ir olhar um campo de noite. No lado espiritual,
vemos que os judeus rejeitaram a deus e a Cristo, sem razão, pois todas as
profecias apontavam para Jesus, o qual veio “na plenitude dos tempos” (Gl 4.4).
Aquele convidado é típico das pessoas que, ao ouvirem o Evangelho, rejeitam o
apelo, preocupadas com as coisas materiais. Dão mais valor
à terra do que ao Senhor Jesus.
à terra do que ao Senhor Jesus.
2.
“Comprei
cinco juntas de bois...” (Lc 14.19): Outra desculpa ridícula. No
Oriente Médio, se alguém comprava bois, examinava-os primeiro, antes de fechar
o negócio, ao observar se os animais aravam com os outros. E isso era feito à
luz do dia. No caso, o convidado disse já os ter comprado. Além disso, a ceia
era à noite e ninguém ia experimentá-los àquela hora. Mesmo com a (falsa)
cortesia da desculpa, o convidado dava mais valor aos bovinos do que ao convite
do dono da festa. Hoje, ainda acontece a mesma coisa. Há homens ricos, donos de
fazenda, que não querem ouvir o Evangelho e muito menos aceitar o convite de
Jesus. Modernamente, podemos dizer que preferem os bois, os tratores, as
máquinas agrícolas, os carros, em vez da salvação em Cristo Jesus. Os
dois tipos de convidados acima representam os que amam mais as riquezas
materiais do que as coisas espirituais, oferecidas por Jesus. São semelhantes
ao “mancebo rico” (Mc 10.21-23; Lc 18.21-24).
3.
“Casei,
Não posso ir” Lc (14.20): O que deu essa desculpa foi o mais rude,
deselegante, visto que, como os outros, já houvera recebido o convite e,
certamente, confirmado sua participação, como era o costume, e nem sequer pediu
para ser escusado. É um tipo de pessoa que ama mais os outros, ou os familiares
do que a Jesus. Casar não é errado. É da vontade de Deus. Entretanto, quem ama
mais o cônjuge do que a Cristo, não digno dele (Mt 10.37).
III.
O SEGUNDO
CONVITE
1.
A indignação
do dono da festa: Na parábola, o anfitrião, indignado, mandou que o
servo (mensageiro) saísse depressa e convidasse os indesejáveis, os pobres, os
cegos, os aleijados e os mancos. Espiritualmente, quem seriam eles?
2.
Os pobres:
Eram os gentios, considerado os deserdados das riquezas de Deus. Entretanto, na
sua graça abrangente, o Senhor convidou os que não podiam adquirir a salvação
por meios materiais. “Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que
não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde e comprai, sem
dinheiro e sem preço, vinho e leite” (Is 55.1). A princípio, o segundo convite
começou, dirigido aos proscritos de Israel (Lc 4.18), mas se estendeu aos
gentios (Mc 16.15). Num sentido mais amplo, os pobres são todos os homens, que
não possuem o suficiente para comprar a salvação (Sl 49.6-8).
3.
Os aleijados:
Os gentios eram “aleijados”, devido sua formação espiritual deformada pelas
falsas religiões do Budismo, Hinduísmo, Espiritismo, pelas filosofias, pelos
sofismas, etc. Jesus, o médico divino, trouxe a cura espiritual e física aos
enfermos (Lc 4.18).
4.
Os cegos:
Eram os que integravam “O povo que estava assentado em trevas” e “viu uma
grande luz” e “os que estavam assentados na região e sombra da morte” (Mt
4.16), para quem “a luz raiou”. Jesus veio convidar os homens a serem curados
de sua cegueira espiritual, ao se apresentar como a luz do mundo (Jo 8.12). A
Igreja do Senhor, no sentido universal e local, precisa ser portadora desta
claridade para os “cegos”, convidados ao banquete da salvação, pois “tudo está
preparado”.
5.
Os mancos:
Eram os que não tinham firmeza na sua fé. Coxeavam entre dois pensamentos (1 Rs
18.21). Hoje, ainda há muitos mancos espirituais. Mas Deus quer lhes dar
firmeza em seus passos (Sl 40.2).
IV. O ÚLTIMO CONVITE
1.
Ainda há
lugar (Lc 14.22-24): O servo da parábola, obediente, sai pelas ruas e
bairros da cidade e convida os indesejáveis já descritos (Lc 14.21) e volta ao
seu Senhor e lhe diz, surpreendentemente, que fez como ordenado, mais ainda há
lugar. É uma figura espiritual da grandeza do reino de Deus. Por mais que se
pregue o Evangelho, enquanto a porta não se fechar, sempre haverá lugar para um
pecador arrependido que atenda ao convite de Jesus. Ele disse: “Vinde a mim,
todos...” (Mt 11.28).
2.
Forçados a
entrar (Lc 14.23): Como a casa não ficou cheia, o dono da festa ordenou
que fosse levado um terceiro e último convite aos que estavam pelos “caminhos e
valados”, desejoso de que mais viessem pessoas à ceia! Vemos, aí, uma figura da
graça de Deus e do seu imensurável amor para com os perdidos. Pelos caminhos e
valados estão os mais miseráveis do mundo, os piores pecadores. A Igreja de Jesus
deve levar o Evangelho aos bêbados, aos drogados, às prostitutas e aos
prostitutos, aos homossexuais, aos meninos de rua, lembrando que tais pessoas
podem estar tanto na periferia das cidades, como nas escolas, nas universidades
ou nos palacetes, que, espiritualmente, são lugares de miséria. Este convite é
o da última hora, antes da vinda de Jesus. Na realidade, hoje, a igreja tem de
“forçar” as pessoas a ouvirem o Evangelho, nas ruas, praças e casas (pregação
fora de moda, para muitos), no rádio, etc., para incomodar os ímpios com a
mensagem da salvação. Deus nos ajude nesta contribuição, para que a Casa do
Senhor esteja cheia de convidados, na realização das Bodas do Cordeiro. Amém
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 4º/ 1994
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Tema Central: Parábolas de Jesus – Ensinos que Edificam
Páginas: 60 - 64
Maravilhosa explicacao muito edificante para minha vida e meu ministério. Que Deus continue o agraciado com vasto conhecimento da palavra.
ResponderExcluirMuito bom! Estamos estudando as parábolas de JESUS e utilizarei seus comentários para edificação da igreja.
ResponderExcluirMuito bom. Gostei estou estudando sobre as parábolas de Jesus e utilizei também seus comentários.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMuito bom. Obrigado por compartilhar.
ResponderExcluirGOSTEI MUITO TBM...
ResponderExcluirCERTAMENTE SERÁ DE MUITO BOM PROVEITO PARA A EDIFICAÇÃO DA IGREJA...
TBM SOU PROFESSOR DA EBD E USAREI NA LIÇÃO...
ESTAMOS ESTUDANDO SOBRE AS PARÁBOLAS DE JESUS...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMuito bom comentário vou aplicar no culto de ensino Deus continue abençoando vcs
ResponderExcluirPorque se agride religiões como falsas? Jesus pede tanto que não julgaivos uns aos outros? Que um dia exista compreensão para todos os homens, falta tanta humildade....
ResponderExcluirExcelente interpretação
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