Texto Áureo: Gênesis 1.28
Verdade Prática: Deus nos criou como seres sociais e instrui-nos a
produzir uma cultura que reflita os princípios espirituais e morais de sua
Palavra.
Leitura Bíblica:
Gênesis 1.26-30.
Lição 11
INTRODUÇÃO
Estudaremos,
neste domingo, a influência cultural da Igreja de Cristo. Antes, porém,
observaremos que a cultura, apesar de fazer parte da criação divina, foi
contaminada pela Queda de nossos primeiros pais. Por essa razão, os filhos do
Reino devem examinar o seu ambiente cultural com base na Bíblia Sagrada. Há
relato de homens e mulheres piedosos que influenciaram a cultura dos seus dias,
transformando-a pela eficácia da Palavra de Deus. É da vontade do pai que a
Igreja de Cristo influencie e transforme a cultura que a cerca, apresentando-se
como sal da terra e luz do mundo.
I. A CULTURA ANTES E APÓS A QUEDA
1.
A natureza da
cultura humana: Derivada do latim, a palavra “cultura” refere-se às
produções sociais e aos costumes das sociedades humanas. A cultura de um povo
manifesta-se através de seus hábitos, comportamentos, artes, crenças e valores.
Crido por Deus, o ser humano foi por Ele dotado de extraordinária capacidade
para administrar este mundo (Gn 1.28-30). Por conseguinte, a capacidade de
criar e desenvolver uma cultura é dom divino. Por isso, nossa cultura pode e
deve refletir o amor, a bondade e a verdade do pai Celeste. Todavia, por causa
do pecado, a produção cultural do ser humano acha-se comprometida pelo mal (Gn
3.5-10,17-19). Por isso, devemos submetê-la ao crivo das Sagradas Escrituras.
2.
A cultura
como beleza da criação: O Pai Eterno impregnou-se com a sua imagem e
semelhança (Gn 1.26), tornando-nos capazes de pensar, criar e comunicar-nos uns
com os outros e com Ele próprio. Tudo o que fazemos tem um caráter social, seja
zelando pelos animais ou administrando nossa família (Gn 1,28,29). Enfim,
sempre que pomos a servir ao próximo, obedecemos aos mandamentos de Deus
através de nosso fazer cultural (comissão cultural). Assim, glorificamos ao
Senhor (Lc 6.9).
3.
A queda
manchou a cultura humana: A Bíblia afirma que o pecado subjugou a
humanidade, comprometendo toda a criação de Deus. Por isso, a criatura geme e
espera por sua redenção (Rm 8.19-23). Logo, nenhuma produção cultural é
perfeita, porque somos imperfeitos por natureza. E uma das coisas mais danosas
que podemos fazer da cultura é adorar criatura em lugar do Criador (Rm
1.18-25).
II. EXEMPLOS BÍBLICOS DE REALCIONAMENTO
CULTURAL
1. Daniel discerne a cultura babilônica:
O império de babilônia era singular em belezas artísticas, arquitetônicas,
literárias e científicas. Indaga retoricamente o rei Nabucodonosor: “Não é esta
a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real?” (Dn 4.30). Nesse
contexto cultural, achava-se Daniel. Dotado de uma fé consistente e de um
profundo conhecimento da lei divina, o jovem hebreu soube como discernir os
prós e os contras da cultura babilônica. Ele examinava tudo e retinha o bem,
conforme aconselha-nos Paulo (Dn 1.4; 2.48,49; 1 Ts 5.21).
Quando os
valore de sua fé eram desfiados, Daniel não transigia nem negociava com os seus
princípios espirituais, morais e éticos (Dn 1.8; 6.6-10). Através de uma
postura tão firme e corajosa, fez sobressair sua fé no Deus Único e Verdadeiro.
É assim que devemos agir e reagir, como o povo de Deus, em relação ao contexto
cultural no qual estamos inseridos.
2. Paulo, barnabé e a transformação
cultural em Listra: Na província romana da Galácia, havia uma cidade
chamada Listra. O templo de Júpiter e de Mercúrio ocupava o centro da cidade
ocupava o centro da cidade, cujos habitantes, de ascendência cultural grega,
acreditavam na humanização desses deuses. Segundo o poeta romano, Ovídio
Júpiter e Mercúrio desceram, certa vez, à Terra, disfarçados de viajantes.
Recebidos por Filemom e sua esposa, Baucis, deram ao casal, como premiação pela
acolhida, a incumbência de lhes guardar o templo em Listra.
Tal crença
ajuda-nos a entender melhor o capítulo 14 de Atos. A passagem narra a chegada
de Paulo a Listra, onde curou um paralítico de nascença. Diante do milagre, os
habitantes de Listra foram induzidos a pensar que os deuses achavam-se
novamente entre eles. Por isso, chamaram a Barnabé de Júpiter e a Paulo de
Mercúrio. Tal fato denota a idolatria que dominava a cultura grego-romana.
Todavia, Paulo e Barnabé trataram de corrigir o engano. Assim, contrapuseram o
Evangelho de Cristo à cultura pagã de Listra. E ali mesmo, estabeleceram uma
igreja (At 14.21,22). Com Paulo e Barnabé, aprendemos o quanto devemos levar a
sério a transformação cultural da sociedade por meio da prática da Palavra de
Deus (At 17.15-34).
III. EVANGELHO, IGREJA E CULTURA
1. Evangelho e cultura: Nascido
judeu, Jesus foi educado na lei de Moisés, participou das festas anuais em
Jerusalém, freqüentou as sinagogas e, como ensinador, mostrou ao povo a
singularidade da mensagem evangélica. Ele participou ativamente da história e
da cultura judaica (Jo 1.14; Gl 4.4). E foi entre homens comuns que o meigo
nazareno anunciou a mensagem de amor e de salvação (Mt 11.19). Tudo, dentro de
um contexto cultural.
2. Igreja e cultura: A Igreja
Primitiva deparou-se com várias questões de caráter cultural. Haja vista o
concilio de Jerusalém (At 15). A relação entre os cristãos judeus e gentios era
delicada e demandava muita diplomacia e tato por parte dos apóstolos, para que
não houvesse conflitos entre ambos os grupos (Rm 2.12-16; 14.5-9). A cultura
jamais deve ser motivo de divisões no seio da igreja. E uma vez que estamos
inseridos num ambiente cultural, não podemos isolar-nos deste, mas utilizá-lo
para comunicar a mensagem do Evangelho.
3. O despertamento cultural da igreja:
Assim como Daniel, Paulo e Jesus de Nazaré, a Igreja tem o dever de propor uma
contracultura para esta sociedade. A mídia impõe sobre nos uma carga cultural
completamente oposta aos valores do Evangelho. E o que a Igreja tem feito? Não
há dúvida de que o senhor deseja usar cada crente para levar a palavra de Deus
a um mundo que jaz no maligno. Essa é a nossa missão.
CONCLUSÃO
Se trabalhada
de acordo com a Palavra de Deus, a cultura faz-se bela, verdadeira e útil.
Cientes dessa verdade, a Igreja de Cristo não, pode ficar impassível.
Transformamos, pois, nossa cultura com a mensagem do Evangelho, pois, como
prometeu o próprio Cristo, “as portas do inferno não prevalecerão contra [a
Igreja]” (Mt 16.18).
Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos)
Editora: CPAD
Trimestre: 3º/2011
Comentarista: Wagner Gaby
Consultor Doutrinário e Teológico: Antonio Gilberto
Tema Central: A Missão Integral da Igreja – Porque o Reino de Deus
está entre vós
Páginas: 76 - 82
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