Texto Áureo: Deuteronômio 11.29
Verdade Prática: A verdadeira prosperidade é o resultado de um
correto relacionamento com Deus e da obediência à sua Palavra.
Leitura Bíblica: Deuteronômio 11.26-32
Lição 03
INTRODUÇÃO
Nesta lição,
veremos que, no Antigo Testamento, há muitas e grandiosas promessas para
Israel. Mas também, há muitas advertências para esse mesmo povo, caso viesse a
desobedecer a Deus. Os capítulos 27 e 28 de Deuteronômio, em bora destinados
aos israelitas, deveriam ser lidos por todos os crentes, pois os seus
princípios são universais.
Em ambas as
passagens, somos alertados quanto ao perigo da desobediência. Mas, lembre-se de
uma coisa muito importante: não devemos obedecer a Deus apenas para ser
abençoados, mas porque o amamos com todo o nosso ser e com toda a nossa alma.
I.
OBEDIÊNCIA,
UM FIRME FUNDAMENTO.
- Deus fala e quer ser ouvido: Moisés chama a atenção do povo para a necessidade de se “ouvir a voz do Senhor”, como condição indispensável para um viver próspero (Dt 28.1). Isto porque as bênçãos do Senhor são fundamentadas em sua Palavra e qualquer promessa deve estar condicionada àquilo que ela diz. No discurso de Moisés, há uma extensa lista de bênçãos que viriam em virtude de uma resposta positiva à Palavra de Deus (Dt 28.1-14).
Observe que o
texto não afirma que as bênçãos virão automaticamente, mas em virtude de se
ouvir a voz divina (Dt 28.1). Esse dado reforça o fato de que as bênçãos
existem e estão disponíveis para serem desfrutadas, mas estão condicionadas a
um relacionamento correto com a Palavra de Deus. O Senhor não se responsabiliza
por aquilo que alguém acrescentou à sua Palavra, acreditando ser parte dela (Dt
4.2; 18.21,22).
- A obediência e suas reais motivações: Em Deuteronômio, observamos que a verdadeira obediência a Deus deve ser motivada por um coração amoroso e grato. Logo, o relacionamento do crente com o Senhor é a bênção que engloba todas as demais. Não havia, portanto, uma relação de troca ou barganha. A obediência era uma forma de amorosa gratidão no relacionamento com Deus. A desobediência quebrava tal relação (Dt 28.15).
Através da
observância da Palavra de Deus, Israel poderia experimentar a verdadeira
prosperidade. A condição para tal pode ser resumida na frase encontrada várias
vezes no Pentateuco: “Se ouvires a minha voz e guardares os meus estatutos” (Ex
15.26; 19.5; Lv 26.14; Dt 28.1).
II.
DESOBEDIÊNCIA,
A CAUSA DA MALDIÇÃO
- A quebra da aliança: Em Dt 27.15-26 e 28.16-19, a maldição aparece como resultado da desobediência, ocasionando a quebra da aliança divina. Observa-se que, assim como a bênção esta associada à obediência a Deus, da mesma forma a maldição vem associada à desobediência! A lei da retribuição, tanto no seu sentido positivo como negativo, é bem clara no Antigo Testamento (Dt 28.47,48). Mas isso não significa que os justos estivessem livres de tribulações e angústias, pois os santos são constantemente provados (Jo 16.33).
- A maldição da idolatria: A maldição vez por outra alcançava o povo de Israel por causa da idolatria, que é veementemente condenada na Bíblia (Dt 27.15). O que é a Idolatria? É colocar qualquer coisa, ou pessoa, em lugar de Deus. Logo, se colocarmos os bens materiais acima de Deus, estamos incorrendo no pecado da idolatria. Isto significa também que não devemos obedecer a Deus, visando apenas as riquezas deste mundo. Temos de amá-lo e obedecer-lhe a Palavra independente de qualquer recompensa material (Mt 22.37).
III.
A OBEDIÊNCIA E
SUAS LIÇÕES
- A bênção como instrumento de proteção: Deus prometeu segurança ao povo de Israel (Dt 28.7), mas isto não descartava a possibilidade de a nação eleita passar por situações conflitosas. Aliás, muitas são as adversidades daqueles que desejam viver piamente em Cristo (2 Tm 3.12). Mas há promessas de proteção e segurança para o crente. É só confiar! Nós somos a propriedade particular de Deus (1 Pe 2.9). A ideia de um povo santo permeia toda a Escritura. Você quer ser abençoado? Então, reconheça seus limites e consagre-se inteiramente a Deus.
- Período tribal e monárquico: No período dos juízes, o povo fazia o que achava correto (Jz 21.25). Isso explica o estado de anarquia em que a nação estava mergulhada. Somente a intervenção dos juízes trazia o povo de volta à obediência, fazendo-o experimentar a bênção divina (Jz 3.7-11).
No período
monárquico, a atuação dos profetas faz-se ainda mais notória. Chamados por Deus
para clamar contra a idolatria e as injustiças sociais, os profetas falavam
tanto ao povo como aos governantes. A maior parte das profecias do Antigo
Testamento está diretamente relacionada ao combate Às injustiças sociais.
- As falsas ideias sobre maldição: Atualmente, há um ensino muito popular entre os evangélicos que associa a pobreza ao pecado e os infortúnios da vida a alguma maldição não quebrada. Esse falso ensino é também denominado de “maldição hereditária”. Crendo nessa falsa doutrina, muitos cristãos entraram numa espécie de paranoia, procurando alguma maldição para quebrar.
Um exame das
Escrituras, porém, mostra que a desobediência à Palavra de Deus, e não uma
maldição hereditária, é a causa do castigo! Ninguém necessita participar de
nenhum ritual de quebra de maldição, pois a Escritura afirma que “Cristo nos
resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós” (Gl 3.13).
CONCLUSÃO
Nesta lição,
destacamos que Deus quer fazer prosperar o seu povo e para isso deu-lhe muitas
promessas. Outrossim, precisamos deixar bem claro que o fato de um crente
passar por lutas e dificuldades não significa que ele esteja em pecado ou em
desobediência a Deus, pois o próprio Cristo alertou-nos de que no mundo seremos
afligidos (Jo 16.33). Mas que o pecado traz consequências para a vida do
crente, não o podemos negar (Gl 6.7). Por isso, devemos agir com muito
equilíbrio e sobriedade ao tratar desse assunto.
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 1º/2012
Comentarista: José Gonçalves
Consultor Doutrinário e
Teológico: Antonio Gilberto
Tema Central: A Verdadeira Prosperidade – a vida Cristã abundante
Páginas: 19 - 25
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