quarta-feira, 21 de março de 2012

A INFLUENCIA CULTURAL DA IGREJA


Texto Áureo: Gênesis 1.28
Verdade Prática: Deus nos criou como seres sociais e instrui-nos a produzir uma cultura que reflita os princípios espirituais e morais de sua Palavra.
Leitura Bíblica: Gênesis 1.26-30.

Lição 11

INTRODUÇÃO

Estudaremos, neste domingo, a influência cultural da Igreja de Cristo. Antes, porém, observaremos que a cultura, apesar de fazer parte da criação divina, foi contaminada pela Queda de nossos primeiros pais. Por essa razão, os filhos do Reino devem examinar o seu ambiente cultural com base na Bíblia Sagrada. Há relato de homens e mulheres piedosos que influenciaram a cultura dos seus dias, transformando-a pela eficácia da Palavra de Deus. É da vontade do pai que a Igreja de Cristo influencie e transforme a cultura que a cerca, apresentando-se como sal da terra e luz do mundo.

I.       A CULTURA ANTES E APÓS A QUEDA

1.      A natureza da cultura humana: Derivada do latim, a palavra “cultura” refere-se às produções sociais e aos costumes das sociedades humanas. A cultura de um povo manifesta-se através de seus hábitos, comportamentos, artes, crenças e valores. Crido por Deus, o ser humano foi por Ele dotado de extraordinária capacidade para administrar este mundo (Gn 1.28-30). Por conseguinte, a capacidade de criar e desenvolver uma cultura é dom divino. Por isso, nossa cultura pode e deve refletir o amor, a bondade e a verdade do pai Celeste. Todavia, por causa do pecado, a produção cultural do ser humano acha-se comprometida pelo mal (Gn 3.5-10,17-19). Por isso, devemos submetê-la ao crivo das Sagradas Escrituras.
2.      A cultura como beleza da criação: O Pai Eterno impregnou-se com a sua imagem e semelhança (Gn 1.26), tornando-nos capazes de pensar, criar e comunicar-nos uns com os outros e com Ele próprio. Tudo o que fazemos tem um caráter social, seja zelando pelos animais ou administrando nossa família (Gn 1,28,29). Enfim, sempre que pomos a servir ao próximo, obedecemos aos mandamentos de Deus através de nosso fazer cultural (comissão cultural). Assim, glorificamos ao Senhor (Lc 6.9).
3.      A queda manchou a cultura humana: A Bíblia afirma que o pecado subjugou a humanidade, comprometendo toda a criação de Deus. Por isso, a criatura geme e espera por sua redenção (Rm 8.19-23). Logo, nenhuma produção cultural é perfeita, porque somos imperfeitos por natureza. E uma das coisas mais danosas que podemos fazer da cultura é adorar criatura em lugar do Criador (Rm 1.18-25).

II.    EXEMPLOS BÍBLICOS DE REALCIONAMENTO CULTURAL

1.      Daniel discerne a cultura babilônica: O império de babilônia era singular em belezas artísticas, arquitetônicas, literárias e científicas. Indaga retoricamente o rei Nabucodonosor: “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real?” (Dn 4.30). Nesse contexto cultural, achava-se Daniel. Dotado de uma fé consistente e de um profundo conhecimento da lei divina, o jovem hebreu soube como discernir os prós e os contras da cultura babilônica. Ele examinava tudo e retinha o bem, conforme aconselha-nos Paulo (Dn 1.4; 2.48,49; 1 Ts 5.21).
Quando os valore de sua fé eram desfiados, Daniel não transigia nem negociava com os seus princípios espirituais, morais e éticos (Dn 1.8; 6.6-10). Através de uma postura tão firme e corajosa, fez sobressair sua fé no Deus Único e Verdadeiro. É assim que devemos agir e reagir, como o povo de Deus, em relação ao contexto cultural no qual estamos inseridos.
2.      Paulo, barnabé e a transformação cultural em Listra: Na província romana da Galácia, havia uma cidade chamada Listra. O templo de Júpiter e de Mercúrio ocupava o centro da cidade ocupava o centro da cidade, cujos habitantes, de ascendência cultural grega, acreditavam na humanização desses deuses. Segundo o poeta romano, Ovídio Júpiter e Mercúrio desceram, certa vez, à Terra, disfarçados de viajantes. Recebidos por Filemom e sua esposa, Baucis, deram ao casal, como premiação pela acolhida, a incumbência de lhes guardar o templo em Listra.
Tal crença ajuda-nos a entender melhor o capítulo 14 de Atos. A passagem narra a chegada de Paulo a Listra, onde curou um paralítico de nascença. Diante do milagre, os habitantes de Listra foram induzidos a pensar que os deuses achavam-se novamente entre eles. Por isso, chamaram a Barnabé de Júpiter e a Paulo de Mercúrio. Tal fato denota a idolatria que dominava a cultura grego-romana. Todavia, Paulo e Barnabé trataram de corrigir o engano. Assim, contrapuseram o Evangelho de Cristo à cultura pagã de Listra. E ali mesmo, estabeleceram uma igreja (At 14.21,22). Com Paulo e Barnabé, aprendemos o quanto devemos levar a sério a transformação cultural da sociedade por meio da prática da Palavra de Deus (At 17.15-34).

III. EVANGELHO, IGREJA E CULTURA

1.      Evangelho e cultura: Nascido judeu, Jesus foi educado na lei de Moisés, participou das festas anuais em Jerusalém, freqüentou as sinagogas e, como ensinador, mostrou ao povo a singularidade da mensagem evangélica. Ele participou ativamente da história e da cultura judaica (Jo 1.14; Gl 4.4). E foi entre homens comuns que o meigo nazareno anunciou a mensagem de amor e de salvação (Mt 11.19). Tudo, dentro de um contexto cultural.
2.      Igreja e cultura: A Igreja Primitiva deparou-se com várias questões de caráter cultural. Haja vista o concilio de Jerusalém (At 15). A relação entre os cristãos judeus e gentios era delicada e demandava muita diplomacia e tato por parte dos apóstolos, para que não houvesse conflitos entre ambos os grupos (Rm 2.12-16; 14.5-9). A cultura jamais deve ser motivo de divisões no seio da igreja. E uma vez que estamos inseridos num ambiente cultural, não podemos isolar-nos deste, mas utilizá-lo para comunicar a mensagem do Evangelho.
3.      O despertamento cultural da igreja: Assim como Daniel, Paulo e Jesus de Nazaré, a Igreja tem o dever de propor uma contracultura para esta sociedade. A mídia impõe sobre nos uma carga cultural completamente oposta aos valores do Evangelho. E o que a Igreja tem feito? Não há dúvida de que o senhor deseja usar cada crente para levar a palavra de Deus a um mundo que jaz no maligno. Essa é a nossa missão.

CONCLUSÃO

Se trabalhada de acordo com a Palavra de Deus, a cultura faz-se bela, verdadeira e útil. Cientes dessa verdade, a Igreja de Cristo não, pode ficar impassível. Transformamos, pois, nossa cultura com a mensagem do Evangelho, pois, como prometeu o próprio Cristo, “as portas do inferno não prevalecerão contra [a Igreja]” (Mt 16.18).


Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 3º/2011
Comentarista: Wagner Gaby
Consultor Doutrinário e Teológico: Antonio Gilberto
Tema Central: A Missão Integral da Igreja – Porque o Reino de Deus está entre vós
Páginas: 76 - 82

Nenhum comentário:

Postar um comentário